Sentei-me no meio de Kriss e Elsie, com Celeste do lado de Elsie.

Senhoritas! - Silvia surgiu na nossa frente - Por favor, isso não é comportamento adequado de damas! - Ela se referia ao nossa conversa, digamos, "animada" - Não se esqueçam, uma de vocês será a nova princesa de Illea.

As palavras de Silvia tiveram efeito sobre nós, ficamos caladas. Silvia foi atender um chamado do outro lado do estúdio, com um sorrisinho vitorioso.

A família real entrou e logo foram para seus assentos. Maxon olho para mim, e mexeu na orelha, retribui. Logo o hino começou e o brasão de Illea surgiu pelos monitores.

O rei subiu ao centro do palco, obviamente para seu discurso.

—Querido povo, de Illea, é com grande honra que veio anunciar que... Descobri a pouco que tenho um filho de 18 anos. E sim vocês devem estar se perguntando como?

E era verdade, no estúdio desde dos câmeras até os diretores estavam espantados.

—Ele foi raptado, logo após seu nascimento.

Estava com cara de nojo, sorte que todas as câmeras estavam para o rei. Sim cara de nojo, qual pai esconde um filho e depois diz que ele foi raptado? Ele continuo.

—Pelos rebeldes. Porém em um ataque dos guardas de Illea, a um acampamento rebelde, um menino alegou ser meu filho! Os guardas imediatamente levaram ele para o quartel de Illea. Me chamaram e acabei descobrindo que meu filho estava vivo.

ÓBVIO, que ele não falaria do DNA. A população não precisava de tanta informação assim.

—E como todo príncipe de maior idade tem sempre sua Seleção, entre as meninas da Elite ele também escolherá sua esposa ou seja uma das próximas princesas de Illea.

—Corta! - O grito veio do outro lado do estúdio, provavelmente do diretor principal.

Lembrei das palavras de Maxon,

"Não é nada fácil por limites em um rei".

Assim que deu sai do estúdio.

Procurei Maxon por todo canto, até me der conta que o jardim era o melhor lugar para pensar. Encontrei ele no nosso banco, com a cabeça enterrada nas mãos.

—Maxon?

—America. 

Então, ninguém sabia o que dizer. 

—Você está bem? - Perguntei por fim.

—Sim. Por que não estaria? Só por que tenho um irmão? Que nunca vi na vida. Que ele pode muito bem escolher qualquer uma das garotas da Elite? E que meu pai prefere um filho desconhecido a mim? Há America eu estou ótimo.

Uma mistura de sarcasmo,irritação e tristeza era visível em sua voz.

Não o culpo e sim a seu cargo. Ser um príncipe é muito mais excruciante do que jamais pensei. Maxon tem que assim sua vida virar de cabeça pra baixo sem poder dizer nada.

Pois a vida não é sua; E sim do seu cargo que o coloca nas situações mais complicadas e inusitadas possíveis. Ou seja sua vida nem sempre é colocada num propósito que é seu.

—America?

—Sim?

—Vamos antes que mandem guardas atrás de nós.- sSua tentativa de piada só me fez pensar mais um pouco nessa vida de príncipe.

Mais um "privilégio" dessa vida. Não ter privacidade alguma. Entramos e acabei jantando no meu quarto, não estava muito afim de ver o rei.

Acabei pensando, pensando e pensando.

Não me lembro de ter dormido, mas só me dei conta que já era de manhã quando Lucy me chamava.