O dia amanheceu, e todos se comportavam como se nada tivesse acontecido. Isso na melhor das hipóteses era, diferente. Na pior, assustador.

Depois do café da manhã, tivemos nossa primeira aula com Silvia. Assunto da vez era conhecimentos gerais. Percebi que a rainha Amberly, não se juntou a nós como sempre fazia. Mas ora, ela era a RAINHA, poderia fazer isso.. Ou não..

Ao final da aula, Silvia pediu extremo silencio e nos comunicou:

–Senhoritas. Duas de vocês serão princesas, como já sabem. Hoje a tarde terão uma sessão de fotos com os príncipes. - Silvia fez uma pausa, recordando de algo. - Bem as família reais da França e da Itália, chegaram para uma visita ao nosso reino, chegarão de madrugada, então vocês só os verão no dia seguinte. Vou dar-lhes um conselho, - Vi Celeste bufar, e não fui a única - Por favor, senhorita Newsome, um comportamento assim não é digno de uma dama e possivelmente futura princesa. Todas tem as mesmas chances nessa sala. Então por favor, se controle. - Celeste se encolheu e perdeu aquela postura de "Eu vou ganhar, por que sou uma 2" E assumiu uma postura de vergonha? Sim vergonha. Eu me permiti um sorriso, afinal não é sempre que vejo Celeste Newsome numa cena daquelas. Silvia continuou- Como eu ia dizendo, o conselho que quero dar é : Duas de vocês, terão a vida completamente mudada! Serão autenticamente importantes em todos os reinos. Serão espelhos as plebeias que serão vossas súditas. Enfim.. A Itália e a França são dois países completamente importantes em todo mundo economicamente e socialmente. E serão cruciais para a permanência de vocês aqui. Lembrem-se, verdadeiras damas sempre carregam um lindo sorriso, não importando as circunstâncias. É isso, se arrumem! Os trajes de cada uma já estão em seus quartos, acho que irão gostar.. - Um sorriso divertido assumiu o rosto de Silvia.

Mas estava preocupada demais digerindo as suas palavras anteriores, que não liguei muito para isso.

Tenho motivos o suficiente para me preparar para uma possível eliminação após a passagem da Itália e da França. Ambas são importantes, e o rei quer um acordo "amigável" com eles, sei que ele nunca ignoraria uma influencia como essas.

#POV GIOVANE

Oh Deus, como eu estava errado.

Samanta. Meu primeiro instinto foi correr em sua direção e abraça-la. Mas lembrei onde eu estava.

–Bom, Giovane. É o seguinte, iremos interrogara em dupla. Teremos que tirar o máximo de informações possível, exemplo localização dos outros, próximo ataque.. Enfim essas coisas. Sempre prometendo liberdade em troca de informações. - O jeito em com Maxon falou isso, parecia até um robô. Mas ele estava nervoso, dava para ver de longe. Desde seu modo de, Não parar de passar as mãos pelos cabelos até de andar de um lado para o outro.

–Até parece que a Sam vai cair nessa. - Murmurei, tão baixo que foi inaudível aos ouvidos alheios.

Então só ai parei para reparar aonde estava. Era uma sala cinza com pequenos detalhes em verde musgo,não sabia dizer se era feia, mas ao meu ver era luxuosa. Há minha frente havia um parede, na verdade um vidro que servia como uma barreira, para o "quartinho" ao lado, onde se encontrava a rebelde a ser interrogada.

Vi os cabelos de Samanta de longe e senti meu coração acelerar. Ela estava lá, a metros de distancia.

Um guarda veio nos avisar que tínhamos que entrar.

Assim que entrei na sala, os olhos verdes de Samanta se encontraram com os meus. E percebi que trocávamos infinitas palavras por simples olhares.

Bom, então o interrogatório iria começar.

[...]

–Pois bem, você poderia colaborar mais..

Essa era a vigésima vez que Maxon falava isso. Ele ainda não entendeu que "colaborar", não era o estilo dos rebeldes?

Eu parei de falar, depois de descobrir que as respostas de Samanta eram mentiras. Então deixei por conta de Maxon, que não estava se saindo muito bem..

–Vamos começar de novo - Maxon soltou um suspiro e continuou - Nome?

–Samanta.

–Idade?

–Dezesseis.

–Grupo rebelde?

–Nortistas.

–Região.

–Sul. -O sarcasmo era visível no jeito de Samanta responder.

–Você também não ajuda né?

–Vamos tornar as coisas mais interessantes.. - Me intrometi, vendo que só perderia mais tempo daquele modo.

–Giovane.. - Maxon me advertiu. Mas não liguei.

–Estado civil? - Perguntei.

–Voce só pode estar de brincadeira. - Maxon disse.

–Shhh. O interrogatório está em minhas mãos, faço o que achar necessário. Então sente-se e fique calado.

Maxon ficou vermelho, mas já estava na hora dele aprender quem dá as cartas.

–Então.. Estado civil? - Perguntei novamente.

Samanta arqueou a sobrancelha, em sinal de desafio. Eu estava brincando com fogo, mas estava preparado para mi queimar.

–Esperando. - ela me respondeu, tentando parecer indiferente.

– O que? - Perguntei.

–Respostas.

–Oh, que irônico não?

–Pode até ser. Mas pare, imagine se a chuva precisasse do sol, para cair, isso seria ironia. - Vi que seus olhos assumiram uma posição mais amigável. Suas palavras significavam uma coisa.

–Então é isso? Você espera o seu "sol" - fiz aspas no ar - para poder viver?

–Basicamente. - Ela estava com.. Com saudade.

–Essa conversa, não tem pé nem cabeça. - Maxon. Tinha até me esquecido de sua presença. Tudo o que eu queria era virar o "sol" de Samanta naquele exato momento.

–Vamos Giovane. E você "Samanta" - Não gostei do modo de como Maxon pronuncio o nome da MINHA SAMANTA. - Vai continuar presa, até decidir colaborar.

Quando estava saindo, acenei (quase que imperceptível ) para Sam, eu tiraria ela dali, e a mesma pareceu entender o recado.

–Vamos. Temos uma sessão de fotos há tarde. Já que não conseguimos nada com ela..

#POV AMERICA

Quando adentrei meu quarto, entendi o sorriso divertido no rosto de Silvia ao falar de nossos trajes para a sessão de fotos.

Eu usaria ( e aposto que as outras selecionadas também) um..

_____Continua_____