#Pergunta do capítulo:

Diga três coisas que você quer que eu ponha na lista antes de morrer de Thomas?

As melhores respostas em breve serão colocadas em um capítulo especial.

Agora eu sei que foi tudo uma mentira. Mentiras contadas por um ser que se parece com o garoto que era meu amigo, o garoto que eu gostava, mas que não é ele. É apenas uma casca, isso é tudo o que parece ter sobrado do Thomas que eu conhecia. E o que mais dói, o que mais me dar raiva, não é ele e sim eu. Como fui burra, ingênua, me entregando a ele por completo. Ninguém muda assim do nada. Certamente agora sei que ele não mudou, nem nuca irá mudar. Thomas gosta de ser o que é. Essa criatura horrível, sem sentimentos, que é capaz de passar por cima de tudo para conseguir aquilo que quer.

Uma aposta foi isso que eu fui. É isso que eu sou para ele. Uma merda de uma aposta! E nada mais. Como chegamos a esse ponto? O que houve com a gente? Será que realmente o nosso afastamento desencadeou uma rede de coisas que nos trouxe a este momento? Eu sou a culpada disso? Não! Não de tudo. Nossas escolhas e erros nós fazem quem nós somos. Irei aprender com este erro. Nunca mais demonstrarei meus sentimentos a ele. Nunca mais deixarei Thomas fazer parte da minha vida. O problema é que ele já faz parte da minha vida. Superarei esse problema.

Após o ocorrido, não trocamos uma palavra se quer entre nós. Estamos todos no carro de Bruce, nem ao menos sei para onde estamos indo. Wilá e Ranna estão ao meu lado, no banco de trás. Tudo o que consigo fazer desde que entre nesse carro é chorar. Não quero, mas simplesmente não consigo controlar. Bruce estaciona o carro em frente a uma enorme mansão. Ele e James saem sem darem explicações ou dizer qualquer palavra a mim e as meninas.

_Eles devem estar me odiando, eu também estou me odiando neste momento. _Mas lágrimas rolam pelo meu rosto.

_Droga Eny! Para de chorar! _Grita Ranna, com o seu jeito doce com as palavras. Limpo minhas lágrimas, imediatamente parando de chorar.

_Calma Ranna! _Pede Wilá. Ela bufa, mas não diz mais nada, colocando uma expressão que diz: Se respirar, eu te mato!

_Bem, o que Ranna quis dizer foi: Chega Eny, você chorou a viajem inteira. Acabou você não pode voltar no passado e arrumar as coisas. Sim, o Thomas é um idiota, mas não podemos fazer mais nada. Segue em frente.

_Não foi isso que eu quis dizer, mas a Wilá disse tudo. Acho que vou contratá-la como minha tradutora. _Dá um sorriso brincalhão. O que me faz dá um pequeno sorriso também.

_Sinto muito meninas, eu não ouvi vocês. Vocês estavam certos, Thomas é um babaca. Deveria ter percebido isso. _Digo de cabeça baixa. Envergonhada com meu erro.

_Olha Eny, nós não vamos te julgar e dizer: Eu te disse!_Levanto a cabeça, olhando nos olhos dela.

_ Eu, Ranna, James e Bruce, nós te amamos. Não importa o quão você erre ou se faça de burra. _Sorri.

_Continuaremos te amando. Somos seus amigos. Os meninos não estão com raiva de você, apenas chateados, no momento...

_Ah! Droga Wilá! _Você esta a fazendo chorar de novo! _Esbraveja, saindo do carro.

_Não liga pra ela. Ranna não sabe lidar com pessoas chorando e ela odeia isso, você sabe. _Todos nós sabemos, pois isso a faz se lembrar do enterro de sua mãe. Ranna odeia o pai e quando a mãe morreu, ela ficou sem chão. Sorte a dela que ela tem a gente. Conheci-a ano passado e já somos grande amigas, apesar de seu constante mal humor. Ela é Wilá se conhecem desde crianças. Como Ranna é filha única, tem Wilá como uma irmã mais velha.

_Sim eu sei. _Dou um sorriso triste. Saio do carro, correndo para alcançar Ranna.

_Vem cá Raninha! Quero te encher de beijos e abraços! _Grito.

_Sai fora Eny! Você sabe que eu tenho alergia a essas coisas! _Diz entrando na casa, escapando de minha sessão de fofura, por enquanto... Encaro a enorme mansão a minha frente.

_Bonita, não é? _Pergunta Wilá, ao meu lado. A casa é de dois andar, com pilastras gregas na frente, com janelas bay window. É realmente fascinante!

_De quem é essa casa? _Pergunto assim que entro. Fico deslumbrada com a beleza do lugar.

_Dos meus pais. _Diz Bruce, descendo a escada, vestindo uma roupa mais confortável. De bermuda preta e uma camisa branca, a qual, eu posso vê perfeitamente seus músculos definidos. Tudo bem, ele é meu amigo e eu acabei de sofrer uma baita desilusão amorosa, mas não sou cega, não é!?

_Por que nunca me disse que era rico? _Cruzo os braços. Ele chega ao meu lado colocando meu cabelo atrás da minha orelha. Aproxima-se e sussurra, com seu hálito quente:

_Meus pais são ricos, não eu. E você nunca perguntou. _Diz com um sorriso divertido. Vai até Wilá e dá um selinho nela. Bruce sempre teve essa intimidade com a gente, pra ele é como se fosse um beijo na bochecha. Mas nunca o vi fazer isso com mais ninguém, além de eu e as meninas. Uma vez ele deu um selinho no James. Estávamos bebendo em um bar, numa noite de sexta. Sabe como é... Amigos em grupo e ainda bebendo, não sai coisa boa. Então não lembro o porquê surgiu o papo, mas começas a dizer que James também era parte do grupo e merecia um selinho do Bruce. Bruce zombou, dizendo que às vezes James realmente age e se parece com uma garota. Então o desafiamos a dá um selinho em James. Caso ele fizesse, James faria todo o dever de casa dele por uma semana. Não preciso nem dizer que ele fez...

_Ei! Eu vi isso amor! _Grita James, aparecendo por uma porta de vidro lateral, que leva a piscina. Ah! Esqueci-me de mencionar essa brincadeira super gay entre eles, não que eu tenha preconceito algum. Mas é engraçado vê o James tratando o Bruce como se fosse a namorada dele.

_É claro que viu você não é cego.

_Essa noite não tem amor! _Cruza os braços, fazendo birra com direito a biquinho. O que faz com que todos nós comecemos a rir. O que posso dizer? James é um palhaço! Ele é aquele amigo bobo, do qual você precisa, fazendo palhaçadas para você rir. Ainda mais quando se esta mal e adivinhe, eu estou um caco no momento.

_E o meu? _Cruzo os braços imitando James, o que os faz rir. Ele chega perto de mim e eu faço biquinho. Mas ele dar um beijo na minha bochecha rindo.

_Você me traiu ficando com aquele babaca do Thomas. Nada de selinho pra você, tá de castigo! _A simples menção do nome dele me deixa triste instantaneamente.

_Vamos James, tenho planos com você pra mais tarde. _Vai até James, colocando a mão na bunda do garoto.

_Ei! Tira essa mão daí! Eu já disse que hoje não tem!

_Eu sei, dizer não significa que não vai ter.

_Você é um safado Bruce! _Diz Wilá, ele a retribuiu com um sorriso brilhante.

_Vamos tirar Ranna do sério, depois eu penso em mais tarde. _Os dois saem, rindo. Logo em seguido ouvimos os gritos de Ranna, em protesto, para que a não joguem na piscina. Tudo em vão, pois eles a jogam.

_Vou matar você! _Ela grita.

_Esses dois são impossíveis juntos quando querem. _Diz Wilá, subindo a escada. Mas ela para, assim que percebe que não a estou seguindo.

_Você sabe que Bruce estava brincando, não é? _Dou um sorriso triste e um aceno de cabeça em resposta. Mesmo brincando, ele esta certo. Trai meus amigos, deveria ter acreditado neles e me afastado de Thomas.

_Não suporto não hoje pensar ou lembrar fatos que me levem a Thomas. Não suportarei, não hoje. _Desabafo.

_Eu sei por isso Bruce te trouxe pra casa dele. A partir de agora, você irá me prometer que vai esquecer-se dele por hoje. Nada de Thomas. Promete? _Pergunta, com uma sobrancelha levantada.

_Sim! _Dou um sorriso, dessa vez mais feliz.

_O que faria sem meus amigos?

_Certamente estaria perdida, menina burra! _Grita, sorrindo.

_Ah! Você me paga por essa! _Corro atrás dela. Então é isso. Não irei pensar em Thomas e em tudo o que ele me fez passar, toda a humilhação, toda a dor. Não por hoje. Hoje curtirei meus amigos, me divertindo e rindo com eles. Aproveitando o dia de sol e a maravilhosa piscina de Bruce. Irei esquece de você, Thomas.