Não se apaixone por mim / Hiatus escrita por Asheley Dream


Capítulo 3
Lei da seleção natural


Notas iniciais do capítulo

Sinto muito pela demora em postar, não tem desculpa, pois eu que enrolei mesmo. Espero que curtam a leitura e gostem do capítulo. Não se esqueça de comentar. Ah, esse capítulo esta no ponto de vista da Eny.



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Babaca! Esse é o melhor adjetivo para descrever Thomas, se falar nos milhões de palavrões que insistem em fazerem minha língua coçar, gritando em minha mente, quase implorando para serem ditos, livres.

Não acredito que ele realmente achou que eu pudesse beijá-lo. Na moral, esse garoto tem mais problemas do que pensei. Sei que agora foi uma brincadeira dele, de mau gosto, mas uma brincadeira. Porém, ontem não foi. Thomas queria me ferir e consegui. O desgraçado me causou uma hemorragia interna no coração, das boas, com suas palavras ácidas. Posso parecer durona, forte e marrenta, mas ainda continuo sendo um ser humano e sendo assim também choro é sou frágil e sinto dor. Não sou uma maquina sem sentimentos ou a filha do demônio, como esses idiotas me chamam.

São poucas as pessoas que sabem da minha maninha, a Erry. Além da família de Thomas, só Bruce e Wilá, meus amigos sabem. Eu confio neles e sei que não contaram a ninguém. Prefiro assim. Não quero mais gente fingindo ter ou tendo este repugnante sentimento, a pena. Mesmo que não o digam, posso imaginar o que pensam sobre mim, fervilhando naquelas coisas estragadas, das quais chamam de cérebro.

_Oh! Coitadinha, ela não tem pai.

_Ah! A mãe vive trabalhando.

_Ela tem problemas mentais, deveria ser tratada.

Eu não preciso ouvir a frase:

_Ah! Que pena a irmã dela morreu.

Não é que eu queria esquecer a Erry, mas aprendi que quando algo lhe causa muita dor é melhor esquecê-lo. Talvez o tempo vá curando, aos poucos fazendo sua dor diminuir, mas lá no fundo sempre estará a maldita saudade da pessoa que amamos. Sinto tanta falta dela, que às vezes parece que não posso respirar, me sufocando com essa saudade.

Após dez minutos de caminhada, já me encontro atravessando os portões da escola. E pela primeira vez em anos, não estou atrasada. Avisto Bruce, Wilá, James e Ranna, sentados aos pés de uma árvore. James se levanta rindo de algo. E assim que me vê quase cai.

_Eu não acredito! Essa é mesma a nossa Eny, chegando cedo? _Zomba, com um sorriso brincalhão. James é alto, magro, cabelos castanhos e olhos verdes. Não preciso nem dizer que o garoto, assim como meus outros amigos, menos Ranna que esta de rosa por uma aposta boba, veste roupas pretas.

_Não James, eu sou um fantasma agora. Em fim resolvi me matar e fugir dessa merda de existência.

_Sua desgraçada! Espero que sua alma vá por inferno, onde já se viu se matar e esquecer a amiga aqui. _Diz Wilá.

_Eny, quando essa merda de aposta terminar, você pode levar essas roupas rosa por inferno? _Pergunta Ranna, revoltada da vida como sempre.

_Ainda participando dessa aposta ridícula?

_Aquela babaca da prima da Briana apostou quinhentos que eu não suportaria um mês de rosa. Você mais do que ninguém sabe que eu nunca desisto de uma aposta, ainda mais sendo por grana e a cara da Luene quando vir que venci isso sim, vai ser o premio maior. _Dar um sorriso assustador, às vezes ela parece até aqueles psicopatas com esses seus sorrisos.

_Nós não temos duvidas que você já venceu essa Ranna. _Disse Bruce.

_Mas não sabemos se essa é realmente a nossa Eny. _Se levantou me dando um selinho rápido. Dou um tapa no ombro dele.

_Bem, ela bate como a Eny. _Sorriu.

O Sinal soou, indicando o inicio das aulas. Despedi-me da galera e me encaminhei rapidamente para a aula. Tive que empurrar umas pessoas pelo corre, caso não o fizesse correria o risco de me atrasar e não quero perder por nada a expressão da professora Margo, quando me vir adentrar na sala no horário certo. O que Charlie Dwarves disse sobre a seleção natural, não só é a mais pura verdade, mas é aplicado todos os dias na escola. Se você for fraco, os mais fortes te eliminaram e continuaram com suas vidinhas. Empurro a porta, entrando na sala de aula. A professora me encara, como se estivesse vendo um fantasma.

_O filhote do demônio caiu da cama hoje. _Comenta Briana a uma de suas amigas nojentas. Cerro os olhos, encarando-a.

_Cuidado para não esbarrar por ai e ganhar um olho roxo.

_Professora, ouviu o que esse ser disse?

_Senhorita Erelyn!

_Eu só a estou alertando. Longe de mim querer ameaçá-la. _Dou o meu melhor, fazendo a cara mais fofinha e de inocente possível.

_Sente-se, a aula já irá começar.

_Claro, professora, mas é Eny. _A professora faz uma expressão de “tanto faz”. Eu não gosto do meu nome, prefiro Eny, só Eny. Sento-me no fundão. Dou uma olhada pela sala, antes de fingir não me interessar pela aula, quando estou prestando a atenção. Reparo que o lugar onde Thomas se senta se encontra vazio. Onde este idiota esta? Com certeza chegou antes de mim. Se a sem cérebro da Briana não estivesse na sala, diria que estavam juntos, mas onde ele se meteu. Ah! Quer saber, que se dane! Por que estou preocupada com esse babaca? Deve esta se drogando por ai ou traindo essa vaca. A aula segue chata, em quanto à professora de literatura, fala sobre os malditos Romeu e Julieta. Tenho apenas duas palavras a dizer sobre isso: Que saco! Quando já estou entrando em um cochilo dos bons. Sou traga de volta para a realidade, com o som de alguém entrando na sala de aula, às pressas. Será que meu desejo se tonou realidade? A escola finalmente esta em chamas?

_Sinto muito professora. _Ouço a voz, muito bem conhecida por eu dizer.

_Tudo bem Thomas, pode se sentar. _Levanto a cabeça e seus olhos estão grudados em mim. O encaro. Ele pisca para mim. Mostro meu dedo médio pra ele, que me dar um sorriso, antes de se sentar. Assim que o sinal soa, dando inicio ao intervalo, ninguém perde tempo, jogando seus materiais de qualquer jeito na mochila. Loucos para terem um pouco de liberdade e ar fresco, depois dessa aula tediosa. Sou uma das últimas a sair da sala, mas não que quer menos a liberdade dessa prisão. Caminho para o refeitório, encontrando a galera, já lá. Sentados em uma mesa. Vou até a cantina, pego uma garrafa de suco de uva e um sanduíche natural, pago pela refeição e sigo em direção à mesa. Para e abro a garrafa, dando uma boa golada. Antes que possa chegar à mesa, Briana esbarra em mim, fazendo com que eu entorne o suco em minha blusa.

_Uhuhh! _Ouço um coro de pessoas falarem.

_Desculpa Erelyn, não! Eny. Deveria tomar mais cuidado, sabe olhar por onde anda. Só estou alertando. _Diz com um sorriso cínico estampado em seu rosto. Ah, mas eu vou tirar esse sorriso da cara dela. Entorno o resto do suco, que sobrou na minha garrafa em sua cabeça. O refeitório se encontra em um silencio mortal.

_Sua desgraçada! _Grita.

_O que esta acontecendo aqui? _Thomas surge de trás de mim.

_Esse filhote do demônio! _Faz carinha de inocente, piscando os cílios.

_Olha só o que ela fez no meu cabelo.

_Parem com isso Eny! Deixe de ser tão criança!

_A única criança aqui e você, seu mimado! _Coloco o sanduíche e a garrafa vazia na mesa ao meu lado. Tomo o copo de suco da mão de um garoto.

_Hey!

_Cala a boca! _Ordeno.

_Eu só estou começando. _Jogo o suco na cara de Thomas. Um segundo depois, foi dado inicio a uma guerra de comida. Ninguém escapou impune, nem mesmo a diretora, que foi chamada as pressas pelas cozinheiras e assim que entrou no refeitório recebeu uma ensanduichada na cara. Agora nesse momento, Eu, Thomas e Briana nós encontramos na direção.

_Como pode logo você, uma de nossas melhores alunas Briana, esta metida nessa brincadeira de mau gosto?

_A culpa foi dessa... Ela que começou! Esse filhote do demônio.

_Senhorita Briana, se componha! Não tolero insultos nesta sala. E você Thomas? Há algo que queira dizer a sua defesa?

_Não. Apenas que, eu iniciei a briga. _Quase caio da cadeira ao ouvir suas palavras.

_Thomas! _Repreende Briana, com uma voz extremamente irritante. Aliais tudo nela é irritante.

_Não me defenda.

_Mas a culpa é desse...

_Não, a culpa é minha.

_Isso é verdade Thomas? _Questiona a diretora.

_Sim.

_Pode se retirar senhorita Briana. _Ela levanta-se, mas antes de sair me fulmina com seu olhar.

_Agora que estamos apenas nós, digam a verdade.

_A culpa é desse idio... Quero dizer, Thomas já confessou. _Digo tranquilamente de consciência limpa. A diretora ergue uma sobrancelha, desconfiada.

_Tudo bem. Um dia de detenção. Irá ficar hoje, depois das aulas.

_Só isso? Se eu soubesse teria...

_Teria o que senhorita Erelyn?

_Nada. Agora posso ir pra sala?

_Claro, estão liberados. _Assim que saímos da sala da direção, espero até que estejamos um pouco afastados e o empurro na parede. Segurando sua camisa o sacudo.

_O que pensa que esta fazendo idiota? Acha que se der uma de legal comigo me conquista?

_Você deveria era me agradecer neste momento. Eu assumo suas idiotices e é assim que você agradece? _Sorri.

_Que seja! _Solto ele. Um líquido vermelho começa a escorrer do nariz dele. Ele percebe que o estou encarando e coloca a mão, tampando.

_Você esta bem?

_Vá se ferra! Deixa-me em paz garota! _ Empurra-me, indo embora. Tá, além de já ser um retardado, Thomas agora é bipolar. Depois eu é que tenho problemas.


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Notas finais do capítulo

O Que acharam? A Eny esta certa, o nome dela é feio mesmo? E o Thomas dando uma de bonzinho? Por que ele assumiu a culpa? A Briana deixará por isso mesmo? Será?



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