A filha do diretor escrita por The Drama Queen


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Hey!! Adivinha quem já tem um computador decente. Euzinha! Então, capítulo novo pra vocês. Me desculpe se não ficou tão bom.
Antes de vocês lerem, quero deixar aqui o link do blog onde eu posto os POV's extras de outras personagens, algumas fotos , falo de das minhas histórias e essas coisas todas. Segue o link: http://thedrama-queen.blogspot.com.br/
Enfim, boa leitura e espero que gostem.



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Ficamos na sala onde passava um filme de terror, mas, como podem imaginar, não prestamos nenhuma atenção ao filme. Tínhamos coisas mais interessantes para fazer. Durante o filme, fomos interrompidos algumas vezes por uma senhora que estava sentada ao nosso lado, por isso, mais ou menos na metade do filme, sentamos em outro lugar, pois a seção, por incrível que pareça, estava vazia.

Não foi bem um encontro. Não teve conversa nem nada. Nem comer nós não comemos. Acho que mal olhamos um para o outro a noite toda, o que é bom, pois para mim, a Paris é apenas diversão. E espero que ela pense o mesmo. Não quero e não vou ter nada sério com ninguém por um bom tempo. Isso se algum dia eu tiver um lance sério.

– Podíamos repetir isso mais vezes. – Ela disse. Estamos dentro do carro, estacionados em frente à sua casa.

– Não seria má ideia.

– Nos vemos amanhã?

– Não temos aula amanhã, lembra? Reunião com os professores.

– Eu sei, Scott. Eu quero dizer se há possibilidade de sairmos de novo amanhã.

– Ah... Sinto muito, Paris, mas amanhã realmente não dá. Tenho umas coisas para fazer. – Como dormir, comer e dormir...

– Tudo bem. Quando estiver livre me avisa. – Ela sorriu e saiu do carro.

Não posso negar que a companhia de Paris é agradável, mas ela tem se mostrado uma garota meio grudenta. Como eu já disse, odeio garotas assim. Bom, ao menos ela não é tão louca quanto a Alysson (um ponto positivo), embora pareça ser um pouco bipolar também. Tenho minhas suspeitas de que toda mulher é bipolar. Ou talvez, seja eu que atraía mulher maluca. Em todo caso, não quero que tenhamos nada mais do que isso.

Entrei em casa e encontrei Dylan jogado no sofá vendo um filme na TV. Nem sinal de Anthony por aqui. Ótimo! Estava mesmo precisando falar com Dylan a sós.

– Ah, você chegou. Minha mãe ficou louca de preocupação. – Ele disse calmamente. – Onde estava? – Perguntou ainda sem desviar o olhar da TV.

– Saí com Paris. – Só então ele me olhou.

– Cedeu?

– Eu tenho que me divertir também, não é.

– E a Alysson?

– Namorando ou ficando com um cara aí.

– O que pretende fazer?

– Nada. – Respondi me jogando no sofá ai seu lado.

– Nada? – Perguntou, abaixando o volume da TV em seguida.

– O que eu posso fazer, Dylan? A garota já não queria nada comigo quando estava sozinha, não é agora que vai querer.

– Você está parecendo uma menininha.

– Que se dane, Dylan. Ninguém se importa.

– Ninguém se importa agora, mas minha mãe vai se importar, e muito, quando você for expulso por roubar o gabarito.

– Eu não vou ser expulso se não for pego.

– E quem garante que não vai ser pego?

– Eu me garanto.

– Então é isso? Você vai desistir? O maior pegador da história, depois de mim, claro, vai desistir de uma garota?

– Dylan, não tem nada que eu possa fazer. Ela está com o Kyle. – Não entendo o motivo de Dylan estar insistindo tanto nessa história da Alysson, uma vez que Anthony, o irmão dele, pelo o que eu ouvi, é a fim dela.

– Você já parou para pensar que ela pode estar com ele para te fazer ciúmes? - O olhei como se fosse louco. –Cara, presta atenção. Ela tem se feito de difícil esse tempo todo, na festa, depois que ela viu você com a Paris, ela chorou, te xingou e tudo mais e agora está com o Kyle para se vingar. – Pensei por um instante. Não posso negar que o que ele disse faz sentido. Mas mesmo assim, não acho que Alysson seja tão baixa a ponto de ficar com um cara só por vingança.

– Eu não sei, Dylan. Acho que não.

– E você não quer ter certeza? – Não respondi. – Qual é, Scott?! Vai deixar passar uma possível chance de ganhar essa aposta e ainda pegar uma das garotas mais desejadas da escola?

– Essa história ainda parece muito fantasiosa. A Alysson não parece ser esse tipo de garota.

– E você parece um ornitorrinco. Você é um ornitorrinco? – É, ele enlouqueceu. – Você é um ornitorrinco? – Insistiu na pergunta.

– Anh... Não.

– Então, ela pode parecer ser uma coisa, mas não é. Acredite em mim, as que tem cara de santa são as piores.

– Vou pensar no que você disse. – Ficamos em silêncio por um tempo. – Anthony está em casa?

– Não. Saiu com uns amigos.

– Ótimo! Por que você não me disse que ele é a fim da Alysson?

– Espera. O que?

– Não se faça de desentendido. Você sabe do que eu estou falando.

– Como você ficou sabendo disso?

– Isso não importa. Cara, se o Anthony é a fim da Alysson, eu não posso continuar com essa palhaçada.

– Agora você vai usar o Anthony como desculpa para sua desistência?

– Não é disso que eu estou falando, Dylan. O Anthony é como um irmão para mim, assim como você. Eu não posso simplesmente pegar a garota de quem ele é a fim. – Dylan balançou a cabeça em negação. – Você pegaria? – Apelei.

– Não. Seria pedofilia. – Revirei os olhos.

– De qualquer forma, é mais um motivo para eu não continuar com isso.

– Viu o que eu disse? Você está usando o Anthony, mas a verdade é que você está com medo.

– Medo? Que ideia é essa agora?

– Sim. Você tem medo de fracassar.

– Não tenho, não.

– Claro que tem. Você está amarelando.

– Claro que não.

– Claro que está. Está estampado na sua cara!

– Eu não vou discutir isso com você. – Disse me levantando e indo em direção ao meu quarto.

Era só o que me faltava. Eu, Scott Miller, com medo de não conseguir pegar uma garota. Ele não entende. Eu não estou com medo, nem nada do tipo. Estou apenas aceitando o fato de que eu perdi.

Desistiu seria o termo correto.

Cala-te, consciência!

Admita! Você está morrendo de medo de levar outro fora. Não tenta porque sabe que vai fracassar. Se antes você já era rejeitado, imagina agora que ela está com alguém melhor do que você.

Não é nada disso!

Não precisa mentir para si mesmo, Scott.

Não, não. O Kyle não é melhor do que eu. Fala sério. Mas, talvez, o resto possa ter um fundo de verdade.

Bingo! Finalmente falaste a verdade!

Ok, ok. Agora fique quieta e pare de me perturbar.

E você não vai fazer nada?

Você também vai insistir nessa história?

Vamos lá, Scott. Apesar do teu medo, sabe que tem uma chance, por menor que seja. Use suas habilidades de sedução.

Isso não funciona com a Alysson.

Use seus métodos de emergência.

Amanhã eu vejo isso. Já está tarde.

– A que ponto eu cheguei. – Disse para mim mesmo. – Discutindo comigo mesmo.

Tomei um banho rápido, pus uma bermuda confortável e dormi.

...

Acordei e a manhã já tinha ido embora. O sol quente invade meu quarto através das cortinas. Fiquei deitado ainda por um tempo, até que o cheiro de comida invadiu minhas narinas. Me levantei com dificuldade e sentei-me na beirada da cama. Respirei fundo. Ar refrigerado. Encarei meus próprios pés. Talvez eu não devesse desistir. Quer dizer, é só o capitão do time de futebol, popular… Só ele, Kyle, me separa da vitória, da Alysson. Talvez eu consiga me livrar dele.

Mas ainda tem o Anthony. É, o Anthony está atrapalhando tudo. Se o Kyle é um empecilho, o Anthony é uma muralha. Agora, eu só tenho que decidir se eu quero transpô-la, ou deixar que ela me impeça.

Nossa! Quanto drama, Scott.

É, ando um pouco dramático demais esses dias. Vou procurar ajuda profissional.

Respiro fundo novamente, tomo coragem e me levanto com dificuldade devido ao alto nível de preguiça que estou sentindo. Entro no banheiro e me olho no espelho.

– Cara, eu estou acabado. - Digo para o meu reflexo.

Meus cachos estão mais bagunçados do que o normal, meus olhos estão vermelhos e inchados… Abri a torneira e molhei meu rosto. Em seguida, deixei a água cair e observei o reflexo do meu rosto molhado.

Você ainda pode conseguir, Scott. Só depende de você.

Escovei os dentes e saí do banheiro.

O que mais me incomoda nisso tudo é o Anthony. Eu só não quero que (isso vai soar muito estranho) ele fique magoado. É como eu disse para o Dylan: ele é como um irmão para mim. Tenho medo de que, se eu conseguir ficar com a Alysson, ele descubra que eu sabia que ele é a fim dela e essa parceria que temos suma.

Desço as escadas sem trocar de roupa e vou em direção à cozinha, onde alguém está preparando o almoço. E esse alguém, para minha surpresa e espanto, é o meu tio, Paul.

– Ah, oi, Scott. - Ele disse quando percebeu minha presença. - Acordou um pouco tarde hoje.

– É. E tenho acordado um pouco cedo todo dia.

– Tem razão. Voltou muito tarde ontem? Não te vi chegar.

– Não. Voltei até cedo demais.

– Ah, sim.

Eu e meu tio Paul nunca fomos muito próximos. Eu nunca disse isso, mas eu sempre preferi a tia Sally. Eu não sei…Ele sempre foi mais legal, mais compreensível, era sempre quem me dava conselhos sobre garotas. É, de todos, tia Sally sempre foi a melhor. Sem falar que ela tem sido como uma mãe para mim durante todo esse tempo. Já o tio Paul, bem, eu quase nunca o vejo. Abri a geladeira em busca de algo para comer, mas não achei nada que me chamasse a atenção. Sabe quando você simplesmente não tem vontade de comer nada do que tem em casa? Pois é.

–Tio, eu vou dar uma saída. Comer fora.

– Tudo bem. Não demore.

Fui ao meu quarto, pus uma blusa, peguei o celular e as chaves e sai. A princípio, eu não sabia bem onde iria. Não lembrava de nenhum lugar que servisse alguma coisa decente. Mas então, um lugar me veio em mente. Fui a pé mesmo. Não demorei a chegar. Passei pela porta de vidro e me sentei na mesma mesa em que me sentei da última vez em que estive aqui. Depois de alguns minutos, a pessoa que eu esperava, apareceu.

– Scott Miller. - Ruby disse com um sorriso, ao me ver. - Pensei que não te veria novamente por aqui.

– Bem, não tenho motivos para não vir. Aqui tem o melhor sorvete que já comi. E tem você. - Seu sorriso se alargou ao ouvir isso.

– Você não consegue controlar, não é?!

– Controlar o que? - Perguntei, confuso.

– Seu charme. Tem que usar em todos os momentos, em todos os lugares, com todas as garotas. Não consegue evitar.

– É natural. - Disse dando de ombros.

– Você é impossível! - Disse negando com a cabeça, e o sorriso sempre no rosto.

– Irresistível seria o termo correto. - Ela soltou uma leve risada.

– Não para todas.

– Bem, para você sim.

– Mas não para Alysson. - Ela encarou o bloco de papel que tinha em mãos. O silêncio reinou e nenhum de nós ousou quebrá-lo. - Então, o que vai querer para hoje?

Pedi o mesmo sorvete da última vez e fui comendo pelo caminho. O clima na sorveteria não estava muito bom. Fui direto para casa. Uma frase não saia da minha cabeça: Não para Alysson. Minha imagem está sendo manchada por causa de uma garota. E a notícia já está correndo por aí. Isso não é bom. O único problema é que, o único modo de mudar isso é ficando com a Alysson.

– Se eu já comecei, vou terminar. - Disse para mim mesmo. Entrei pelo porta da frente e fui direto para o meu quarto. Ouvi a voz do meu tio me chamando, mas não respondi. Estava concentrado demais em uma coisa. Não podia perder o foco agora.

Peguei meu notebook e me joguei na cama. O liguei e logo entrei no perfil da Alysson. Se você está pensando que eu vou stalkear a Alysson, você está certo. É o único método que me restou. Se tentar parecer com cara perfeito dos sonhos dela não der certo, aí sim, eu não terei mais o que fazer.

Depois de quase 8h na frente do computador, eu já conhecia a Alysson melhor do que qualquer um. Nesse meio tempo, meu tio veio me chamar umas 20 vezes, mas eu não atendia nenhuma. Mas agora a fome começava a me atacar, o que me fez lembrar que eu não comi nada além de sorvete hoje. Desci as escadas e encontrei Dylan e Anthony jogados no sofá.

– Onde estavam mais cedo? - Perguntei, fazendo-os notar minha presença.

– Saímos. - Dylan respondeu sem ânimo.

– E não me chamaram?

– Não.

– Por que?

– Porque você estava dormindo e eu não estava a fim de ouvir você reclamando hoje. - Foi Anthony quem respondeu dessa vez.

– Tudo bem, então. - Disse e fui para a cozinha pegar algo para comer.

Jantei rapidamente, e logo entrei no quarto de novo. Pesquisei mais um pouco sobre cantores, atores e escritos que a Alysson gosta e, depois de um tempo, percebi que precisaria de ajuda. E essa ajuda, eu conseguiria amanhã.

Quando o despertador do celular tocou, eu já estava acordado. Esse é o efeito que a ansiedade tem sobre mim. Me levantei depressa e me dirigi ao banheiro. Fiz minhas higienes matinais e m vesti. Anthony ainda estava no banho quando desci as escadas.

– Caiu da cama? - Dylan perguntou quando me viu na sala.

– Não. - Respondi sem olhá-lo e fui para a cozinha ver o que tinha para comer.

Se eu conseguir que ela me ajude, a Alysson vai estar nas minhas mãos. Ela é tudo o que eu preciso para ganhar essa aposta. Mas eu não posso me arriscar muito. Não posso dizer nada sobre a aposta. Tenho que dizer que estão realmente a fim da Alysson. Espero que Anthony não fique sabendo disso.

– Já está arrumado? - Anthony perguntou entrando na cozinha e me dando um leve susto.

– É. - Não dissemos mais nada depois disso. Apenas tomamos café e fomos para escola.

Não falei com ninguém hoje. Passei a maior parte do tempo calado. Estava concentrado demais em alguém para pensar em qualquer outra coisa. A hora parecia me torturar. Passava cada vez mais devagar. O ponteiro parecia me desafiar, andava tão lentamente, fazendo o tempo quase parar. Eu já estava entrando em desespero quando, finalmente, o sinal tocou indicando o fim da última aula. Meu material já estava arrumado, logo fui o primeiro a sair da sala. Não esperei ninguém, simplesmente saí correndo da sala rumo ao portão de saída. Sentei num banco no pátio exterior e esperei. Ali estava praticamente vazio. Não tinha quase ninguém. Esperei por quase 20 min, até que ela apareceu.


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Notas finais do capítulo

Então, como eu acho que avisei no capítulo anterior, fiquei sem computador por um tempo. Mas agora já está tudo certo. E melhor ainda, o meu computador já foi para o concerto (depois de anos de espera!!). Espero que em breve eu o tenha de volta, assim, eu terei mais tempo de escrever e os capítulos vão sair com mais frequência.
Então, é isso. Não esqueçam de comentar a opinião de vocês. Beijos de amora :*



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