Flatmates (?) By A Time escrita por Raura


Capítulo 7
Feelings Hide


Notas iniciais do capítulo

Como eu amo muito esse fandom resolvi já postar,
e por esse estar mais leve, prometo compensar no outro,

Boa leitura!



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O domingo de Molly resumiu-se a jogar videogame com Sherlock, ele não parecia entediado, na verdade ás vezes se exasperava por não conseguir vencer, o que quer que fizessem no resto do dia sempre ficavam encostados um no outro, incluindo quando foram dormir.

No outro dia quando acordou para ir trabalhar o detetive estava deitado ao seu lado, lembrou-se de terem conversado até tarde, esperava não tê-lo chamado ou dito outras coisas enquanto dormia. Trocou de roupa, preparou café e foi para o St Barts.

O dia no hospital estava novamente calmo, Molly tinha apenas papéis para preencher, se tudo continuasse nesse ritmo ela iria pra casa mais cedo, ao pensar nisso sentiu as bochechas esquentarem, lembrou-se do beijo e de como Sherlock parecia estar mais próximo dela. Uma vozinha no fundo de sua mente a lembrou que ele não ficaria em seu apartamento para sempre, quanto mais ela se envolvesse, mais ela poderia se machucar depois. Ignorou esses avisos inconscientes e focou-se em terminar seu trabalho.

– - - - - - -

Sherlock acordou pouco depois de Molly, foi até a cozinha e viu que ela tinha deixado café pronto, admitia que sem a presença dela ali seria difícil não ser consumido pelo tédio, precisava achar algo interessante para fazer, algo que não envolvesse injetar morfina, sabia que se fizesse isso não só ganharia uns tapas da legista como também a deixaria decepcionada, e esse último era o que menos queria.

Pegou um dos livros da estante dela e sentou-se na poltrona, a história além de melosa era óbvia.

— Bored! – disse para o nada.

Iria compor, pelo menos isso deveria manter sua mente ocupada. No meio da tarde já tinha composto duas peças diferentes e criado um arranjo alternativo para uma delas. Não havia muito para fazer, teve uma ideia e precisaria do notebook de Molly para pôr em prática, correu até o quarto para buscá-lo, voltou para a sala com o aparelho em mãos, ligou-o e já esperava que tivesse uma senha, só não imaginava o quão confuso seria descobri-la.

– - - - - - - -

Molly chegou em seu apartamento quase sete da noite, a cena que viu quando abriu a porta jamais se passaria por sua cabeça, levou um segundo para processar o que via.

Sherlock e Mycroft jogavam videogame sentados em seu sofá, o detetive realizava um perfeito ultimate fatality no personagem do irmão, “Onde foi que ele aprendeu esse golpe?” pensou, viu a resposta quando seus olhos pousaram no seu notebook em cima da mesa de centro, claro que ele daria um jeito de descobrir a senha, na certa ele deve ter aprendido todos os golpes em algum site.

— Olá Molly.

— Olá Srta Hooper.

— Olá Holmes! – Ela respondeu ambos indo em direção a seu quarto, se Mycroft estava ali significava que logo Sherlock iria embora, tentou não ficar triste diante desse pensamento.

Só voltou a sala depois de tomar um banho, o Holmes mais velho ainda estava ali, os irmãos pareciam presos em um tipo de confronto fraternal, pegou seu notebook e sentou-se na poltrona ignorando os dois, os Holmes que se entendessem.

Quase meia hora depois Mycroft levantou-se para ir embora.

— Se querem meu conselho, acho que escolheram o momento errado para se apegarem a companhia um do outro. – Disse da porta, Molly enrubesceu, era impossível esconder qualquer detalhe que fosse de um Holmes.

— Bye Mycroft. – Sherlock disse ao irmão ignorando completamente o que ele disse, Molly apenas acenou com a cabeça.

Ouviram a porta se fechar, Molly terminou de modificar algumas coisas em seu blog, abaixava a tela do notebook quando foi atingida por uma almofada no rosto.

— Sherlock!

— Eu disse que miraria melhor, alvo abatido! – A legista jogou a almofada de volta.

— Vejo que sua tarde foi produtiva. – Comentou.

— Mycroft veio me trazer uns papéis que preciso analisar. – Ele levantou uma pasta verde.

— Espero que goste de pizza. – Levantou-se deixando o computador na poltrona — Vou colocar pra assar – pegou o controle da tv e deixou em um canal que passava clipes musicais.

Molly seguiu para cozinha deixando Sherlock na sala, acendeu o forno e encostou-se à bancada esperando um pouco antes de colocar a pizza, sabia que Mycroft tinha razão, não gostava nem de pensar na ideia de quando o detetive não estivesse mais ali, abaixou-se para colocar a forma no forno, ao levantar deu de cara com Sherlock parado a porta observando-a em silêncio.

— Meu Deus Sherlock! Você ainda me mata de susto com essas aparições.

— Eu que digo meu Deus! Você deu ouvidos ao comentário do meu irmão, não é Molly?

— Ele tem razão.

— Pro inferno ele e sua razão, – ele se aproximou parando de frente pra ela, suspirou antes de continuar o que dizia — Faça como eu e ignore as palavras idiotas do meu irmão idiota! – Descarregou todo o poder do seu olhar penetrante na legista, ela não dizia nada, apenas continuava o olhando — Eu sei que algumas coisas... mudaram ultimamente, eu só... – encostou sua testa na dela.

Sherlock vinha tentando entender seus sentimentos, passou a gostar de ter Molly sempre por perto mais do que julgaria ser possível, a sensação que experimentou quando tocou os lábios dela com os seus, queria beijá-la novamente e tinha receio por saber que ia querer mais que isso.

Molly apenas o estudava, vendo através dele novamente, viu os sentimentos que ele escondia, mas não podia ter certeza se ele não mostrasse como se sentia de verdade. Fechou os olhos e ficou ali sentindo a respiração dele tocar seu rosto.

Foram distraídos pelo toque exigente do celular da legista, ela correu até o quarto para atender a ligação. O detetive foi para sala, pegou seu violino e começou a dedilhar algumas notas.

— Parece que conspiram para que desfrutemos da companhia um do outro! – Disse sentando-se no sofá e colocando os pés no colo de Sherlock, ele a olhou sem entender — Amanhã farão manutenção no setor do hospital que trabalho e não precisarei ir trabalhar.

Ele não disse nada, os olhos estavam indecifráveis e um sorriso brincalhão, ela pagaria para saber o que quer que estivesse se passando na mente dele naquele momento.

— O que foi? – Perguntou após sua curiosidade vencer.

— Nada.

— Sherlock!

— Porque não vai olhar o que você colocou no forno, não acho que seria saboroso comer o jantar transformado em carvão.

Molly pensou em mandá-lo ir plantar batatas, claro que ela não tinha esquecido o forno. Mesmo assim se levantou e foi à cozinha, a pizza já estava pronta. Cortou os pedaços, colocou alguns num prato e levou-os sala, tinha levado também vinho para tomarem.

Comeram em silêncio, a legista quase podia ver duas rodas dentadas girando enquanto observava o detetive pensar. Como nenhum dos dois disse nada depois de terminar de comer, Molly deixou as louças na pia e sentou-se na sala para ver um filme, Sherlock deitou a cabeça em seu colo e analisou alguns dos papéis que o irmão tinha deixado.

Continuaram assim, cada um com seus próprios pensamentos, ela enrolava os dedos nos cachos dele, ele eventualmente soltava algum comentário reclamando da história do filme. Apesar de não ter que acordar cedo no outro dia, assim que acabou o filme Molly foi se deitar, Sherlock a acompanhou.

— O que significa Shelly? – O detetive perguntou deitando-se ao lado da legista.

— Como descobriu minha senha? – Ainda bem que no escuro ele não podia ver suas bochechas que deveriam estar vermelhas.

— Não fui eu foi Mycroft, não vou deixar você dormir enquanto não me responder – alertou.

— Shelly é... – Suspirou, como explicaria essa sem que ela parecesse uma boba? Agradeceu a Deus mentalmente quando a ideia se passou por sua cabeça — O apelido de meu personagem favorito de uma série que assisto – cruzou os dedos mentalmente torcendo para que ele engolisse — Boa noite Sherlock.

— Boa noite Molly – foi surpreendida pelo rápido encostar de lábios dele nos seus.

No meio da noite Sherlock puxou Molly para seus braços.


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Notas finais do capítulo

Merece comentário? :3



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