We're Not a Team. We're a Time Bomb. escrita por Amanda


Capítulo 14
I Can Do This


Notas iniciais do capítulo

Gente, miiiil desculpas não ter postado antes, mas é que eu fiquei sem internet pois caiu uma chuva desgraçada por aqui... A boa notícia foi que eu só fiz escrever e tenho dois capítulos prontos! Agora é que tudo vai mudar! Espero que gostem. Enjoy!



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POV. Steve Rogers

– Eu sei por que ele está lá. – Natasha parou de ficar agachada na frente do computador e se levantou, seu olhar passando por cada um de nós – A África do Sul era protegida pela S.H.I.E.L.D. Lá existe a maior reserva de vibranium do mundo; deve ser por isso que ele foi para lá. Temos que correr, se ele descobrir a mina, ele pode...

– Não. – Falou Stark, a mão no queixo, pensativo – Não vamos a lugar algum, pelo menos não agora. Se eles sabem que lá tem uma reserva de vibranium, há a possibilidade de terem uma base lá. Não conseguimos enfrentar dois agentes deles, imaginem toda uma concentração. Temos que esperar e atacar com categoria.

– Do que você está falando, Stark? – Perguntou Fury, impaciente. Estávamos todos confusos.

Ladies and Gentlemen, – Stark se ergueu, presunçoso – gostaria de anunciar que todos os nossos problemas acabaram. Na minha oficina, nesse momento, está sendo construída a melhor arma que nós, os Heróis Mais Poderosos da Terra, poderíamos querer. É com prazer que...

– Stark, para com a ladainha e fala logo o que quer falar. – Natasha revirou os olhos. Tony pigarreou, irritado.

– É com imenso prazer que digo, diante de todos vocês, queridos companheiros, que depois de muito estudo e, claro, dando os devidos créditos à minha inteligência, eu consegui achar uma maneira...

– Stark está construindo um robô novo. – Hill interrompeu, simplificando tudo que Tony dizia. Ele a olhou, frustrado.

– Ah, qual é! – Ele bufou.

– Espera aí. Como assim? Um novo robô? Seria uma nova armadura? – Perguntou Banner.

– Não, não. Vai ser realmente um robô, com a capacidade de lançar raios de energia talvez até mais poderosos do que os das minhas armaduras, além de poderio bélico superior, poder de voo e, o mais importante: vida própria.

– Tony. Stark. – Banner o encarou, sério – Você está dizendo que teremos em nossas mãos o primeiro humanoide ofensivo com capacidade de livre arbítrio? Você está falando sério? – Bruce parecia realmente impressionado – Tony, isso é incrível!

– Ah, doutor, como se isso fosse surpresa. – Ele sorriu, orgulhoso – Ele está quase pronto, faltam alguns poucos ajustes. Aliás, Verdão, agradeceria ter sua ajuda na construção do projeto. Ele ficaria completo mais rápida e eficientemente. Então, assim que ele se concluir, poderíamos levá-lo para a África conosco. Será um belo apoio.

Era um bom plano. Enquanto esse robô ficava pronto nós nos prepararíamos para a batalha, além de dar tempo de coletar mais informações sobre o paradeiro de Ward e o que ele quer fazer lá. Poderíamos fazer uma estratégia.

– Ok então. Banner e Stark vão cuidar desse projeto. Skye, - quando me ouviu falar seu nome, a garota deu um pulo de susto e enrubesceu. Ri por dentro – tem como você se aprofundar ainda mais na localização de Ward? Se der pra conseguir algo mais...

– S-sim, Capitão. – Ela piscou rapidamente algumas vezes, nervosa, mas pareceu se recompor logo depois – Acho que se eu tiver tempo e bons recursos, posso entrar na rede da CIA ou algo assim pra ter acesso ao sistema de segurança pesado que eles têm; isso me permitiria rastrear Ward com mais afinco e, quem sabe, até mesmo vigiá-lo, usando as câmeras e microfones que eles deixam espalhados por aí.

– Como é, Skye?! – Perguntou Fury, intrigado – Existem algumas coisas confusas aí. Primeiro: a CIA é dos EUA, nós temos que usá-lo na África. Segundo: Que câmeras e microfones? Terceiro: Como diabos você sabe dessas câmeras e microfones?

Skye apertou três teclas no computador e a tela congelou. Suspirou, paciente, e se virou para Fury, olhando-o como se fosse uma criança ingênua e inexperiente.

– Primeiro: Se eu entrar no sistema da CIA, consigo modificá-lo e passá-lo para qualquer parte do mundo. Segundo: Desde sempre organizações secretas deixaram milhões de câmeras e bilhões de microfones espalhados pelo país. E eu sei que a S.H.I.E.L.D. está nesse meio, Fury, não precisa se fazer de desentendido. – Todos na sala a olharam com uma expressão pasma. Ela estava enfrentando Fury? E estava ganhando? – Terceiro: Eu sou uma hacker. Esse é o meu trabalho. Eu entrei em sistemas que você nem consegue imaginar. Portanto, sim, eu posso fazer isso. – E sem falar mais nada, voltou a olhar para o computador, descongelou a tela e começou a decifrar códigos que apareceram em sua frente, como se nada tivesse acontecido.

Ok. Agora era oficial. Eu tinha adorado aquela mulher.

– Ok, isso foi bem estranho... – Stark franziu o cenho – Mas tanto faz. Garota, pode usar meus computadores, vai facilitar seu trabalho. – A armadura que Tony ainda usava desgrudou de seu corpo – Banner, me acompanha até minha oficina? – E os dois sumiram.

– Sam, eu gostaria, por favor, que você alojasse Coulson e sua equipe. Agora, preste atenção, isso é prioridade: faça de tudo para que esse garoto tenha tudo que precisa. Ele necessita de cuidados. – Gesticulei na direção do menino com tiques.

A verdade era que eu tinha me sensibilizado bastante com ele. Ele era quase uma criança e sofreu daquele jeito, traído por uma pessoa que admirava. E ele parecia ter uma relação especial com todos da equipe, pra depois esquecer todos desse jeito. Mas o que mais me incomoda é a garota que não saía do lado dele. Eles parecem ter algo ainda mais importante do que o resto da equipe. Como amantes, irmãos, amigos, não sei, mas eles tinham algo, alguma história. E ver tudo isso destruído, na frente da garota, com ela sofrendo desse jeito... Seu rosto estava marcado por lágrimas; ela não parava de chorar fazia algum tempo. Tudo isso só por causa de um traidorzinho medíocre.

Ah, quando eu achar o Ward, ele vai levar uma que nunca levou na vida.

– Sim, Cap. – Sam pareceu ter percebido o meu pesar. Ajudou a menina, Simmons, a erguer o garoto Fitz, e pediu para que todos os seguissem – Você vem, Skye?

– Não, não, vou ficar aqui. Posso achar algo importante. – Ela não desviou os olhos do computador.

– Então, Thor... – Natasha falou, depois que Sam e os outros desapareceram – Por que veio para cá?

– Midgard está sob minha proteção. – Ouviu-se a voz gutural do deus, e vi Skye se arrepiar – Eu sempre a observei. E, agora que se encontra em perigo, vi que precisava de minha ajuda.

– Ótimo. Chegou na melhor hora possível. Bem-vindo de volta. – Apertei sua mão e trocamos um meio sorriso.

– Consegui entrar no sistema. – Murmurou Skye – Só falta redirecionar para a África do Sul, mas isso eu vou precisar fazer em algo mais avançado do que um notebook. Onde ficam os computadores de Stark, que eu ainda não acredito ter a chance de usar? – Ela olhou para nós, questionadora. Ela tinha falado muito rápido.

– Hã... – Natasha se direcionou até o meio da sala em que estávamos – Bem aqui. – Ela estendeu as duas mãos e puxou o nada para cima; mas daí se ergueram telas tecnológicas flutuantes.

– Ai meu Deus, eu acho que vou chorar! – Skye saltitou para o centro do círculo high tech, como se fosse uma criança numa loja de brinquedos – Ok, vamos ao trabalho. – Ela começou a mexer em várias telas ao mesmo tempo, com uma habilidade e rapidez impressionantes. Dados e arquivos iam e vinham, com a garota os administrando com maestria. Pouquíssimo tempo depois, Skye relaxa o braço esquerdo e declara: - Pronto. Consegui chegar onde queria. Como Ward se encontra em Johanesburgo... – Ela mexia numa espécie de controle, quase como um joystick, com o braço direito, fazendo o mapa que estava na tela a sua frente se mover; ela pressiona o controle e o mapa dá um zoom, então estamos olhando para uma gravação, aparentemente ao vivo, de um lugar seco e repleto de areia. Existem poucas pessoas passando por ali – E aqui estamos. Só falta reconhecermos Ward. – Ela olhou para nós com um sorriso tímido. Troquei um olhar com Natasha e ela estava com um ar extremamente impressionado em seu olhar; ao fitar Barton, notei que ele estava de sobrancelhas erguidas, surpreso. Thor estava de olhos mais arregalados que o normal, Hill se encontrava de testa franzida, Fury de cenho franzido, já eu estava boquiaberto. Todos estavam impressionados.

Aquilo tinha sido incrível. A garota invadira o maior órgão de inteligência do mundo, mudara seu curso, controlara seu sistema de segurança e rastreara nosso inimigo em cerca de cinco minutos. Eu estava, no mínimo, surpreso. Ela tinha um talento, e nato.

– Garota, você tem futuro. – Comentei, me posicionando ao seu lado; senti seus músculos tensos e vi suas bochechas rosarem um pouco – Ward está aí?

– Sim. – Ela olhou para uma das telas flutuantes e eu notei um pontinho vermelho no mapa da África – Ele pode estar passando por aí agora disfarçado, talvez; - Ela mexia no controle, movendo a câmera – fiquem atentos caso os reconheçam.

Todos estavam encarando a tela com a gravação em movimento, procurando por alguém suspeito; então ele apareceu.

Um homem alto, musculoso, moreno e de barba por fazer.

Estava com uma roupa casual e se encontrava comprando algo numa barraca típica. Parecia comida. Senti todos prenderem a respiração e, ao olhar Skye, notei que seus olhos começaram a lacrimejar; seus músculos tencionaram e a vi limpando o lábio, num jeito de segurar o choro. Ela ainda gostava dele.

Então Ward virou-se, ajeitando a calça de modo que a arma que carregava ficasse visível; então, olhou diretamente para a câmera e, sarcástico, esboçou um meio sorriso doentio.

– Ele sabe. – Murmurou Skye com a voz trêmula – Ele sabe que estamos vigiando ele.

POV. Natasha Romanoff

– Mas como isso é possível? – Perguntou Steve, confuso – A H.Y.D.R.A. está tão avançada assim?

– Ela tem recursos que eu nem mesmo ouso em sonhar ter. Eles conseguiram transformar nosso amigo num verdadeiro ciborgue e fizeram-no atacar a gente como se fôssemos seus inimigos mortais. Sim, Capitão. – Ela fitou Rogers – Ela está avançada sim.

Observei Ward erguer uma sobrancelha para a câmera, ainda sorrindo, e depois se afastar. Era verdade mesmo. Um dos agentes mais brilhantes da S.H.I.E.L.D. era um traidor. Meu Deus.

Automaticamente, olhei para Clint. Não. Que coisa, Natasha. Tire isso da cabeça.

Eu acredito que se Clint se revelasse um traidor (o que, definitivamente, não vai acontecer) eu não aguentaria. Perder a única pessoa que tenho no mundo para o inimigo? Perder Clint? Sem chances. Tremo só de pensar.

O Gavião percebe meu olhar sobre ele me fita. Dá um sorrisinho fraco e se aproxima, colocando a mão no meu ombro, dizendo:

– E então, Capitão? Quais suas ordens?

Steve olha para nós e, ao ver a mão de Clint sobre mim, algo no seu olhar muda momentaneamente; mas foi por um instante extremamente rápido.

– Ward pode saber que estamos monitorando ele, mas não faz ideia do que planejamos; vamos usar isso. Só o que nos resta agora é esperar o robô de Stark ficar pronto. Até lá, pelo amor de Deus, Skye, fique de olho nesse homem. Não podemos perdê-lo de vista.

– Sim, Capitão. Pode deixar. – Disse a 0-8-4.

– Sim. Natasha, nós temos uma cozinha para limpar. – Steve olhou para mim com um sorriso de canto que fui obrigada a retribuir. Com essa confusão toda tinha me esquecido da bagunça que fizemos... Pensando bem agora, nunca achei que fosse ter um comportamento tão infantil. Acho que estar do lado de uma “criança” me influenciou.

– Você está certo. – Eu sorri.

Dias se passaram e nada demais aconteceu. Como Ward sabia do nosso monitoramento, ele não foi para a base da H.Y.D.R.A., para que não descobríssemos sua localização. Stark e Banner ficaram sumidos a maior parte do tempo, enfurnados na oficina. Eu fiquei mais treinando e conversando com Clint, já Sam pareceu ter se dado muito bem com o agente da equipe de Coulson, Tripplett.

Eu quase não falei com Steve. Ele se tocou muito com a história do menino Fitz. Ele passava muito tempo cuidando dele, vendo como ele estava, se tinha recuperado alguma memória, ou simplesmente ficava do lado dele. Ele conversava bastante com a garota Simmons e, aparentemente, eles tinham desenvolvido uma relação muito bonita; quase como irmãos, quem sabe até pai e filha (bem, nesse caso, avô e neta) e eu ficava feliz por isso; era bom, era saudável para o Steve ter alguém com quem se preocupar. Eu sei como é estar no mundo sem ninguém e é a pior coisa que se pode acontecer, logo depois de perder quem você tem. E se tinha alguém que não merecia isso era o Steve. Ele já passara muito tempo só, assim como eu.

Até eu conhecer o Clint.

A cada dia que se passava eu me dava conta em como eu considerava Clint e em como ele era especial para mim. Claro que eu continuava convicta no fato de que o amor é só mais uma brincadeira ridícula para crianças, mas creio que ele era a pessoa mais próxima a receber o sentimento mais próximo do amor que posso ter. Pensando bem, ele e talvez... Fury.

Quando pensei que Fury tinha morrido na missão em Washington, eu chorei. Eu não chorava há anos; eu acho, na verdade, que chorei pra valer umas três vezes em 22 anos de vida, se não muito (considerando que chorei feito bebê até meus 3 anos). Quando vi Nick lá, coberto por um lençol branco, simplesmente entrei em pânico. Não consegui segurar as lágrimas que surpreendentemente surgiram em meus olhos. Ele era o mais próximo de figura paterna que eu já tive.

Então, um dia, Banner e Stark subiram, para a cozinha, onde estávamos todos almoçando na mesa. Eles estavam animadíssimos e, aparentemente, cansados.

– Conseguimos. – Falou Banner, com um sorriso enorme que ia de orelha a orelha – Ultron está pronto. – Ele e Tony abriram caminho e um humanoide enorme, com corpo completamente prata, entra andando no aposento. Ele tem olhos vermelhos brilhantes e isso chegava a ser até um pouco assustador.

– Saudações, mestres. – Ele falou com uma voz duplicada.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Comentem! E, caso não tenha ficado claro, eu queria esclarecer que a Nat tem 25 anos, não 22 (ela, como dito, descontou 3 anos porque considerou que chorara muito até os 3, sacaram?), só pra ficar tudo claro :3 Espero qure tenham gostado! Kisses!