Titanium escrita por Sol Loiro, MARVEL
Notas iniciais do capítulo
Muito obrigada pelos comentários suas lindas!
POV Scorpius
Estávamos eu e Al numa cabine do trem na maior tranquilidade quando a porta se abre e a cabeleira de Roxanne aparece (ou seja, cabô tranquilidade)
– Tá vazio gente! – diz pra alguém atrás dela e entra na cabine – Só tem o oxigenado e teu irmão, Jay
. Ela coloca as malas no recipiente para tais e se joga no banco na frente do meu (ou seja, no que Albus está sentado) e logo James, Fred e Dominique entram também, sentando no mesmo banco que Roxy e começam a conversar instantaneamente. O rosto de Al adquire uma expressão indignada e diz:
– Mas que que é isso?
– Ah, maninho, você não vai permitir que seus primos e seu irmão tão queridos se sentem nessa cabine? – debocha James.
Albus abre a boca para responder, mas Roxanne é mais rápida e completa a fala de James:
– E, meu pequeno gafanhoto, quando se faz parte da família Weasley deve-se aprender a dividir. Principalmente cabines do Expresso.
O Potter do meio revira os olhos e troca de banco, se sentando do meu lado.
– Hã, Roxanne? – chamo.
– Sim?
– Mas eu não sou parte dos Weasley.
Ela abre um sorriso malicioso antes de tentar responder, mas é interrompida por Kessy entrando na cabine puxando uma cabeleira ruiva.
– Vem logo Rose! - diz ela com dificuldade.
– Não! - exclama - Eu definitivamente não vou ficar na mesma cabine que o Doninha Jr.!
– Mas as outras cabines estão cheias! O que você quer? Passar o trajeto em pé?!
Rose pensa por um instante, cede irritada se senta no mesmo banco que eu (já que o outro está cheio), porém colada na parede e rapidamente se enfia num livro que, lendo a capa de relance, vejo que é "Hogwarts, uma história". Kessy se senta ao lado da amiga (ou seja, do meu lado), coloca fones de ouvido e fecha os olhos.
Observo a Weasley e, graças a Merlin ela está de calça, porque ano passado ela veio de saia e eu não consegui nem me concentrar em respirar direito e... Perai! Eu to realmente admitindo isso? Ah, ninguém ouviu mesmo.
O maquinista avisa que levaremos apenas alguns minutos para partirmos.
A cabine está muito parada - exceto pelo Fred e pela Roxy mostrando pro resto dos Marotos os trecos que roubaram da loja do pai - , então eu tenho uma ideia: Hora de implicar com a Weasley! Estendo o braço e arranco o livro dela e abro em uma página qualquer, me levantando.
– Hum, que interessante...
– Malfoy, me devolve! - diz ela ríspida, se levantando também.
– Deixa eu pensar... -dou um passo em sua direção, ficando a poucos milímetros dela e lembrando de relance do ocorrido a três anos atrás e uma estranha sensação me toma conta: uma vontade de fazê-lo de novo, mas logo volto a realidade - Não.
– SCORPIUS MALFOY! - ela berra.
Eu saio correndo, e ela vem atrás.
– Rose! - chama uma voz que identifico como a de Kessy.
Olho para trás e vejo que a Yang veio atrás da ruiva e logo depois dela vem Albus, rindo de não sei o que. Saio do trem e abro caminho por entre a multidão, até que Rose tromba em mim e caímos, ela em cima de mim, eu istintivamente a segurando (infelizmente - ou felizmente - na cintura) e ela por cima de mim com a varinha em minha garganta.
– Me. Devolve - diz com raiva e pausadamente.
– Tó - lhe dou o livro, com medo da varinha em minha garganta.
Ela arranca o mesmo de minha mão e me fita, e eu acabo me perdendo no mar que são seus olhos e parece ter acontecido o mesmo com ela, pois não vejo mais traço algum de raiva nela, mas a chegada de uma Kessy e de um Albus ofegantes nos fazem olhá-los e voltar para a realidade. Nos afastamos abruptamente e nos levantamos.
– Atrapalhamos alguma coisa? - pergunta Albus em tom de deboche.
Abro a boca para responder, mas o apito do trem me interrompe. As rodas começam a rodar e o trem a andar.
– Ah não, Ah não, Ah não, Ah não! - dizem Kessy e Rose, correndo atrás do trem até que ele saia da plataforma.
– O que a gente vai fazer agora? - pergunto.
– Eu sei lá, mas é melhor pensarmos rápido porque nossos pais tão vindo aí. - diz Al olhando para algum ponto na multidão e, ao seguir seu olhar, vejo meus nossos pais e o resto dos Weasley.
– Ai fudeu - murmuro.
– Rose! - chamamos nós três e ao mesmo tempo e viramos para ela.
– Por que eu? - Porque você é a inteligente! - diz Albus.
– Mas a Kessy é da Revenclaw! É inteligente também!
– Mas eu sou mestiça e você conhece melhor o mundo da magia! - rebate a Yang
. - Ta bom. - a ruiva faz uma cara de pensante e de repente seus olhos brilham. - Já sei. Mas a gente vai ter que correr.
– Tudo bem - digo - desde que não tenhamos que correr até Hogwarts.
– Engraçadinho - debocha a Weasley. - Venham!
Ela nos guia pela pilastra e comecamos a correr na Estação até o estacionamento ao ar livre.
– É uma loucura, e eu só vou responder perguntas dentro do carro, Okay?
– Okay, mas... Que carro? - indaga Kessy.
Rose coloca dois dedos na boca e assopra, assobiando alto. De repente, um Ford Anglia azul aparece correndo e para na nossa frente. Entramos no carro, Rose no banco do motorista (ou seja, do lado direito) , eu no do passageiro e Al e Kessy no de trás. A ruiva engata o carro e começa a dirigir.
– Você dirige? - pergunto.
– Dirijo. Desde os doze anos.
– O que?! - exclamo. - Resolvam isso depois, casalzinho - corta-nos Al - Mas esse carro não tava na Floresta Proibida?
– Tava - começa a ruiva - mas meu pai e Hugo tiraram ele de lá e concertaram.
– Mas como isso vai nos levar até Hogwarts? - pergunta Kessy - Você vai dirigir até lá?
Rose mexe em alguma coisa no carro e aperta um botão, e o Ford começa a subir e voar.
– Mas os trouxas não vão nos ver, esperta? - digo.
– Não, esperto. Estamos invisíveis. - ela indica o botão que apertou com um dedo.
Voamos sem problemas até alcançarmos o trem (o que demorou), mas aí que as coisas complicam. Acabamos quase batendo numa árvore, e na guinada que a Weasley deu com o carro, a porta do motorista abriu, e Rose caiu pra fora com apenas uma mão segurando o banco.
– Rose! - exclamam Al e Kess.
Me jogo no banco do motorista e seguro a mão da ruiva.
– Não me deixa cair!
– Nem pensar! Você é chata, mas nunca te deixaria cair!
A puxo pra cima e fecho a porta, mas Rose acaba sentada no meu colo, e, como não temos muito tempo antes de bater, ela cara o volante e eu uso os pedais (é a única parte de dirigir que eu já aprendi, Okay? Sou lerdo, fazer o que!). Quando estamos mais estabilizados, a Weasley olha pra mim, e, novamente (mais que droga!) me perco em seus olhos, mas uma árvore na qual quase batemos me chama a atenção.
– Weasley! - berro e coloco as mãos por cima das suas no volante e giro-o com tudo para a direita, com o intuito de desviar, mas é o Salgueiro Lutador, e ele bate no carro, nos fazendo cair de cabeça para baixo.
Nos arrastamos para fora do carro destruído, todos sangrando e cortados, porém nada além disso, aparentemente.
– Estão todos bem? - a ruiva pergunta.
– Sim, nada de grave. - responde Albus e eu e Kess concordamos com a cabeça.
Olho para os outros e as roupas também estão um pouco cortadas, mas Kessy é com certeza a mais ferida, afinal está de shorts e manga meio curta mas realmente parece não ter quebrado nenhum osso. Sorte que nossas malas estavam no trem e alguém certamente vai levá-las para os dormitórios.
Andamos em direção ao refeitório, pensando no berrador ensurdecedor que receberemos de nossas mães.
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