The Chase escrita por Oswin Oswald


Capítulo 1
Waiting Around to Die


Notas iniciais do capítulo

O nome do capítulo foi o nome da música que me ajudou a escrever. Se quiser escutar, aqui está:https://www.youtube.com/watch?v=-0SmXVrLlZ4Espero que gostem!! ♥ ♥



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– O que acha de sairmos hoje à noite? Talvez... não sei, um jantar com John e Mary. Posso chamá-los. Se você quiser.

Molly não conseguia esconder o nervosismo. Saber que Sherlock Holmes sentia o mesmo por ela era quase impossível de aceitar. Não queria estragar tudo tão rápido, afinal, ter o detetive agindo de uma maneira diferente de como ela estava acostumada poderia ser bom.

– Hm, tudo bem. Você que sabe, Molly. – Sherlock respondeu distraidamente.

Isso não parecia ser um bom sinal.

– Talvez só nós dois?

– Só nós dois seria bom. Os Watsons estão sendo extremamente irritantes ultimamente.

– Ok. Vejo-o daqui a pouco.

Ele desligou. É claro que ela já sabia como ele era. Mas mentiria se dissesse que não tinha medo. Enfim, estava na hora de se arrumar. Molly queria estar estonteante para quando ele chegasse, queria ver o detetive ficar sem fôlego. Até mesmo sem palavras, se é que isso seria possível um dia.

A patologista agora morava com Sherlock. Sim, eles só estavam namorando. Mas ela já estava lá. Aparentemente, todo o encanamento de seu apartamento continha alguma substância que acabou corroendo boa parte do metal, e agora ela teria que gastar milhares de libras para consertar. Até que a “inocente” proposta dele surgiu. “Venha morar comigo, Molly. Estou sozinho naquela casa mesmo, alguma companhia seria bom.” Ela tinha certeza que fora ele quem acabara com o encanamento dela.

Mas lá estava a castanha. 221B Baker Street. Não era tão ruim afinal. E Sherlock estava sendo completamente gentil – o que era o contrário do que ela imaginara. Surpreendendo-a com cafés da manhã e jantares preparados pela Mrs. Hudson (que ainda assim era um avanço). Até agora, nada acontecera. Do quesito... aproximação humana. Apenas beijos suaves e o braço dele em volta dela enquanto assistiam à televisão.

Ah, Sherlock era um sonho. Um sonho muito bom para ser realidade.

______________________

Táxis eram difíceis de achar atualmente. Talvez porque seus horários de trabalho haviam mudado, talvez porque ele havia gostado de andar até em casa. Andar estranhamente fazia com que ele se sentisse bem. Como que pudesse analisar tudo o que estava acontecendo em sua vida e ter certeza que se envolver era algo bom.

Afinal, este era Sherlock Holmes. A Máquina. O Virgem, como Adler ressaltara. Nunca iria se envolver, nunca deixaria os sentimentos visíveis. Mycroft o ensinara muito bem como essas coisas funcionavam. E ele aprendera, aluno dedicado como era. Então nesse momento, cada passo era tomado com extremo cuidado. Antes daquela ligação, ele já sabia que ela planejava algo do tipo, devido à ligação que a mesma tinha feito a Mary Watson mais cedo. Sendo assim, pode pensar e se preparar antecipadamente para o que ia responder.

Mas também não poderia ignorar o fato de que Molly Hooper fazia bem para ele. Ela o conhecia muito bem e o entendia. Um olhar dela poderia significar mil coisas, mas Sherlock sabia o que queria dizer. Bom, na maioria das vezes. E era prazeroso poder olhar nos olhos da castanha e ver uma alegria imensa neles. Saber que ele era o motivo dessa alegria.

Não demorou muito para chegar em casa. A porta estava fechada, como sempre. Mas a aldrava arrumada em seu lugar, como que se gritasse para ele. Holmes não pode deixar de suspirar. Será que as pessoas nunca aprendiam? Depois de entortá-la para o lado esquerdo— em seu lugar apropriado –, Sherlock subiu as escadas rapidamente, parando por um momento. Seus sentidos se aguçaram a visão da porta aberta de seu apartamento. E não aberta de uma maneira normal, como se Molly não a tivesse fechado direito e o vento a empurrara. A porta estava totalmente escancarada. Mas nenhum sinal de arrombamento. Nenhuma lasca fora do lugar. Seus olhos foram para o tapete.

As fibras do tapete estavam levantadas, como se algo pesado tivesse sido arrastado no sentido contrário das fibras. Ou seja, para o lado de fora. Seus sentidos gritava que algo estava totalmente errado enquanto sua mente formava mil teorias sobre o que estava acontecendo. Um perfume no ar... Perfume que não era de Molly. Nem da Sra. Hudson, John ou Mary. Ou Lestrade, Mycroft ou nem ninguém conhecido. Era um perfume masculino. Ele não tinha nenhum cliente agora, tinha?

Essa seria explicação mais fácil. As fibras do tapete poderiam ser explicadas pelo simples fato de a pessoa ter limpado os sapatos no tapete. Mas não, ele sabia que não era só isso. Óbvio demais. Nunca confie em coisas óbvias demais, seu irmão o ensinara. E as marcas seriam menores ou até mais espaçadas se fossem somente pés o que fora arrastado ali. Mas se não era isso, então havia outra explicação. E ela envolvia...

Não. Não, não poderia ser.

Era este o exato o motivo de ele nunca se envolver.

O exato motivo que o fizera hesitar tanto nesta relação.

Oh...

Molly.

Molly! Molly! – Sherlock gritou enquanto entrava correndo no apartamento, indo em direção ao quarto dela. Ao chegar lá, suas mãos foram a cabeça enquanto seus olhos rapidamente analisavam a cena. Roupas jogadas no chão, armário aberto. A maquiagem jogada sobre a mesa. Ela saíra dali às pressas. Pior— Havia marcas de seu esmalte na porta.

Fora arrastada de lá.

O choque era tão grande que o detetive levou alguns segundos para perceber o celular vibrando em seu bolso. Era Mary.

– Mary, por favor, diga que Molly está com você. – Ele vociferou antes de qualquer palavra da loira.

– Molly? Não. Por que, Sherlock? – Ela perguntou, mas acrescentou. – John está com você? Nós iríamos jantar a sós pela primeira vez desde que Avery nasceu. Se ele estiver aí, diga a ele que é um homem morto.

– John? – O detetive franziu a testa. – O que está errado com John? Preciso falar com Molly. Ela sumiu e... não acredito que seja algo bom.

– O que aconteceu com Molly? Ela está bem?

– É exatamente essa questão que está me deixando preocupado. Mas sobre John, não se preocupe. Depois de o bebê ter nascido, você ficou mais paranoica ainda.

– O carro dele está na garagem. O casaco está sobre a mesa e a porta da frente estava aberta quando saí do banho. Sherlock, John simplesmente sumiu.


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Notas finais do capítulo

Sim, vai ser meio clichê. Desculpe-me se não tenho ideias tão brilhantes assim. Maaas estou animada com isso! O que acharam?? Tell me :33