Trouble. escrita por Caroles


Capítulo 19
Me perdoa?


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda do meu coração



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Desde o aniversário de Taylor, nunca mais vi o Sr. Não te interessa – vulgo, Rei Arthur-, e os dias estavam cada vez mais chatos, e sem graça, já que eu não estava mais falando com Dylan. Ah sim, vocês devem estar confusos, bom, é o seguinte: Dylan e eu não estávamos nos falando por causa de uma briga, vou contar como aconteceu...

1 semana atrás:

Estava na biblioteca tentando pôr na cabeça daquele inútil alguma coisa de útil, mas era muito difícil, já que ele não largava do celular, e vivia distraído com alguma coisa.

– Dylan! – esbravejei já irritada – vê se presta atenção caramba!

– Só um segundo – ele colocou o indicador na minha boca para me calar, e o telefone do ouvido para falar com alguém, já não suportando mais a situação, mordi seu dedo com força, fazendo ele gritar.

– Sua doida – ele abaixou o telefone e esfregou o dedo na calça jeans suja de caneta – porque você fez isso?

– Porque você não está prestando atenção em mim, e eu não vou ficar perdendo meu tempo com você. Você não faz nada de bom na vida, nem pra estudar serve – despejei em cima do garoto, que estava num tom escarlate de raiva.

– Ruiva, vou falar uma vez, vê se entende: eu não gosto disso, muito menos gosto de você, agora entende o meu ponto de vista: só estou aqui porque estou sendo obrigado, assim como você!

– Tem razão, nem sei porque aceitei isso aqui. Você não muda, nem com reza brava!

Dei as costas a ele, e depois disso ele não veio a mais nenhuma aula, e resolvi fazer o mesmo, deixar para lá.

Confesso, eu sinto uma falta enorme dele, mas ele quis assim, então assim será.

*

A abstinência da ruiva estava me possuindo de uma maneira insensata e descontrolada, sério, eu to ficando maluco!

Ok, eu sei que errei quando disse que eu não gostava dela, percebi que tinha feito muita merda, assim que a ruiva me lançou um último olhar decepcionado e de raiva, logo dando as costas para mim.

Fiquei o resto da semana esperando uma atitude dela, uma mensagem, uma ligação, até uma trombada pelos corredores do colégio, mas nada aconteceu. E todas as vezes que eu a olhava, ela estava rindo, se divertindo, e muitas vezes com o Todd.

Ah, Todd... esse era outro problema! O cara é meu melhor amigo, de infância, como um irmão, mas ultimamente, tenho me afastado cada vez mais e mais dele, e estou me sentindo muito mal por isso. Mas também me sinto mal por tratar a ruiva de um jeito que ela não merece as vezes.

Ok, chega! Sem essa, cadê o Dylan normal de volta? Talvez esse seja o meu normal. E esse Dylan normal, vai voltar atrás uma vez na vida para falar com a ruiva, é isso, vou fazer isso mesmo.

Sai de casa, com meus pais discutindo sobre o divórcio dentro do escritório, o que era outro assunto delicado. Entenda, meus pais estão se separando por dois motivos: meu pai acha que minha mãe está tendo um caso, e minha mãe acha que meu pai também está tendo um caso! Particularmente, acho que nenhum dos dois está traindo, mas não é apenas isso que se acumula ao longo dos anos, outros fatores desencadearam os motivos da separação, como por exemplo, a futilidade de minha mãe, e a falta de atenção com a família do meu pai. Juntando tudo isso, e mais um pouco, resulta em brigas constantes e vasos sendo quebrados pela minha mãe. Se ela fosse pobre, não iria quebrar nada, até porque ela que teria que limpar depois, não um dos empregados.

Fora esse lance de separação, tinha o meu problema na escola, já que eu estava de cabeça tão cheia por causa dos treinos, por causa das notas e também por causa da ruiva. Isso só piorava a situação entre meus pais, pois eu estava me tornando uma pedra no sapato dos dois, e com razão eles viviam brigando comigo também, e em vez de tomar vergonha na cara e melhorar a postura, não, eu só piorava.

Caminhei mais depressa para não ser notado e barrado, e entrei no carro depressa, partindo para a casa da ruiva, que não era muito longe dali, apenas algumas quadras.

Cheguei a casa da ruiva rapidamente, e o bom era que eu sempre me dei muito bem com Jared, e considerava ele um bom amigo, fora os pais deles, que eram uns amores de pessoas. Estacionei e fiquei olhando para a casa verde clara, e relembrei mais uma vez da noite que fui até a janela da ruiva, só para abraçar ela, e acabei ganhando uma noite muito bem dormida ao lado dela.

Sai do carro, e ajeitei a gola da camisa polo, andei até a entrada sorrindo, pois sempre me sentia bem todas as vezes que ia até lá, o clima da família, das pessoas, a casa convidativa, tudo, tudo mesmo. Toquei a campainha e esperei. O Sr. Evans, um homem alto de cabelos escuros como os de Jared, atendeu a porta sorridente.

– Dylan – disse ele me cumprimentando com um abraço – que prazer em vê-lo.

– Oi Sr. Evans, vim ver seus filhos. – sorri de volta e entrei na agradável casa. Vi a Sra. Evans na sala, pintando a unha, ao mesmo tempo que assistia America’s Next Top Model. Ela me deu um aceno animado, e eu retribui.

– Bom, pode subir, você sabe o caminho – acenei levemente, e subi em direção aos quartos, e logo pude ouvir som de risadas. Uma delas eu reconheci como o de Jared, que parecia igual ao de uma capivara engasgada, o outro era de Lídia, um som agradável de se ouvir, porém tinha o som de mais risadas, e vinham do quarto de Lídia.

Parei em frente a porta e bati uma vez, ouvi a ruiva dizer que podia entrar, e assim eu fiz, porem desejei não ter feito. A cena era deprimente: Lídia, Todd, Jared e Avallanah, estavam estirados no tapete do quarto, vendo alguma comédia, com baldes de pipoca no colo. Engoli seco, enquanto todos me encaravam. Queria correr para ir embora, mas seria insensato, mas também não era nada saudável ver o encontro de casais ali no quarto. Lídia estava deitada no colo de Todd, que lhe fazia cafune com uma mão, e comia pipoca com a outra. Ava tinha deitado em cima do colo de Lídia, e Jared por sua vez, deitou no de Ava. Sentia-me um intruso.

– Oi – murmurei.

– Chegou na hora certa parceiro – falou Todd jogando uma pipoca em minha direção.

– Percebi. – olhei para Lídia, que sustentava o olhar. Sentei no chão ao lado de Todd, e mergulhei a mão no balde de pipoca, mergulhando assim, na minha tristeza e raiva momentânea.

*

Mas que droga esse cara está fazendo aqui? Primeiro ele me trata mal, depois vem na minha casa, no meu quarto, ver filme com a gente, como se estivesse tudo bem! Isso me tira do sério.

Ele sentou no chão ao lado de Todd, e mergulhou a mão, que provavelmente estava suja e comeu. Ótimo, mais uma boca para alimentar debaixo do meu teto.

Quando meu balde de pipoca acabou, levantei e fui fazer mais. Desci as escadas rapidamente, e fui em direção a cozinha.

– Acabou aqui também – sussurrou uma voz no meu ouvido, me deixando extremamente arrepiada.

– Para de me seguir estrupício! – arranquei o balde de pipoca de suas mãos, e ele me lançou um sorriso safado. – O que você quer Dylan?

Ele não respondeu de imediato, mas avançou rapidamente sobre mim. Previ o que ele ia fazer, e desviei, abaixando a cabeça, jogando os cabelos sobre o rosto.

– Você não quer? – perguntou ele meio decepcionado.

– Quero, é logico que quero – levantei a cabeça, e senti a raiva tomando conta do meu corpo.

Ele me olhou atentamente e tentou avançar de novo, mas, mais uma vez, eu recuei.

– Para de fugir Lídia! Caramba! – ele me puxou pela cintura e me encostou na bancada entre a pia e a mesa.

– Você acha que tudo é fácil né Dylan? – comecei com a pequena explosão – Você não pode simplesmente desaparecer, e voltar quando bem está afim! As coisas não são do seu jeito, e o mundo não gira em torno do seu umbigo! – ele me soltou e senti lagrimas arderam nos meus olhos, droga, que difícil.

– Eu estava tentando pedir desculpas pelo o que eu ando fazendo Lid...

– Não me chama assim – interrompi-o.

– Lídia – ele tentou se aproximar novamente, e dessa vez não havia recuo para mim. Suas mãos foram para o meu rosto e meu corpo inteiro se arrepiou, eu queria aquilo tanto quanto ele.

– Dylan – minha voz era como um sussurro, e eu não conseguiria mais me conter, não mais, não com ele.

*

Ela estava chateada comigo por o que eu havia feito, e pôr como eu tenho tratado ela ultimamente, a explosão de raiva era só o começo. Achei que ela enfiaria a minha cabeça na panela de pipoca, mas não, ela queria me ignorar, fingir que não queria, que não desejava. Assim como eu.

Ela disse meu nome baixinho, e essa foi a minha deixa. Puxei-a pela cintura, e enlacei meus dedos em seus cabelos macios e cheirosos, alcancei sua boca e a beijei com urgência, com um desejo supremo de saciar a minha fome, queria ela agora, e ela estava me correspondendo.

Nos separamos em busca de ar, mas não desgrudei nossos corpos, queria ficar com ela assim, o dia inteiro, ter ela para mim. Aproximei meu rosto para beija-la novamente, quando senti uma outra presença no recinto. Olhei para o lado e vi Todd virando de fininho para sair sem ser notado. A ruiva se separou rapidamente, e vi seu rosto ficar vermelho.

– Você me perdoa? – perguntei e ela me olhou surpresa.

– Faça por merecer – ela deu de ombros, e começou a fazer mais pipoca. Abracei ela por trás e depositei um beijo em seu rosto.

– Passo amanhã para te buscar meu anjo – sussurrei em seu ouvido e me virei para ir embora. Ela não reagiu de imediato, mas ouvi ela chamar meu nome e virei dando de cara com ela.

A ruiva ficou nas pontas dos pés, e me depositou um beijo na boca, e se isso me surpreendeu? Muito!

– Até amanhã – disse ela, depois virou e voltou para a cozinha, me deixando com uma enorme vontade de que o dia terminasse e o amanhã chegasse.


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Notas finais do capítulo

Hmmm, eai? Deve rolar ou não deve? Vocês acham que a Lidia deve ou não deve perdoar o Dylan? Convenhamos, ele anda muito levado ultimamente, apesar dos problemas que ele tem, ela não tem nada a ver com isso.
Mas é isso amoras, espero que tenham curtido, qualquer coisa, só falar ♥
P.S: O que vocês acham dos pontos de vista do Dylan? Algo a melhorar?
Beijossssss ♥



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