Broken Team (Hail Hydra) escrita por Carol


Capítulo 6
A Dark Night


Notas iniciais do capítulo

Amores meus, como prometido tem Skye nessa capitulo. Eu só encontrei um probleminha e espero que vocês não fiquem chateados. Como semana que vem já é season finale de Agents of Shield, eu não queria quebrar o enredo da história, me apressando. Então apenas fiz um monologo da Skye, um breve gostinho, imediatamente depois da cena final do último episodio. Então, spoilers! E se você não ve a série, peço desculpas porque provavelmente vai ficar um pouco confuso, mas vai ver agora! Sério, a série tá muito boa apesar do começo fraco e é ótima pros fãs da Marvel. Espero que gostem!



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C, quem diabos é C?” Clint diz lendo a mensagem por cima do ombro de Natasha. “Todo mundo sabe que eu sou C. É meu nome. Ninguém mais pode usar C.” Ele parece verdadeiramente chateado.

“Bem, você pode falar isso para o Capitão quando encontrarmos ele.” Ela abriu a carteira e jogou uma nota sobre o balcão. Então ela tinha trazido a carteira, afinal. Ela olhou para ele, apressada. "Vai ou não?"

"Bem, não é como se a minha agenda estivesse cheia." Ele termina a sua bebida e se levanta. “Hey, quem ele pensa que é para roubar a minha letra afinal? Ele podia muito bem ter colocado S.” Natasha apenas revira os olhos.

"Pare de reclamar, Clint." Ela disse, repetindo as palavras que ele falou para ela, momentos antes. "Vamos."

"Porque tanta pressa?"

“Você leu a mensagem dele, é urgente.” Ela diz, mentindo para si mesma. Ela se apressa para fora do bar, ao encontro da noite escura, seguida por um arqueiro resmungando.

(...)

Ele andava pelas ruas frias de Washington. Uma chuva leve começava a cair sobre sua cabeça, e ele fechou ainda mais o casaco. A adrenalina ainda pulsava em suas veias, fazendo que andasse involuntariamente mais rápido. Quando percebeu, estava correndo. A noite estava escura, e a lua não estava à vista. A única fraca iluminação provinha dos postes de luz, que piscavam a cada poucos segundos.

Ele tinha pensado bastante antes de fazer uma decisão. O rapaz não iria ficar inconsciente para sempre, e Steve nem cogitara a possibilidade de matá-lo. Ele podia capturá-lo como refém, e exigir algumas respostas, mas isso não era uma ideia tão boa com a velocidade que ele possuía. Além do mais, Steve não ansiava por um combate entre os dois novamente. Então ele apenas o deixou ali, sangrando sozinho no chão da estação.

Antes que pudesse repensar sua decisão, ele tinha chegado a seu apartamento. Não era grande coisa, mas era longe dos olhares indesejados. E era isso que importava naqueles dias.

Quando ele finalmente girou a chave na fechadura, seu corpo pareceu relaxar. Steve sabia que rapidamente começaria a sentir o impacto de seus ferimentos. Depois de uma breve checada nos cômodos, Steve constatou que Sam não estava em casa. Onde ele poderia estar?

Veio então a sua mente, a imagem dela. Ele queria explicações, e talvez ela as tivesse. Que mal faria? Ele a enviou uma mensagem.

Seu rosto ardia. Ele se sentou no sofá e deixou se afundar em sua maciez. Sabia que era melhor cuidar de seus ferimentos, mas a dor não estava tão urgente e o sofá era apenas tão confortável. O dia de hoje o exigira tanto, emocionalmente e fisicamente, que ele apenas não se importava com mais nada.

Minutos se passaram. Talvez horas. Era difícil saber na escuridão e silêncio do apartamento. Ele estava quase dormindo de exaustão quando sua porta explodiu aberta.

"Steve?" A voz de Natasha receou em seus ouvidos. Ela portava sua arma na mão seguida por Clint que segurava uma flecha em seu arco. "Steve." Ela o tinha localizado no sofá.

"Hey." Ele conseguiu falar, fracamente.

"Por deus, o que aconteceu?" Ela guardou a arma ao ver seus ferimentos e começa a avaliar a gravidade da situação.

"Não tenho certeza ainda."

Clint fez uma varredura do apartamento, se assegurando que estava vazio. Ele então abrira a geladeira localizando uma saco de gelo que o jogou para Natasha. Ela pegou e colocou suavemente em seu olho roxo.

"Quem te atacou?" Ela tinha se levantado e começava uma busca por uma toalha molhada para limpar o sangue seco de seu rosto.

"Hm, também não tenho certeza." Ele pressionava o gelo contra a sua pele. "Ele era rápido. Extremamente rápido. Tinha cabelos prateados e parecia não ter mais de 20 poucos anos. Familiar?" Ele conseguiu falar, sonolento.

"Não." A descrição não despertava nada em Natasha, que agora limpava os ferimentos no rosto do Capitão.

Já Clint, teve uma reação um pouco diferenciada. Ele congelou. Sabia muito bem de quem Steve estava se referindo. Apenas tinha problemas em acreditar que era verdade. Ele tinha encontrado um menino com essas exatas características, mas isso fazia muito anos. E além do mais, aquele menino que ele um dia encontrara estava morto. Como poderia ser o mesmo?

"Ele sabe a localização do apartamento?" Ele perguntou, temendo a resposta.

"Espero que não."

Clint apenas ficou em silêncio, processando as informações e tentando achar uma explicação lógica. Não era ele, não podia ser. Clint se recusava em acreditar na possibilidade. Sua mente queimava, e ele previa uma dor de cabeça. Não queria relembrar os momentos daquele encontro. Era a última coisa que precisava.

Steve, porém, estava surpreendente calmo, devido as acontecimentos. Ele podia sentir o aroma de Natasha pela proximidade dos dois, e com ele, uma sensação de segurança. Sua mente começava a relaxar, mesmo com tantas perguntas sem respostas. O cansaço começava a apoderar de seus membros. Ele fechou os olhos. Não aguentava mais os deixá-los abertos.

"Não, Steve. Fique acordado, ok?" Ela falou, batendo em sua bochecha de leve. Mas ele podia sentir a inconsciência o puxando. "Steve!"

E tudo ficou preto.

(...)



Eram 4:00 horas da manhã. Tony Stark estava sentado em sua mesa, com um xicará de café preto em uma mão e na outra uma rosquinha de chocolate.

“Tony?” Ele mordeu a rosquinha. Huh. “Tony, venha para a cama.”

“Vou estar ai em um segundinho.” Sempre odiara chocolate. Porque diabos tinha as comprado mesmo?

“Tony te conhecendo, um segundinho é a mesma coisa que duas horas.” Jogou a rosquinha pela janela aberta.

“Que absurdo, Pepper. Não confia em mim?”

“Não quando você tem uma xicará de café na mão.” Disse ela ao aparecer na porta. Ele lambeu os dedos.

“Ok, ok. Você me pegou. Mas eu não posso ir para a cama sem terminar de olhar esses arquivos.” Ele disse se referindo as informações vazadas das Hydra.

“Você já está olhando esses arquivos por dias. Venha para cama.” Ela tirou a xícara de café de sua mão.

“Hey! Eu estava meio que bebendo isso.”

“Não mais.” Ela sorriu, o provocando. Ela deslizou a mão pela sua camisa. O toque provocou uma corrente elétrica pelo seu corpo. Ele a puxou para perto.

Seus olhos azuis brilhavam na luz artificial do escritório. Ela estava com pequenas olheiras debaixo dos olhos, provavelmente por culpa dele. Estava apenas de roupa íntima, enrolada em um roupão de seda preto. Suas sardinhas se destacavam ainda mais na pele sem maquiagem e seu cabelo dourado estava solto, despenteado e rebelde. Ele pegou uma mecha e a colocou atrás de sua orelha. Ela era a única pessoa no mundo que conseguia o distrair, acalmando a sua mente.

Ah, como ele amava aquela mulher.

E quando se deu por si, seus lábios estavam-nos delas. Primeiro suavemente, sem pressa. Ele parecia estar fazendo tudo apressadamente esses dias. Ele sentia o seu gosto, a textura de sua boca. Ele sentia a pele nua de sua cintura, onde se encontravam suas mãos, e a maciez do cabelo dela que raspava em sua bochecha.

Sabe como dizem que tudo ao seu redor parece desaparecer? Bobagem. Ele ainda estava ciente da tela do computador brilhando com o símbolo da Hydra. Ele ainda estava ciente que SHIELD fora rotulada como uma organização terrorista e não existia mais. Ele estava ciente do perigo que corria. Ele ainda estava ciente dos problemas que o Extremis causara. Ele estava ciente que os estilhaços no seu peito não se encontravam mais lá. Mas todas essas coisas, todas essas preocupações pareciam tão pequenas, tão insignificantes, que pareciam deixar de existir. Elas ainda estão lá, porém, no fundo de sua mente, escondidas a plena vista. Prontas para explodir a qualquer momento. Mas esse momento não era agora.

O beijo começara a ficar mais intenso, alimentando a paixão dos dois. Ele a queria, a desejava, inteiramente. Ele a puxou para mais perto, como se ele odiasse a distância entre seus corpos. Eles estavam em sintonia, se encaixando.

E por um momento, eles podiam apenas saborear a companhia do outro.



(...)


O coração dela batia forte contra seu peito. A mente de Skye borbulhava de diferentes pensamentos, todos focados em achar alguma saída para a situação onde se encontravam. A espada do homem a sua frente emitia um brilho alaranjado, que a perturbava.

Mas de uma maneira que ela mesmo se surpreendia, ela não estava exatamente assustada. Ela já estava cansada de estar com medo. Ela já estava cansada com a situação onde se encontrava. A sua única saída onde o número de fatalidades era menor, era aquela que ela aceitava. Ela não iria lutar contra. Ela iria lutar usando todos esses acontecimentos ao seu favor. Mas ela sabia que para atingir essa meta, muita luta ainda haveria por vir.

Pois por mais que ela odiasse, ela ainda sentia vontade de chorar quando repousava a cabeça no travesseiro no final do dia. No momento que ela achou uma família, que ela finalmente pertencia em algum lugar, tudo escapou pelos seus dedos. E não importava o quanto ela lutasse agora, não seria a mesma. Mas ela não ia derramar nem uma lágrima. Muito menos por ele. Ele, que a traiu, a manipulou e rasgou seus sentimentos ao meio. Ela estava decidida a transformar a sua tristeza em raiva, para que quanto o momento chegasse ela pudesse socar a sua cara. Ela apertou ainda mais a arma que segurava. Ela passou a adorar a sensação de segurança que ela transmitia, e o modo como ela se encaixava em sua mão. Mas ao mesmo tempo, ela odiava o motivo de precisar estar segurando uma arma em primeiro lugar.

Mas agora não era uma boa hora para monólogos internos. Com o canto do olho ela podia ver May se preparando. Era hora do combate.


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Notas finais do capítulo

Gente, qualquer dúvida vocês sabem que podem me perguntar nos comentários. Obrigada a todos pelas criticas positivas e construtivas! Não deixem de comentar, porque ler os comentários de vocês fazem o meu dia. Beijão!

Ps: Eu sei que esse capitulo demorou um pouquinho, mas isso é porque eu estava decidindo como iria escrever a Skye sem cortar o enredo do próximo episodio de AoS. Por isso mesmo, próximo capitulo só vai sair depois da season finale.