Hoje é dia 20 de junho . É inverno e está bem frio lá fora .

Olho pela janela da minha sala , sou jornalista , faltam 5 minutos para eu possa voltar para casa. Mas eu não quero. Ela me traz muitas lembranças, são lembranças boas, de quando ele estava aqui.O Doutor.

''Ah, o Doutor'', eu penso, com uma pontada do lado esquerdo do peito. Como ele faz falta. Ontem fez um ano que ele se foi.

Depois de tanto tempo juntos , ele teve que ir, sozinho. Não podia me levar, ele disse ''dessa vez não, é perigoso demais, não posso levá-la'',ele entrou na TARDIS então se foi.

Ele não voltou.

Cinco minutos depois eu saio da redação. O vento gelado bate no meu rosto e eu coloco as mãos dentro dos bolsos do casado para aquece-las.

Tenho que subir todo o calçadão para chegar até o prédio onde eu moro. Não uma subia tão íngreme, o frio faz com que ela pareça duas vezes mais longa,mas eu não tenho pressa para chegar em casa, então ando o mais devagar que eu posso, olhando para as vitrines e para as pessoas.

Paro para olhar uma vitrine, um vestido lindo está exposto em uma manequim. Ele é preto, com pequenos brilhos, frente unica e longo com uma fenda do lado direito.

– Não acho que esteja um bom dia para se ver vitrines - diz uma voz familiar.

Uma corrente elétrica passa pelo meu corpo, e eu viro repentinamente para ter certeza que não tinha imagino aquilo. Era voz dele.E quando me viro, ele está lá, sorrindo pra mim.

Eu me jogo em seus braços e o abraço o mais forte que posso, para ter certeza que ele está lá. Meu pés estão no ar, ele é bem mais alto que eu, e sustenta todo o meu peso me segurando em seu abraço apertado.

Mal posso acreditar que ele está aqui.

Meu Doutor está aqui.

Ele voltou pra mim.

– Olha só você , parecia maior quando eu fui embora- ele diz me colocando no chão.

– ha ha, muito engraçado,mas eu tenho a mesma altura, 1,55.

– Parece ótimo pra mim- ele diz sorrindo e estende o braço pra mim- que tal tomarmos um chá?

– Seria ótimo- digo sorrindo e passo o meu braço pelo seu.

Caminhamos até o prédio onde moro e atravessamos a rua , andamos até o coffe's.Doutor abre a porta e sorri pra mim .

– Primeiro as damas.