– Vamos ler mais uma ai vocês estão liberados durante 2 horas.- Disse Dumbledore e os alunos comemoraram a dispensa com gritos, palmas e assovios.- Quem que ler esta?- perguntou após os alunos se calarem.

– Essa eu leio. - disse Harry. Ele pegou a carta que estava em um envelope com umacombinação perfeita de vermelho, dourado, prata e verde e tinha os brasões da sonserina e da grifinória um do lado do outro.- Bonito envelope, combinação perigosa, mais ainda sim bonito.- ele disse e logo passou o envelope a diante, todos queria ver. Então logo começou a ler.

'' Desde de pequena eu amo Harry Potter,

– Novidade...- Disseram os gêmeos sincronizados.

Quando eu conheci a história eu tinha 5 anos; eu a conheci no hospital, iria fazer uma cirurgia de coração muito complicada,

– Nossa, tão novinha assim. - disse Molly, todos afirmaram.

E alguns dias antes uma médica levou o filme para que as crianças pudessem ter um momento de distração, sabe, não ficarem preocupadas com o que poderia acontecer, mesmo assim pequena eu já sabia que poderia morrer se não fizesse a cirurgia, e que se eu fizesse poderia ter uma chance. Mas também sabia que era uma cirurgia era complicada e que poderia morrer durante a operação.

– Credo menina pessimista. - disse Lilá.

– Não apenas realista. - disse Sirius.

Mais voltando ao assunto do filme, quando eu assisti pela primeira vez, eu percebi que varias crianças a minha volta não estavam prestando muita atenção, mais eu não ligava, estava fascinada pela magia. Eu não me importava com o que iria acontecer naquele momento.

– Que bom que a fez relaxar.- disse Harry dando uma pausa na leitura.

Não sei quantas vezes eu assisti antes da cirurgia, só sei que foram muitas. Fiz a cirurgia e correu tudo bem, só fiquei algumas semanas em coma,

– Só, ela fala só como se não fosse ela que estivesse de coma. - disse Jorge.

mas nem pareceu muito, nem lembro disso, minha mãe que me contou.

– Claro era muito nova. - disse Hermione.

A cada ano que era lançado um filme novo, era uma surpresa e uma emoção diferente, nossa, eu senti tanta raiva da Cho chorona quando ela beijou o Harry...

Harry olhou pra Gina e riu.

– Você não é a única que fica com raiva viu. - disse ainda rindo da cara vermelha de raiva da Gina.

...que até minha mãe ficou com raiva.

– Não disse... - falou enquanto lia.

Agora depois de mais de um ano sem Harry Potter, me sinto triste, sozinha, como se não fosse a mesma pessoa, sabem o que é sentir falta do que nunca se pode ter? É isso que eu sinto, saudade.

– É Harry ela esta com saudade. - Disse Rony.

Ontem eu estava lendo o livro ''Harry Potter e as Relíquias da Morte'' o ultimo livro e o causador da minha saudade, de repente meu irmão brigou comigo do nada, falando que minha vida era resumida em Harry Potter e que eu era louca, realmente ele é que é louco, a uns dois ou três dias atrás, ele havia me dito que estava com saudade de ver Harry Potter e que a muito tempo ele não via, realmente muito louco.

– É esse menino é louco. - disse Gina.

Não sei o que me aconteceu, mas me senti como se eu não fosse deste mundo, não era possível, o Dumbledore esqueceu de mim só pode!

Muitos no salão riram da cara que o professor fez com a menção de seu nome.

Eu sei que minha vida não está certa, falta alguma coisa, não que minha vida seja um lixo, não é isso, mas, falta, eu sei que falta, as vezes eu fazia coisas mexerem sozinha, pegarem fogo sozinha.

– Isso é magia, e fiz isso antes de receber a carta. - Disse Hermione.

– Então por que ela não recebeu a carta? - perguntou Rony.

– Eu lá vou saber. - respondeu.

E isso não me assustava, só me dava esperanças, por isso eu sinto que falta alguma coisa. Deitei na minha cama e chorei como se alguém tivesse morrido, chorava desesperadamente, acho que só queria um abraço, não de qualquer um, ou minha mãe, ou meu pai, eu queria especialmente um abraço da Molly Weasley

– É uma honra, já tem duas cartas que falam que querem um abraço meu. - disse Molly.

Ou um ''oi, sangue-ruim'' do Draco Malfoy, nem ligaria, na verdade teria orgulho de conseguir fazer com que ele falasse comigo.

– Oi Sangue-Ruim. - Disse Draco, fazendo todos rirem, até mesmo Snape.

Um ''Vai ficar tudo bem'' do Harry, um abraço duplo dos gêmeos Weasley, e as vezes até um olhar maligno do Tom Riddle.

– Essa menina é louca.- Disse Gina

Estou brincando, isso não.

– Ah tá, que bom. - a mesma disse.

Era só isso que eu queria, então escrevi esta carta hoje, que eu não sei se um dia vai chegar ao destino, mais resolvi tentar, pois hoje faz exatos 11 anos e 2 meses que eu conheci.

– Isso tudo? - muitos disseram.

Meus sonhos, a vida que eu queria ter um dia, faz esse tanto de tempo que meus amigos me chamam de louca, faz esse tanto de tempo que eu espero a carta de Hogwarts, mais minhas esperanças não acabam , mesmo tendo 16 anos e só poder entrar em Hogwarts com 11, minha esperanças sempre vem no mês de agosto...

– Essa sim tem esperança.- disse Draco.

Podem até me chamar de louca mais ainda sim não vou deixar de amar Harry Potter.

P.S.: Meu sonho era ser uma Grifinória ou Sonserina.

– Isso não daria certo. - disse Ana Abbot.

– Não mesmo. - disse Pansy.

Sim, sou louca, mais eu me encaixo perfeitamente nas duas casas, não tenho culpa. Se um dia essa carta chegar, Dumbledore, não esquece de mim não, eu sei que não sou uma Trouxa qualquer, eu sei que falta alguma coisa na minha vida, e isso são vocês da minha querida Hogwarts.

– Essa nos ama viu. - disse Dumbledore. - Um dia ela vai vir para Hogwarts. É só ela esperar. - todos olharam ele confuso, mais ninguém perguntou nada.

Ass: Alaires uma trouxa, que ainda tem esperanças de não ser.

– Acabou.- disse Harry.