Outro conto do Doutor e a Humana escrita por A Garota Dos Livros
Me solto do abraço e lembro que Nate ainda estava na porta.
– Nate, esse é o Doutor, meu amigo misterioso - digo sorrindo.
– Prazer em conhece-lo - ele diz em um tom sério, um tom sério demais.
– Olá ! - diz Doutor, num tom não muito mais amigável.
– Vou estar na minha sala, caso precisem - Nate diz, e sai sem me olhar nos olhos ou sem dar um de seus sorrisos habituais.
Doutor ficou a tarde inteira na minha sala me fazendo companhia e perguntas, era sexta-feira e eu estava feliz por isso. Quando estava indo embora passei pela sala de Nate para dizer tchau, mas ele já havia ido embora, coisa que nunca fazia.
Naquele dia, Doutor e eu pedimos pizza e passamos o resto da noite vendo TV, até que ele dormiu no sofá e eu fui para o meu quarto.
...
Ponto de Vista - Nate
São oito horas da manhã, ainda é bem cedo para fazer uma visita no sábado, mas eu não vou esperar. Ontem eu fui muito rude com Maria e seu amigo, o Doutor, eu não deveria ter deduzido nada e também nem deveria ter ficado tão bravo, afinal não tinham motivos. Tinham ?
Chego a porta de seu apartamento, e bato na porta, esperando que ela atenda.
– Pois ... - diz Doutor com cara de quem acabou de acordar, ele me reconhece e não termina sua frase.
Fico muito bravo, ao ver aquela cena. Escuto o barulho do chuveiro sendo desligado, e olho para o rosto do homem que esta a minha frente, ele trás uma expressão indiferente quanto a mim. Saio andando em direção as escadas sem dizer nada, quando ouço a voz de Maria.
– Quem era?
...
Ponto de Vista - Maria
– NATE?! - eu falo alto demais - Nate esteve aqui e te viu assim, e essa hora! - oh meu Deus! O que ele iria pensar?
Doutor parece não perceber o motivo da minha preocupação, então me dou conta , por que ele está aqui?
– Doutor , por que está aqui?
– Não tenho a menor ideia, a TARDIS me trouxe para cá e não me deu outra escolha - ele disse sério - eu não teria vindo, tornar as coisas mais difíceis ou...
– Tudo bem - eu digo me aproximando - ela faz quando precisam de você - sorrio e ele sorri de volta - por falar nisso, porque será que ela te trouxe até aqui?
Olho para trás do Doutor e atrás dele está uma coisa que eu nunca tinha visto antes, levo as mãos a boca com um grito abafado e dou passos para trás. A coisa tem dedos pontudos, está vestindo terno e sua aparência é igual da pessoa daquele quadro ''O Grito''.
Doutor olha para trás e o reconhece. Ele anda até mim, e pega uma caneta que estava na mesinha ao lado do sofá e faz um em risco em meu braço e em seguida no seu.
Eu me viro para correr e de repente ... Por que eu queria correr? Me viro de frente e não há nada lá, Doutor olha para mim sem entender também, então ele olha para nossos braços e a compreensão chega a seus olhos.
– Silêncios! - ele diz.
– O que? - eu pergunto.
– Silêncio - ele diz, mas ele vê que eu não faço ideia do que fala - eles mandam sugestões hipnóticas, então basta parar de olhá-lo para que você esqueça completamente que já o tenha visto (por isso dos riscos, para saber que o vimos). O que não é bom já que ele absorve qualquer tipo de eletricidade que esteja por perto, podendo, an ... te matar.
Eu o olho e me lembro dos anjos lamentadores, nós não podíamos parar de olhá-los também, e que raio eu tenho com essas criaturas que não se pode parar de olhar?!
– Por que ele estava aqui?- pergunto percebendo então mais três riscos nos meu braço.
– Por que ele ainda ESTÁ? - Doutor diz, olhando em volta.
Olhamos para nossos braços, mas os riscos não aumentam mais.
– Vá se trocar - ele diz - vamos dar uma saída.
Eu vou para o quarto com uma caneta na mão, olhando para meu braço para ter certeza que os riscos não aumentaram.
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