Flatmates (?) By A Time escrita por Raura


Capítulo 5
Things Are Looking Up


Notas iniciais do capítulo

Estava pronto, mas não tive tempo de vir aqui postar com calma...
menina Anna, saiba que acertou em seu palpite x3
como sofro para encontrar títulos, esse encontrei no meio de uma música do McFly, e até que se encaixou... eu acho...
sem mais, espero que gostem ^w^

boa leitura!



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Molly acordou com seu despertador, sentia a cabeça pesar e o corpo todo dolorido, perdeu a conta de quantas vezes espirrou. “Ótimo” pensou “Sherlock quem fica no vento, na garoa e quem acaba gripada sou eu!” Pegou seu celular e avisou o pessoal do hospital que estava sem condições de ir trabalhar por causa da gripe. Era quase sete e meia da manhã, pela janela viu as nuvens brancas que cobriam toda Londres, estava frio, fechou os olhos novamente.

— Gripada Molly? – Ouviu a voz do detetive vinda do colchão no chão.

— É o que parece. – Espirrou, ouviu a risada abafada dele, em seguida o sentiu subindo na cama ao seu lado.

— Deixa eu ver se você está com febre. – Não abriu os olhos, sentiu quando ele colocou a mão fria sobre sua testa, seu coração acelerou ao toque dele, soltou o ar quando ele retirou a mão, pra só depois sentir ele segurando seu pulso.

Notou que ela estava com febre, as bochechas dela estavam vermelhas devido a temperatura corporal alta e também... uma ideia lhe ocorreu, pegou seu pulso, tinha certeza disso claro, e mesmo assim quis confirmar. Apertou os lábios reprimindo um sorriso, ela estava de olhos fechados, mas não significava que ela não podia estar olhando. Sentiu a pulsação mais rápida antes dela puxar o braço.

— Você devia tomar um banho frio para ajudar baixar a temperatura, Molly...

— Prefiro tomar um remédio e esperar fazer efeito. – Abriu os olhos para olhá-lo, estava só de pijamas, sentado com as pernas cruzadas. Imaginou que a sugestão dele tinha algo a ver com ela tê-lo colocado debaixo do chuveiro, eram situações diferentes e ele mereceu.

— Você toma o remédio, depois toma um banho gelado então.

— Com esse frio? Nem sob mandato!

— Eu poderia te obrigar – Sugeriu erguendo uma sobrancelha, algo em sua expressão dizia que ele não estava brincando.

— Você não... – Espirrou umas cinco vezes seguidas. Lógico que ele faria, imaginou que provavelmente ele a carregaria se necessário, só pra pagar quando foi jogado debaixo d’água fria — Vou tomar a droga do banho, faz o que quiser, ou se aceitar minha sugestão, poderia praticar Mario Kart pra depois não ficar apelando. – Sorriu e levantou-se.

Molly foi até o guarda roupa, pegou sua bolsa de remédios, uma calça de moletom preta, uma blusa de listras roxas e brancas com touca, entrou no chuveiro, a água já estava mais fria que o normal devido ao clima, se tomasse uma banho muito frio teria uma hipotermia. Saiu do banheiro e Sherlock não estava mais em sua cama, arrumou seu quarto e depois foi para cozinha, pretendia passar o dia todo deitada.

— Sherlock?! –chamou-o.

— Cozinha – ouviu sua voz e foi até o cômodo, espirrou mais umas três vezes antes de chegar lá — Eu fiz chá.

A legista o observou um segundo, ele ainda estava de pijama, não menos lindo obviamente, pegou uma xícara e sentou-se na bancada, sentou-se ao seu lado.

— Não vai comer nada?

— Estou sem fome – e provavelmente se eu comer algo vai voltar, acrescentou mentalmente — Se quiser fique a vontade.

Após o chá, Molly pegou um livro e ficou lendo na sala, dormiu no sofá com o efeito dos remédios, acordou com a música tema de Mario World, abriu os olhos, Sherlock jogava videogame sentado no chão, estava de costas para ela, tinha trocado de roupa, usava calça preta e a santa camisa roxa, pelos cabelos úmidos devia ter tomado banho também.

— Vejo que aceitou minha sugestão Sherlock.

— Ajuda com tédio, e como você dormiu...

— Que horas são?

— Quase seis da tarde.

Levantou-se do sofá, a cabeça e o corpo ainda doloridos, precisava comer algo, prepararia uma sopa, ouviu-o pausar o jogo.

— O que vai fazer?

— Preciso comer algo, no momento sopa é minha melhor opção.

— Quer ajuda?

“Ele deve estar muito entediado,” Molly pensou. “Ou então... não, desde quando ele era tão legal comigo?

— Eu aceito.

Molly cortava os legumes, Sherlock tentava, ou melhor, triturava-os.

— Sherlock, estamos fazendo uma sopa, não papa – ele comparava os que cortou com os que ela cortou — Vamos fazer assim, você descasca e eu corto.

Enquanto estavam ali, a legista tentava entender as últimas atitudes dele, não que estivesse achando ruim, só era estranho, apesar de no começo ele ter ficado todo silêncio, era tão mais fácil conviver com o Sherlock assim.

— Enquanto a sopa fica no fogo – tinham terminado de preparar todos os ingredientes, a panela estava no fogo, Molly lavava as mãos — O que acha de jogarmos um jogo?

— De que tipo? – tentou entende a empolgação nos olhos dela.

— Você vai gostar.

— Antes eu vou ver se a sua febre abaixou – ele se aproximou dela, primeiro encostou as costas da mão em sua bochecha, depois em sua testa, tentou não reagir ao seu toque, impossível, seu coração ainda insistia em bater descompassadamente sempre que ele estava perto demais.

— Não é mais fácil usar um termômetro? – sentia as bochechas esquentarem em reação ao toque dele.

— Assim é mais rápido. – “E posso observar suas reações a mim” emendou mentalmente enquanto abaixava a mão.

— Me espere lá na sala, vou pegar o que vamos precisar.

Sherlock sentou-se na sala, fazia quase uma semana que estava no apartamento de Molly, no começo não queria conversar, então ela lhe trouxe o violino, não soube definir em seu Palácio Mental o que aquela atitude tinha significado para si. Depois teve a morfina, jurou que ela ia lhe dar uns tapas aquele dia, depois a ouviu dizer seu nome, “o que ela esta fazendo comigo?” Foi tirado de suas teorias mentais pela sua voz vinda do quarto:

— Sherlock, vai querer que eu leve uma coberta pra você?

— Não, traz meu roupão.

Molly voltou para sala enrolada numa coberta, jogou o roupão para Sherlock que o apanhou por reflexo, sentou-se no chão e chamou-o para sentar-se com ela ali, ficaram um de frente ao outro.

— Como se joga e quais são as regras?

— Simples, vou escrever o nome de algum personagem ou personalidade nesse papel, depois vou colar o post it na sua testa e você terá que adivinhar quem é, você fará o mesmo comigo.

— Qualquer uma? Como a Madonna, por exemplo?

— Sim.

Sherlock escreveu Rainha Elizabeth, Molly Dorian Gray. Eles passaram a maior parte do tempo se encarando que realmente tentando adivinhar quem eram. O jogo acabou se tornando mais uma competição de quem desviava o olhar primeiro, Molly perdeu três vezes, sem contar às vezes que desviou o olhar para pode espirrar. Nenhum dos dois venceu.

Jantaram ali mesmo, usando a mesinha de centro como mesa. Do lado de fora uma garoa caia, depois de jantarem novamente dividiram o sofá da sala.

— Sherlock – chamou-o enquanto colocava a coberta nas costas e se sentava com as pernas cruzadas — Toca algo pra eu ouvir?

— Tem preferência por algo?

— Não... Escolha uma e toque.

O detetive pegou o arco e o violino em cima da poltrona, começou a tocar de olhos fechados uma melodia suave, a legista também fechou os olhos para ouvir, de vez em quando abria os olhos para vê-lo tocando.

— Posso perguntar uma coisa Sherlock?

— Sim – respondeu sentando-se no sofá ao lado dela.

— Você poderia ter ficado com seu irmão ou num quarto de hotel... Porque quis ficar aqui em casa?

— Mycroft e eu 24 horas debaixo do mesmo teto? Seria melhor eu realmente ter pulado do telhado do St. Barts – ela riu — Molly, você viu algo que ninguém mais viu...

— Eu não conto...

— Está enganada, você sempre contou...

Encararam-se, ela absorvia as palavras dele, sustentava seu olhar intenso, tentava ver através dele novamente, parecia que ele estava gostando de estar ali, gostando de sua companhia.

— E também em outro lugar eu não poderia comer bolinhos coloridos – disse sorrindo.

— Ah...

Molly não sabia por quanto tempo ele ficaria ali, aproveitaria a companhia dele, especialmente agora que não agia como sempre, não pensou, apenas agiu, deitou de costas no sofá, sua cabeça no colo dele, percebeu a surpresa por sua atitude, depois sentiu ele brincando com as mexas de seu cabelo e os carinhos no couro cabeludo.

Sherlock sabia que estava começando a se envolver e o que significava, mas não se importou, a sensação de Molly deitada em seu colo era reconfortante, ficou ali, mexendo em seus cabelos até que ela adormeceu.


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Notas finais do capítulo

O sexto está meio pronto, e provavelmente antes de postá-lo eu postarei a one shot desafio *u*
tive a impressão que poderia ter ficado melhor... :s
enfim, comentem anyway, gosto de saber a opinião de vocês :3