Love Is A Beautiful Fear escrita por LeeH


Capítulo 9
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas lindas, as melhores leitoras do mundo!!
Vocês são muito perfeitas, amo vocês de coração (estou sentimental hoje kkk)
Tava aqui pensando, se eu merecer é claro, seria tãããão legal ganhar uma recomendação ~le indireta ~
Haha brinks (é brincadeira mesmo gente ^^)
Espero que gostem do capitulo XD
Boa leitura ^^



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Na manhã seguinte, ainda sinto meus músculos pesados por causa do sono. Não estou nem um pouco afim de levantar pois não dormi o suficiente, mas não posso dizer que passei quase que a noite toda acordada, então eu me levanto, troco de roupa e desço para o café da manhã.

Ignoro a presença de Daphne, mas pelo jeito que ela me olha ela deve saber que eu sei que ela se casará com Maxon. Mal ela sabe que eu não vou desistir tão fácil. Preciso fazer alguma coisa durante o dia pra passar o tempo, mas as horas se recusam a passar. Depois do café, volto pro meu quarto e fico deitada na cama. Embora esteja morrendo de sono, não consigo dormir por causa da ansiedade.

Ouço alguém entrar no quarto e se sentar ao meu lado.

– Esta se sentindo melhor, senhorita? - Lucy diz olhando pra mim preocupada.

– Estou bem Lucy - eu me sento ao lado dela - Só estou ansiosa.

– Ansiosa?

Então eu conto toda a historia pra ela, digo que pedi ajuda ao Soldado Leger para pegar os diarios e que ele os trará para mim hoje a noite. Lucy fica muito empolgada com o plano, e se oferece para esconder os diarios em seu quarto, pois com certeza eles vão os procurar no meu quarto quando perceberem que eles sumiram. Isso me lembra que terei de ser rapida em bolar um plano para a eliminação das castas, não posso ficar com os livros por muito tempo.

– Então o Soldado Leger irá te ajudar? Você o conhece? - Lucy pergunta.

– Sim... Ele é... Da mesma província que eu. Amigo da família - digo, e não estou mentindo porque Aspen realmente é amigo da minha família.

– Legal... Ele é um soldado muito bom - ela diz com admiração - Nós até fizemos um lanche de agradecimento pra ele

– E ele aceitou? - pergunto, me lembrando da vez que eu mesma fiz um banquete pra ele e ele terminou comigo.

– Claro... Ele estava com fome, coitado. Tinha pegado o turno da noite, é sempre muito dificil - ela diz olhando pro nada com um sorriso no rosto.

Aquilo abre um buraco dentro de mim e eu não sei bem explicar o porque. Aspen aceitou o que Lucy fez para ele, mas não aceitou o que eu havia feito, sendo que agora ele nem precisa tanto de ajuda. Mas não é só isso que noto quando Lucy fala comigo sobre ele. Noto outra coisa no olhar dela, na voz e no sorriso.

– Você gosta dele - minha afirmação sai mais como uma pergunta.

– O que? - ela diz, acordando de seus pensamentos e me olhando.

– Você gosta dele - digo com mais certeza, e não sei dizer bem o que sinto em relação a isso.

– Não... Eu não... - ela diz e cora um pouco, o que apenas confirma o que eu havia dito - Ele é muito bondoso, eu só estava tentando agradecer.

– Lucy... Somos amigas - eu pego sua mão e envolvo com as minhas - Você pode me dizer...

Ela respira fundo.

– Tudo bem, talvez eu goste dele...

Uma parte de mim diz para que eu fique feliz por ela, depois do que ela passou ela merece mesmo seguir em frente e ser feliz, se apaixonar de novo. Diz que, se Aspen e eu não temos qualquer futuro, eu deveria estar feliz por ele também, porque talvez isso signifique que ele pode ser feliz com outra pessoa e não ficará magoado comigo estando com Maxon. Mas a parte mais escura e profunda minha não consegue ficar verdadeiramente feliz com essa noticia.

– Lucy isso é otimo - digo, com meu melhor sorriso, mas não sou capaz de ir além disso.

– Bom... Não é nada demais - ela olha para seus dedos agora mexendo em seu uniforme - Eu tenho que terminar seu vestido - ela se levanta e sai do quarto.

Não sei bem como, mas o tempo voa depois disso. Acho que porque estou tentando entender o que se passa no meu coração agora. Como se as coisas não pudessem ficar mais confusas, agora simplesmente não sei o que sentir em relação a Aspen. Foram 2 anos... 2 anos, e eles não serão apagados, por mais que eu queira. E agora eu simplesmente não sei bem o que fazer. Agora entendo a situação de Aspen quando me vê com Maxon.

Desço para o almoço e mais tarde para o jantar. O tempo simplesmente passa por mim e eu nem vejo. Tudo o que eu consigo pensar é que Lucy gosta do Aspen e talvez ele também goste dela. Ele aceitou o que ela fez por ele quando não aceitou o que eu havia feito. Acho que nem ele mesmo sabe, mas talvez ele goste dela. Talvez ainda esteja lutando por mim porque se recusa a me perder, perder o que lutou tanto para conseguir e me ver escapar pelos seus dedos. Talvez eu me sinta da mesma forma em relação a ele, mas não quero admitir. Não quero perde-lo também.

Após o jantar, troco de roupa e me deito, apenas esperando Aspen aparecer. Minha ansiedade passa de minha mente para minhas pernas e eu não consigo mais ficar deitada. Me levanto e fico andando pelo quarto. Vou até a varanda e sinto o ar frio da noite de Angeles me atingir. Eu gostaria de poder sair um pouco da minha pele e observar a situação de longe. É bem mais fácil dar conselhos aos outros do que aplicá-los em sua própria vida. Eu gostaria muito de ter, pelo menos por alguns segundos, um descanso de tudo isso. De Maxon, de Aspen e da decisão que os dois esperam que eu faça. De Daphne, de Kriss e a insegurança que ambas me trazem. Da Rainha, de Lucy e da expectativa que ambas tem quanto ao meu desempenho. Dos rebeldes, do Rei e da pressão que gira em torno deles. São muitas pessoas que mandam em minha vida, e eu não me sinto capaz de tomar uma decisão sem deixar marcas em alguém.

Respiro fundo e esvazio minha mente por alguns segundos...

...

...

...

O que me faz despertar é o barulho da porta se abrindo, e sei que meu descanso acabou.

Corro até meu quarto e fecho a janela da varanda e me viro para encontrar a silhueta de Aspen no escuro.

– Aqui esta - ele diz, me estendendo uma pilha de livros.

– Coloca ali - eu aponto para o piano que esta fechado.

Aspen os coloca onde pedi e depois respira fundo.

– Eu sei porque você quer tanto eliminar as castas, Meri - Aspen diz

Eu congelo.

– Sei sobre a princesa da França... Fiquei sabendo hoje durante uma reunião do Rei que eu fiquei de guarda...

Ele me olha e se aproxima, tocando meu braço.

– Meri... Talvez seja melhor assim - ele sussurra.

Sinto seus lábios tocarem os meus de leve e quase me convenço de que ele tem razão.

– Aspen - sussurro- Você não entende...

Ele se afasta de mim e volta para perto dos livros.

– Esta tudo muito confuso agora... Eu não sei exatamente oque sinto em relação a você.

– Claro que sabe Meri! - ele se aproxima - Foram dois anos... Dois anos! Ou você estava mentindo todo esse tempo?

– É claro que não estava - digo, e minha voz soa mais grave do que o normal - Aspen, eu amava você... Mas você tem que entender que nossas circunstancias mudaram e eu não sou mais a mesma pessoa. Não posso culpar você pelo que aconteceu e você também não pode me culpar. Nem a ele - digo, me referindo a Maxon - As coisas aconteceram e eu acabei descobrindo nele o que achei que tinha perdido com você... Isso me faz ficar nervosa para sentir as coisas que eu sinto. Mas eu quero que você saiba, que eu ainda estou olhando pra você também.

Ele respira fundo.

– Não vou desistir de você tão fácil...

– Tudo bem, mas eu só quero que você entenda que isso não é sobre eu e você mais... Existem muito mais coisas envolvidas... Muito mais gente envolvida - digo me lembrando de Lucy.

Ele se aproxima de mim e beija minha testa. Depois se vira e vai embora, sem dizer mais nada.

Não consigo conter minha ansiedade e abro o primeiro diário que encontro na pilha. Abro em uma página qualquer e começo a ler rapidamente.

" O sistema de castas foi implantado com sucesso. Creio que assim poderemos controlar devidamente cada um da população sem ter que controla-los individualmente. Separando-os por 7 grupos, sem contar a realeza, conseguirei controlar seu sistema de modo de pensar, agir, sua escolha de empregos e terei controle até da taxa de natalidade e mortalidade do país. Creio que esse é o melhor modo de evitar uma futura guerra, oprimindo. E também, não deixando escolha.

Treinarei meu filho para que ele mantenha esses manuscritos escondidos. Sem conhecimento, sem revoltas. Devemos controla-los também pela falta do saber."

Fico chocada com as informações que leio. Como Illéa pode fazer isso com milhões de pessoas? Ele só pensava no poder. Mas isso não me surpreende. Ele foi capaz de obrigar sua filha a se casar com um estranho apenas para se fazer Rei. Cada vez que descubro algo mais além, mais fico revoltada e quero acabar com tudo isso. E o que mais me irrita é saber que o Rei Clarkson sabe de tudo isso. Maxon não sabe, disso eu tenho certeza, porque se ele soubesse disso, já teria feito alguma coisa. O Rei deve ter escondido dele essas informações porque, como Gregory Illéa disse, "sem conhecimento, sem revoltas". Mas agora eu tenho conhecimento. Só tenho que descobrir como usá-lo em seguida.


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Notas finais do capítulo

Mais um teaser:
"...Isso me faz ficar nervoso (a) para sentir as coisas que eu sinto. Mas eu quero que você saiba, que eu ainda estou olhando pra você também..."

Amores da minha vida, eu sei que ta tendo muito Asperica ultimamente, mas vai por mim, ainda vai ter um capítulo Amexon que vai valer a pena.
Vai chegar logo mais!!
Mas comentem!!!
Comentem muuuito!!
Até o próximo ^^



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