Insignificantemente, você escrita por Amanda


Capítulo 53
Capítulo cinquenta e dois




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Draco havia perdido a oportunidade de pedi-la em casamento duas vezes. Na primeira fora vencido pela chuva e não se importara muito, pois se divertira além da conta. Mas na segunda vez foi quase como uma bomba de água fria, bastante literal. Acordara antes de Hermione, vestira-se e preparara um esplêndido café da manhã, junto da xícara de Hermione, o livro com o bilhete. Tinha um sorriso brincalhão nos lábios e muito convencido de si, mas então, ao entrar no quarto, se deparou com Hermione espirrando e tremendo.

—O que aconteceu? —Foi o que perguntou, variando entre um sorriso e expressões sérias.

Hermione espirrou e virou-se para o rapaz.

—Acho que estou doente... —Outro espirro. —Diga você... Medi bruxo!

Deixou a bandeja de lado e aproximou-se da garota, pousou a mão sobre sua testa e constatou:

—Você está com febre. Sabia que aquela chuva de ontem não faria bem! —Disse já servindo o café quente para Hermione. —Vou acender a lareira!

—Draco! —O chamou. —O resfriado é apenas uma consequência da chuva, e não me arrependo!

Murmurou apenas para si: “eu sim” e saiu do quarto. Ficara emburrado por mais algum tempo, enquanto cuidava de Hermione. O que desencadeou uma briga. Mas depois de algum tempo, desculpou-se, mas não explicou o motivo da cara amarrada. Voltaram no dia seguinte, Hermione não conseguira férias e Draco tinha seus pacientes no St. Mungus.

O trabalho para Hermione parecia ter voltado com toda a potência, teve que desmarcar alguns encontros, não só com Draco, mas com Harry e Rony. O auror que a substituiu fizera os relatórios, e teria de analisá-los uma hora ou outra. E agora, mais perto que nunca da prova final, tinha que ter tudo acertado. Levava as pastas para casa, às vezes o Ministério lhe dava dores de cabeça, e preferia a calmaria de sua cama para ler toda aquela papelada.

—Hermione? —Harry chamou-a, estava novamente na frente da escrivaninha da amiga com a sacola de um restaurante qualquer. —Trouxe seu almoço!

A garota assentiu e apontou para o único espaço vazio na mesa, um cantinho bem apertado entre pastas e tinteiros vazios. O rapaz depositou o saco com o almoço no cantinho, derrubando um dos tinteiros.

—Hermione! —A garota levantou o olhar demoradamente, lutando para não seguir escrevendo. —Você tem que parar com isso, as provas são na próxima semana, vai dar tempo!

Hermione sorriu e abaixou-se atrás da escrivaninha, desaparecendo, levantou com uma pilha de relatórios inacabados.

—Tem certeza de que vai dar tempo? —Tinha a sobrancelha arqueada.

Harry tirou o casaco e colocou-o sobre a cadeira, puxando-a para frente da mesa de Hermione.

—Seguinte, vou te ajudar com isso aí! —A garota alegrou-se, pois pela primeira vez seria ajudada nos “deveres” e não ao contrário como era comum. —Me passe essas pastas prontas que eu vou organizando por nomes.

Já passara algumas horas, quando Hermione levantou o rosto. Harry estava ali, com as mangas da camiseta puxadas até os cotovelos, os dedos pintados de tinta e com a cabeça abaixada, concentrado no trabalho extra. Percebeu o olhar da garota em si e levantou os olhos.

—Que foi? —Ajeitou os óculos na ponta no nariz.

Hermione sacudiu a cabeça.

—Obrigada!

O rapaz assentiu e voltou a sacudir a pena de faisão maltratada, reprimindo bocejos sempre que podia. Hermione então seguiu no seu trabalho. Algo a sacudia, e seu nome era pronunciado ao longe, pouco a pouco a voz foi se aproximando, até que chegou em seus ouvidos com perfeita entonação.

—Hermione... —Levantou o rosto grudado em um pergaminho. Fora a risada de Harry que lhe despertara por inteiro. —Você dormiu!

Sentou-se rapidamente, ignorando a tontura e a visão embaçada.

—Que droga, Harry. Por que não me acordou?

O rapaz já estava com o casaco e segurava a bolsa da garota.

—Porque você está cansada, tem que descansar Mione! —Entregou-lhe a bolsa. —Vamos jantar, Gina está nos esperando.

—Gina? —Perguntou, fechando as pastas com o ilustre símbolo do Ministério estampadas na frente. —Vai ser ótimo! Ainda mais que... Acabei não almoçando!

Harry assentiu com veemência, mostrando que estava certo.

Gina os esperava ansiosa, tinha James no colo e o balançava enquanto cantava suavemente uma canção de ninar. Gritou quando Hermione passou pelar porta, o que despertou o pequeno embrulho.

—Vocês vão querer conversar que eu sei, me dê ele aqui! —Harry beijou a esposa e capturou o bebe, fazendo caretas enquanto jogava-se no sofá.

Gina aproveitou e carregou Hermione para a cozinha, ainda tinha que terminar o jantar. Hermione sentou-se na bancada, enquanto Gina corria para as panelas, mexendo com uma colher de pau alguma coisa realmente cheirosa.

—Comida Weasley, senti falta disso! —Disse, inalando o aroma da cebola. —Então, o que...

—Eu que pergunto, minha cara. Como foi o ano novo? Ele te pediu em casamento? —Perguntou, limpando as mãos no pano de prato. Serviu vinho antes que Hermione conseguisse se recompor da pergunta.

—Não, Gina, ele não me pediu em casamento! E... Foi maravilhoso, era uma casa na ponta de um penhasco, muito romântico. —Sorriu, sorvendo o vinho. —Nós brigamos, porque eu fiquei doente... Bem, tomamos banho de chuva e eu fiquei resfriada. Acho que ele tinha outros planos para aquele dia!

Gina sorriu maliciosamente.

—Vocês... Você não fez nada, nem se esforçou para...!

—Gina, eu consigo ouvir! —Harry gritou da sala. Hermione corou, mas Gina fez um sinal com a mão.

—Claro que nós... Bem, não vou explicar isso! —Voltou a levar o vinho aos lábios. —Mas não o vejo praticamente desde que voltamos, não consegui terminar os relatórios e as aulas extras estão me matando!

—Harry me contou que você anda atarefada.Tem que se cuidar Hermione, sei que as provas finais são agora, você tem que se acalmar. Relaxar, na verdade!

Hermione lhe mostrou a língua e voltou a beber o vinho.

O jantar foi interessante e relaxante, o vinho e a ótima comida de Gina ajudaram Hermione a se esquecer do trabalho, mesmo que por um breve momento. Cuidara de James enquanto os Potter limpavam a cozinha. O bebê dormia calmo em seu colo, estava em seus planos ter no mínimo um filho para embalar nos braços em noites frias como aquela.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem... E até breve