Secreta Desistência. escrita por Carmel Giles


Capítulo 1
Capítulo 1 - Highway to the danger zone


Notas iniciais do capítulo

"Helou pipous"!Semideuses, Bruxos, Caçadores de sombras, Narnianos, Mediadores, Tributos, Divergentes, Whovians, entre outros, esse é o primeiro capítulo de uma fanfic que surgiu de meu interesse inesgotável em fanfics Percabeth e minha vontade de escrever uma fic um pouco mais "quente" sobre o universo de PJO/HDO.Esta fic é meio Songfic e se passa depois deles derrotarem Gaia. Não sou muito boa com saudações iniciais mas espero que eu possa entretê-los com minhas palavras. Obrigada por lerem!Obs.: 1. Personagens: são todos emprestados do R.R. Riordan! 2. Nessa fic, os semideuses não têm problemas com tecnologia (tipo atrair monstros e tals), Silena e Beckendrof não estão mortos e Rachel ainda é o Oráculo, mas ela não tem voto de castidade ou algo do tipo. Fanfic Percabeth, mas os outros casais que aparecem são Jeyna, Charlena, Frazel, Chrisse (Clarisse e Chriss) e um que vocês ainda irão descobrir.



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POV Percy

– Levanta, Cabeça de Alga! Eu não iria te desafiar de soubesse que você facilitaria a disputa. Para de querer me deixar ganhar, e luta como um herói, não como uma criança de 10 anos! – ela disse rindo da minha cara, depois de me derrubar em apenas 10 segundos de luta, e me ajudando a levantar do chão da arena.

Ela estava certa (e quando é que ela não está?!) em dizer que eu estava facilitando pra ela ganhar, porque eu realmente estava. Você me perguntaria “porque deixar alguém ganhar de você tão fácil?”, e a resposta é simples: Annabeth fica linda quando está confiante. Ainda mais assim, rindo tanto de mim que suas bochechas estavam vermelhas. Não que ela precise que eu a deixe ganhar – ela prefere lutar com sua faca, mas também é muito boa espadachim, e eu teria de me esforçar muito para vencê-la – mas não me leve a mal, eu estava cansado do dia de treinos, afinal tínhamos feito toda a rotina do acampamento intensificando os treinos para próximo outono e eu já tinha escalado a montanha de lava 5x, treinado pontaria de arco com o chalé de Apolo durante 2h, ensinado alguns novatos a nadar e ainda ajudei o pessoal de Hefesto a terminar as novas bigas de corrida (E cara, como elas ficaram incríveis! Beckendorf fazia as melhores finalizações e conhecia os melhores materiais, e os projetos que Leo fizera pra elas eram tão sofisticados que eu me perguntava se aquelas bigas eram realmente só pra treino ou se Quíron as tinha encomendado para alguma missão ainda secreta. Leo e Beckendorf faziam a melhor parceria de engenheiros que eu já vi, e só não eram os melhores na área de Annabeth). Mas enfim, apesar de eu adorar os afazeres do acampamento, e tentar participar do máximo de atividades possíveis, eu estava esgotado. Feliz, mas quase me arrastando na arena. Tudo o que eu precisava era de um banho, contudo aquela “irritante sabe-tudo” (n/a: referencia a HP *---*) loira, veio toda contente até mim quando me viu voltar do Bunker 9, e me desafiou pra uma disputa de espadas na arena. Como negar algo pra aqueles olhos cinzas?!

– E aí, Cabeça de alga, será que o Mr. Busy tem algum tempo pra praticar suas técnicas de espada com essa filha de Atena aqui? Vamos acabei de chegar do meu treino de “parkour”, e já tinha adiantado mais cedo a banca daquelas crias de Ares, então achei que poderia vir aqui desafiar o todo poderoso filho de Poseidon. – Falou sorrindo de lado. Annabeth não estava menos ocupada do que eu esses dias, ela e os irmãos vinham fazendo aulas de “Le parkour” com as caçadoras na área metropolitana de NY e ela ainda tinha de dar aula de História Grega para os filhos de Ares todas as segundas, quartas e sextas (como hoje). Aquelas pestes vinham deixando ela doida, porque nunca prestavam atenção, e fazer os exercícios e leituras que ela passava então nem pensar. Não havia o que fazer a respeito, tinha sido um pedido do Quíron, porque os filhos de Ares mais novos só queriam saber de se baterem e ignoravam a maioria das criaturas contra as quais provavelmente lutariam um dia, e advinha pra quem sobrou essa tarefa? Clarisse foi a primeira e se negar, com um sonoro:

– Nem no Hades!! Eu já tenho de suportar aqueles pirralhos barulhentos brigando pelo beliche de cima lá no Chalé, e ainda vou ter de dar aulinha de história pra eles?? Nem fuden... - Ela começou balançando tanto a cabeça e que eu pensei que sua bandana vermelha de caveiras pretas fosse soltar.

– Clarisse... – Advertimos eu e Annabeth em coro. Ela não ia querer falar aquilo. Não na frente de Quíron e do Sr. D.

Desde que havia começado a namorar com o Chris Rodriguez, Clarisse vinha sendo um pouco mais tranquila com os outros campistas e não ameaçava mais afogar os “freshmen” na privada, porém ela havia redistribuído sua ira pros seus irmãos mais novos, que não se cansavam de fazer piadinhas e brincadeiras como imitar a Clarisse suspirando ou conversando com o namorado, no maior tom de zombaria. Então, não era raro ouvir uma gritaria danada no Chalé 5, certamente era ela correndo atrás de algum irmão que leu alguma das sms’s de Chris e agora estava contando pra todo o Camp.

Com Annbeth atolada de tarefas a maior parte do tempo, eu procurei me lotar minha agenda também e passava os dias indo de chalé em chalé perguntando se poderia ajudar em alguma coisa. Logo me tornei ajudante fiel dos meninos do Bunker 9, professor oficial de natação dos calouros, e ajudante de organização do Almoxarifado da Casa Grande. Não que eu entenda muito de organização, mas conversar com Quíron e organizar coisas ouvindo musica me acalmava. Bom Jovi, Arctic Monkeys, e as batidas pulsantes do Neon Trees não saiam do meu Ipod, o que fazia com que eu me distraísse a maior parte do dia e Annabeth já me disse que eu terei a uma séria perda auditiva se continuar escutando no volume em que ouço.

Mesmo com tantos desencontros eu e Annabeth sempre encontramos um tempo pra ficar juntos. Seja jogando War na Cabine 6 com seus irmãos (o que é uma coisa que eu não aconselho! Sabe quando dizem que os filhos de Atena são bons em estratégia? Leve isso a sério. Eu sempre nunca consigo completar minha missão, e sou sempre o primeiro a ser conquistado.), conversando distraidamente no píer, sentando afastados dos demais durante a fogueira pós-jantar, ou quando a gente vai escondido pro meu chalé ver alguma série. E naquele momento era isso que ela queria, um momento só nosso, e mesmo isso fosse nos cansar mais eu não ia dizer não. Mas Annabeth, logo percebeu que eu não estava om tanta disposição pra lutar:

– Você está um caco, Cabeça de Alga! Acho melhor nós deixarmos essa disputa pra depois... – completou baixando o tom de voz e olhando ao redor, quando eu sorri e assenti, passando um dos braços sobre o seu ombro – Que acha de fazermos uma maratona de White Collar, mais tarde?

– Acho ótimo, Sabidinha! Você sempre com as melhores ideias! Só tenho que tomar um banho antes do jantar, até porque estou imundo!

– Ok, também preciso de um banho. – ela falou olhando pro seu All Star vermelho e sem cadarços, que estava cheio de poeira.

– No encontramos no refeitório, então! Quer que eu leve MM’s? – Nem precisou que eu respondesse, ela já sabia a resposta - Mas não é pra ficar catando as azuis, porque eu não vou comer os outros todos sozinha!! – Falou em tom definitivo

Torci os lábios numa careta não muito feliz, mas concordei. Fomos andando juntos até as construções arrumadas em forma de “U”, que depois da inclusão dos Chalés dos Deuses menores já não se parecia mais tanto com um “U” e sim com “Ω”, perto da lado leste da floresta. Annabeth me deu um beijo rápido, entrou no Chalé 6 com um “Até logo” e eu segui pro meu chalé. Fui quase que correndo pro chuveiro, precisava de uma ducha. Joguei minha camisa do CHB longe e minha bermuda jeans teve o mesmo destino, só tive o cuidado de depositar calmamente meu colar de contas em cima do criado mudo ao lado da cama (eu não queria que nenhuma delas se quebrasse, elas significavam muito pra mim). Admirei as contas, cada uma delas representava um ano de Acampamento e um acontecimento marcante que aconteceu naquele ano. As minhas eram seis até agora: Um tridente, do ano que cheguei ao camp e fui reclamado por meu pai; Um pinheiro, do ano em que Thalia havia voltado a vida (ih, longa história... rs); Um arco e flecha, para marcar a chegada das caçadoras e o regate de Ártemis (acontecimento do qual eu tinha um lembrete muito mais vivido, numa mecha cinza a qual compartilhava com Annabeth. Mecha essa que era chaga de quem já segurou o peso do céu em seus ombros, e de um sacrifício do qual eu não me arrependo nem um pouco. Mas que também me lembra a tristeza da perda de duas grandes e valorosas amigas...); Um labirinto, a criação do irmão de Annabeth que mais me deu dor de cabeça, e onde uma das minhas melhores amigas, RED, me mostrou que as vezes a arma mais ofensiva que você pode ter é uma escova de cabelo azul; O Empire State, ou Olimpo (apesar de que desde que eu havia tomado um pequeno banho no Rio Tibre, eu ter perdido minha invulnerabilidade, ainda sinto calafrios toda vez que Annabeth toca onde um dia foi o meu ponto fraco. E a ultima e mais recente conta, que era metade roxa e metade laranja com um Pégaso e uma Águia dividindo espaço, e representava a união do Acampamento Meio Sangue e o Acampamento Júpiter, parceria que cerrou uma rivalidade de mais de 3000 anos, e sem a qual nunca teríamos vencido a batalha contra Gaia. Sempre tenho de lembrar e agradecer a Reyna por isso, aliás, ela e Annabeth se tornaram grandes amigas, algo que eu nunca achei que pudesse acontecer, mas elas tinham muito em comum apesar de serem respectivamente Romana e Grega, e se davam muito bem. Voltei a por o colar no criado e olhei de relance para o porta retrato artesanal que estava sobre ele, era muito bonito, todo encrustado de pequenas conchas e com uma pequena coruja desenhada no canto. O porta retrato tinha sido presente e ostentava uma foto minha e de Annabeth, que fora tirada 6 meses atrás num passeio que dêmos ao Rockfeller Center. Estávamos ambos vermelhos - eu de tanto cair no gelo, e Annabeth de rir de meu desastre como sempre - vestidos com gorro, luvas e cachecol e ela fazia uma careta enquanto eu a abraçava. Hazel havia tirado aquela foto, ela estava encantada com a câmera digital de Annabeth, e não parava de repetir o quanto que a tecnologia era fabulosa e perguntar que tipo de mágica é que fazia a tela congelar a imagem que ela via pelas lentes, além de tirar fotos de tudo o que ela achava bonito. Eu amava aquela foto e pedi uma copia a Annie quando a vi em seu mural, que ela me deu prontamente 2 semanas depois junto com aquele porta retrato todo embrulhado dentro de uma caixa de bolinhas prateadas, rindo e dizendo:

– Nem vá se acostumando, Cabeça de Alga!

Voltei pra realidade quando o vento frio que entrou pela janela me recordou que eu estava só de cuecas no meio do Chalé, ainda precisava tomar banho, e teria de me apressar se quisesse dar uma arrumada no quarto pra nossa maratona antes de sair pra jantar. Pulei debaixo da água gelada sem me importar com os calafrios que ela ia provocar até que o chuveiro esquentasse de vez, a sensação dos pingos nas minhas costas era muito boa então deixei que a agua lavasse meu cansaço e encharcasse os meus sempre bagunçados cabelos.

Levei uma meia hora lá, entre o xampu, tentar secar os cabelos (coisa que quando vi que a toalha não ia dar conta, resolvi usar meus poderes pra dar um jeito, já que não queria chegar no refeitório parecendo que tinha acabado de tomar chuva) e a imitação de Tom Cruise em Top Gun, cantarolando “Highway to the danger zone” e tocando uma guitarra imaginária. Saí do banheiro ainda meio cantando “You'll never know what you can do, until you get it up as high as you can goooooooo” e parei imediatamente quando notei a silhueta sombria sentada na minha mesa de canto.

Recuei um pouco tentando fazer o mínimo de barulho possível (o que chegava a ser cômico, pelo fato de que cinco segundos antes eu cantarolava um rock clássico a plenos pulmões, sem me importar se o camp todo estivesse ouvindo). Com a sorte que eu tinha, era bem provável que meu visitante fosse desde um dos Olimpianos querendo um favor ou acertar alguma conta, a um monstro disfarçado disposto a arranca a minha pele. Deixei meus sentidos alertas – bendito seja o meu TDAH − e, sem tirar meus olhos do intruso, comecei a cegamente tatear cegamente a pia do banheiro procurando Contracorrente. Encarei o vulto, mas somente para soltar um exasperado suspiro de alivio quando finalmente consegui ver quem era que estava ali sentado.

– É você, cara?! Quase me matou de susto!

[...] to be continued


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Notas finais do capítulo

Pessoal, obrigada novamente por quem se interessou pela minha fic. E como todo autor que se preza, eu desejo muito mesmo ouvir de vocês suas primeiras impressões sobre a história e sobre o primeiro capítulo dela. Suas reviews são como termômetros pra nós, nos fazem ver o que está bom e melhor o que precisa ser aperfeiçoado, então não deixem de escrevê-las.Ps.: Aceito parcerias.Xoxo, Carmel.



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