We're Not a Team. We're a Time Bomb. escrita por Amanda


Capítulo 35
Love


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpas por não ter postado antes, mas a vida não tá easy T-T E além disso, meu teclado quebrou, então estou tendo que escrever com o auxílio do teclado virtual, retardando muuuito o desenvolvimento da história, impossibilitando tbm que eu termine de responder os reviews.. Dedicado à Duda Laufeyson, que está me fazendo chorar de rir com seus comentários. Enjoy!



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POV. Clint Barton

Eu ainda estava chateado com Natasha. Eu tinha certeza disso. Ela sabia que eu era orgulhoso e que eu até poderia aceitar sua felicidade, mas eu não iria ficar lá sentado observando sua alegria ao lado de outro. Se ela realmente esperava que eu fizesse isso, talvez ela não me conhecesse tão bem quanto eu pensava.

Porém, mentiria se dissesse que não fiquei preocupado ao vê-la caída depois de ter recebido o golpe de Ultron. Também estaria me enganando se afirmasse que não fiquei feliz em notar que ela ainda carregava o colar que eu lhe dera.

Isso me lembra... A irmã Maximoff salvara minha vida. Sem nenhuma razão aparente. Se ela realmente tivesse segundas intenções, poderia ter me deixado morrer lá e ter inventado uma desculpa qualquer para o Capitão. Ela não tinha obrigação nenhuma e, ainda assim, escolheu não me deixar morrer. Eu estava lhe devendo uma. E eu odeio isso.

Decidi ir agradecer. Não achava que ela ia fazer nada contra mim mesmo, já que tivera a chance para tal e não usou. Que mal faria? Desci para a sala que ela e os outros dois estavam, pronto para demonstrar a minha gratidão. Quando cheguei lá encontrei Ward adormecido e Pietro entretido numa conversa com a irmã. Ao me virem entrar, calaram-se imediatamente. Eu me aproximei.

– Hã... Wanda, certo? – Perguntei. Ela assentiu – Então... Eu estava pensando naquele dia em que invadimos a base da H.Y.D.R.A. e vocês apareceram do nada. Quando estávamos escapando, eu acabei me encrencando e, enfim... Você me salvou. Eu vim aqui para agradecer por isso. Você não tinha obrigação nenhuma e mesmo assim fez alguma coisa. Obrigado.

Wanda trocou olhares com Pietro e soltou uma risadinha que chegou a me deixar meio confuso. Então passou as mãos pelos cabelos e me fitou com um olhar divertido e um sorriso teimando para aparecer em sua boca.

– Não foi nada. Às vezes é preciso que alguém salve o passarinho de asa quebrada, não é? – Ela falou divertida, ajeitando o cabelo para que uma mecha castanha ficasse por sobre seu ombro. Internamente, contei até 10.

– Você que dizer que eu não sou bom o bastante para sair daquela enrascada? – Perguntei, ainda contido. Wanda ergueu uma sobrancelha, olhando para cima, pensativa. Então deu de ombros.

– Não estou dizendo isso. Estou dizendo que eu sou melhor que você e que você depende de mim. – Ela deu um sorriso sarcástico. Eu estava perdendo a paciência.

– Duas coisas, só para constar: - Falei – A primeira é que eu não dependo de ninguém, muito menos de uma vaca que nem mesmo tem a capacidade de escolher uma cor que não seja escarlate. Saiba que ela é muito enjoativa. E a segunda... Eu só vim agradecer. Esse é o mínimo que uma pessoa pode ter de educação. Achei que tivesse também. Quando aprender a falar com as pessoas vem falar comigo... Quem sabe eu possa te considerar gente. – E saí, fechando a porta com força.

POV. Natasha Romanoff

Observei o queixo de Steve cair lentamente, a surpresa se instalando em seus olhos. Ele abre a boca uma, duas, três vezes, mas não consegue falar nada, tornando a fecha-la. Se estivesse numa situação diferente, acharia engraçado. Mas agora não.

Desde que o médico me dissera que estava esperando um bebê, a sensação que ficara em minha mente foi a mesma, mesmo que eu não soubesse do que se tratava. Eu estava me sentindo diferente do que sempre me sentira. Estava confusa, sem saber o que fazer, talvez até mesmo assustada. Mas o que mais me intrigava era o que eu estava sentindo com relação ao feto.

Eu sabia que amava Steve. Ele me mostrara isso e eu sabia as escalas que o amor poderia ter graças a ele. Mas o que esse serzinho estava me fazendo sentir era algo completamente diferente. Eu sentia um senso de proteção grande o bastante ao ponto de ter medo de que alguém tocasse em minha barriga e acabasse machucando-o. Era uma ternura que tão grande que nem mesmo Steve e Clint juntos me fizeram sentir. Era algo grande ao ponto de me fazer saber que esse bebê seria o mais lindo do mundo antes mesmo de eu ver seu rosto. Era como se fosse tudo que eu sentia por Steve, mas numa escala extremamente maior. E isso era algo que realmente me assustava. Steve pestanejou, me chamando de volta para a realidade.

– É... É meu? – Perguntou ele por fim, me dando vontade de lhe acertar um soco, mas eu me controlei.

– É sim, Steve. Esse é um dos casos em que os sintomas já aparecem nas primeiras semanas, o médico disse. – Respondi. Steve continuou pasmo, olhando para mim, mas depois de um tempinho, abriu um sorriso lindo, inocente, radiante.

– Eu vou ser pai. Natasha, eu vou ser pai! – Exclamou ele, se aproximando de mim. Ele me ergue e começa a me girar, beijando minha testa, minha bochecha, minha barriga. Eu não estava entendendo. Pra que tanta felicidade?

– Steve, acalme-se. – Eu disse, fazendo-o me pôr no chão – Isso ainda está no começo, nem sei o sexo do bebê ainda. É um terreno novo. – Falei, uma incerteza presente na voz. Eu estava insegura, demais para o meu gosto. Steve pareceu perceber.

– Eu não estou nem aí. Isso que eu estou sentindo aqui, Nat, é algo enorme, avassalador, não há espaço para dúvidas. E eu sei que você se sente da mesma forma. – Nossa. Parece até que a frase favorita do Steve é essa. Mas, dessa vez, decidi que refletiria sobre ela imediatamente.

Como dissera antes, o que eu estava sentindo era tipo o que eu sentia pelo Steve, mas numa escala muito, mas muito maior. Seria esse amor avassalador que Steve descrevera? Faz sentido. Eu aprendera a amar, mas um amor nessa proporção... Acredito que terei que aprender novamente, pois creio que nenhuma pessoa jamais estivesse pronta para amar em tal escala.

Eu sinto um sorrisinho incrédulo se formar em meu rosto, mesmo que contra minha vontade.

– Eu vou ser mãe. Steve, eu vou ser mãe. – Falo, desacreditada. Steve corre até mim, soltando uma risada gostosa, e me abraça, beijando minha testa. Depois de um tempo ainda agarrada a ele, nós nos separamos e ele diz algo que, infelizmente, eu precisava ouvir, mesmo que não quisesse:

– Precisamos contar aos outros, Natasha. Não dá pra esconder por muito tempo. – Eu suspiro, sabendo que ele tinha razão. Claro que fiquei com um pouco de receio da reação de Clint, mas ainda assim disse:

– Ah, que se dane. Vamos acabar logo com isso.

POV. Wanda Maximoff

Eu estava pensando, novamente, em como o Gavião Arqueiro tivera a decência de ter vindo me agradecer. Claro, fui sarcástica, fui grossa, mas apenas pela razão de que eu não queria sair por baixo, eu não queria ser vista como alguém com qualquer tipo de fraqueza. Meu orgulho falara mais alto.

Bem, voltemos aos devaneios anteriores. Os fatos de que aquele era um lugar melhor para se viver estavam sendo esfregados na minha cara com mais violência que nunca. A consideração que as pessoas tinham para comigo era algo que eu nunca tinha vivenciado.

Olho para Ward, que despertara, e para meu irmão. Eles percebem que eu os estou encarando e me fitam de volta. Solto:

– Vocês, em algum momento, já pararam para pensar em como a vida de vocês poderia ser se lutassem no lado contrário? Já se perguntaram como é ser do time dos mocinhos? – Observo-os hesitar. Então Ward responde:

– Eu tive a chance de comparar ambos os lados e a única coisa que posso dizer é que a diferença é gritante. – Eu assinto. Ambos olhamos para meu irmão, que diz:

– Sim. Sim, eu já considerei mudar de time. E você, Wanda? Já pensou nisso? – Eu também hesito.

– Sim. – Digo por fim. Todos nós trocamos olhares cheios de significado, e a partir dali, tínhamos certeza do desejo uns dos outros.

E não era ficar preso à H.Y.D.R.A.

POV. Steve Rogers

Estava chegando a hora do almoço, então todos os outros já estavam na mesa. Eu me sentei ao lado de Natasha, apertando sua mão. Quando o último integrante se sentou, eu pigarreei, chamando a atenção de todos.

– Bem... Eu e a Natasha temos uma coisa pra contar pra vocês. E, para sermos práticos, falaremos logo aqui, onde todos estão presentes. – Olhei para Natasha, que respirou fundo.

– Eu... Eu estou grávida. Eu e o Steve vamos ter um bebê. – Disse ela. A única coisa que se pôde ouvir após a declaração foi um copo de vidro se estraçalhando no chão, que estava sendo segurado por Barton.


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Notas finais do capítulo

13 - A partir do capítulo 18, eu comecei a escrever resumos de capítulos e ideias para adicionar à fic, para ficar mais organizado.