Dear Survivor escrita por Annabeth


Capítulo 15
Revenge doesn't work.


Notas iniciais do capítulo

OLHA COMO EU SOU UM DOCE!!!
Postei de novo hj u.u
Esse cap ta beeem confuso.
Mas eu vou explicar nas notas finais.
A fic está tomando um rumo bem diferente da série.

Annabeth
XOXO



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/494527/chapter/15

Pov. Clarisse *flashback*

A primeira coisa que eu vi foram os olhos. Verdes, tão verdes quanto o mar. Tão verde quanto as folhas de uma árvore. A pele branca que contrastava perfeitamente com os cabelos dourados como o sol.

Ele olhou para mim e sorriu, dentes tão brancos que quase fiquei cega.

–Tudo bem loirinha?- perguntou docemente. Mas eu ainda estava fraca, então desmaiei novamente, ouvindo um som gostoso de risada no fundo do meu subconsciente.

[...]

–Puta merda...- foi a primeira coisa que eu disse quando acordei.- Onde é que eu tô?- esfreguei meus olhos. Não obtive resposta e me levantei da cama. A casa rangia a cada passo meu. Saí porta afora e vi uma sala modesta, com um sofá, uma poltrona velha e confortável, uma pequena mesinha com uma toalha de croché encima, e uma TV destruída na frente dos sofás.

Todas as janelas estavam bloqueadas por tábuas.

Vi uma porta branca e me aventurei para abri-la. O que eu vi quase me fez cair no chão.

Era um quarto infantil, todo rosa, de princesa.

Duas menininhas, pequenas, deviam ter uns cinco aninhos...mortas. Uma deitada em cada cama.

Tapei minha boca com a mão e comecei a chorar.

Eu não me lembrava de nada. Onde estava minha mãe? A única coisa que eu lembrava era que eu e minha mãe estávamos tentando sobreviver juntas. Eu não lembro de mais nada...

–O que está fazendo aí?- alguém diz atrás de mim e eu me viro assustada. Era o garoto, loiro de olhos verdes.

–M-me desculpe, eu não sabia que você estava...eu acordei e não tinha ninguém.- abaixei a cabeça.

–Tudo bem, mas agora eu estou aqui. E eu não quero mais que você entre nesse quarto, okay?- me puxou pra fora e fechou a porta.

–A-aham...-respondi de imediato.

–Mas então, como estão suas costas loirinha?- perguntou sorrindo de lado.

–Minhas...- tateei minha coluna até sentir uma espessura diferente.- O que é isso?

–Está cicatrizando bem! Tive que retirar a bala, você quase morreu, mas o curso de primeiros socorros que eu fiz na escola rendeu...Agora você está bem.

–O que...?- eu não estava entendendo nada.

–Qual é o seu nome loirinha?- pergunta sentando-se no sofá e me convidando para sentar também. Fiquei com medo e me sentei sozinha na poltrona.

–Clarisse...Você sabe onde está minha mãe?- perguntei esperançosa.

–Não. Te encontrei morrendo numa estrada aqui perto. Me agradeça, deveria estar morta se não fosse por mim. Te alimentei e cuidei de você.- deu de ombros.

–Muito obrigada, sério, te devo minha vida.- fui sincera, ele me salvou.- Olha, eu não consigo me lembrar de nada. Eu tenho algumas poucas lembranças...mas eu não me lembro de nada do que aconteceu depois que eu e minha mãe fomos emboscadas em uma casa por um cara com uma besta e outro com barba.

–Há, eu sabia...eu conheço esses caras...Pois bem, me diga quais são suas lembranças.- esperou que eu continuasse.

–Eu me lembro de uma prisão. Tinha uma bebê, tinha...tinha uma garota, ela era morena. Eu morava numa cela. E tem uma coisa que não sai da minha cabeça. Olhos azuis. Apenas isso...olhos azuis.- fiquei mais confusa ainda pela expressão do garoto.

–Você disse que tinha uma bebê? Você morava numa cela? O que?- ele estava extremamente confuso.

–Acredite...eu estou mais confusa do que você...afinal, qual é o seu nome?

–Meu nome é Sam. Prazer.- apertou minha mão.- Bom, você chegou com uma metralhadora. Sabe atirar?

–Uma metra...MINHA DAISY?- estava muito feliz com a notícia. Eu ainda tinha a minha metralhadora.

–Daisy? Mas oq? Bom...tem uma metralhadora, e pelo jeito você sabe atirar... Sabe lutar?

–Acho que sim...fazia aulas de luta antes de tudo isso começar.

–Que bom então, por que eu tenho um tanque. E tem um lugar que eu quero destruir, faz muito tempo. Eles são pessoas más.- olhou tristemente para a porta branca.

–O que eles fizeram?- franzi as sobrancelhas.

–Mataram minhas irmãs.- falou frio.

–Oh meu Deus, meus pêsames...Eu te devo tudo, então, te ajudarei a vingar a morte de suas irmãs.- eu disse convicta.

–Sério? Muito obrigada. Mas agora temos que nos preparar. Está com fome?

–Muita.

[...]

Passaram-se vinte dias e Sam e eu estávamos muito amigos, ele me ajudou muito, e eu também o ajudei nas caçadas. Estávamos muito próximos, até que...

–Sam! Saam, venha comer.- estava chamando ele, mas não obtinha resposta.

Fui procurar ele pela casa e não o encontro.

Sei que não podia, mas estava preocupada com ele. Então eu entrei no quarto com a porta branca. O encontrei sentado no canto do quarto. Ele estava chorando.

–Ah, Sam...- fui em sua direção, sentei ao seu lado e o abracei.

–Sabe o que mais dói?- perguntou.

–O quê?

–Saber que eu podia ter salvado elas. Eu só fui pegar suprimentos...só isso. Eles chegaram e mataram elas, sem piedade. Eu cheguei e encontrei elas mortas aqui no quarto.- ele começou a chorar mais ainda.

–Me desculpe. Sabe, eu tive que matar meu pai. Ele estava me atacando. Então tive que mata-lo.- me lembrei da cena...

–Meus pêsames.- ele olhou fundo nos meus olhos.

–Tudo bem...nesse novo mundo, todos passamos por coisas que ninguém deveria passar. Não desejaria isso nem ao meu pior inimigo... Mas, aconteceu...- ficamos em silêncio. Apenas nos encarando.

Sam fez menção de me beijar, e eu não recuei. Foi o melhor beijo da minha...não. Eu beijei uma outra pessoa. Não lembro quem, mas aquele sim, foi o melhor beijo da minha vida. Mas o beijo de Sam era muito bom também.

*flashback off*

Pov. Carl

Senti a bala passando quase raspando ao meu lado. Tinha fechado os olhos, mas quando abri, vi que Clair não tinha atirado em mim. E sim num zumbi que ia me atacar.

–Sem mexa garoto!- ela diz pra mim e eu saco minha arma e começo a atirar nos zumbis.

Não estávamos conseguindo dar conta. Muitos já havia fugido. Vi o ônibus de fuga sendo lotado pelos idosos, mulheres e crianças, vi Judith sendo carregada por Beth, que também entrou no ônibus. Os únicos que continuavam atirando eram eu, Clair e o cara que estava com ela.

Meu pai. Me lembrei dele tarde de mais. Não tinha mais como salva-lo, a prisão estava infestada. E Daryl? Morreram?

Ouvi um grito desesperado ao meu lado.

Vi Clair chorando ao ver seu amigo sendo comido pelos zumbis. Puxei ela pelo pulso. Tínhamos que sair dali. Estava tudo acabado. Eu só espero que os que fugiram com o ônibus e os que ficaram na prisão tenham sobrevivido.

Clair se debatia e chorava, mas eu continuava puxando ela.

Eu também chorava, mas não podia desistir. Não podia olhar para trás.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom...isso ta muito confuso.
Assim:
Clair perdeu a memória(isso não tem explicação, eu só queria que ela a perdesse a memória mesmo).
Sam tinha raiva porquê Rick matou as irmãs dele(isso vai ser explicado melhor no próximo cap).
Clair e Sam foram na intenção de destruir a prisão, mas não deu certo, por que os tiros atraíram zumbis(sim, eles foram muito burros).
Daryl e Rick ficaram dentro da prisão, talvez eles sobrevivam, talvez não.
Beth, Judith e todo o resto conseguiram se salvar, pois fugiram no ônibus.
Maggie, Glenn, Tyreese e Carol não participaram porquê eles ainda não voltaram da ronda.
Clair não atirou no Carl, ela o defendeu.
E eu acho que é isso. Eu não conseguia botar minhas idéias de outra forma, mas se vocês tiverem outras duvidas, só perguntem okay ;)

Annabeth
XOXO