Destino escrita por TaisePeixoto


Capítulo 3
Capítulo 2 - Sangue e Vingança


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é o PDV da Renesmee. Com certeza ela estaria viva né? Não se assustem com o comportamento dela, afinal ela foi criada pelos Volturi.



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“Tem que haver outra forma de viver!”

Eu senti o clarão no meu rosto. Por que esses humanos adoravam tirar fotografias? Será que a memória deles era tão ruim a ponto de não se lembrarem mais do que viram? De qualquer forma isso não importa mais. Logo eles não vão se lembrar de coisa nenhuma. A dor me atingiu por inteiro depois desse pensamento. Eu sempre me sentia culpada depois de caçar. Caçar! Que tolice chamar isso de caçar, era uma chacina isso sim!

Heidi caminhava serelepe como sempre mostrando cada detalhe do saguão. Como eles não percebiam nossa presença? Estávamos todos ali, quase a guarda inteira, escondidos observando. Quando Heidi desse o sinal...

Todos estavam maravilhados mas um movimento no final da fila me chamou a atenção. Um garotinho, uns oito anos no máximo, tentava puxar a mãe dali.

- Querido por favor é um passeio histórico tente se comportar!

- Esse lugar é assustador mãe, vamos embora. Você sabe o que dizem, aqui tem vampiros!

- Bobagem, vampiros não existem.

Vários dos meus companheiros sorriram diante dessa resposta da mãe. Só eu me encolhi. Aquele garotinho era tão jovem, cheio de futuro, cheio de sonhos. E ele ia morrer. Não por causas naturais ou algum motivo nobre, ele ia morrer para satisfazer a nossa sede. Senti meus olhos se encherem de lágrimas, então era isso, eu estava condenada a ser uma assassina. Eu não escolhi isso, mas eu era assim. Não pode ser, tem que haver um jeito, tem que haver outra forma de viver!

Senti uma pressão nos meus dedos. Era Alec segurando a minha mão. Ele sempre tentava me confortar. “Esqueça-os” – ele dizia- “são tolos e egoístas, se matam entre si sem nem pensar. Eles odeiam uns aos outros, não merecem viver. É você ou eles querida, e francamente, você merece viver.” Era fácil para ele e para a Jane. Eles odiavam, os humanos pelo simples fato de que os humanos os haviam odiado antes. Alec me contou tudo. Ele e Jane já eram talentosos mesmo antes de serem transformados. Mas os outros humanos em vez de admirarem seus talentos os acusaram de serem maus, bruxos como eles diziam. Condenaram os dois a serem queimados vivos na fogueira. E eles também eram jovens, cheios de futuro, cheios de sonhos... Por sorte Aro os achou antes e os transformou. É fácil odiar alguém quando esse alguém te fez sofrer. Mas e quanto a mim? Eu não tinha nada contra os humanos, tinha até um coração humano batendo dentro de mim. Talvez por isso eu me sentisse assim, olhei para o Alec de novo, todo ele me transmitia confiança. É isso, esqueça por agora. Mas eu sabia que a dor ia me encontrar mais tarde. Heidi levantou e baixou a mão em um gesto teatral, era o sinal. As luzes se apagaram e os gritos começaram.

Eu chorava abraçada no meu travesseiro. Alec e Jane já tinham vindo me consolar. Aro tinha me chamado pra jantar, bobagem, só eu comia mas ele fazia questão de me fazer companhia, e obrigava os membros da guarda que estivessem por perto a fazer o mesmo. Mas eu estava sem fome, tinha me trancado no quarto, pura infantilidade já que qualquer um que morasse naquele castelo poderia quebrar uma tranca com o dedinho, e estava chorando compulsivamente a umas duas horas. Eu não estava mais chorando de dor ou de culpa, estava chorando de ódio. Ódio dos meus pais biológicos que haviam me criado.

Eu era meio-humana isso significava que eu tinha todos os poderem vampiros, com as fraquezas humanas de ter que comer e dormir. Minha pele não era tão dura e fria quanto os vampiros, mas qualquer ferimento cicatrizava muito rápido. Segundo meu pai, Aro, eu crescia com muita velocidade no início mas aos dez anos meu crescimento estabilizou e, com a aparência de dezoito anos, eu me tornei imortal. Minha sede não era como a dos vampiros mas existia embora em escala muito menor. Eu vivia com os Volturi há 50 anos e ainda não havia me acostumado com isso.

Meu pai biológico era um vampiro muito orgulhoso, ele ofendeu os Volturi uma vez e foi condenado, mas Aro se compadeceu e resolveu libertá-lo desde que ele se desculpasse publicamente. Ele se desculpou mas ficou furioso e jurou que se vingaria. Quando voltou para o clã dele, que era o maior que os Volturi já tinham visto, percebeu que não conseguiria enfrentar os Volturi com a força que tinha. Decidiu tentar algo novo. Encontrou uma humana com um certo talento e forçou-a a casar-se com ele. A intenção dele era criar uma raça de meio-vampiros que fossem mais fortes que os vampiros comuns e assim enfrentar os Volturi. Minha mãe quase morreu quando eu nasci mas o meu pai havia visto potencial nela e a transformou em vampira antes que ela morresse. Eu nasci e logo mostrei ter um talento excepcional, que sem dúvida derrotaria qual            quer vampiro. Eles me usariam como arma, mas felizmente alguém resolveu contar para os Volturi os planos dele. Numa manhã fria e cheia de neve os Volturi me resgataram, foi uma luta intensa da qual eu ainda tenho uma cicatriz no pulso, feita pelo meu pai segundo Aro. Eles conseguiram vencer é claro, e me tiraram de lá. Fizeram um acordo com meu pai, ele e seu clã seriam poupados se desistisse da vingança. Ele aceitou e deixou que eu fosse levada. E desde então Aro tem sido um pai pra mim, me ensinou tudo que eu devo saber, principalmente a usar o meu talento. Por algum motivo eu não me lembro dessa época. Deve ter sido o choque.

Meu pai queria vingança quando me criou, ele não se importou comigo, com o que eu seria, o que isso significaria pra mim. Só pensou em si mesmo. Hoje eu sou uma assassina por culpa dele.

- Nesme você tá acordada? Sou eu Jane.

Ele não pensou em mim, não pensou em ninguém.

- Querida não fique assim, vamos Aro está te chamando. Você tem que comer alguma coisa.

E ele ainda está vivo por aí, matando. Sem culpa, sem preocupações.

- Eu vou chamar o Alec pra darmos um passeio o que você acha? Correr pelo vale não seria divertido? Sempre faz você se sentir melhor.

Eu cansei disso. Não sou eu que tenho que sofrer, é ele.

- Se arrume então eu vou pegar o mala do meu irmão e nós vamos ok?

Era vingança que ele queria, agora é o que eu quero. Não é justo, não é justo...

- Nesme?

Eu vou procurá-lo, e quando encontrá-lo vou fazer ele sofrer tudo o que eu sofro. Vou puni-lo por me transformar em um monstro. Ele vai pagar pelo que fez comigo, de uma vez por todas.

- Nesme?

- Tudo bem Jane, eu vou me arrumar.


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Notas finais do capítulo

Bem, é claro que a história que a Nessie conta sobre os Cullen foi o que o Aro contou pra ela, o que não corresponde à verdade. Me avisem se estiverem gostando ou se tiverem alguma dúvida.Mandem reviews please.
Beijos



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