Broken Team (Hail Hydra) escrita por Carol


Capítulo 5
The Stranger


Notas iniciais do capítulo

Gente, capitulo novo fresquinho! Essa é a minha primeira cena de ação que eu escrevo, like ever. Então é muito importante pra mim que vocês comentem o que vocês acharam. Tomara que gostem!!



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Sharon Carter já se fora. Sam também já tinha ido algumas horas antes. Quando Steve se deu conta que era a única pessoa a vista no cemitério e que as luzes do céu começavam a ficar alaranjadas do pôr do sol, ele decidiu que era hora de se retirar.

De uma maneira estranha, e talvez um pouco egoísta, ele estava aliviado. Ele sabia que Peggy teria que morrer em algum momento. E era emocionalmente cansativo ficar esperando esse momento. Steve se sentia um pouco culpado em admitir esse sentimento, mas não era como se ela tivesse sofrido ou mesmo ciente de sua morte. Peggy já não era mais a mesma fazia alguns anos. E vê-la ali, deitada na cama do asilo, observando como o tempo passara para ela, doía mais do que realização que ele nunca mais iria vê-la.

Assim era para o melhor.

Ele se dirigia ao seu apartamento. Steve pegara a linha amarela do metrô para voltar para casa. Era hora do rush, então o esperado era o metrô estar lotado e espremendo pessoas. Surpreendentemente, no seu vagão apenas tinha uma velhinha fazendo suas palavras cruzadas, um rapaz no canto dormindo e uma família de turistas usando camisetas iguais horríveis. Claro, ele não morava no bairro mais populoso da cidade, mas sempre tinha um movimento voltando para casa.

Steve decidiu ignorar essa observação. Provavelmente estava ficando paranoico.

“Próxima parada, Huntington.” Uma voz feminina falou pelas caixas de som.

O cara acordou pacificamente de seu cochilo e se espreguiçou. Ele usava um boné azul que cobria metade de seu rosto. Ele se levantou preguiçosamente e se postou diante das portas de saída, a dois passos de Steve.

“Por favor, cuidado com as portas.”


Tudo aconteceu incrivelmente rápido. Steve nem conseguiu pensar em qualquer coisa antes de sentir uma dor forte em seu abdômen. O rapaz investiu para o segundo golpe, levando apenas frações de segundos para atingir Steve no rosto, o nocauteando.

A dor nem fora processada ainda e ele já levava um terceiro golpe. A velhinha gritou. Steve finalmente se deu conta que estava sendo atacado, e tentou investir para o seu inimigo. Ele desviou do soco de Steve, indo para o lado em um borrão. Steve nem o vira quando foi derrubado de costas e levou um chute nas costelas.

“Vamos, o famoso Capitão America. Isso é o melhor que pode fazer?” O garoto fala com uma voz grossa, usando um tom debochado.

Steve é tomado pela raiva e se levanta dando um pulo, colocando força nas pernas.

“Bem, quer mesmo descobrir?”

O garoto abre um sorriso e avança. Dessa vez o Capitão estava levemente mais preparado e colocou as mãos posicionadas em defesa, já que por seu terrível arrependimento tinha deixado o escudo em casa. Mas, o garoto era muito mais rápido. Enquanto Steve pensava em fazer o movimento, ele já tinha atacado, atingindo o no maxilar.

Steve sentia o gosto de sangue na boca. Ele avançou com o punho fechado em sua direção, mas o rapaz desviava de seus ataques de novo, de novo, e de novo. A impressão era como se lesse a sua mente e previsse seus movimentos, o possibilitando de desviá-los antes mesmo de eles acontecerem.

O capitão se afastou e desprendeu um tubo de metal preso no chão. Quando o rapaz investiu para mais um soco, ele girou o metal e o atingiu, por sorte, a centímetros de seu próprio rosto.

O impacto fez com que ele caísse para trás, ficando um pouco atônito com a batida. O boné tinha caído no chão, revelando assim seu rosto. Tinha os traços bonitos, interrompidos apenas por escuras olheiras, que pareciam se destacar ainda mais por causa de seus olhos azuis elétricos. Seu cabelo era prateado, que brilhava na luz fraca do vagão. A família os olhava aterrorizados, com exceção do filho menor que tinha uma excitação em seus olhos. Mas Steve tinha uma leve suspeita que ele não tivesse muita noção do perigo em que estava.

Steve voltou sua atenção para o atacante, procurando por pontos fracos que poderia usar em sua defesa. Mas em um momento estava ali, e no outro ele estava ao seu lado. O capitão atacou com o cano, mas ele agarrou a arma com as duas mãos antes que pudesse atingi-lo.

"Próxima parada, Abraham Square"

O rapaz podia ser incrivelmente mais rápido, mas o Capitão ainda era mais forte. Ele aproveitou a oportunidade e usou o cano para fazê-lo perder o equilíbrio, empurrando o com toda a sua força quando as portas do vagão se abriram. Ele foi jogado contra uma das paredes da estação e demorou um pouco para se recuperar da batida. Steve saltou do trem deixando uma família e uma senhora abismados para trás.

Quando olhou para o local onde segundos antes o rapaz estava deitado, uma onda de adrenalina percorreu seu corpo ao perceber que ele sumira. Entretanto ele ainda sentia a sua presença, em algum lugar nas sombras da estação mal iluminada.

“Então, suponho que não queria me dizer quem exatamente é você, e nem porque está tentando me matar ou esse é finalmente o meu dia de sorte?” O capitão pergunta, tentando uma abordagem diferente.

Steve se lembrou do que aconteceu mais cedo, e se corrigiu. Hoje definitivamente não era o seu dia.

Mas silêncio foi a resposta que recebeu. Ele sabia que o rapaz atacaria de novo, era apenas uma questão de tempo. Localizou alguma coisa que poderia usar como arma, já que o tubo de metal que retirara do vagão parecia ter sumido.

Foi quando recebeu um golpe na panturrilha, o forçando a ficar de joelho por causa da dor. Olhou em volta tentando localizá-lo, mas ele não estava à vista. Parecia um fantasma. Da mesma velocidade que ele aparecia, ele se escondia novamente. Merda. O capitão xingara silenciosamente. Se ao menos ele conseguisse agarrá-lo, a luta seria justa.

Quando o garoto surgiu das sombras novamente, Steve foi rápido em localizá-lo e se ergueu, ignorando a dor gritante que sentia. Avançou em sua direção, com os braços estrategicamente posicionados e quando eles tiveram contato, jogou todo o seu peso em cima dele, provocando a queda dos dois no chão. Steve não perdeu tempo e o prendeu no chão, socando seu rosto repetidas vezes. Ele tentou se defender, agarrando as mãos do Capitão antes de atingirem seu rosto. Mas ele usou isso em seu favor, girando e torcendo o braço do rapaz. Ele suprimiu um grito agoniado e usando aquela distração, o Capitão o atingiu em cheio, fazendo com que ele ficasse tonto e menos consciente da situação.

“Quem. É. Você?” Ele gritou entre socos, até que o rapaz perdesse a consciência e tudo ficasse preto.

(...)


Ele estava a segurando em seus braços. A ruiva deixou o calor que ele emitia a envolver. Ele era mais alto do que ela, e sua cabeça batia em seu ombro. Isso dava a sensação que ele a envolvia por completo, a protegendo do mundo. Ela enfiou o rosto em sua camisa de algodão, sentindo o seu aroma. Ele cheirava a sabonete e hortelã.

Ele sussurrou o seu nome baixinho, provocando um arrepio nela que a percorreu de sua cabeça até a ponta de seus dedos. Ela suspirou e fechou os olhos. Mas não era um suspiro cansado, como estava fazendo tanto aqueles últimos dias. Era um suspiro de satisfação, como se não tivesse lugar melhor no mundo para se estar. Ele passou a mão suavemente pelo seu rosto, um toque que despertou milhares de sensações. Pegou a pelo queixo e ergueu sua cabeça para que ela olhasse para ele. Ela abriu as pálpebras, para se deparar com dois olhos azuis a admirando.

Em uma fração de segundo os olhos azuis se tornaram em vermelho sangue, e tudo a sua volta começou a desmoronar. O chão sobre seus pés desapareceu e ela desabou, sua última visão sendo Steve Rogers a olhando cair para o vazio, sussurrando as palavras Hail Hydra em sua mente.

Natasha acordou de sobressalto, assustada, agarrada a arma que mantêm de baixo de seu travesseiro. Ela suava frio. Sua respiração estava curta e entrecortada. Minutos se passaram até ela se sentir calma o suficiente para se mover.

Seus olhos se acostumaram à escuridão do quarto e ela teve certeza que o sonho não fora real. Soltou a arma e se sentou na beirada da cama. O que diabos acabara de acontecer? Era a pergunta que ecoava na sua mente. Uma mensagem iluminou a tela de seu celular. Ela respirou fundo e a leu.

Me encontre no The Witched ás 9:00.

–C

Apesar de ainda estar abalada, Natasha não pode evitar o sorriso fraco que surgiu em seu rosto. Seria bom ver novamente um velho amigo.

Ela se levantou e foi tomar um banho quente, deixando que os resquícios do sonho fossem levados pela água.

(...)


Seu único arrependimento era não estar lá quando a ação aconteceu. Quer dizer, sério mesmo? Ele viaja a Romênia para uma missão e quando volta, sua agência não existe mais, Nick Fury está morto, Hydra ressurge das cinzas e um maluco do passado do Capitão está destruindo toda a cidade? Por que diabos ele teve que aceitar a maldita missão mesmo? Ele teria adorado enfiar uma flecha no coração de Alexander Pierce.

“Uísque, por favor.” Ele diz ao bartender ao se sentar.

Claro, mais tarde fora informado por Fury em pessoa que ele não estava morto. Mas isso era confidencial, pois Hydra tinha que pensar que ganhara pelo menos essa batalha. Mas ele não estava preocupado. Hydra não iria ganhar as próximas.

Uma mulher ruiva vestida inteiramente de preto se sentara de seu lado. O cara atrás do balcão perguntou se queria alguma coisa.

“A bebida mais forte que você tiver, fazendo o favor.” O homem pegou uma das garrafas na prateleira de cima.

“Hm, dia difícil?” Ele abriu um sorriso. Ela tomou toda a sua bebida de uma vez só, e depositou o copo vazio no balcão com um baque. Se virou para encara-lo e roubou sua bebida também.

“Mais pra vida difícil, Clint.” Ela virou a bebida dele.

“Nah, tenho certeza que já passou por momentos piores.” Ele sinaliza para o cara um refil.

“Pior do que ter sua agência destruída e ser caçada por uma organização secreta nazista que até pouco era considerada eliminada? Hm, deixe me pensar.” Ela estalou os lábios. “Nope.”

“Hey, não seja uma menininha chorona e pare reclamar. Você não é a única nessa situação. Outras pessoas também perderam seus empregos. Milhares delas.” Suas palavras eram duras, mas ele as falara de um jeito compreensivo.

Natasha pensou no seu sonho que tivera algumas horas antes. Mas aposto que as outras pessoas não tinham sonhos assim. Ela ainda tremia só de pensar. Treme por causa de Steve ou por causa da Hydra? Era a pergunta que uma vozinha em sua cabeça fazia. Natasha mandou a vozinha ir pro quinto dos infernos.

“Mas vamos falar sobre assuntos menos depressivos. O que tem feito ultimamente?” Ele pergunta.

“Ah, você sabe. Procurando empregos em lanchonetes. Eu quase consegui um nessa franquia de Fast Food, mas acontece que você tem que ser simpática e até sorrir, acredita? Apenas não é a minha zona de conforto.” Ela brincou. Eles deram uma risada fraca.

“Hey, olhe para aquele cara de camiseta vermelha perto da mesa de sinuca, não Natasha, não encare. Jesus você pode matar alguém com esse olhar. Ah bem, talvez ele mereça. Ele estava totalmente olhando pra sua bunda há alguns segundos atrás.” Natasha sorriu.

“Ah, que engraçado. O que acha de nos divertimos um pouco?” Ela falou, olhando pro homem e dando uma piscadela.

“Deus Natasha, eu ainda te mato.” Ele virou o copo que o bartender tinha posto na sua frente.

“Não, você sentiria muito a minha falta.”

“Hm, disse quem?”

Ela revirou os olhos. “Oh, olhe. Ele está vindo.” Ela disse se referindo ao cara de camisa vermelha.

Ela estava certa. O cara se dirigia na direção deles. Andava engraçado, como se não tivesse noção de profundidade, quase tropeçando uma vez ou outra. Clint apostava 10 dólares que estava caindo de bêbado.

“Olá, florzinha.” Ele disse ao finalmente chegar ao seu destino. “Posso te pagar uma bebida?” Seu hálito cheirava a cerveja.

“Bem eu adoraria, já que deixei a minha carteira em casa.” Como diabos ela esperava pagar então? Eu que não iria pagar por ela. Clint pensou com si mesmo.

“Uma margarida para a florzinha aqui. Uma flor para um flor.” Ele disse ao homem, sorrindo.

“Uma margarita, você quer dizer.” O homem o corrige, preparando uma. O cara apenas faz tanto faz com as mãos.

“Eu tive uma ótima ideia, porque a gente não se encontra no banheiro daqui a cinco minutos?” Ele fala em um tom que supostamente era para ser sedutor, só que ele meio que cuspiu enquanto falava. Clint segurava o riso. O homem baixou a mão para o peito dela.

“Uh-oh. Péssima decisão, colega.” Clint disse rindo alto.

Ela apenas olhou com cara de tédio para ele. Pegou a mão dele pelo pulso e a torceu, se levantando e dando um chute na parte de trás de sua perna, o forçando a cair de joelhos.

Pense em fazer isso de novo e perde a mão. Fui clara?” O homem apenas respondeu com um gemido de dor e ela o soltou. “Acho que você deve voltar à sinuca agora. Mas muita obrigada pela margarida.” O homem saiu aterrorizado.

Os dois riram juntos. Natasha deu um gole em seu novo drinque. O celular dela vibrou em seu bolso e ela olhou para tela, checando a mensagem.

Por favor, venha a Rumison Street, 428. É urgente.

–C

O coração de Natasha não pode evitar de bater mais rápido ao se dar conta de quem a mensagem pertencia.


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Notas finais do capítulo

Gente, pra quem não sabe quem é o tal rapaz lindo de olhos azuis, é o querido Mercúrio (Pietro, para os íntimos.) Ele já está confirmado para aparecer em Vingadores 2, então quem não conhece ele e não entendeu muito bem, dá uma pesquisada ou me pergunta nos comentários. Aproveita e vê as fotos que saíram dele nas gravações, ele é um amorzinho, ok. Desculpa também por não ter uma participação da Skye ou do Coulson!! Se eu colocasse eles ia ficar muito longo, e dai eu tenho medo de ficar cansativo então vou colocar no próximo.
Beijos no core, obrigada a todo mundo que está acompanhando. Significa MUITO.


Ps: NÃO CLINT NÃO TEM NENHUM INTERESSE AMOROSO NA NATASHA ELES SÓ SÃO BONS AMIGOS, OK? OK.