...

Depois que todos foram embora, Castle foi para o quarto e encontrou sua esposa dormindo com as meninas ao lado, Kate havia adormecido sem nem se dar conta, estava muito cansada, Castle pegou as meninas devagarzinho e as colocou no berço, depois tomou um banho e se deitou ao lado da esposa, em alguns minutos adormeceu.

Na madrugada Kate acordou assustada procurando as filhas na cama, mas se tranquilizou ao ver Castle ao seu lado, levantou e foi até a cozinha beber água e aproveitou para comer algo antes que as meninas acordassem para mamar. Estava preparando um lanche quando ouviu um barulho na porta, alguém estava entrando, não dava tempo de ir ao quarto buscar a arma, então ela pegou uma faca e se abaixou, quando viu as duas pessoas passando ela se levantou e gritou.

– Parem ai ou eu vou atirar em vocês !

Alexis se assustou e deu um grito, Gabriel ficou imóvel e Castle acordou com o grito e veio correndo ver o que era.

– O que aconteceu, alguém se machucou ? perguntou Castle desesperado.

– Alexis ? perguntou Kate.

– Mãe, você me assustou... O que esta fazendo ai ?

– Preparando algo para comer – ela balançou a cabeça. E você onde estava uma hora dessas?

– O que ta acontecendo aqui? Porque gritaram? Perguntou Castle sem entender.

– Não foi nada Castle, volte a dormir, disse Kate.

Castle obedeceu e voltou para a cama. Alexis estava indo para o quarto quando Kate a parou.

– Espere ai mocinha, ainda não me disse onde estavam e porque estão chegando a essa hora?

– Estávamos em uma festa mãe.

– E porque não dormiram na casa do Gabriel? Porque vieram a essa hora?

– Porque o papai se incomoda quando não aviso que vou dormir lá... e como eu não sabia que ficaria até tarde não disse nada, então disse para virmos pra casa.

– Tudo bem, mas por favor da próxima vez não me assuste desse jeito.

– Achei que vocês estavam dormindo, porque deveriam estar

– Acordei assustada... e com fome.

– Precisa parar de comer de madrugada mãe... vai ficar gorda, disse Alexis rindo e subindo as escadas.

– Suas irmãs me consomem, preciso comer – gritou ela. E não vou ficar gorda nada, ela disse, mas Alexis já tinham sumido lá pra cima.

Kate terminou seu lanche e depois foi amamentar as meninas. Castle estava dormindo feito um bebê, a bagunça não o afetara. Depois de amamentar as meninas, Kate escovou os dentes e voltou a dormir.

De manhã Castle acordou cedo e preparou o café, quando Alexis desceu com Gabriel ele não perdeu a oportunidade de incomodar a filha.

– Mas o que é que esse garota esta fazendo aqui? Perguntou ele fingindo estar bravo.

– Não começa pai...

– Não vai me dizer que ele dormiu aqui.

– Dormiu sim... Algum problema ?

– Eu vou te matar Gabriel... disse ele indo pra cima do rapaz.

Gabriel correu para a cozinha e se escondeu atrás de Alexis.

– Desculpe senhor Castle, eu não...

– Você não o que? Não queria dormir com a minha filha? Não queria fazer isso dentro da minha casa? Eu vou arrancar os teus olhos...Castle continuava perseguindo-o.

Gabriel continuava correndo pela casa.

– Não senhor Castle, por favor... não vai mais acontecer... eu prometo, dizia Gabriel correndo pela casa.

Alexis ficava apenas olhando.

– Amor me ajuda, seu pai vai me matar, disse Gabe voltando a se esconder atrás dela.

– Não, ele não vai... quem vai morrer é ele... e agora, disse ela.

Nesse momento Kate aparece na sala com uma cara de brava.

– Richard Castle ! – ela gritou. Eu demorei quase uma hora para fazer as suas filhas dormirem e poder descansar mais um pouco e você começa a gritar e acorda as duas e eu não dormi nada, disse ela indo em direção a ele.

– Desculpa amor... perdão, não queria te acordar, só... só queria assustá-lo um pouquinho.

– Conseguiu... e conseguiu me deixar irritada também, disse ela.

– Desculpa amor... não se preocupe eu fico com as meninas e você pode voltar a dormir, disse ele.

– Não precisa mais... fez café? Perguntou ela.

– Claro.. deixa que eu pego pra você, disse ele correndo pra cozinha.

Kate se sentou na bancada da cozinha enquanto Castle servia seu café.

– Não ta mais tão valente agora não é pai? Alexis debochou dele.

– Não enche Alexis... E eu ainda vou conversar com esse aí.

Castle entregou o café a Kate.

– Deixa a menina em paz Castle... você não cansa de infernizá-la com a mesma coisa sempre?

– Não. Enquanto eu viver vou infernizar a vida dela por causa dos namorados.

– E é por isso que eu vou me mudar, disse Alexis.

– Esse assunto de novo querida? Perguntou Kate.

– Não posso morar com vocês pra sempre.

– E porque não? Perguntou Castle.

– Porque você inferniza os meus namorados... e porque eu preciso viver a minha vida, construir a minha historia.

– Pode fazer isso morando aqui, disse Castle.

– Não, eu não posso pai.

– Não quero que você se mude querida, eu adoro ter você aqui.

– Eu também te amo mãe, mas nós sabemos que é inevitável, disse ela dando um beijo em Kate.

– É, sabemos, disse Kate bebendo seu café.

– Mas não se preocupe, esperarei as meninas estarem maiores... quando você voltar ao trabalho e estiver adaptada.

– Bom, então ainda temos mais alguns meses, disse Kate.

– Sim, temos.

– Só uns meses? Você poderia esperar elas fazerem um ano, disse Castle.

– Pai eu só vou me mudar, não vou embora pra outro país ou coisa do tipo... além do mais, eu vou morar perto e virei visitá-los sempre.

– Não é a mesma coisa, disse ele.

– É verdade, não é, mas é uma coisa boa – disse ela. E não vamos mais discutir isso, afinal eu já devia ter me mudado a muito tempo.

– Ok. Mas de quanto tempo estamos falando? Perguntou Kate.

– Não sei... Quando você voltar a trabalhar?

– Daqui a dois meses.

– Então daqui a dois meses, talvez três, disse ela dando de ombros.

– Ok.

– Kate porque você volta em dois meses? Não deveria ser em três? Perguntou Castle.

– Sim, mas como tirei licença antes, preciso voltar antes também.

– Isso é meio injusto...

Nesse momento as meninas começaram a chorar.

– Deixa que eu olho elas, disse Castle.

– Não, tudo bem. Elas querem o que só eu posso dar, disse Kate se levantando.

E os meses foram se passando assim, Kate se dedicou as suas filhas ao máximo, Castle e Alexis a ajudavam em tudo, estavam sempre cuidando das meninas para que ela pudesse descansar. Passeavam toda a semana em família, Castle perturbava Gabriel toda vez que ele dormia em sua casa. Foram dois meses tranquilos e divertidos.

As meninas estavam com três meses, Kate estava voltando ao trabalho, pois tirou licença antes, então precisava retornar antes também. Ela estava empolgada, feliz por finalmente voltar ao trabalho, mas também estava preocupada, com medo, suas filhas ainda eram tão pequeninas, ela não queria ficar afastada delas, seu coração doía só de pensar.

– Castle... não sei se vou conseguir ficar longe delas.

– Amor, elas vão ficar bem... e estarão bem pertinho de você, é claro que você vai conseguir.

– Mas eu não quero ficar longe delas Rick.

– Pra isso só tem uma solução.

– Não vou me demitir Castle.

– Então vai ter que fazer uma lavagem cerebral na capitã pra que ela deixe você levar as meninas pra delegacia.

– Talvez isso funcione Castle, ironizou ela.

– Eu tenho uma amigo que pode ajudar.

Ela o olhou séria, revirou os olhos, balançou a cabeça negativamente e saiu do quarto.

– É serio Kate, ele pode ajudar, gritou ele.

Kate tomou seu café, e foi terminar de se arrumar. Terminou de se vestir, pegou a bolsa enquanto Castle trazia as filhas.

– Estamos prontos, disse ele.

– Acho que eu sou a única que não estou, disse ela olhando pra ele.

– Kate nós vamos chegar atrasados desse jeito.

Ela revirou os olhos.

– Não estou falando disso Castle, estou falando em ficar longe delas.

– Isso de novo Kate.

– É difícil pra mim Castle, ou ter que deixar minhas filhas aos cuidados de pessoas que eu não conheço.

– Eu já disse que fico em casa com elas.

– Não Rick, elas precisam ficar na creche, eu tenho que me acostumar... e eu também quero poder vê-las durante o dia.

– Você pode vir em casa pra vê-las.

– Escapar pra ir a creche é mais fácil, já que é no mesmo prédio.

– É verdade, disse ele.

– Vamos logo se não vamos chegar atrasados.

Quando chegou ao carro Castle arrumou as meninas na cadeirinha e eles seguiram pra delegacia.

– Porque eu nunca posso dirigir? Perguntou ele.

– Porque eu sou a detetive... e além do mais estamos no meu carro, disse ela.

– Isso não é justo, nós nunca vamos no meu carro.

– Castle pare de reclamar, ta parecendo criança... e seu carro não da pra levar as nossas filhas e você sempre dirige quando saímos.

– Mas...

– Mas nada Castle, se você não calar a boca vou fazer você ir de táxi.

Depois dessa Castle parou de reclamar e foi o caminho inteiro falando de como era bom estar de volta e que estava com muita saudade de perturbar os meninos, ele os havia ajudado quando Kate estava grávida e até mesmo depois que as meninas nasceram, mas com uma frequência bem menor, e não tinha a mesma graça se Kate não estivesse lá pra ver.

Quando chegaram na creche Kate passou varias recomendações, parecia uma maluca com tudo aquilo, era a mãe mais super protetora que havia naquela delegacia.

– Aqui estão os números do meu celular, celular do meu marido, da minha filha, o numero de casa, qualquer coisa é só nos ligar... aqui nos bolsos do lado – disse ela apontando na bolsa – estão os remédios pra febre e dor de ouvido, só use se for realmente necessário, elas mamam de três em três horas, nem um minuto a menos... eu vou tentar vir aqui nos horários que elas mamam, se eu não aparecer aqui neste bolso tem uma garrafa térmica com leite- disse ela apontando.

– Mas como vou saber se a senhora vem ou não? Perguntou a moça.

– Eu ligarei... bom elas mamaram as sete, não precisa dar nada além do leite, nada mesmo, nem água... elas não chupam chupeta, então sobre hipótese alguma de chupeta a elas, mesmo que elas estejam chorando muito, sentindo alguma dor ou algo do tipo, se isso acontecer, nos ligue.

Castle nada dizia, apenas observava o que Kate estava dizendo.

– E aqui tem mais seis números de telefone, caso vocês não consigam nos encontrar pode ligar pra esses números, nessa mesma ordem...

Castle a interrompeu quando viu a ordem.

– Lanie, Jenny, Jim, Ryan, Esposito e Martha... porque a minha mãe fica por ultimo? Que ordem é essa Kate ?

– Lanie é a madrinha e também médica, Jenny também é mãe, sabe o que fazer, meu pai, porque é o meu pai e depois os meninos.

– Ta mais porque a minha mãe tem que ficar por ultimo? Porque não depois do seu pai? Ela é meio doidinha, mas sabe cuidar muito bem de uma criança... E depois até mesmo do Esposito? Isso é muito injusto, disse ele indignado.

As moças estavam os olhando discutindo.

– Castle sua mãe esta por ultimo não é porque ela é irresponsável, é só porque ela esta viajando, não sabemos nem onde ela esta, disse Kate.

– Isso é verdade.

Kate voltou a falar com as moças.

– Se elas começarem...

Nesse momento o telefone de Kate tocou, ela pediu licença e atendeu. Era Espo, havia ocorrido um homicídio. Ela pegou todas as informações do local e desligou.

Enquanto Kate estava no telefone Castle deu algumas dicas para as moças.

– Desculpe, precisei atender... Acho que meu marido já disse que elas adoram musica lenta.

– Sim, ele nos disse, nos deu algumas outras dicas também.

– Ok. Então se elas começarem a chorar muito sem motivo aparente, coloque pra tocar e elas ficarão calmas, se não funcionar...

– Nós te ligamos, completou a moça sorrindo.

Kate sorriu.

– Então, acho que isso é tudo... nos precisamos ir Castle, temos um novo caso.

– Claro. Vamos.

– Tchau minhas princesas, mamãe vai ficar morrendo de saudades, disse Kate beijando as filhas.

– O papai vai cuidar da mamãe, não se preocupem... Eu amo vocês, Castle sussurrou e deu um beijo nas meninas.

Depois saíram e foram direto para a cena do crime.

– O que temos aqui? Perguntou Kate.

– Êh demoraram em, disse ele.

– Estávamos deixando as meninas na creche, disse ela.

– Ah e como foi? Acho tão errado, elas são tão pequenininhas ainda, disse Lanie.

– Foi muito difícil, a minha vontade é de voltar correndo pra la pra ficar com elas, disse Kate.

– Vocês deixou recomendações né? Deixou tudo explicado para não fazerem nada errado? Não quero que aconteça nada com as minhas afilhadas, disse Lanie.

– Claro! Disse que qualquer coisa é só elas ligarem e....

– Será que a gente pode trabalhar? Ou as duas moças vão ficar fofocando o dia inteiro? Perguntou Espo.

Lanie o fuzilou com o olhar.

– Não queria estar na sua pele quando chegar em casa, disse Ryan para Espo.

– Então o que aconteceu? Perguntou Castle.

Lanie foi passando todas as informações, e depois de saberem tudo Lanie levou o corpo para o laboratório e eles foram atrás de pistas.

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