Medo de Amar escrita por valdz


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou eu com mais um capítulo o/
Espero que gostem, e deixem um review u-u



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Capítulo 12 - Desejos indesejáveis.

***

Phobos colocou os ingredientes sobre o balcão enquanto eu levava algumas tigelas e instrumentos necessários para a receita. Olhei para ele, como um olhar de "Eu fico na sala e você na cozinha, por favor!", mas ele apenas me olhou de um jeito "Você vai ficar aqui, e se sair eu te mato!".

Revirei os olhos enquanto ele sorria maldosamente para mim.

– O que eu faço? - perguntei, cruzando os braços.

– Pegue dois ovos e quebre-os. - sugeriu, olhando para um velho caderno que meu pai tinha, colocado sobre o balcão do armário. - E coloque as gemas em uma tigela.

Assenti com a cabeça e fui fazer o que ele disse. Digamos que eu não seja boa em nada na cozinha...

Nem em quebrar ovos.

– Droga. - murmurei, tentando quebrar o ovo ao meio, mas ele escorregava de meus dedos. - Isso é extremamente difícil!

– Quer ajuda? - perguntou Phobos com um ar zombeteiro.

Assenti com a cabeça, relutante. Ele riu e se aproximou, quebrando os ovos de uma forma tão fácil que senti vontade de socá-lo por ser tão... Perfeito?

– Por que você é tão perfeito em tudo?! - soltei sem pensar, irritada e de braços cruzados. Ele arregalou os olhos levemente, com um sorriso torto.

– Eu? Perfeito? - perguntou, com a mão no peito, em forma dramática. - Não sou perfeito em tudo!

– É sim. No que não seria perfeito? - retruquei ainda irritada.

– Em conquistar você. - rebateu, mas agora ele estava irritado também.

Abri a boca para retrucar, mas ele me cortou com um gesto de sua mão, indicando que eu deveria me calar. Ele se virou de costas para mim enquanto pegava a tigela com as gemas dos ovos.

Ele começou a mexer a tigela com os supostos ingredientes que ele havia colocado sem que eu mesma notasse. Ignorando á mim.

– Ei! - protestei, cutucando-o no ombro. Alguns segundos de silêncio. De repente, ele se virou para mim bruscamente, me prensando contra o balcão do armário.

Sua mão direita foi parar em meu queixo enquanto a esquerda estava apoiada no balcão, como se me impedisse de fugir. Olhei fixamente em seus olhos, e ele fazia o mesmo.

Phobos estava se aproximando lentamente. Seus olhos pousaram sobre meus lábios. Fechei os olhos, esperando um beijo seu, mas apenas senti algo em minha bochecha.

Abri os olhos rapidamente, notando que ele beijara minha bochecha. Dei um sorriso amarelo e ele sorriu torto. Franzi o cenho, mas ele apenas arqueou a sobrancelha de modo travesso.

O deus do medo colocara o dedo em meu nariz, deixando um pouquinho de massa depositada nele. Incrédula, deixei meu queixo cair enquanto ele se afastava. Corri até a forma, pegando a colher melada e jogando-o nele. A massa escorreu por sua testa e caiu em sua camisa.

– Você está jogando muito sujo! - reclamou ele, rindo.

Phobos pegou a vasilha com toda a massa e jogou em mim. Eu comecei a rir, aproximando-me dele. Ele não havia notado minha estratégia, pois continuava rindo e olhando para mim.

Finalmente eu o alcancei e lhe dei um abraço forte, sujando á ele também. O garoto á minha frente estreitou os olhos, mas acabou rindo novamente. Ri junto á ele.

– Vamos fazer outra massa. - falei, quando havia parado de rir. Ele assentiu com a cabeça, pegando outros ingredientes.

***

Saí do banheiro peteando os cabelos, e vi Phobos passar pelo corredor. Coloquei a escova de cabelo encima do criado-mudo e fui atrás dele. Ele estava sentado no sofá, assistindo algum filme que passava.

– O que está assistindo? - perguntei, aparecendo atrás dele.

– Ah, não sei. - disse, dando de ombros. - Não prestei atenção.

Olhei para a tela e reconheci o filme.

– Encontro Explosivo. - murmurei. - O filme.

– Ah. - respondeu. - Daqui uns minutos a torta já vai estar pronta.

– Que ótimo. Porque eu estou com muita fome.

Ele riu fraco. - É, eu também.

Sentei-me ao seu lado, encarando-o. Ele tirou o olhar da tela e olhou para mim, esperando que eu me pronunciasse.

– Aquilo... Sobre o "conquistar você". - Fiz aspas com os dedos. - Foi... Só brincadeira?

Ele desviou o olhar de mim para a televisão.

– Não. - disse depois de alguns minutos em silêncio.

Senti minhas bochechas queimarem, mas tentei ignorar aquilo.

– Você se enganou. - afirmei, desviando o olhar para o chão. - Você me conquistou.

Ele olhou para mim no mesmo segundo em que eu olhei-o. Seu rosto veio rapidamente até mim, e eu notei que eu fizera o mesmo. Quando seus lábios estavam chocando-se contra os meus, finalmente, algo nos interrompeu. Ou melhor, alguém.

– Oown! - berrou Afrodite, atrás de nós. - Se casem e tenham dois filhos.

– O que...?

– Vamos, se beijem logo, finjam que eu não estou aqui! - animou-se ela, interrompendo Phobos e abanando com a mão em um incentivo para continuarmos.

– Não! - resmungamos eu e o deus ao mesmo tempo.

– Ah! - desanimou-se a deusa do amor.

Phobos foi até a cozinha, verificar a torta enquanto me deixava com a maluca da mãe dele.

– Apareci em má hora? - sussurrou ela.

– Não, imagina. - respondi sarcástica, virando-me para frente de braços cruzados para assistir ao filme.

– Bem, eu tenho coisas á fazer. - reclamou Afrodite. - Amanhã eu passarei por aqui para nós fazermos coisas de garotas! - ela gritou animada na suas últimas palavras.

– O que?! Não! - retruquei.

– Não diga não á mim, mocinha! - ordenou.

– Mas, Afrodite...!

– Não. Sem reclamar! - criticou. Comecei a resmungar, tentando não estrangular aquela mulher.

Ela sumiu, mandando um beijo para mim.

Levantei-me do sofá, bufando, e fui até a cozinha. Phobos estava colocando a torta em um pratinho especial para sobremesas. Me aproximei, e logo estava ao seu lado.

Ele olhou para mim de modo triste, provavelmente ouviu a conversa entre mim e a deusa do amor.

– Torta? - perguntou, estendendo um pratinho com uma fatia da torta de maçã e com um garfinho pequeno.

– Torta? Ah... Sim, torta. Claro. - falei distraída, pegando o prato e indo para a sala. Phobos seguiu-me.

Nos sentamos no sofá, comendo em silêncio.

– Afrodite vai aprontar comigo. E não será uma coisa boa. - murmurei. Phobos assentiu com a cabeça.

– Se ela fizer alguma coisa á você, ela vai ver o que eu farei com aquelas roupas mesquinhas dela. - ameaçou.

Dei uma risada. - Ameaçador você, Phobos.

– Eu sei. - disse triunfante. Sorri para ele e voltei a comer a torta, pensando no que Afrodite poderia querer comigo.


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Notas finais do capítulo

Afrodite... Sempre atrapalhando o casal... Tsc, tsc.
E o que será que ela quer dizer com "coisas de garotas"?
Espero que tenham gostado e obrigada por acompanharem a história. Mas quero comentários, hein?! Huehuehue'
Beijão ! ♥