A Sun And a Moon escrita por velgoncalves


Capítulo 2
Capítulo 2 - A viagem


Notas iniciais do capítulo

Como Edward se tornaria tão mais charmoso se asumisse os seus ciumes não é? lindo, romantico, imortal, rico e ciumento...ai, ai. Nesse capitulo tentamos captar um pouco mais dos ciumes e do humor de Edward, espero que gostem.



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Capitulo 2 - A viagem.

 

 

 

Bella parecia feliz aquela manhã enquanto caminhávamos de mãos dadas entre uma aula e outra, os olhos curiosos dos alunos nos seguiam enquanto passávamos pelos corredores, “o esquisito voltou” pensava um aluno do 2º ano, “o que será que ele viu nela?” outra aluna pensava com desprezo, como se qualquer mulher pudesse ser comparada a Bella, minha Bella. O pronome era possessivo e eu sabia, mais diante das circunstancias sabendo que eu não a deixaria novamente eu seria dela e ela minha, a menos que ela me pedisse pra partir, mesmo assim ela ainda seria minha.

 

“Minha amada!”

 

Ela sorria, assim como os outros estudantes, talvez porque as aulas estivessem acabando, a escola secundária de Forks respirava formatura. “mais uma vez” pensei, já havia perdido as contas de quantas vezes eu e meus irmãos já havíamos feito aquilo, quantas vezes já havíamos nos mudado.

 

Se não fosse por Bella eu já teria entrado no meu velho estado de inércia, de vez em quando ainda me pegava parado como se estivesse morto, de fato eu estava, porém não podia deixar que os outros percebessem quem eu era. O disfarce seria descoberto.

 

Naquela noite enquanto ela dormia e sussurrava meu nome, parei pra pensar no que a minha vida se transformou depois que a conheci, parecia que a vida havia voltado a mim, quase podia sentir meu coração bater todos os dias ao me despedir e ir para casa trocar minhas roupas sentia uma vontade incontrolável de não me afastar, finalmente parecia que tinha saído do purgatório e Bella era a responsável.

 

Ao menos agora estranhamente as pessoas se aproximavam de nós, os intocáveis e estranhos Cullens, os amigos de Bella pelo menos nos tratavam como se fossemos pessoas normais, em qualquer escola que estudávamos ninguém ousou sentar do nosso lado, nem ao menos próximo. Aquela era a primeira vez que nos aproximávamos tanto dos humanos. Tudo estava mudado.

 

Ela parecia estranha como se estivesse preocupada com algo, talvez ainda estivesse pensando no vira-lata, meus dentes cerraram travados uns nos outros diante daquele pensamento, eu preferia não tocar no assunto, não queria lembrá-la de nada ligado aos seus amigos Quileutes. Sentamos numa mesa onde já se encontravam Ângela, Ben e Alice que já nos olhava com um sorriso no rosto, engraçado como ela se encaixava bem em qualquer lugar, com aquelas pessoas, vasculhei os pensamentos dos presentes e curiosamente Alice e Ângela combinavam em sua opiniões no que dizia respeito à forma como Bella se vestia “Nossa, Bella precisa de alguém que a ajude a vestir-se com urgência” segurei o riso, em minha opinião aquela camiseta fina que se ajustava perfeitamente ao seu corpo a deixava mais bonita embora Alice a repreendesse em seus pensamentos, Bella percebeu e corou. A forma como ela se vestia não importava, eu a amava ainda assim.

 

- Você já enviou seus convites? – Ângela se dirigiu a ela enquanto sentávamos.

 

- Não faz sentido, de verdade. Renée sabe quando eu me formo. Quem mais há?

 

- E você, Alice? – na cabecinha flutuante de Alice já estava tudo planejado, a festa, os convidados até as comidas, mais eu não estragaria sua surpresa, não mesmo. – tudo perfeito – ela respondeu prontamente.

 

- Sorte sua – enquanto Ângela falava deixei minha mente vagar pelas outras mentes da escola, Alice conseguia ser irritante me mandando imagens mentais de como a festa seria bonita, ela havia me feito prometer que não contaria nada sobre a festa para Bella, Alice tem uma forma de convencimento muito boa.

 

- Eu posso ajudá-la se você não se importar com a minha letra horrível.- Ouvi Bella oferecer sua ajuda  a Ângela, sorri aliviado com seu novo passatempo ao menos este não envolvia motos em alta velocidade nem muito menos lobisomens. Ela parecia feliz com sua liberdade, fez planos para ir à casa de sua amiga vibrando por Charlie tê-la deixado em liberdade condicional - Na verdade, eu prefiro ir à sua casa se estiver tudo bem, estou cansada da minha. Charlie me liberou noite passada.

 

 - Sério? – Ângela estava feliz, pude ver pelos seus pensamentos que a sua amizade por Bella continuava verdadeira, com ela eu não precisava me preocupar - Pensei que você tinha dito que estava de castigo pelo resto da vida.

 

- Estou mais surpresa que você. Eu tinha certeza que iria pelo menos ter terminado o ensino médio antes de ele me deixar livre.

 

- Bem, isso é ótimo, Bella! Nós temos que sair para comemorar. - Alice entrou na conversa, Ben continuava entretido com o seu gibi nem ouvia a conversa.

 

- Você tem idéia de como isso é bom? - Ângela também estava feliz com a liberdade de Bella

 

- O que deveríamos fazer? - Alice colocou a mão no queixo como se estivesse pensando “compras, vou levá-la as compras, ela precisa mesmo mudar o visual. Se Bella vai ser uma Cullen ela precisará de roupas novas...uau!” o grito mental de Alice foi tão alto que quase me fez pular da cadeira a qual eu estava.

 

- O que quer que você esteja pensando, Alice, eu duvido que esteja livre para isso.- Bella parecia adivinhar os pensamentos da minha irmã.

 

- Livre é livre, certo? – ela era impossível, era bem provável que no decorrer da discussão Alice ganhasse com seus argumentos.

 

- Tenho certeza que eu ainda tenho limites, como o continente estado-unidense, por exemplo. Nós rimos para o desespero de Bella diante da empolgação de Alice.

 

- Então o que nós vamos fazer hoje à noite? – Alice continuou insistindo.

 

- Nada. Olhe, vamos dar uns dois dias para ter certeza de que ele não estava brincando. É uma noite de escola, de qualquer forma.- Bella ainda tentou se esquivar.

 

- Nós vamos comemorar esse final de semana, então. - O entusiasmo de Alice era impossível de reprimir.

 

- Claro – pela face de Bella pude notar que ela havia sido vencida pelo cansaço. Começamos a discutir uma forma de diversão Ângela e Alice estavam muito empolgadas e com muitas idéias que sei bem Bella não aprovaria, compras, dança...essa última definitivamente eu sei que ela não aceitaria.

 

Enquanto discutíamos sobre o que fazer, pude notar que Bella estava distante, seu rosto parecia de dor, algo parecia incomodá-la. A mesma feição de pouco antes voltava ao seu rosto. Será que ela estava pensando em Jacob? De repente algo me chamou atenção aquela imagem acertou em cheio a minha mente, era por demais perturbadora para passar em branco. 

 

- Alice? Alice! – Ângela chamou sacudindo suas mãos como que tivesse percebido a ausência de Alice daquela sala. Bella a olhou como quem já conhecia aquele estado de catatonia, seu rosto preocupado denunciava que ela iria me perguntar mais tarde o que havia acontecido, percebi seu coração disparar e seu sangue correr mais forte pulsando na sua veia, seus olhos buscavam os meus enquanto ela provavelmente imaginava o que Alice estava vendo, eu precisava disfarçar o máximo possível, sorri naturalmente disfarçando minha preocupação, era um perito em mentira e teria que inventar uma desculpa para que Bella não percebesse nada, todos na mesa mantinham seus olhares fixos em Alice, chutei sua perna por debaixo da mesa despertando-a do seu transe. Não podia deixar que pela sua expressão Bella descobrisse o que ela havia visto - Já é hora de dormir, Alice? – brinquei tentando amenizar a situação.

 

- Desculpem, eu estava sonhando acordada, acho.

 

- Sonhar acordada é melhor do que encarar mais duas horas de aula. - Ben disse, vasculhei o seu pensamento e percebi que ela havia acreditado na nossa encenação de ultima hora, sabíamos disfarçar, a única a qual não conseguimos enganar foi Bella ela permanecia concentrada em nós, sabia que estávamos mentindo. Precisaria ser melhor que isso para enganá-la também. “como vamos evitar isso Edward?” Alice pensou enquanto eu tentava encontrar uma saída “você vai contar para Bella? Edward o que você vai fazer?”

 

Tentei me distrair com a conversa que circulava na mesa, a atenção se voltava para a liberdade de Bella, peguei uma pequena mecha dos seus cabelos e mantive-me entretido precisava mantê-la ocupada, até que eu criasse uma situação para tirá-la de casa no final de semana, precisávamos sair, precisava de tempo.

 

Eu percebia a cada instante nos olhos de Bella que ela queria perguntar sobre a visão de Alice, não podia ficar sozinho com ela, precisa de distrações. Juntei-me a Ben para falarmos sobre as aulas de inglês, falamos sobre o trabalho que o professor havia passado e que eu já havia feito, depois da aula iniciei uma conversa com Mike Newton, embora seus pensamentos em relação à Bella me desse vontade de arrancar sua cabeça me mantive formal, porém amigável.

 

Seguimos para o estacionamento e na hora de ir embora percebemos que Newton estava tendo problemas com seu carro. -... mas eu só repus a bateria. - Newton dizia sem entender a súbita morte do motor do seu carro.

 

- Talvez sejam os cabos – tentei ser gentil, embora tenha ficado claro que o tom era meio forçado

 

- Talvez. Eu realmente não sei nada sobre carros eu preciso que alguém dê uma olhada, mas eu não posso deixar isso para Dowling.- "eu heim, imagina que vou querer a ajuda do Cullen" Newton pensou. 

 

- Eu sei algumas coisas, eu posso dar uma olhada, se você quiser só me permita deixar Alice e Bella em casa.- percebi que todos tinham parado para ouvir minha conversa com Newton, Alice tentava descobrir de onde eu tinha tirado essa gentileza e pelo olhar de Bella e sua boca aberta eu diria que ela também.

 

- Hã... obrigado mas eu tenho que ir trabalhar.- ele gaguejou. - Talvez uma outra hora.

 

- Absolutamente.- sorri.

 

- Até mais. – Newton entrou no carro rapidamente sacudindo a cabeça num sinal negativo “que loucura, Cullen esta querendo me ajudar? Será que esta querendo me matar?”, sorri para seus pensamentos, não seria uma má idéia enfim.

 

- O que foi aquilo? – Bella me perguntou ainda parecendo chocada pela minha atitude, enquanto Alice esperava dentro do carro. Assim que entramos ela começou a falar, ela falava mais do que qualquer ouvido agüentasse ouvir, esperava que isso a distraísse.

 

- Só sendo prestativo.- respondi num meio sorriso.  

 

- Você realmente não é tão bom mecânico, Edward. Talvez você devesse fazer Rosalie dar uma olhada nisso esta noite, apenas de modo que você pareça bom se Mike decidir deixar você ajudar, sabe. Não que não fosse ser divertido ver a cara dele se Rosalie descobrisse como ajudar. Mas desde que supõe-se que Rosalie esteja do outro lado do país fazendo faculdade, eu acho que essa não é a melhor idéia. Ruim demais. Embora eu suponha que, para o carro do Mike, você sirva. Só dentro dos tunings mais finos de um bom carro esportivo italiano você está fora do seu departamento. E falando da Itália e de carros esportivos que eu roubei lá, você ainda me deve um Porshe amarelo. Eu não sei se eu quero esperar pelo Natal...

 

Ela não parecia ouvir o que Alice falava, estava séria, compenetrada estava formulando as perguntas que iria me fazer eu podia sentir. Tentei manter meu olhar de indiferença, tinha que pensar em algo para quando estivéssemos sozinhos.

 

Deixei Alice em casa antes de lavá-la “Pense bem no que vai fazer Edward, isso é muito importante”, tentei parecer tranquilo - Vejo você depois. – me despendi de Alice após nossa conversa mental, nós éramos muito bons nisso.  Chegamos a casa dela ainda em silêncio, esperava que ela fosse me encher de perguntas tão logo estivéssemos a sós, talvez estivesse errado e tenha lido seu rosto erroneamente - A carga de dever de casa pode esperar por esta noite.- sorri torto.

 

- Mmm – ela concordou prontamente.

 

- Você acha que eu possa entrar de novo?- não sabia o que estava fazendo, podia tê-la deixado e ter ido sem esperar suas perguntas mais ficar longe de Bella estava fora de cogitação, queria estar com ela, perto dela.

 

- Charlie não se alterou quando você me buscou na escola.-embora ela dissesse isso de uma forma segura, podia perceber a duvida em seus olhos, ela foi para o quarto e eu a segui, conhecia muito bem aquele caminho. Sentei na cama e tentei relaxar para que ela não percebesse meu nervosismo, ela parecia tensa também, na certa procurava um jeito de me questionar sobre a visão de Alice. Tentei parecer indiferente, como se realmente nada estivesse acontecendo.

 

Ela arrumou suas coisas calmamente, depois ligou o computador que mais parecia uma peça de museu, aquilo deveria estar entre as peças mais antigas da era digital, segurei um sorriso. Ela parecia cada vez mais nervosa enquanto esperava seu computador ligar, seus dedo batiam nervosamente na mesa, levantei-me rápido demais para que ela percebesse que eu já estava ao seu lado segurando suas mãos intranqüilas - Nós estamos um pouco impacientes hoje? – sussurrei no seu ouvido. Não percebi quando comecei a beijá-la, seus lábios eram quentes e convidativos, meu corpo queimando não só pelo seu cheiro como também pelo seu toque. Bella entregou-se aos meus carinhos e eu aos dela, coloquei meus dedos entre seus cabelos macios e cheirosos, segurando seu rosto enquanto seus braços entrelaçavam meu pescoço, desci minhas mãos ate suas costas pressionando seu corpo contra o meu.  Percebi um leve tremor do seu corpo e me dei conta de quão arriscadas poderiam ser aquelas manobras, lutando contra minha vontade de mantê-la próxima a mim tentei me afastar em vão, ela me puxou de volta para perto se encaixando perfeitamente ao meu corpo, seus lábios rosados continuaram a me tocar avidamente, sua língua tocava meus lábios e seu gosto doce junto ao seu cheiro me fizeram voltara realidade. Enquanto me afastava delicadamente percebi que Bella tentava me manter perto, seu esforço era em vão visto que minha força era infinitamente superior a dela, eu precisava manter o controle se não eu poderia matá-la. Será que ela realmente não percebia que eu poderia colocá-la em perigo? Percebi seu olhar de frustração, aquela era realmente toda sua força? Sorri maliciosamente, eu queria continuar em frente, imagens passavam pela minha mente como um filme. Como seria tê-la em meus braços? Eu não podia, não podia colocá-la em risco, não podia perdê-la, precisava me controlar.

 

- Ah, Bela. – por que você é tão tentadora? Pensei.

 

- Eu diria que sinto muito, mas eu não sinto.- ela falou olhando nos meus olhos.

 

- E eu deveria sentir muito por você não sentir muito, mas eu não sinto. Talvez eu devesse sentar na cama.- precisava manter um pouco de distância, manter o controle. Fazer isso era difícil quando podia sentir seu cheiro tão próximo a mim.

 

- Se você acha que isso é... necessário.- ela respondeu olhando para baixo, dei um meio sorriso e percebi que ela voltava para o computador. Fiquei imaginando o que ela estaria pensando, não era difícil imaginar pela forma como seu corpo se movimentava, mais ler seus pensamentos seria a maneira mais deliciosa de descobrir.

 

- Diz a Renée que eu estou mandando um oi.

 

- Com certeza.

 

Percebi que estava respondendo o e-mail de Renée, aproximei-me silenciosamente e li algumas linhas que continham perguntas sobre Jacob.

 

 “Jacob está bem, eu acho. Eu não o vejo muito; ele passa a maior parte do tempo com o seu bando de amigos lá em La Push ultimamente. Edward manda lembranças”.

 

Estava pronto para perguntar sobre isso quando percebi em cima da prateleira um empoeirado amontoado de coisas, pareciam os presentes do seu ultimo aniversario, instantaneamente encontrei a desculpa que precisava para tirá-la de casa nos próximos dias. A caixa ainda estava intacta

 

- Porque você fez isso? – tentei parecer chocado com a situação embora soubesse que aquilo não fizesse diferença.

 

- Ele não queria sair do painel.- sua voz soou culpada.

 

- E você sentiu necessidade de torturá-lo? – usei um tom mais cômico que trágico...

 

- Você sabe como eu sou com ferramentas. Nenhuma dor foi infligida intencionalmente.

 

- Você o matou.- agora ela parecia sentir-se realmente culpada.

 

- Oh, bem.

 

- Magoaria os sentimentos deles se eles vissem isso e eu acho que foi bom você ter ficado confinada em casa. Eu vou ter que colocar outro no lugar antes que eles reparem.

 

- Obrigada, mas eu não preciso de um som chique.

 

- Não é para o seu bem que eu vou repô-lo.- acho que soei convincente porque ela não revidou mais com respostas avessas a qualquer presente que lhe fosse dado - Você não fez muito bom uso dos seus presentes de aniversário do ano passado – disse pegando as passagens e mostrando para ela, aquela era a desculpa perfeita para que pudéssemos sair de Forks - Você se dá conta de que elas estão prestes a expirar? – perguntei descrente.

 

- Não. Eu havia esquecido todos eles, na verdade. - seu tom era sincero.

 

- Bem, nós ainda temos um pouco de tempo. Você foi liberada... e nós não temos planos para esse fim de semana, já que você se recusa a ir ao baile comigo. Por que não celebrar a sua liberdade desse jeito?- sorri de leve.

 

- Indo para a Flórida? – ela questionou meio assustada com a possibilidade.

 

- Você disse alguma coisa sobre o E.U continental ser permitido. Bem? Nós vamos ver Renée ou não? – perguntei.

 

- Charlie nunca vai permitir.

 

- Charlie não pode te impedir de visitar a sua mãe. Ela ainda tem a sua custódia primária.

 

- Ninguém tem minha custódia. Eu sou uma adulta.

 

- Exatamente.- sorri triunfante, mais não acreditava que Bella tivesse coragem de falar com Charlie realmente, então eu teria que interferir. Percebia que ela tinha vontade, sabia que sentia saudades de Renée, falava da mãe nos sonhos, sabia que estava preocupada.

 

- Esse fim de semana não.

 

- Por que não? – perguntei incrédulo.

 

- Eu não quero brigar com Charlie. Não tão pouco tempo depois de ele ter me perdoado.

 

- Eu acho que esse fim de semana é perfeito – eu realmente teria que interferir, decididamente eu precisava fazer isso.

 

- Outra hora.

 

- Você não é a única que esteve presa nessa casa, sabe?- de fato eu estava usando aquele argumento para que ela ousasse enfrentar Charlie e nos pudéssemos viajar, mesmo sabendo que na Flórida o sol brilhava a maior parte do tempo eu não deixaria de ir com ela, um dia sem sua presença seria uma eternidade, e de eternidade eu entendia.

 

- Você pode ir onde você quiser

 

- O mundo exterior não possui nenhum interesse pra mim sem você.- diante do olhar impaciente dela continuei - Eu estou falando sério.

 

 

 

- Vamos ver o mundo exterior lentamente, tá certo? Por exemplo, nós podíamos começar com um filme em Port Angeles...

 

- Esqueça. Nós falaremos sobre isso mais tarde.- já tinha todo meu plano traçado eu mesmo iria interferir.

 

- Não há mais nada para falar.- Bella era incrivelmente teimosa mais mesmo assim eu a amava. Deixei parecer que tinha desistido, era hora de por meu plano em pratica. - Ok, então, novo assunto – sabia que esse momento chegaria cedo ou tarde e agora já sabia o que fazer - O que Alice viu durante o almoço?

 

- Ela viu Jasper em um lugar estranho, algum lugar ao sul, ela acha, perto da sua antiga... família. Mas ele não tem nenhuma intenção consciente de ir embora. Isso a deixou preocupada.

 

- Oh.- aquela resposta dizia que ela havia acreditado na minha mentira perfeita. - Porque você não me disse?

 

- Eu não me dei conta de que você havia percebido em qualquer caso, provavelmente não é nada importante.- começamos a fazer o dever e terminei tão rápido quanto havia começado, enquanto Bella terminava o dever dela imaginei as formas de abordagem que precisaria para colocar meu plano em prática, ela iria querer me matar eu sabia mais era necessário, por ela e por mim, por nós.

 

Ajudei a preparar o jantar de Charlie, não sabia como alguém podia comer aquilo...embora um dia eu também tenha comido sem reclamar.

 

Charlie chegou em casa cantarolando e sorrindo, vasculhei seu pensamento e percebi que ele tinha tido uma tarde cheia de vitoria nos jogos de cartas na delegacia e recebido um convite de Billy para passar o final de semana em La Push, pescaria e uma festa, isso o deixava feliz. O cheiro da comida que Bella havia feito também foi capaz de aguçar seu apetite, aquele cheiro devia ser bom pra ele, pois seu pensamento estava voltado para a refeição, tanto que ele não pareceu incomodado por eu recusar gentilmente o jantar. Girei os calcanhares e fui para a sala, esperaria o momento certo para colocar tudo que havia planejado em pratica.

 

- Isso estava ótimo, Bells.

 

- Eu estou feliz que você gostou. Como foi o trabalho?

 

- Meio lento. Bem, mortalmente lento, na verdade. Mark e eu jogamos carta em boa parte da tarde eu venci, dezenove mãos para sete. E depois eu fiquei no telefone com Billy durante algum tempo.- enquanto fingia assistir o noticiário, escutava toda conversa e nenhum pensamento de Charlie parecia denunciar que estivesse mal humorado ou incomodado pela minha presença.

 

- Como ele está?

 

- Bem, bem. As juntas dele estão o incomodando um pouco.

 

- Oh. Isso é uma pena.

 

- É. Ele nos convidou para uma visita esse final de semana. Ele estava pensando em chamar os Clearwaters e os Uleys também. Uma espécie de festinha...

 

  - Huh – percebi que era hora de voltar a cozinha onde eles 2 conversavam, enquanto ela colocava os pratos na pia eu ajudava a secá-los. Ao me ver Charlie  desistiu de continuar a conversa “ com esse garoto aqui ela nunca vai concordar em ir comigo, espere ate ele ir embora, terei uma conversa seria com Bella, falei que teria que dividir seu tempo.” Antes que ele pudesse fugir do alcance dos meus olhos indo para a sala ver TV iniciei minha tarefa planejada em cada detalhe.

 

- Charlie – chamei calmamente.

 

- Sim? – ele estava calmo também.

 

- Bella te contou que os meus pais deram passagens de avião pra ela em seu último aniversário, pra que ela pudesse visitar Renée? – ouvi um barulho alto atrás de mim, olhei pelo canto do olho mais nada tinha acontecido, além do prato que caiu na pia espalhando água por todo lado.

 

- Bella? – Charlie perguntou surpreso.

 

- É, eles me deram.

 

- Não, ela nunca mencionou isso. – ele estava começando a ficar nervoso, seus pensamentos trabalhavam de forma a tentar imaginar porque ela não havia lhe contado.

 

- Hmm – murmurei.

 

- Há uma razão pra você ter tocado no assunto? – ele quis saber agora completamente impaciente.

 

- Elas estão quase expirando. Eu acho que isso pode machucar os sentimentos de Esme se Bella não usar o presente dela. Não que ela fosse dizer alguma coisa.- parei a frase no meio esperando a reação que estava por vir. Bella me encarava com olhar de surpresa e descrença.

 

- Provavelmente é uma boa idéia você ir visitar a sua mãe, Bella. Ela ia adorar. No entanto, eu estou surpreso que você não tenha falado nada sobre isso.- ele tentava controlar suas palavras.

 

- Eu esqueci.

 

- Você esqueceu que alguém te deu passagens de avião?

 

- Mmm – ela murmurou baixinho.

 

- Eu percebi que você disse que elas estavam prestes e expirar, Edward? – ele voltou-se para mim novamente - Quantas passagens os seus pais deram pra ela?

 

- Só uma pra ela... e uma pra mim.- “o quê?” Charlie pensou, “só duas?”, “quem esse garoto ousado pensa que é?”. Desviei minha atenção do pensamento raivoso de Charlie a tempo de ouvir o barulho de outro prato que Bella deixava cair dessa vez no chão.

 

- Isso está fora de questão! – ele gritou com raiva.

 

- Por que? Você disse que era uma boa idéia ela ver a mãe.- tentei perecer inocente, enquanto Bella continuava me olhando assustada.

 

- Você não vai a lugar algum com ele, mocinha!- ele continuou gritando.

 

- Eu não sou uma criança, pai. E eu não estou mais de castigo, lembra? – Bella começou a ter uma reação.

 

- Oh sim, está sim. Começando agora.

 

- Por quê?!

 

- Porque eu disse que sim.

 

- Eu preciso te lembrar de que sou legalmente adulta, Charlie?

 

- Essa é a minha casa, você segue as minhas regras!

 

- Se é isso que você quer. Você quer que eu me mude essa noite? Ou eu posso ter alguns dias para fazer as malas? – o pensamento de Charlie começou a ficar confuso novamente. “ir embora? Fazer as malas?” - Eu vou ficar de castigo sem reclamar quando eu tiver feito alguma coisa, pai, mas eu não vou pagar pelos seus preconceitos.- ele estava se acalmando um pouco agora - Agora, eu sei que você sabe que eu tenho todos os direitos de ver a mamãe nos fins de semana. Você não pode me dizer honestamente que estaria contra o plano se eu estivesse indo com Alice ou Angela?

 

- Garotas – ele bufou.

 

- Você se incomodaria se eu levasse Jacob? – ela continuou, aquela idéia me fez travar os dentes tão forte que posso jurar que Bella havia ouvido pelo seu rosto de arrependimento ao dizer aquelas palavras. Pensar que a abandonei e que aquele lobo esteve ao seu lado, podendo machucá-la, mais ate do que eu...pensar nessa possibilidade me fazia sentir ainda pior. Bella era minha vida agora, como eu poderia suportar perdê-la?

 

- Sim – ouvi Charlie responder mais em seu pensamento eu ouvia um sonoro “não, eu não me importaria”, aquilo me fez sentir pior ainda, se ele soubesse o que eu sabia a respeito de Jacob talvez não concordasse também, sempre soube da preferência que ele tinha em relação ao Quileute, mais era a mim que ela amava e era comigo que ela queria ficar - Isso me incomodaria.

 

- Você é um péssimo mentiroso, pai.

 

- Bella...

 

- Não é como se eu estivesse fugindo pra Las Vegas pra ser uma garota de show ou algo assim. Eu vou ver a mamãe. Ela tem tanta autoridade paterna sobre mim quanto você. Você está implicando alguma coisa sobre a capacidade de mamãe de cuidar de mim? – ele estava sem argumentos agora - É melhor você esperar que eu não mencione isso pra ela.

 

- É melhor você não mencionar, eu não estou feliz com isso, Bella. - a tempestade havia passado, finalmente Charlie havia começado a ceder, claro que mentalmente ele dizia coisas que eu não ousaria reproduzir, mais estava tudo bem agora.

 

- Não ha nenhum motivo pra você ficar chateado.- ela lançou um olhar complacente para seu pai - Então o meu dever de casa está feito, o seu jantar está pronto, os pratos estão lavados, e eu não estou de castigo. Eu vou sair. Eu vou estar de volta antes das dez e meia.

 

- Onde você vai? – Charlie perguntou confuso e com a raiva voltando a sua esfera mental

 

- Eu não tenho certeza, no entanto, eu me manterei num raio de dez milhas. Tudo bem? – “ ainda vou dar um jeito nesse garoto, onde já se viu, querer viajar com minha filha...”

 

- Nós vamos sair? – aquilo realmente era uma surpresa pra mim, como eu não podia ler seus pensamentos, Bella era sempre uma surpresa pra mim. Ela voltou-se e me olhou com ar de reprovação. Segurei o riso, ela não sabia como ficava linda quando estava irritada.

 

- Sim. Eu acho que gostaria de falar com você a sós.- andamos em direção ao meu carro, a noite estava fria e eu não queria que ela congelasse, após entramos no carro ela disparou.

 

- O que foi aquilo?

 

- Eu sei que você quer ver a sua mãe, Bella, Você estava falando sobre ela no sono. Preocupada na verdade.- era o único argumento que eu tinha, era a única verdade também.

 

- Tenho? – Bella parecia não acreditar.

 

- Mas claramente você era covarde demais pra lidar com Charlie, então eu intercedi em seu nome.

 

- Intercedeu? Você atirou para os tubarões!

 

- Eu não acho que você estava em perigo.

 

- Eu te disse que não queria brigar com Charlie.

 

- Ninguém disse que você precisava.- falei seriamente tentando esconder a satisfação de ter vencido a discussão.

 

- Eu não consigo me segurar quando ele fica mandão daquele jeito, os meus instintos naturais de adolescente me dominam.

 

- Bem, isso não é culpa minha. – sorri alto, eu realmente estava feliz. Mais em meus pensamentos tudo que conseguia pensar era na visão de Alice, dentro de mim algo gritou, precisava agir rápido ou tudo estaria perdido.

 

- Essa urgência de ir para a Flórida tem alguma coisa a ver com a festa na casa de Billy? – também, embora eu não soubesse da festa até Charlie chegar em casa, Alice não havia previsto nada. Mais a idéia de Jacob Black próximo a Bella me deixava furioso, sempre que eu pensava nisso tudo que eu sentia era vontade de arrancar sua cabeça...

 

 - Absolutamente nada. Não importaria se você estivesse aqui ou do outro lado do mundo, você ainda não iria. Então o que você quer fazer essa noite? – mudei de assunto afastando a visão dos dois juntos.

 

 - Podemos ir à sua casa? Já faz tanto tempo que eu não vejo Esme.

 

- Ela vai gostar disso. Especialmente quando ela ouvir o que vamos fazer esse fim de semana.- a noite foi bem divertida, jogamos xadrez eu e Alice, Bella e Jasper, voltamos antes das dez e meia como ela havia prometido. Como eu pensava Esme e Carlisle ficaram felizes com a noticia de que iríamos viajar, Alice respirou aliviada.

 

- É melhor você não entrar isso só vai piorar as coisas.

 

- Os pensamentos dele estão relativamente calmos – lutei para conter o sorriso, embora não estivesse conseguindo disfarçar muito. A conversa que estava para se seguir merecia ser ouvida, eu preferia ficar e escutar como Bella se sairia dessa.

 

- Eu te vejo mais tarde – beijei-lhe a cabeça e não consegui conter o riso novamente.

 

- Eu vou voltar quando Charlie estiver roncando. - segui com o carro até a esquina para que ela pensasse que eu tinha ido embora, no entanto a distância era curta o suficiente para que eu pudesse ouvir toda conversa através dos pensamentos de Charlie e ver cada expressão facial de Bella.

 

- Você pode vir aqui, Bella? – Charlie chamou sereno.

 

- O que foi, pai? –e ela perguntou desconfiada, sua face estava corada e sua expressão era hilária.

 

- Você se divertiu essa noite?

 

- Sim – aquela conversa realmente merecia ser ouvida, Emmett iria se divertir e dar muitas risadas as custas de Bella.

 

- O que você fez?

 

- Saí com Alice e Jasper. Edward venceu Alice no xadrez, e depois eu joguei com Jasper. Ele me enterrou.

 

- Olha, tem uma coisa que eu preciso dizer – a TV ficou muda. E tudo ficou em silencio.

 

- O que é pai?-a voz de Bella parecia impaciente.

 

- Eu não sou bom com esse tipo de coisa. Eu não sei como começar...- Charlie calou-se novamente - Ok, Bella. O negócio é o seguinte. Você e Edward parecem ser bastante sérios, e existem coisas com as quais você precisa ter cuidado...Eu sei que você é uma adulta agora, mas você ainda é jovem, Bella, e existe um monte de coisas importantes que você precisa saber quando você... bem, quando você se envolver fisicamente com...

 

- Oh, por favor, por favor não! Por favor me diga que você não está tentando ter uma conversa sobre sexo comigo, Charlie. – de dentro do carro eu gargalhei, aquilo era engraçado demais pra passar em branco, a expressão de Bella vista pelos olhos de Charlie era ainda ais engraçada.

 

- Eu sou o seu pai. Eu tenho responsabilidades. Lembre-se, eu estou tão envergonhado quanto você.

 

- Eu não acho que isso seja humanamente possível. De qualquer forma, a mamãe já se encarregou disso a cerca de dez anos atrás. Você está atrasado.

 

- Você não tinha um namorado há dez anos – “o que levaria Renée a conversar sobre isso com ela?”

 

- Eu não acho que as coisas essenciais tenham mudado tanto assim.

 

- Só me diga que você dois estão sendo responsáveis – “me diga que sim, por favor, me diga que vocês ainda não chegaram a esse ponto” Charlie implorava mentalmente.

 

 - Não se preocupe, pai, não é assim.

 

- Não que eu não confie em você, Bella, mas eu sei que você não quer me contar nada sobre isso, e você sabe que eu realmente não quero ouvir. No entanto, eu tentarei ser mente aberta. Eu sei que os tempos mudaram.

 

- Talvez os tempos tenham, mas Edward é muito antiquado. Você não tem nada com o que se preocupar.- antiquado? Ela me considerava antiquado? De onde ela tirou isso?

 

- É claro que ele é – “graças a Deus que ele é...” não conseguia conter o riso, ainda bem que não estava perto dela na hora dessa conversa, eu não iria aguentar.

 

- Ugh! Eu realmente queria que você não estivesse me forçando a dizer isso, pai. Realmente. Mas...eu sou...virgem, e eu não tenho planos imediatos para mudar esse status.

 

- Posso ir a para a cama agora? Por favor? – Bella suplicou.

 

- Em um minuto - ele disse.

 

- Aw, por favor, pai? Eu estou implorando.

 

- A parte embaraçosa já passou, eu prometo – ele estava sendo verdadeiro.

 

- O que é agora?

 

- Eu só queria saber como anda aquela coisa de equilíbrio.

 

- Oh. Bem, eu acho. Eu fiz planos com Angela hoje. Eu vou ajudar ela com os anúncios da formatura. Só nós garotas.

 

- Isso é bom. E quanto a Jake? – Jacob, aquele nome sempre me causava repulsa, por que ele tinha que fazer questão que Bella encontrasse aquele cachorro cheio de pulgas?

 

- Eu ainda não arranjei isso, pai.

 

- Continue tentando, Bella. Eu sei que você fará a coisa certa. Você é uma pessoa boa.

 

- Claro, claro – ela concordou, sua voz parecia triste.

 

- Boa noite, Bells.

 

- Te vejo de manhã! – dirigi o mais rápido que pude de volta pra casa ainda rindo da conversa que tinha acabado de ouvir. Cheguei em casa rindo e ninguém entendia o motivo, apenas gostavam de me ver de bom humor, pensei que talvez fosse interessante caçar antes de voltar a casa de Bella.

 

- Vamos lá Emmett, que tal caçarmos uns ursos antes da meia noite? – chamei empolgado.

 

- Claro! Aposto que o meu será maior que o seu, embora eu prefira os mais irritados, gosto da luta antes do jantar. - saímos correndo entre as arvores, indo direto em direção a fronteira do norte. Emmett era o meu irmão preferido na hora da caça, nos divertíamos muito, sempre. Algo vibrou no meu bolso tão logo chegamos ao nosso destino, meu telefone estava tocando quando peguei- Diga Alice! –atendi.

 

- Edward, não consigo mais ver Bella, ela sumiu da minha visão acho que tem a ver com os lobisomens. Não consigo mais vê-la Edward. – desliguei o celular com a certeza de que Emmett tinha ouvido toda conversa, ele entenderia. Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa ele virou-se e bufou – vai logo, antes que a humana azarada caia nas garras dos lobos.- soltou uma gargalhada alta, era típico dele fazer aquelas piadas. Corri o máximo que pude, cheguei em menos de dois minutos.

 

- Você se importa se eu for ver Jake essa noite?  Eu não vou demorar.- ouvi ela falar, rosnei por ouvir o nome daquele cachorro em seus lábios.

 

- Claro, guria. Sem problema. Pode ficar fora o quanto quiser.-ouvi Charlie responder.

 

- Obrigada, pai - abri o capô da caminhonete tão rápida silenciosamente quanto podia, arranquei a bateria e a esperei, percebi enquanto abria porta e saía de casa na escuridão, ainda bem que minha visão era muito boa, pode perceber quando chegou no carro e abriu a porta rapidamente, estava tão escuro que ela só me veria se me movimentasse, ela colocou a chave na ignição e girou algumas vezes - Gah! – ela rosnou baixo.

 

Ao perceber que não estava sozinha ela pulou levemente com o susto, olhou para mim como se não acreditasse que eu realmente estava lá.

 

- Alice ligou. – girei a bateria em minha mãos para que ela visse que eu havia sido responsável por aquela morte súbita do seu carro - Ela ficou nervosa quando o seu futuro desapareceu abruptamente ha cinco minutos atrás -os olhos dela arregalaram no instante em que falei o nome de Alice, Bella permaneceu imóvel - Porque ela não consegue ver os lobisomens, sabe você tinha esquecido isso? Quando você resolve juntar o seu destino ao deles, você desaparece também. Você não podia saber dessa parte, eu me dou conta disso. Mas será que você pode entender que isso pode me deixar um pouco... ansioso? Alice te viu desaparecer, e ela nem podia me dizer se você voltaria pra casa ou não. O seu futuro ficou perdido, assim como o deles. Nós não temos certeza de porque isso acontece. Alguma defesa natural com a qual eles nasceram? Isso não parece ser inteiramente provável, já que eu não tive nenhum problema em ler a mente deles. Da de Black, pelo menos. A teoria de Carlisle é de que a vida deles é muito governada pela transformação. É mais uma reação involuntária do que uma decisão. É altamente imprevisível, e isso muda tudo neles. Naquele instante quando eles se transformam de um para outro, eles nem sequer existem. O futuro não pode mantê-los...- ela escutava minhas palavras com os olhos ainda arregalados, provavelmente assustada pela minha súbita aparição - Eu vou reconcertar o seu carro a tempo para a escola amanhã, no caso de você querer ir sozinha – calada ela saiu do carro, furiosa ela arrancou as chaves da ignição, como eu odiava o fato de não poder ler seus pensamentos, o que a levaria a La Push uma hora dessas? Quais seriam seus sentimentos em relação a Jacob Black? - Feche a janela se você quiser que eu fique longe essa noite. Eu vou entender – ela entrou em casa batendo a porta.

 

- Qual é o problema? – ouvi Charlie perguntar.

 

- A caminhonete não quer ligar – a resposta saiu como farpas.

 

- Quer que eu dê uma olhada?

 

- Não. Eu vou tentar de manhã.

 

- Quer usar o meu carro? – vi sua expressão pelo pensamento de Charlie. Ele não parecia preocupado.

 

- Não. Eu estou cansada. Boa noite.- da floresta em frente a janela do seu quarto esperei ansioso para ver qual seria o próximo passo. Quando a vi bater a janela com força, ela não me queria lá aquela noite, o simples fato de que ela não me queria por perto, ao menos não por enquanto, e fez sentir algo diferente, não era só o fato de ser perigoso ir ate La Push que me preocupava, será que minha família estava certa? Seriam aqueles sentimentos ciúmes? Toda vez que passava pela minha cabeça que ela iria encontrar o cachorro meu corpo tremia, eu tinha vontade de matá-lo. Olhei para a janela novamente antes de ir e a vi toda aberta.

 

Bella estava esperando por mim e eu iria encontrá-la.


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Notas finais do capítulo

Após ler comentem, assim pretendemos tornar nossa fic mais parecida com aquilo que Edward é realmente.



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