Faziam vários dias que Harry tinha encontrado o bruxo misterioso. Depois de ouvir um grande sermão de Gina por a ter deixado preocupada, ambos foram passear por Londres trouxa.

Remo voltava para casa hoje. Madame Pomfrey dispensou-o mais cedo depois deste prometer seguir todas as suas ordens à risca.

Harry estava numa luta interna, por um lado precisava de contar aos amigos o que tinha descoberto, mas por outro lado não queria estragar as férias de ninguém. Neste momento o garoto estava sozinho em casa. Gina tinha ido à Toca passar a tarde com a família e Harry ficara em casa para receber Remo que viajaria por rede flú de Hogwarts até casa com Tonks.

—Fico feliz que não tenha destruido a casa enquanto estive fora! - Remo falou quando apareceu na lareira sacudindo algum pó.

—Fico feliz que finalmente tenha decidido voltar pra casa sr. Lupin. - Harry entrou na brincadeira enquanto via Tonks aparecer ao lado de Remo. -Tudo bem com você Tonks?

—Eu passo este tempo todo na enfermaria e quando chego finalmente a casa você pergunta a Tonks como ela está e não a mim? - Lupin fingiu-se indignado.

—Pare de birra Remo, seja homem. - riu-se Tonks. - Que culpa tenho eu se ele prefere a mim do que a você? E sim Harry, está tudo bem comigo apresar de ter de aturar esta pessoa aqui a meu lado.

—Está sozinho? - questionou Remo deixando a brincadeira de lado e sentando-se no sofá cansado uma vez que não estava totalmente recuperado do ataque.

—Gina foi passar o dia com os Weasleys. - responde o moreno enquanto começava a preparar o jantar. - Ela disse que a sua chegada deveria ser apenas um momento de família e que eu deveria aproveitar este dia sozinho consigo pois ela já se estava a intrometer demasiado ficando as férias aqui em casa.

—Garota boba. - replica o professor de DCAT. - Ela já faz parte da família igual a Tonks. - olhou para ela que ainda se encontrava ainda em pé.

—É normal que ela se sinta assim. - Tonks fez os dois olhar para ela. - Eu mesma já pensei assim uma vez. Antes, Harry morava com os tios trouxas e a família dela meio que adotou ele que passava parte das férias com ele. Tenho certeza que pela cabeça de Harry passou várias vezes que ele era uma pessoa a mais que atrapalhava por vezes os Weasley, se sentia a mais. Não estou certa?

—Sim. - respondeu Harry.

—Agora Harry ganhou você Lupin, você o adotou e são agora uma família. Isso ainda é muito recente e na mente dela o facto de ela passar quase todas as férias nesta casa convosco a faz sentir como se estivesse a se intrometer demais na recente família que se tornaram. - continuou a metamorfomaga - E por outro lado a negligenciar um pouco a própria família pois ela sempre passou as férias com eles e agora passa-as quase todas com vocês visitando-os apenas de vez em quando.

—Não tinha pensado dessa maneira. - revelou Harry. - Tenho de conversar com ela depois. Fica para jantar?

—Claro que ela fica. - respondeu Lupin por ela.

—Obrigado por me consultar antes de responder. - ironizou Ninfadora. - Posso ficar, mas tenho de sair em breve. Hoje fico de plantão no Departamento de Aurores.

Depois de jantarem Gina enviou uma carta informando que iria passar a noite na Toca.

No dia seguinte Harry finalmente tomou uma decisão. Teria que interromper as férias dos seus amigos. Quanto mais rápido falasse com eles, mais rápido poderiam partir em busca das outras horcruxes e mais rápido as destruiriam e acabavam com a guerra.

Quando contasse a Hermione e a Gina o que acontecera à alguns dias atrás o mais provável era elas fazerem o trabalho daquele que o tentara matar diversas vezes desde que tinha apenas uma ano de vida.

A questão era: contaria toda a verdade daquele encontro ou ocultaria a identidade do seu informante?

Se revelasse a identidade do bruxo com quem havia falado os seus amigos provavelmente lhe lançariam várias azarações e ficariam chateados pela sua imensa irresponsabilidade. Afinal de contas ele era a única esperança do Mundo Bruxo enquanto que o outro bruxo estava do lado inimigo e era cúmplice da morte de Dumbledore.

Era enquanto pensava em todas essa hipóteses que escrevia uma carta a todos os seus amigos. Breves e objetivas. Claro que ele estava um pouco relutante, mas Hermione dar-lhe-ia um valente sermão por demorar todo este tempo a enviar-lhe uma carta.

Com a vinda de Hermione teria muito que analizar com as pesquisas que a morena disse que faria.

Rony era outro que no inicio ficaria chateado com ele por permanecer na ignorância durantes este tempo, mas logo esqueceria. Quanto a Neville e Luna, eles perceberiam a decisão dele. A pior reação de todas seria a da sua ruivinha.

No dia em que Harry teve o pequeno encontro com o seu informante do lado inimigo que Gina ficara preocupada com o súbito desaparecimento dele.

—O que tanto pensa Harry? - perguntou Lupin vendo o garoto muito sossegado.

—Fiz um coisa muito irresponsável, mas que no final foi um grande ajuda. - respondeu Harry.

—E posso saber que irresponsabilidade foi essa? - continuou Remo.

—Talvez eu me tenha encontrado com alguém que não está do nosso lado?

—O que estava na sua cabeça quando fez isso? - alterou-se Lupin. - Poderia ter acontecido algo com você. Isso foi muito imprudente da sua parte Harry. O que acha que aconteceria se o tivessem levado até Voldemort? Parou para pensar nos seus amigos?

—Me desculpe. Eu poderia até dizer que me arrependo, mas estaria mentindo. O que eu consegui valeu o risco. - desculpou-se o moreno.

—E que coisa valeu tanto o risco em que se colocou? - questionou o lobo.

—Consegui uma horcruxe. Consegui a taça de Lufa-Lufa. - vendo que o outro o ia encher de perguntas continuou – Não me pergunte quem, como e o porquê pois isso não lhe poderei dizer. Apenas acredite em mim. Enviei uma mensagem a Gina, Rony, Luna, Mione, Neville e Luna. Espero que não se importe deles ficarem algum tempo aqui em casa. Precisamo de destruir as hocruxes o mais rápido possível.

—Tudo bem. - concordou Lupin – Sei que é uma coisa só vossa por isso não irei insistir em detalhes, mas por favor se precisar de algo avise-me. Tonks vai passar alguns dias aqui. Os pais dela viajaram para a Ásia a pedido de Ninfadora e eu não queria que ela ficasse sozinha. Não não se importa certo?

—Claro que não me importo Remo. Tonks é como se fosse uma tia ou irmã meia trapalhona. Vai ser bom passar um tempo com ela e Gina vai gostar de finalmente não ser a única mulher em casa. - riu-se Harry.

Foi só Harry acabar de falar que logo alguém entrou em casa.

—E então pessoal, alguém sentiu a minha falta? - perguntou a auror.

—Estavamos mesmo agora a falar sobre você. - disse Lupin.

—E posso saber sobre o que falavam? - questionou Tonks.

—Harry te chamou de trapalhona. - respondeu Remo.

—É mesmo? E você já se olhou ao espelho? Pelo menos eu não tenho uma horrível cicatriz que estrague a minha beleza. - comentou a mulher.

—Tudo bem. Você ganhou. - rendeu-se o garoto. - E então pronta para nos aturar durante vários dias?

—Se Gina consegue, porque eu não conseguirei também? - divagou a metamorfomaga. - Espero que não se importem se for dormir um pouco. Apesar de ter feito quase nada durante o plantão fiquei cansada de aturar o resto do pessoal.

—Está à vontade. Mione, Gina, Luna, Rony e Neville chegaarão mais tarde e ficarão algum tempo conosco espero que não se importe. - avisou Harry.

—Por mim tudo bem.Tonks - concordou Assim eu e as meninas poderemos por a conversa em dia e fazer uma mini festa de pijama sem rapazes.

Já era de noite quando os amigos de Harry chegaram de pó de flú.

—E aí, tudo bem pessoal? - perguntou Harry aos amigos.

—Tudo e consigo? - perguntou Neville. - Pensava que já se tinha esquecido de nós. Nem uma carta nos enviou desde que as férias começaram. Cheguei a sentir alguns ciúmes de Gina por passar o dia todo com você. - brincou.

—Que é isso cara, ele até minha irmã roubou da família. - Rony entrou na brincadeira.

—Eu sei. Foi mal pessoal. - falou Harry terminando de os cumprimentar.

—Tive saudades suas. - abraçou-o Hermione seguida de Luna e de Gina que lhe deu um selinho.

—Lamento por interromper as vossas férias, mas não poderia adiar mais. - desculpou-se o moreno. - Hoje vamos apenas instalar-vos. Amanhã falaremos. Vocês poderão ficar no meu quarto. - olhou para as garotas. - Nós ficaremos hoje na sala enquanto o quarto de hóspedes está ainda a ser preparado já que foi de última hora que eu vos chamei.

—Tudo bem cara. - falou Rony.

Depois de porem o assunto em dia e conversarem um pouco com Lupin e Tonks que já tinha acordado há algum tempo foram todos dormir.

No dia seguinte, depois de todos tomarem o pequeno almoço, os seis adolescentes foram para o jardim conversar sobre o assunto que os havia trazido áquela casa.

—Há novidades? - questionou Luna.

—Bem, enquanto estava de férias procurei por todas as bibliotecas bruxas e trouxas e não encontrei nada que ainda não saibamos, mas houve uma coisa que me deixou um pouco intrigada. - começou Hermione. - Eu cheguei incusive a comentar com Luna, já que o resto de vocês raramente respondiam minhas cartas, mas mesmo assim não consegui chegar a lado nenhum.

—E o que foi que a intrigou? - perguntou Gina curiosa.

—Quando estava quase a desistir de procurar encontrei um livro numa biblioteca trouxa que falava sobre magia negra trouxa e enquanto o folheava encontrei um capítulo que falava sobre as horcruxes. - respondeu a morena.

—Mas o que é que um cxapítulo sobre horcruxes estava a fazer num livro trouxa? - perguntou Rony.

—Essa foi a mesma pergunta que eu fiz a Mione quando ela me contou também. - falou Luna. - Ela enviou-me depois uma cópia do capítulo para a ajudar a analisar. O livro não falava exatamente a palavra horcruxe nem o que era e se criava. Mas a intenção e tudo o resto estava lá. Provavelmente um trouxa ouviu falar sobre elas e distorceu muitas das coisas.

—E existe alguma coisa que possamos aproveitar desse livro? - perguntou Neville.

—Todos aqui sabemos quais são as horcruxes de Voldemort, como destruirmos e como ele as criou e visto de um ponto de vista nós conseguimos destrui-las todas “facilmente” exceto uma. - disse Hermione.

—Eu. - pronunciou Harry. - Podemos destruir todas as outras com a espada de Grifinória. Podemos inclusive matar a cobra com ela, mas para destruir aquela que está em mim teriam de me matar, mas eu estou destinado a matar Voldemort e mesmo que o tente matar ele não morrerá uma vez que existe ainda a horcruxe que vive em mim por isso estamos num impasse.

—Exatamente. - concordou Luna. - Lá dizia que uma forma de destruir uma horcruxe era da mesma maneira e pela mesma pessoa que e tinha criado. Não percebi muito bem essa parte pois as horcruxes de Voldemort foram criadas através do assassinato de alguém e acho que Voldemort não quer destruir as próprias horcruxes.

—Mas Harry é diferente. - disse Gina acompanhando o raciocínio das amigas. - Voldemort tentou matar Harry, mas a mãe sacrificou-se e morreu em seu lugar. A criação da horcruxe foi de tal modo acidental que nem mesmo Voldemort desconfia que Harry é uma horcruxe.

—Correto. - concordou Hermione. - A conclusão a que eu e Luna chegamos é que uma vez que Voldemort não desconfia que Harry é uma horcruxe não hexitará em matá-lo. Fica a falar o outro detalhe. Voldemort tentou matá-lo, mas a horcruxe foi criada devido ao sacrificio da mãe por isso...

—A horcruxe que vive em mim será destruida de Voldemort me tentar matar e alguém que me ama tentar se sacrificar por mim. - completou o garoto com a cicatriz.

—Sim. - concordou Luna.

—Mas como todos sabemos ninguém, repito, ninguém aqui irá sacrificar-se por mim. Entendido? - ordenou Harry olhando especialmente para a ruiva que estava à sua frente. - Por isso vamos ter que encontrar outra maneira de a destruir senão Voldemort me matará e assim com todas as horcruxes destruidas ele será mortal e vocês poderão matá-lo de vez.

—Mas Harry... - tentou argumentar Rony.

—Não há mais Harry nem menos Harry. - zangou-se o rapaz. - O assunto está encerrado. Agora eu chamei-os porque há algum tempo atrás, quando eu e Gina fomos dar uma volta ao Beco, eu me encontrei com alguém que me deu informações valiosas.

—Então foi por isso que você desapareceu me deixando preocupada. - falou Gina chateada.

—Peço desculpa meu amor, não era a minha intenção. - continou o garoto. - Eu me encontrei com alguém do outro lado que me passou informações valiosas.

—Como é que conseguiu ser assim tão irresponsável Harry. - disse Neville. - E se fosse uma armadilha e te entregassem a Voldemort?

—Eu sei que fui irresponsável, mas valeu a pena o risco. E antes que comecem a passar-me um raspanete podem parar porque já ouvi que chegue de Remo quando lhe contei. - apressou-se Harry a dizer. - Consegui a taça de Lufa-Lufa. Remo já me ajudou a destruir.

Todos os presentes ficaram em choque. O primeiro a pronunciar-se foi Neville.

—Como? Quem é que lha deu?

—Isso não posso dizer, me desculpem, mas eu prometi que por enquanto não iria revelar a sua identidade. - desculpou-se o moreno. - Apenas confiem em mim. Ele vai tentar descobrir o paradeiro do medalhão e entregar-mo quando puder e nós tentaremos fazer a mesma coisa para terminar de uma vez por todas esta guerra.

Depois de muito discutir sobre a irresponsabilidade de Harry e tentarem descobrir a identidade do tal informante os amigos aproveitaram o resto do dia, para conversar, brincar e duelar um bocado por diversão.