Loving In The Dead escrita por Miss Jackson


Capítulo 23
No caminho da cura


Notas iniciais do capítulo

1) LaraGamasSimoes, muuuuito obrigada pela sua recomendação! Eu fico muito feliz por você achar tudo isso de mim e da fanfic. Obrigada mesmo! ♥
2) Vocês leram certo: A cura da epidemia zumbi está próxima, e é mais fácil de se resolver do que se imaginava.
3) Se vocês quiserem pular as informações sobre os Nano robôs podem pular, mas eu recomendaria que vocês lessem, é interessante.
4) Big curiosidade: Os nano robôs existem mesmo, e são uma das probabilidades de ocorrer um apocalipse zumbi! Vocês podem ler mais sobre eles nos links que deixarei nas notas finais, se quiserem.
5) Não devia ter quinto. Mas só pra dizer... Boa leitura! :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/502207/chapter/23

30 de dezembro de 2011

Hoje quase não pude dar atenção pra Annie. Ela queria ir pra rua – mas sabia que não podia, os mortos-vivos estão cercando todo o prédio, e nossos suprimentos estão se esgotando. Passei um bom tempo trancada no meu escritório, estudando a cura. Annie não entendia, ela só queria atenção.

Agora é madrugada, ela está dormindo, e os mortos-vivos conseguiram entrar no prédio. Eles estão em todo lugar. Mais cedo ou mais tarde, teremos que dar um jeito. Mas como?

A cura é difícil de se estudar. Eu preciso capturar um deles para fazer os testes, mas longe da Annie.

Merda, eles estão batendo na porta.

Annie está dormindo.

Eu vou tentar.

Esse diário, que encontramos no quarto dos pais de Annie, é uma grande evolução para nós. Annie disse que a mãe dela vivia escrevendo nesse diário, e ela tinha uma pasta só de anotações.

– Um dia fui dar uma espiada nas coisas do escritório da mamãe e tinha uns desenhos estranhos, e anotações com nomes mais estranhos ainda, tipo uma tabela perílidica... – contara Annie.

– Periódica – corrigira Carl.

Era isso. Elizabeth Corfell, a mãe de Annie, estava estudando a cura. E nós estamos próximos de encontrá-la.

01 de janeiro de 2012

Eu conseguira capturar o morto-vivo para os testes, mas os testes não saíram muito como o planejado, ainda mais depois que Annie viu o que eu estava fazendo. Ela ficou tão assustada que não conseguiu nem chorar, só ficar tensa e mais pálida que o possível. Eu só pude dizer “Vá para a cama e esqueça o que você viu, Annabeth”. Me sinto horrível por ter que tratá-la assim.

O morto-vivo não reagiu bem aos testes, nem ainda “vivo” nem depois de completamente morto, o que prejudicou os testes. Não obtive nenhum resultado, mas se eu continuar tentando eu sei que conseguirei.

Annie acordou.

– Achou algo no diário? – pergunta Rick, entrando no quarto onde estou. Balanço a cabeça negativamente, desapontada.

– Elizabeth está a recém começando a fazer os testes nos Errantes – ergo meu olhar para Rick. – Tem certeza que ler tudo isso vai ajudar?

Rick me entrega um papel repleto de anotações e desenhos relacionados à biologia e essas coisas.

– Encontrei no escritório de Elizabeth – diz ele. – “Caminho para a cura”. É um começo, certo? Está incompleto, mas... Se der certo, podemos completar.

Meus olhos brilham.

– Rick, isso é genial! – exclamo. – Veja se consegue mais disso. Vou estudar.

. . .

Caminho para a cura

Hoje eu, Elizabeth Juliet Corfell, comecei a encontrar o caminho para a cura da epidemia. Após reativar um rádio consegui um local onde pegava um pouco de sinal, e entrei em uma estação que falava sobre eles, os nano robôs.

Faz tempo que os cientistas resolveram trabalhar nesse tipo de coisa. Dessa ideia maluca e aterrorizante saíram os nano robôs. Eles são robôs microscópios, e podem tanto destruir quanto construir tudo de forma invisível. Os cientistas sabiam que os nano robôs poderiam destruir a humanidade... Mas parece que eles quiseram ver até onde isso ia dar.

Eles fizeram muitos testes, muitos mesmos, em pessoas hospedeiras. Mas chegou uma hora em que um hospedeiro reagiu de forma diferente – antes eles eram normais, robôzinhos microscópios que entravam em nós e “ajudavam a medicina”, além de nos deixarem vivos mesmo após morrer –, até um dos nano-cientistas resolver inovar, deixando permanentemente o nano robô programado para ficar vivo mesmo após a morte de tal hospedeiro. O hospedeiro, ao morrer, reagiu de forma inesperada.

Após um surto de convulsões, uma febre incrivelmente alta, o hospedeiro acordou sedento por carne, produzindo ruídos e gemidos não-humanos. O cientista descuidado foi mordido pelo hospedeiro e, um a um, todos foram mordidos e infectados pelo nano robô descontrolado, aumentando a quantidade de nano robôs existente. E foi se espalhando. Um vírus que eles haviam criado secretamente, chamado Vírus-Nano, foi liberado por esse cientista – ele deve ter pensado algo do tipo "eu não vou me ferrar sozinho" – por tudo, e todos os países, todos os continentes, um a um, começaram a ser afetados pelo vírus.

A estação de rádio parou de funcionar depois disso. Mas deu pra entender bem. Quando uma pessoa saudável é mordida, o nano robô penetra em suas correntes sanguíneas e se instala no cérebro do novo hospedeiro, o que facilita a nossa transformação em mortos-vivos.

. . .

– Faz sentido – comenta Zoë quando termino de ler “Caminho para a cura”, de Elizabeth, para eles na hora do jantar.

– Não entendi alpacas sobre isso – diz Lizzie, fazendo-nos rir. Annie está com uma expressão de nostalgia e saudade, e sei que ela está com saudades da mamãe dela. Carl sorri para ela e sussurra algo em seu ouvido, o que a faz abrir um pequeno sorriso.

– A teoria dos nano robôs realmente faz sentido – diz Rick. – Estamos próximos de encontrar a cura.

– Nem tanto – retruco. – Rick, ela só explicou a origem da epidemia, não como podemos acabar com ela. – Me sento entre Carl e Zoë, suspirando.

– Encontrei mais uns papéis sobre isso, se ajudar... – diz Michonne, me passando mais alguns papéis. Sorrio e balanço a cabeça em agradecimento, passando os olhos pelos papéis. Nada que ajude muito.

Pera aí.

Meus olhos se fixam em um trecho específico em um dos papéis: Toda essa história começou em Washington DC. Se o vírus parar de ser transmitido, os nano robôs de todos os cérebros morrem. E os mortos-vivos morrem junto.

– Pessoal – anuncio, limpando a garganta, os olhos arregalados. – Acho que encontrei alguma coisa... – E saio correndo para o quarto, o papel sobre Washington na mão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Primeiro link: http://sobrevivencialismo.com/2011/11/05/semana-zumbi-qual-a-chance-de-um-z-day-ocorrer/ (esse é beeem legal!)
Segundo link, com informações profissionais sobre os nano: http://nanomedicina.webnode.pt/nanotecnologia-e-medicina/nanorobotica/