Rosalie Hale - A História escrita por Ditto


Capítulo 7
Caçadora




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Era um hotel chique. Um grande hotel cinco estrelas que se chamava Majestic Palace. O cheiro de tanto humanos junto arranhou minha garganta.

– Com linceça, procuro o Sr. Masthungs. Poderia me informar onde ele se encontra? - e dei um sorriso adorável, aquele que quando humana fazia os homens cair aos meus pés.

O gerente ficou petrificado, claro que após a transformação eu estava magnífica.

– C-claro senhorita - ele gaguejou - Deixe-me ver, ah.. sim, quarto 425. Devo anunciá-la?

– Não precisa senhor. Quero fazer uma surpresa. Muito obrigada pela ajuda.

Isso era uma das coisas boas em ser bonita, ninguém nunca te barrava não importava onde. Subi as escadas e encontrei o quarto.

– Agora John, você terá um momento que nunca vai esquecer. - murmurei para mim mesma e arrombei aquela porta.

– Que merda de barulho é esse? - e ele saiu de um dos quartos gritando -Rosalie? - perguntou ficando pálido.

– Olá John, sentiu a minha falta? - falei tirando o chapéu.

– Mas... você está morta! - ele me acusou - Eu vi você morrer.

– Sim, eu estou. - falei calmamente - Eu morri por sua culpa se me lembro bem.

– O que você está fazendo aqui?

– Sempre errado, John querido. Essa não deveria ser sua pergunta e sim: O quê você vai fazer?

– Você está morta! Não pode me fazer mal. É só uma assombração.

– Isso é o que vamos ver. - em um ato rápido quebrei sua perna, mas tomei cuidado para ele não sangrar. Ainda não era resistente a sangue e não queria arriscar.

– Que diabos... - ele resmungou pela dor.

– Isso não é nem de longe a dor que eu senti. Agora queridinho, está na hora de você se juntar a mim, está na hora de sua morte.

Ele mal teve tempo de gritar, logo quebrei-lhe o pescoço. E seu corpo jazia no chão.

– Um já foi, faltam quatro.

Os outros não foram difícil de encontrar, um estava em sua própria casa, uma mansão na rua Empire. Nessa fui mais cuidadosa, entrei sem ser vista por ninguém. O idiota estava sentado no jardim, lendo um livro.

– Sentiu minha falta? - perguntei.

– R-Rosalie? - ele gaguejou - O que está fazendo aqui?

– Será que é só isso que vocês sabem perguntar: O que você esta fazendo aqui?

– Isso é uma alucinação. Você está morta. Eu devo ter pegado no sono e ...

– Sempre errado. Isso não é um sonho, poderia classificá-lo como pesadelo se quiser. Mas a verdade é que isso é real. Tudo real.

Minha tática foi a mesma, quebrei o pescoço. Depois voltei para casa, as outras mortes cuidaria mais tarde.

– Rose - Esme chamou - Onde estava? Sabe que não deve sair para a cidade. Pode se descontrolar ou alguém reconhecê-la.

– Não se preocupe Esme, tudo está bem.

Quando cheguei ao meu quarto, Edward estava sentado lá.

– Olá irmãzinha, como foi seu dia?

– Como se você não soubesse...

– Tome cuidado com isso Rosalie, pode dar problemas futuros.

– Eu sei me cuidar. Edward, posso fazer uma pergunta? - queria saber por quê Carliste tinha me transformado, justo a mim e ninguém mais.

– Carliste é uma pessoa boa, ele nunca tiraria a vida de ninguém que tem algo pela frente. Eu estava morrendo de gripe espanhola quando ele me salvou. Esme meio que caiu de um penhasco e você... bem, você sabe.

– E por que eu? Poderia ser qualquer um que estivesse morrendo.

– Carliste queria que eu tivesse uma companheira, sabe, igual a ele e Esme. E te transformou. Mas agora ele percebe que não estou interessado em você nem nada, seremos apenas irmãos.

Quando ele saiu do quarto eu estava meio que com raiva, decepção, tudo junto. Como ele podia me rejeitar? Eu não sou bonita o suficiente? Edward deve ser anormal ou coisa parecia, ninguém nunca, mas nunca mesmo, me rejeitou, muito menos deveria agora que estou com essa beleza super-humana.

– Pare de pensar nisso Rosalie. - Edward apareceu na porta - Deixe de ser tão superficial. Ah, acho bom você pegar o jornal daqui de casa, se as mortes saírem no jornal, Carliste vai desconfiar e você não vai ter sua amada vingança com o Royce.

A noite chegou e passei o tempo inteiro pensando no que iria fazer com Royce. Eu tinha um plano perfeito.

Logo que amanheceu peguei meu grande chapéu e fui em uma banca. Logo na capa estava estampado.

Mais duas mortes estranhas em Rochester.

Comprei um e voltei com minha super velocidade para meu quarto. Lá teria privacidade, bem, quase, já que Edward estaria ouvindo tudo. Teria que me acostumar a ter alguém sempre na minha cabeça. A notícia era manchete, e logo fui ler.

Mais um episódio estranho na cidade de Rochester. Dois cidadões foram encontrados mortos em seus aposentos. O primeiro foi Jorge Klint, sócio das grandes empresas King.

– Eu não sei como isso foi acontecer - uma das empregadas da mansão afirmou chorosa - Ninguém estranho entrou na casa esse dia, e não houve disparo de arma, gritos, nada. Apenas quando fui ao jardim regar as plantas encontrei o Sr. Klint lá, imóvel.

O outro foi o estrangeiro John Masthungs, vindo de Atlanta para uma conferência em Nova York. Este foi encontrado em seu aposento no hotel Majestic Palace. O dono do estabelecimento não se pronunciou, mas afirmou que vai melhorar a segurança do hotel. Porém o gerente contou a polícia:

– Uma jovem muito bonita veio visitá-lo ontem, apenas ela. Infelizmente acabei esquecendo de perguntar seu nome na recepção.

A policia tentou conseguir mais pistas e características da misteriosa mulher, mas o gerente somente conseguiu dizer que ela era loira, pois o resto estava coberto por um enorme chapéu. E que ela teria por volta de uns vinte anos.

As buscas continuam, é muito improvável que uma jovem dama tenha cometido os crimes, provavelmente foi apenas uma coincidência. Mas mesmo assim, os policiais procuram a misteriosa mulher.

Perfeito! Quase comecei a rir. Era exatamente por isso que tinha aparecido na frente do gerente. Agora eu estava escrita na matéria. Royce logo a leria e entenderia o recado. E era exatamente isso que eu queria que acontecesse. Queria que ele sentisse medo, horror, queria que ele ficasse apavorado sem saber quando seria a hora dele.

Agoré, eu mataria os dois restantes.

Philipe Morris estava no seu trabalho. Um renomado escritório. Esperei até que ele estivesse sozinho em sua sala para entrar.

– Surpresa. - e apareci em sua frente. - Assassino.

– Pára Rosalie. Você quer o quê? Dinheiro? Eu tenho um monte sobrando. Se eu te dar você vai embora? Não vai me matar como os outros?

– Olha que inteligente. Se sabia que eu estava matando os outros por que veio trabalhar sozinho?

– Rosalie, não faça nada comigo, se não eu posso te colocar na cadeia. Eu sou milionário, esqueceu?

– E você acha que depois da morte preciso de dinheiro? E mais, não importa que você seja milionário, depois da morte você não pode me processar.

– Eu te dou metade da minha fortuna, que tal?

– Cala a boca! Pra que eu quero teu dinheiro? Me diga!

E depois disso mais pescoço quebrado.

De presente, para um toque teatral, deixei o grande chapéu em cima da mesa para Royce saber que eu estava chegando.

E agora era o último dos amiguinhos, Giorgino Cavallieri. Giorgino estava em sua casa, outra renomada mansão. Ele estava sozinho em seu quarto, melhor.

– Bom dia querido.

– Rosalie?

– Eu mesma queridinho, sentiu minha falta? Por que eu te garanto que senti a sua.

– O que está fazendo aqui?

– Por que sempre perguntam isso, que perda de tempo.

– Não me mate. Eu tenho esposa e filhos para cuidar.

– Pensasse nisso antes de me matar. Você se importou comigo? Eu tinha sonhos, eu sonhava em ter uma familia e você arruinou tudo.

– Por favor. - ele tentou apelar - Não por mim, mais por meus filhos e mulher.

– Acho que eles passarão melhor sem você. Pense comigo, seus filhos não teram um canalha para se espelharem, e sua mulher terá toda a fortuna, quem sabe assim ela não escolhe alguém decente?

Sem nem poder gritar e ele estava morto. No quarto tinha um buque de rosas vermelhas. Peguei uma e um papel onde escrevi.

É necessário acabar com o que se começou. -R

Em seguida, com super velocidade, sem ninguém perceber, entrei na casa dos Kings. Eu já conhecia o quarto do Royce e foi fácil entrar lá. Vi que as malas estavam sendo feitas apressadas. Ótimo, ele tinha visto a notícia e sabia que eu o procurava.

Aspirei o ar para gravar o cheiro de Royce, assim seria mais fácil achá-lo. Depois coloquei a rosa com o bilhete do lado. Uma pena que eu não estaria aqui. Queria só ver a cara do Royce quando lesse.

Entrei na minha nova casa sem falar com ninguém, mas Edward tinha que me seguir.

– Acabe logo com isso, Carliste está desconfiando.

– Pode deixar, só falta um.

A noite nunca demorou tanto para passar. Fiquei inquieta o tempo inteiro. Quando finalmente amanheceu, saltei pela janela mesmo e fui comprar um jornal. E a manchete não poderia ser mais prazerosa para mim

Mais mortes em Rochester e a provável assassina continua a solta

Comprei logo um, e voltei para meu quarto para ler em calma.

Mais dois milionarios são mortos. Um deles é o renomável Sr. Philipe Morris, e agora a policia tem mais certeza de quem seja o assassino. Na cena do crime foi encontrado um chapéu com abas largas, feminino. O mesmo chapéu descrito pelo gerente do Hotel Majestic Palace, onde uma outra vítima foi morta.

– Estamos no caminho certo - o chefe de policia McCabe afirma - Isso demonstra que o assassino é na verdade assassina. A jovem misteriosa.

Além da morte deste, houve mais uma vitima, o outro milionário Giorgino Cavallieri. A familia deste está desolada. E tudo na mesma situação. Nenhum grito, nenhum tiro, nada.
Provavelmente é uma assassina profissional. Está tudo as escuras, ela provavelmente sabia o que estava fazendo porque não foi encontrado nenhuma pista. E tem um objetivo, assustar alguém talvez, ou não teria largado o chapéu. - o policial McCabe continuou.

Só nos resta esperar e rezar para que essa mulher pare seus atos horrorosos.

Perfeito. Royce deveria estar apavoradíssimo, para não dizer pior. Atos horrorosos o que eu estava fazendo? O que eles fizeram comigo que foi horroroso.

Meu plano estava nos trilhos e agora só faltava o Gran Finale: A grandiosa morte de Royce King.


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