A filha do diretor escrita por The Drama Queen


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Oi oi gente. Nossa, quanto tempo, neh?! Não estou falando só do site tendo ficado fora do ar, mas da minha parte mesmo. Sei que fiquei muito tempo sem postar. Eu não sei o que aconteceu, só que quando eu tentava escrever, as palavras simplesmente não saíam. Mas o importante é que agora tem capítulo novo e amei escrevê-lo, por mais difícil que tenha sido.
Enfim, espero que gostem e tem recadinho nas notas finais.



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Ela te odeia. Disse Dylan.

- Obrigada por dizer o óbvio, senhor Sei-Tudo-Sobre-Garotas. Eu disse.

- Você não me deixou terminar, idiota.

- Estou esperando.

- E eu acho que ela vai te odiar para o resto da vida. Mas nenhum coração é tão duro que não possa ser quebrado.

- Eu não quero quebrar o coração dela. Eu só preciso de um encontro. Nada mais que isso.

- Tente chama-la para sair agora então, senhor Sei-Mais-Sobre-Garotas-Do-Que-O-Dylan. Revirei os olhos. O fato é: você pisou na bola, de novo. Ela não vai te perdoar tão cedo.

Grande descoberta.

E o que você pretende fazer?

Eu não sei, Dylan.

Então é melhor descobrir logo, porque, pelo que você me contou, ela não vai esperar muito por um pedido de desculpas e também não pode ser qualquer pedido de desculpas. Você sabe como são as mulheres, não é?! Tem que ser algo grande e que te humilhe, que te faça sofrer assim como ela sofreu.

Mulheres são malucas. Declarei.

É, mas se você não conseguir...

Já sei. Já sei. Vou ter que pegar o gabarito. Suspirei. Dylan, você acha que há possibilidade de o Peter estar brincando?

Acho pouco provável. Dylan respondeu. Se as histórias que Anthony me contou sobre ele forem verdade, ele é capaz de fazer coisas piores. Ficamos em silêncio por um tempo. Mas não pense nisso agora. Você tem outros problemas para resolver. E resolvendo esses problemas com a Alysson, você se livra do problema com o Peter.

É, você tem razão. Eu ainda tenho uma gota de esperança em relação a Alysson. Quer dizer, ela vai ter que ceder em algum momento.

Ou não.

Obrigado pelo apoio. É sempre bom ter amigos como você por perto. Eu disse com ironia.

Sempre que precisar, irmão. Dylan respondeu enquanto levantava da minha cama, e saiu fechando a porta atrás de si.

...

As aulas de segunda-feira são as piores. Parece que os responsáveis pelo horário dos alunos pensam assim: segunda-feira, todo mundo odeia estudar nesse dia. Vamos colocar as piores matérias para segunda-feira. Eles tem senso de humor e amam nos ver sofrer, essa é a verdade.

Estou indo para o pátio sozinho. Todo mundo já foi e eu fiquei para trás, como de costume (não sou tão desesperado para ir para o intervalo). O corredor está vazio como sempre. Cada passo meu ecoa por todo o ambiente. Minha mente está tão vazia quanto o espaço em que estou. Pensamentos sem nexo e insignificantes ecoam, assim como meus passos. Eu não consigo ter uma ideia. Estou cansado de tentar procurar uma resposta para uma pergunta sem respostas. Eu não vou conseguir que a Alysson me perdoe. Droga! Por que eu tinha que ter caído na tentação de beijar a Paris? Certo, eu não sabia que a Alysson estaria lá, mas eu não pensei na possibilidade de suas amigas estarem ali. Eu fui burro, estúpido e inconsequente. Agora eu estou aqui, andando num corredor vazia, ouvindo meus próprios passos e com a certeza de que se eu for pego roubando os gabaritos, eu estarei ferrado. Por que, convenhamos, minha ficha já está podre. Sem falar que a minha tia vai me matar.

Você está com uma cara péssima. Alguém disse, fazendo-me erguer a cabeça.

O que foi, Paris?

Vim ver se você está bem. A olhei sem entender. Com essa coisa toda com a Alysson. Depois do que aconteceu... Você deve estar acabado.

Você sabia da aposta? Perguntei e ela riu.

Todo mundo sabe, querido. Todo mundo? Certo, nem todos. Alguns são mais lerdos do que outros.

Alysson. A Alysson sabe? Perguntei desesperado.

Até onde eu sei, não. Suspirei aliviado. Lamento matar sua última esperança, mas você ainda não tem chance com ela.

O lance da festa não foi tão grave. Ela riu novamente.

Você ainda não sabe?

Não sei o que?

É melhor que você veja com os próprios olhos. É mais divertido assim. Ela piscou para mim com o olho direito e saiu rebolando em direção ao pátio.

Do que raios essa garota está falando?

Relaxa, Scott. Provavelmente é só mais uma das gracinhas dela. Pra alguém como a Alysson dizer que a odeia, boa pessoa é que ela não é. Não deve ser nada. Ela só quer te assustar, mas está tudo sobre controle.

Hoje eu estou dramático demais...

Continuei andando no mesmo ritmo até o pátio. Nessa velocidade, eu chego lá na hora do sinal tocar.

Quando entrei no refeitório, onde todos estavam, fez-se um silêncio sinistro e todos pares de olhos pressentes estavam com suas atenções voltadas para mim, o que é meio assustador. Comecei a andar em direção à mesa em que Anthony se encontra, logo os cochichos começaram. Não consegui entender o que falavam, muito menos sabia sobre o que comentavam, mas consegui ouvir partes do que alguns falavam: Ela não sabe? Acho que não Isso vai dar briga Ele já deve saber Soube que ela deu um fora nele.

O que está acontecendo? Perguntei me sentando na cadeira de frente para James, com Zac à minha esquerda e Peter à minha direita. Anthony está de frente para Peter e Ross, para Zac.

Você ainda não sabe? Peter perguntou.

Não sei o que? Anthony bufou e James riu.

Você, com certeza, é a pessoa mais desinformada dessa galáxia. Revirei os olhos.

E. por isso eu preciso que vocês me contem o que está acontecendo.

O universo está conspirando ao meu favor, isso é o que está acontecendo. Peter respondeu.

O que isso quer dizer? Perguntei.

Que você está ferrado. Disse James.

Parem de enrolar e falem logo! Ordenei.

Acho melhor você ver com os próprios olhos. Disse Zac.

Porque, se a gente disse, você não vai acreditar. Ross completou. Bufei e cruzei os braços, lançando meu tronco para trás, apoiando-me no encosto da cadeira, como uma criança mimada.

Você tem quantos anos, Scott? 5?

Há-Há... Muito engraçado, Anthony.

Durante todo o tempo, o barulho do refeitório não aumentou. Continuaram sendo sussurros. Eu já estou ficando inquieto. O que seria assim tão interessante, ou espantoso, a ponto de todos ficarem estranhos e ninguém querer me contar o que houve?

O sinal, finalmente, toca indicando o fim do intervalo. Nos dirigimos a saída, mas antes que eu passasse pela porta dupla que dá acesso ao corredor, eu vi uma coisa. E algo me dizia que esse é o assunto que todos estão comentando.

Universo conspirando ao meu favor. Peter disse parando ao meu lado, observando a mesma cena que todos da escola estão assistindo.

É, Scott. Agora você está ferrado. James disse dando dois tapinhas no meu ombro direito.

Quando você pretende me pagar mesmo? Perguntou Zac.

É como se meu cérebro estivesse tendo um curto-circuito. Isso já é informação demais.

E quem disse que eu te devo alguma coisa? Respondi.

O que? Scott, nós fizemos uma aposta. Fechamos um acordo. Zac queixou-se.

Sim, fechamos. E esse acordo me dá um prazo. E de acordo com meus cálculos, ainda tenho tempo.

Qual é, Scott? Ainda acha que consegue? James debochou.

É, cara. Isso não é o bastante para você perceber que perdeu? Foi a vez de Peter falar.

Alysson separou seus lábios do loiro, que a segurava pela cintura e a pressionava contra a parede. Se me lembro bem, esse era o mesmo que eu vi com a Paris na festa, quando voltei para devolver as chaves do carro para Anthony.

Você vai ficar ai parado encarando os dois? Anthony perguntou. Eu não respondi. Cara, isso já está ridículo.

Cala essa boca, Anthony. Reclamei num tom baixo de voz.

Alysson conversava com o loiro animadamente. Ambos riam, gargalhavam de algo que ele dizia. Então, ela me viu. O sorriso que antes havia em seu rosto, sumiu gradativamente e sua cabeça se ergueu em sinal de superioridade, como das outras vezes, embora seu rosto não demonstrasse nenhuma expressão. Nos encaramos por mais alguns segundos, até o seu acompanhante disse algo para ela. Alysson desviou o olhar de mim, voltando sua atenção novamente para ele, sorriu e assentiu. Os dois foram em direção à sala e eu fiquei parado lá, com cara de idiota, no meio do corredor quase completamente vazio.

Eu já vou indo para a sala, Scott. Disse Anthony. Os outros já foram e eu não estou muito afim de chegar atrasado na aula. Se precisar de alguma coisa, é só chamar. Permaneci em silêncio e imóvel.

Ora, ora. Veja se não é o loiro desiludido. Disse uma voz vinda de trás de mim. Suspirei.

O que você quer, Paris?

Te ajudar a sair dessa deprê. A olhei expressando confusão, mas eu sei do que ela fala. Qual é, Scott. Todos nós sabíamos que isso nunca iria dar certo. Você é bom demais para ela.

Paris, não quero ser grosso, mas não estou com paciência para você no momento.

Hum... Que pena. Ela disse se aproximando. Quando estava perto o bastante, passou sua mão no em meu ombro e aproximou sua boca do meu ouvido, e disse: - Eu adoraria te tirar da deprê. E se afastou logo após. se mudar de ideia, sabe o meu número. Ela começou a se afastar, indo em direção à sala.

Paris! Gritei. Hoje, às 20h? Ela sorriu, virou-se e foi embora.

Depois de perder a aula de biologia, fui embora. Não falei com mais ninguém, não dei sinal de vida. Apenas saí pelo portão assim que o sinal tocou. Não conheço tudo por aqui, mas sei que tem uma praça perto do colégio onde eu fui uma vez com Dylan e uns amigos dele. Fui pelo caminho que me recordava. Cheguei na praça depois de me perder umas duas vezes. Você deve estar se perguntando o que eu estou fazendo aqui. Ou talvez não esteja, mas eu vou dizer mesmo assim: vim pensar. Sim, pensar. Precisamos disso de vez em quando, certo? E eu acho que esse é um daqueles momentos.

Só para começar: eu estou muito, muito ferrado. Me meti nessa roubada sem querer. Era só uma aposta totalmente inocente. A pior coisa que poderia acontecer era a Alysson ficar magoada, o pai dela descobrir e ir tirar satisfações com meus tios, ou algo do tipo. Na real, eu nunca quis fazer essa aposta. Foi o que chamam de calor do momento. Se eu pudesse voltar atrás, eu desistiria da aposta. Talvez eu deva desistir agora. Quer dizer, ela está com outro. Seria mais idiotice continuar tentando, mesmo que isso me livrasse de correr o risco de sujar ainda mais o meu histórico. Sem falar que a Alysson não é o tipo de garota que se trata desse jeito. Ela pode ser ignorante, extremamente irritante e se irrita fácil, parece que vai explodir a qualquer momento, bipolar, estressada etc. (etc. etc. etc. etc...), mas não é como as garotas com quem eu fico, como a Paris, por exemplo. De qualquer forma, o acordo já foi feito e eu tenho que cumprir minha palavra.

E agora, já que estamos sem mais responsabilidades com a Senhorita Bipolar, também conhecida como Alysson, posso me divertir. E devo dizer que Paris Anderson é uma diversão e tanto.

Depois de mais alguns minutos sentado olhando para o nada, com a mente completamente vazia, fui para casa. Esta, aparentemente estava vazia. O primeiro andar estava sem ninguém e o segundo parecia estar silencioso. Sem me importar muito com isso, subi as escadas em direção ao meu quarto. Quando passei pelo quarto de Dylan, ouvi vozes, que reconheci como sendo do Dylan e do Anthony. Parei para ouvir sobre o que conversavam. Não, eu não sou fofoqueiro, apenas curioso.

Não importa, Dylan, agora ela está com outro.

Relaxa, Anthony. Sua hora vai chegar.

A minha sorte é que o Scott agora está fora da jogada. Não tem mais chances com ela, o que me deixa com mais chance.

Pelo menos uma coisa boa nisso tudo. Agora só precisa acontecer um milagre que separe a Alysson do Kyle, e então, caminho livre pra você, irmão.

­ É.

E então, finalmente, você e sua paixãozinha platônica viverão felizes para sempre.

Cala a boca, Dylan!

É isso mesmo que eu entendi ou estou ficando louco? Anthony é afim da Alysson? Mas por que raios ele não me contou isso? Essa história fica cada vez melhor.

...

Toco a campainha. Logo em seguida ouço passos apressados descendo a escada e a porta é aberta, revelando uma Paris muito sensual. Seus cachos ruivos estão soltos, ela veste um vestido vermelho rodado e curto, com decote em V, nos pés tem um salto preto e sua maquiagem é bem chamativa, mas não de um jeito muito exagerado.

Uau! Exclamei. Nada mal. Vamos?

Aonde vamos? Perguntou enquanto eu abria a porta do carro para ela.

Cinema. Não tive muito tempo para pensar em um programa descente. Vai ser cinema mesmo. Pude ver a decepção estampada no rosto de Paris. Ela realmente não está vestida para essa ocasião e sim, para algo mais, digamos, especial.

Tudo bem. Que filme vamos ver?

E isso importa? Perguntei girando a chave do carro. Com o canto do olho, pude ver que ela sorria.

Na verdade, não.

Vamos lá, então. Dei partida e seguimos para o shopping.


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Notas finais do capítulo

Digam o que acharam, ok?!
Nossa! Faz tanto tempo que eu não escrevo uma nota final que até esqueci como se faz...
Bom, agora o recadinho da tia Drama Queen:
Acho que algumas de você ainda não sabem que eu tenho um blog. Bom, lá nesse blog eu posto coisas sobre as minhas histórias postadas no Nyah! e em outros sites (fotos dos personagens, avisos, P.O.V.'s de outros personagens, sendo eles principais ou não...). E o P.O.V. da Alysson foi postado lá, e será lá onde eu postarei os P.O.V's futuros, ok? Me desculpa se eu não avisei antes. Segue o link:
http://thedrama-queen.blogspot.com.br/
Beijo no cotovelo e não esqueçam de comentar.



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