Segredos de um passado obscuro escrita por Bianca Romanoff


Capítulo 22
Ivan


Notas iniciais do capítulo

Mais uma vez explicando minha demora: eu viajei e a internet lá era uma bosta. Escrevi esse capítulo com um pouco de pressa então pode conter alguns errinhos de ortografia, por favor desconsiderem. Estou com saudades de vocês, então comentem! Beijinhos e bom capítulo!



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Só saímos quando já está amanhecendo. Me despeço de todos, com especial afeto com Angie. Quando estou já saindo, vejo Clint correndo em minha direção.
— Tasha, eu... Só precisava... Eu comprei uma lembrancinha pra você. — ele arqueja. — Não tive coragem de entregá-la mais cedo porque você estava muito próxima do Capitão e... Enfim, aqui.
Era um envelope branco com um selo vermelho. Ele me deu uma carta?
— Ah... Obrigada.
— Leia depois. Você vai ficar feliz, eu acho.
Assim ele saiu. Eu achei estranho, afinal Clint não agia dessa forma. Esperei até estarmos na estrada e abri a carta. Havia duas, eu escolhi a que parecia maior.
"Querida Natasha,
fui informado que reecontrou sua irmã, porém ela veio a falecer. Não deve lembrar-se de mim, também fui informado de sua captura pelo governo soviético após a morte de Taras Romanoff.
Eu fui o homem que encontrou você nas terras da Sibéria, Ivan Petrovic. Queria lhe dizer que sinto sua falta, e meus pêsames por suas perdas.
Não acho que ainda queira me ver, depois de eu tê-la abandonado, mas se quiser, entre em contato por meio de seu amigo Clint.
Felicidades.
Quase grito quando acabo a leitura. Eu pensava que Ivan estava morto! AO me ver arfar, Steve pergunta o que houve e eu o explico.
— Então ligue para Clint!
— Eu não quero falar com Ivan. Ele me despachou.
— Pelo menos um oi, estou viva e bem. Sei lá, ele não jogou você na rua!
— Tudo bem.
Então eu leio a outra carta, essa de Clint:
Natasha,
Sei que fui indelicado com você ao falar sobre Steve, mas eu acredito que nossa amizade seja mais valente que isso, e que você possa estar disposta a me perdoar.
Por isso procurei por Ivan Petrovic, pensei que isso a faria feliz. Eu só surtei porque estava apaixonado por você. Nunca disse nada porque sempre confiei que você sentia o mesmo, e que ninguém além de mim a faria feliz. Então, espero que consiga me perdoar.
Com carinho,
Clinton Barton.
Engulo em seco. Pensando bem, eu posso não ter sido muito justa com ele. Afinal, era meu amigo. Conto isso a Steve também, e ele faz uma careta.
— Não sei se quero ver aquele cara de novo. E ainda temos dois Ultimato pra matar.
— Eu já tive minha vingança. Deixe esses com Coulson.
— E o que quer fazer?
— Ligar para o Clint e encontrar Ivan.
E assim eu fiz. Clint atendeu no terceiro toque.
— Tasha?
— Sou eu. Clint, o presente foi... surpreendente. Obrigada.
— É, foi o que pensei. Você leu as duas cartas?
— Li sim, Clint.
— Então...
— Eu perdoo você. Você é meu melhor amigo. — ouço-o arquejar, como se estivesse prendendo o ar todo tempo que eu estive falando.
— Isso é ótimo, obrigado. Ahn... Quanto ao seu pai...
— Não é meu pai. Vou conversar com Ivan, mas... Só par não ser rude. Quer dizer, sua intenção foi maravilhosa, mas... sabe, ele é um imbecil.
— Ele disse que sentia muito. Sabia que iria se sentir assim, por isso quis que fosse uma carta, nada mais direto.
Eu me despeço de Clint depois de pegar o endereço de Ivan. Steve tem que me convencer a ir, porque eu não me sinto muito bem.
...
Já é tarde quando chegamos a casa dele. Eu esperava algo mais... Assustador. Pelo menos um pouco menos comum. A casa fica em Nevada, mas longe de Las Vegas. Estou insegura demais para ir sozinha, e Steve permanece ao meu lado. A campainha toca e cinco segundos depois somos atendidos por uma empregada jovem.
— Estão aqui para ver o senhor Petrovic?
— Sim senhora.
Ele está sentado em uma poltrona de frente para uma lareira, mas nem olha para nós quando entramos. Eu fito Steve, que dá de ombros, então insinuo ir embora, mas ele segura meu ombro e pigarreia.
— Senhor Petrovic?
— Ah, sim. Quem é... — seu olhar para em mim, de uma maneira mais assustada do que contente. — Saiam da minha casa agora!
A ordem é inesperada de todas as formas. Ele não nos mandou vir?
— Ah... Sou eu. Natasha Romanoff. — eu tento explicar.
— Sei bem que você é, saia da minha casa, Viúva Negra.
— Senhor... — Steve começa, mas ele o interrompe.
— Você é o namorado dela?! Quero que saiam antes que eu chame a polícia!
— Mas o senhor me convidou! — eu grito, segurando seus ombros. O toque repentino é estranho para ambos. — Escute-me, por favor. Não vou tomar mais que cinco minutos do seu tempo. — eu fixo seus olhos nos meus, e o brilho neles me é tão familiar e amado...
— CInco minutos.
— O senhor me encontrou nos escombros do incêndio do prédio durante a Segunda Guerra Mundial. — Steve me encara, curioso. Ele não sabe dessa história. — E ficamos juntos por um ano e sete meses. É uma das poucas coisas que me lembro. Acabou de passar o Natal, e eu me lembro que no Natal você me deu o melhor presente de todos, um dia em família. Estou te dizendo isso porque... Você simplesmente me abandonou depois disso. Taras me encontrou na Sibéria, sozinha e faminta. E eu quero saber o motivo, e depois vou embora, independentemente da resposta.
Ele parece pensar um pouco.
— Você já sabe disso. Você era violenta, impossível de lidar.
— Acreditei nisso por tempo o suficiente para provar que é uma teoria errática. Você ficou comigo por longos 19 meses. Se eu fosse tão difícil você não teria gastado tanto tempo.
Lágrimas enchem seus olhos, e eu tenho que me segurar para não acontecer o mesmo.
— Você não quer saber, Natasha. Eu deixei você para o seu próprio bem.
— Mas...
— Saia, por favor. Tive muito tempo para repensar minhas atitudes e sei que poderia ter sido melhor com você, mas jamais mantê-la por perto foi um juramento que tenho que cumprir.
— Senhor, por favor. — Steve se intrometeu. — Ela veio até aqui só para vê-lo, porque ela o ama, e uma razão para tê-la deixado seria bastante plausível.
— Merda! Porque eu tinha um acordo com a KBG!
Meu sangue gela na hora que ele pronuncia essas palavras. Eu quero voltar no tempo e apagar da minha memória esse momento tão trágico. Eu tento responder, mas minha garganta fica seca, como se eu estivesse tentando engolir uma bola de golfe.
— Natasha, vamos embora. Por favor, venha comigo. — Steve me segura pelos braços, e eu quase desabo, mas ele me segura com força e me arrasta para fora.
— Esperem! — Ivan grita. — Eu sinto muito, Natasha, é por isso que eu não queria contar!
— Seu nojento, asqueroso, desgraçado... Eu amei você como meu pai e você me traiu!
— Eu agradeço todos os dias por Taras ter achado você. Eu sempre me preocupei com seu bem estar, queria fazê-la mais forte, corajosa...
— Você me fez um monstro!
— Não.
— Chega! — Steve interrompe. — Nós vamos embora, senhor Petrovic, e nunca mais voltaremos.
No carro, eu desabo em lágrimas. Não gosto de parecer fraca, mas com Steve eu não sinto como se devesse mudar nada em mim mesma.
— Tudo bem, Tasha, estou aqui. Você vai ficar bem. Ele é um idiota e vai pagar por isso, está bem?
— Tudo bem. Estou bem. — eu me acalmo, dando lugar a raiva. — Mas tem uma coisa, ou melhor, uma pessoa, que quero encontrar antes de voltar para as missões.
— Tá legal, e quem é?
— Logan. Vocês o conhecem como Wolwerine.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam desse paizão coruja? Eu li num site que ele era apaixonado por ela, mas achei isso meio nojento pq ela era criança, então inventei isso aí. Vou dar mais informações em breve. E o que vocês esperam do reecontro da Nat com o Logan?