POV Frank Zhang

– O que vocês querem almoçar? - Perguntou Leo Valdez.

Eu, Leo, Percy, Jason, Hazel, Reyna, Annabeth e Piper estávamos sentados em um bar na praia para almoçar. Até o momento não havíamos decidido o que íamos comer.

– Peguem o que vocês acharem melhor - Hazel disse.

– Por que é sempre a gente que tem que ir lá buscar a comida? - Perguntou Leo.

– Porque vocês são homens muito cavalheiros, por isso - Respondeu Annabeth.

– Isso não é justo - Reclamou Percy.

– É claro que é justo, agora vão lá buscar a comida - Reyna disse.

Então lá fomos nós até o caixa do bar para escolher a comida e já pagar. Nós ficamos um tempão escolhendo o que comer até que finalmente decidimos. Depois que decidimos o que comer, nós pagamos e ainda tivemos que esperar pela comida. Após passar uns dez minutos, a comida ficou pronta e nós levamos para a nossa mesa.

– Ei, olhem a cara das meninas, elas parecem estranhas - Falou Jason, enquanto andávamos até a nossa mesa.

Olhei para meninas e reparei que elas realmente estavam estranhas. Hazel estava com uma expressão preocupada no rosto, Reyna parecia querer dar uma surra em alguém, Annabeth estava com cara de paisagem e Piper estava segurando o riso, ou seja, expressões muito diferentes uma da outra.

Quando chegamos à mesa e sentamos ao lado das nossas respectivas namoradas, eu resolvi perguntar:

– Aconteceu alguma coisa com vocês?

– Não, está tudo ótimo, Frank - Annabeth se adiantou, parecendo não querer que as outras respondessem.

Eu e os garotos nos entreolhamos desconfiados, certamente alguma coisa estava errada ali. Começamos a comer e do nada Hazel começou a se afogar.

– Você está bem, Hazel? - Eu perguntei, preocupado.

Leo atravessou a mesa e começou a bater nas costas dela.

– Ei, Leo! - Eu falei.

– O que é? Eu estou batendo nas costas dela para ela parar de se afogar - Respondeu ele.

– Não precisa - Falou Hazel, entre tosses.

Leo parou de bater nas costas dela e voltou para o seu lugar. Quando Hazel finalmente parou de se afogar, um garoto chegou à nossa mesa.

– Uau, que coincidência - Disse o garoto - Eu sabia que eu ia achar vocês de novo.

As garotas se olharam e eu fiquei mais confuso ainda, assim como os outros garotos.

– Quem é você? - Eu perguntei.

– Elas ainda não contaram sobre mim? - Falou o garoto.

– E por que contaríamos? - Perguntou Reyna com aquela mesma cara de quem estava com vontade de dar uma surra em alguém. De repente era nele mesmo que ela estava com vontade de dar uma surra, mas eu não tinha ideia porque ela gostaria de fazer isso.

– Ei, para tudo aí! - Gritou Leo - Será que dá para alguém explicar o que está acontecendo aqui?

O garoto olhou para todas as meninas e então disse:

– Se nenhuma das belezuras explicar, eu mesmo explico com o maior prazer.

– Pode deixar que eu explico - Disse Annabeth, fuzilando o garoto com os olhos - Bem, ontem à noite nós fomos em uma loja de roupas e um certo vendedor ficou lançando cantadas baratas para cima da gente e ainda sugeriu que comprássemos roupas indecentes, ou seja, foi muito inconveniente. E adivinhem quem é o vendedor? Esse mesmo que está parado na frente de vocês.

Eu olhei para o garoto e levantei uma sobrancelha. Eu realmente não havia gostado de saber que havia um cara cantando a minha namorada e ainda desrespeitando ela e as minhas amigas.

– Ei, quem você pensa que é, cara? - Disse Leo tentando parecer valentão, o que estava sendo engraçado - Você não pode sair por aí tentando vender roupas indecentes para garotas comprometidas, ok?

– É que elas são lindas demais - Disse o garoto na maior cara de pau.

– Eu realmente acho melhor você dar o fora daqui - Eu falei e o garoto me olhou meio assustado.

– Pois é, eu também acho - Jason concordou.

– Calma, meninos, não fiquem tão bravos - Piper disse com uma voz calma e então virou-se para o garoto - Ele só está brincando, não é?

– Na verdade eu estava falando sério - Disse o garoto - Eu achei vocês super lindas.

– Esse cara é um sem noção, né? - Falou Percy, rindo.

– Eu vou repetir as palavras do Frank, acho melhor você dar o fora daqui - Disse Jason.

– Tudo bem, tudo bem, eu não vou mais incomodá-los - Disse o garoto - Aliás, vocês não deveriam ter ficado tão irritados por eu ter elogiado as namoradas de vocês. Era óbvio que eu sabia que nenhuma delas ia querer alguma coisa comigo e eu tive essa certeza ainda maior quando eu vi vocês. Eu não poderia competir com um cara tão engraçado quanto aquele do cabelo cacheado.

Nós todos olhamos para Leo e não conseguimos conter um sorriso, Leo realmente conquistava as pessoas com o bom humor.

– Eu também não conseguiria competir com vocês dois, olha o tamanho de vocês - Disse o garoto para Jason e eu, e nós tivemos que rir também. Então por fim, ele olhou para Percy - e eu não conseguiria competir nem um pouco com você, porque sinceramente falando, você é muito bonito.

Foi aí que todo mundo caiu na gargalhada, inclusive o próprio garoto.

– Poxa... Muito obrigado - Percy falou.

Então o tal "garoto inconveniente" começou a conversar com a gente de uma forma bem amigável e não mais dando em cima das nossas namoradas. Chegou até um momento em que ele puxou uma cadeira e sentou-se na nossa mesa para almoçar com a gente. Ficamos um tempão conversando com o garoto e até mesmo as meninas começaram a gostar dele e viram que ele não era tão ruim assim. Realmente foi um almoço bem inesperado.

POV Clove

De tarde eu e Annie queríamos dar uma volta sozinhas (mais especificamente sem Cato e Finnick) então combinamos de correr na praia. Óbvio que os nossos namorados insistiram para ir junto, principalmente depois de nos verem vestidas de short de corrida e top, mas nós conseguimos fazer com que os dois ficassem no hotel para podermos correr em paz sem os comentários e brigas de FC.

Eu e Annie então fomos para a praia e lá já começamos a corrida.

– É tão bom estar em um lugar diferente e aproveitar - Falou Annie.

– Também acho - Eu concordei - Está sendo muito bom também sem a companhia do Cato e do Finnick por alguns instantes porque eles vivem colados na gente.

Acho que Annie não se importava tanto quanto eu nesse fato de nossos namorados viverem grudados na gente. Sinceramente, às vezes eu me irritava com Cato por ele ser tão ciumento e querer ir a todo lugar que eu ia, mas é claro que eu não deixava ele ficar colado em mim o tempo inteiro.

Depois de bastante tempo correndo na praia, eu estava muito cansada e morrendo de calor.

– Annie, que tal... - Eu comecei, mas ela logo me interrompeu.

– Não pense nisso, Clove - Disse Annie - Eu não vou entrar no mar com essa roupa.

Annie estava toda combinando e o cabelo estava perfeitamente penteado em um rabo de cavalo, enquanto eu havia colocado a primeira roupa de corrida que eu havia visto e prendido meu cabelo de qualquer jeito.

Eu revirei os olhos.

– Então vamos comprar uma agua de côco pelo menos - Eu falei.

– Isso eu topo - Disse Annie.

Nós fomos para o bar mais próximo de nós, compramos uma água de côco e nos sentamos em umas cadeiras que tinha ali perto do bar.

– Sério, Annie! Eu vou ter que tomar um banho de mar - Eu disse, olhando para aquele mar - Não sei como você consegue resistir, ainda mais com esse calor.

– O problema não é o mar, o problema é a situação - Respondeu Annie - Se eu estivesse de biquíni, óbvio que eu tomaria um banho de mar, mas com essa roupa, de jeito nenhum.

– Tudo bem, sua fresca - Eu falei, jogando um pouco de areia nela.

– Não começa, Clove - Disse Annie, limpando a areia dos braços.

Eu dei uma risada, larguei minha água de côco em uma mesa próxima e fui correndo para o mar. Me joguei no mar com a roupa que eu estava mesmo e fiquei um bom tempo lá só boiando e aproveitando. No momento em que eu resolvi olhar para a areia vi uma cena bem estranha. Annie estava correndo a toda velocidade e quando chegou perto, se atirou no mar. Ela veio nadando até mim e quando chegou, eu disse:

– O que aconteceu? Você disse que de jeito nenhum ia entrar no mar com essa roupa.

– Eu fui obrigada a entrar no mar - Disse Annie, parecendo muito assustada.

– Tá, isso eu já entendi - Eu falei - Agora eu quero saber o que realmente aconteceu.

– Eu... Eu vi eles de novo, Clove - Annie disse - Agora eu tenho certeza que eram eles. O Lee e o Jake.

Bem, Annie achou ter visto os dois garotos no hotel na noite anterior. Até aquele momento eu achava que ela havia visto dois garotos parecidos com o Jake e o Lee (os garotos que nos perseguiam desde a confusão com Piper no ano passado), mas ela havia acabado de ver os dois de novo em plena luz do dia, não podia ser dois garotos parecidos com eles. Só podia ser os dois. Agora como eles foram parar no Brasil, eu não tinha ideia.

– Era só o que me faltava agora - Eu falei - De novo esses dois vão atrapalhar a nossa viagem.

– Eles são loucos - Annie disse - Eles não podem ter vindo para o Brasil só por nossa causa.

– Eu espero que não mesmo - Eu disse - O pior de tudo é que eles devem estar no nosso hotel.

– E o que a gente faz agora, Clove? - Perguntou Annie, apreensiva.

– Eu sei que vai parecer uma ideia estúpida, mas nós precisamos falar com eles - Eu falei.

– Eu realmente achei essa ideia estúpida - Annie disse.

– Mas é o único jeito, nós vamos ficar aqui até sábado é uma hora a gente vai achá-los - Eu disse - Eu acho que a gente precisa conversar com os dois primeiro sozinhas, não com o Cato e o Finnick junto.

– Ok, você tem razão - Concordou Annie - Mas essa conversa tem que ser o mais breve possível.

– Claro, nós vamos atrás deles agora mesmo - Eu disse.

. . .

Até o momento eu não estava conseguindo acreditar que Lee Fletcher e Jake Mason estavam no Brasil, mas foi então que eu vi os dois sentados em um bar no calçadão e minha ficha caiu de verdade.

– Vamos lá, Annie - Eu falei, puxando Annie comigo e a levando até os dois garotos.

Nós chegamos até a mesa onde os dois estavam sentados e ficamos paradas ali até eles nos notarem. Para minha surpresa, os dois garotos pareceram se surpreender com a nossa chegada repentina.

– Vocês aqui? - Lee falou.

– A gente que deve perguntar isso, né? - Eu disse.

– Por quê, baixinha? - Jake perguntou - Nós estamos morando e trabalhando aqui agora. O que exatamente vocês estão fazendo aqui?

– Viagem de formatura - Respondeu Annie.

– Quando for a formatura de vocês, é claro que vocês irão nos convidar, né? - Disse Lee, com um sorriso provocador no rosto.

Eu e Annie nós olhamos e revíramos os olhos.

– Vocês podem não estar acreditando na gente, mas nós estamos falando a verdade - Jake disse - Depois de toda aquela confusão por causa de vocês, nós tivemos que nos mudar e achamos o Brasil um bom lugar de se viver e aqui estamos nós, longe de confusões e trabalhando seriamente.

– Duvido - Murmurei.

–Pode duvidar, baixinha, mas nós estamos falando a verdade - Jake falou.

– É muita coincidência - Disse Annie.

– Pois é, parece que nós precisávamos nos reencontrar - Lee disse.

– O que vocês estavam fazendo no hotel ontem à noite? - Eu perguntei.

– Nós trabalhamos lá à noite - Jake disse - Assim como vocês nos viram ontem, tem grande probabilidade de nos verem hoje à noite também.

– Ótimo - Eu ironizei.

– Agora, só por perguntar mesmo - Lee Fletcher começou - Vocês ainda namoram aquela dupla dinâmica de loiros?

– Se você quis dizer aqueles loiros lindos e maravilhosos, sim, elas namoram!

Eu e Annie olhamos para trás e vimos as duas pessoas que menos poderiam estar ali naquele momento. Cato e Finnick.

– O que eles estão fazendo aqui? - Cato perguntou dessa vez. Quem havia falado antes foi Finnick.

– Eles moram aqui no Brasil agora - Eu respondi.

– Então é verdade. Você realmente tinha visto os dois ontem - Finnick disse para Annie e ela concordou com um movimento de cabeça.

– Finnick, lembra o que você disse ontem sobre o que faria se encontrasse os dois de novo? - Falou Cato.

– Claro que eu lembro, nunca esqueço quando digo que vou dar uma cura em alguém - Falou Finnick.

Então Finnick e Cato começaram a ir para cima dos garotos, mas eu e Annie ficamos no meio antes que pudesse acontecer qualquer briga.

– Não há necessidade disso! - Falou Annie olhando diretamente para Finnick - Vamos para o hotel e deixem esses dois para lá.

– Difícil deixar esses dois para lá depois de tudo o que fizeram - Cato respondeu - Ainda mais agora que estão aqui na mesma cidade que a gente.

– Nós não vamos mais cruzar com eles - Eu disse.

– E se cruzarmos eles não irão fazer nada também - Annie disse.

– Óbvio que nós não vamos fazer nada - Lee Fletcher disse, mas estava ainda com aquele mesmo sorriso provocador no rosto.

– É, podemos até nos deparar com vocês por aí, mas nada vai acontecer - Jake disse.

– Acho ótimo - Cato falou - Até porque vocês já sabem...

– Chega de ameaças, né? Nós não fizemos nada e vocês já querem arranjar confusão - Lee falou.

– É, vamos embora - Annie disse, empurrando Finnick.

Eu dei uma última olhada nos garotos antes de sair dali. Apesar de parecerem um pouco mudados eu ainda não confiava neles, ou seja, meus olhos teriam que ficar bem abertos enquanto aqueles garotos estivessem por perto.

POV Thalia Grace

Já era o final da tarde e Haymitch sugeriu um passeio para todos nós. Pegamos o ônibus e fomos até o farol da barra, um ponto turístico muito conhecido na Bahia. Quando chegamos lá, caminhamos um pouco e logo depois nos sentamos para assistir ao pôr do sol, que diziam que era lindo de assistir lá.

Naquela hora, todos que estavam namorando se deram as mãos ou apenas ficaram abraçados vendo ao pôr do sol. Conclusão, quem estava solteiro ou não namorava alguém que estava ali, estava se sentindo meio sozinho naquele momento. Ou tinha outros casos, como o de Drew e Christina, que ficavam olhando para alguns casais específicos com uma cara feia.

Eu estava me sentindo muito bem, até porque meu namorado estava ali comigo e nós assistimos ao pôr do sol juntos.

– É muito bom estar aqui com você - Disse Luke.

– Concordo, também estou achando bom ficar aqui com você - Eu falei.

Felizmente Luke sabia como eu era, então não esperava que eu falasse mil coisa românticas para ele enquanto víamos o pôr do sol. Apenas ficamos ali abraçados e quietos enquanto o sol se punha e mesmo sem dizer nada, Luke sabia o quanto ele era especial para mim e o quanto aquele momento era bom. Assim, nós aproveitamos o momento até não poder mais, ou seja, até o sol desaparecer e dar lugar à noite.