Valentina escrita por Mel


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Gostaria de dar as boas vindas a uma nova leitora: Helen - "Espero que continue acompanhado a estória, amei o comentário.

No mais, comentem muito, adoro ler todos os comentários.
Beijos



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Capitulo - 4

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Pov. Edward

Já se passava das onze horas da manhã e eu não havia conseguido sair do hospital, devido algumas emergências, liguei para Alice para que pudesse buscar minha pequena na escola.

– Dr. Cullen, favor comparecer a emergência! – Gritava o alto-falante. Hoje com certeza eu não chegaria cedo em casa.

Corri até a emergência, parando somente quando vi umas das enfermeiras com uma prancheta na mão que foi logo me colocando a par da situação.

– É uma menina, tem mais ou menos cinco anos e vários hematomas por todo o corpo. Está sozinha e chora muito...

– Onde ela está? – falei interrompendo-a

– Leito A – Assim que ela respondeu, corri para onde a menina estava... Ao colocar os meus olhos levei um grande susto, a criança tinha marcas roxas por todo o corpo, sendo evidente ter sido feito por um adulto. Entre soluços eu pude ver as lagrimas descendo.

– Como pode ter pessoas tão ruins no mundo. – Sem que eu percebesse já tinha falado – Se eu pego uma pessoas dessas acabo com ela, sem pensar duas vezes...

– Ela está sem identificação... - Falava a enfermeira, mas eu não me preocupei com isso de inicio.

– Bom dia meu anjinho, não precisa se preocupar nós vamos cuidar de você... Eu posso olhar seus machucados? Prometo que não vai doer nadinha.

Ela não respondeu, parou de soluçar, mas as lágrimas continuavam a descer, se limitando apenas a balançar a cabeça dizendo que sim. Comecei tirando-lhe a roupa para que eu pudesse olhar melhor todos os machucados, o que eu mais temia aconteceu... Só de encostar a menina gemia de dor.

Apesar de tudo que ela havia sofrido, dei graças a Deus por ela não sido violentada.

Pedi que chamassem a policia locar para tomar as devidas providências, a pessoa que fez isso deveria pagar e se possível da forma mais severa de todas.

Infelizmente não conseguiram descobrir nada sobre a menina, mas continuariam tentando, enquanto isso ela seria levada para um abrigo onde permaneceria até que tudo se resolvesse e caso não encontrassem nenhum parente que tivesse como cria-la, entraria para lista de espera para a adoção.

Depois de um dia longo e cansativo o que eu mais queria era chegar em casa e poder abraçar com todas as forças a minha pequena, saber que ninguém nunca mais a faria mal.

[..]

Chegando em casa, tomei meu banho e fui direto para o quarto da minha pequena.

– Valentina? ... Pequena? Onde você está? – Adentrei ao quarto chamando-a

– Estou no banheiro paizinho, um minuto...

– Anda logo, o pai vai explodir de tanta saudade. – Gritei

– Não... Não... O senhor não pode explodir... Se não eu fico sem papai e sem mamãe... – Gritava vindo em minha direção, pulando no meu colo e me abraçando forte.

– Eu estava brincando Valentina, eu não vou explodir. Além do mais você tem sua Tia, sua avó e tenho certeza que elas te amam muito.

– Eu as amo mais que tudo na vida, mas elas não são minha mãe, papai! – Disse com olhos cheios de água. – Porque o senhor não me conta o que aconteceu com minha mãezinha... Ela morreu? Me conta papai eu não ficar triste, Prometo! Mas eu preciso saber... Não sou mais criança!

– Você ainda é meu bebe - Falei dando-lhe muitos beijos, vendo que ela continua a me olhar séria, percebi que eu não tinha escapatória - Não sei se devo meu anjo, é complicado! – Falei vencido

– Eu tenho sete anos... Sou grande... Por Favor! Eu imploro!

– Independente do que eu te disser, lembre-se sempre meu anjo... Eu te amo mais que tudo nesta vida e daria minha vida por você se fosse necessário. – Falei olhando-a nos olhos

– Eu também te amo... O senhor é a pessoa mais importante da minha vida.

– Antes quero lhe dizer uma coisa muito importante... Terá que prestar bastante atenção! – Não sabia de onde eu tiraria coragem para dizer o que eu pretendia, mas ela tem o direito de saber... Rezei em pensamento para estar fazendo a coisa certa.

– Estou prestando atenção, pode falar.

– O que eu tenho para dizer é que... Algumas crianças são... – Como eu podia falar isso – Algumas crianças têm pais biológicos, ou seja, a mamãe e o papai tem o mesmo tipo sanguíneo da criança, o sangue é igual... Está entendendo? – Perguntei para saber se ela estava me acompanhado.

– Sim, pode continuar papai...

– Outras crianças têm mamães e papais do coração...

– Essa parte eu não entendi, como assim papai?

– Quando algum ama demais uma criança, eles passam a serem pais dela, caso os pais biológicos não possam cuidar, ou tem problemas... É claro que eles nunca deixam de amar seus filhos, só deixam outras pessoas cuidarem, para que a criança possa ser bem cuidada. Entendeu? - Falei

– Entendi tudinho... Só não entendi o que isso tem a ver com a minha ... – De repente ela percebeu onde é que eu queria chegar – Eu sou sua filha do coração!? – Falou com olhinhos marejados – Quer dizer que o senhor me ama muitão, né?

– Você realmente entendeu direitinho meu anjo... Você é minha filha do coração. – Respirei aliviado pela conclusão que ela chegou.

– Mas então quer dizer que eu tenho mais um papai e mais uma mamãe não é? – É claro que ela chegaria a essa conclusão também...

– Não tenho certeza... – Respondi sincero

– Você não sabe? – Perguntou

– Não, eu não os conheci meu anjo... – Era tão bom poder responder as perguntas dela, sem medo.

– Sabia que eu gostei muito da minha professora? – Falou me assustando, por de repente ter mudado de assunto, como se nada tivesse acontecido.

– Que bom! E como ela se chama? – Perguntei

– Irmã Isabella, ela é muito legal e pediu que fizéssemos uma redação sobre o que nós fizemos nas férias... – Ao ouvir o nome da irmã, me lembrei da sensação ao tocar sua mão hoje mais cedo, fui tirado dos meus devaneios por Valentina... – Eu escrevi que nós fizemos uma super festa de aniversário e que nós passeamos quase todos os dias.

– Sério... Depois eu quero ver! ... Mas agora é melhor descermos para o jantar – Finalizei

– Agora que o senhor falou, me deu uma fome... – Comecei a rir dela revirando os olhos.

Descemos as escadas que dava acesso a sala de jantar, como eu suspeitava todos já estavam reunidos em volta da mesa.

– Que bom que chegaram... Vão começar a servir o jantar agora mesmo – Disse minha mãe com uma voz angelical

– Eu estou com muita fome vovó... – Falou Valentina sentando-se em seu lugar a mesa.

– Tia Alice, sabia que eu não sou filha biológica e sim do coração...

Todos engasgaram ao ouvir a declaração da menina, assustados olharam em minha direção em busca de uma explicação.

– O que foi gente? Tenho uma filha genial – Falei rindo

– Quando contou a ela – Perguntou Alice – como teve coragem?

– Acabei de contar... Não se preocupem que a menina está bem, entendeu tudo direitinho, não é filha?

– Sim, meu papai explicou tudo direitinho e é por isso que eu ainda não tenho mamãe, e quando ele se casar eu vou ter uma mãe do coração...

– Genial mesmo! – Concordou meu pai, rindo da minha cara de incredulidade.

– Sabe se tem alguém vista, Valentina? – Perguntou minha irmã, querendo achar coisa onde não tem.

– Enquanto descia as escadas, arquitetei tudo na minha cabecinha... Quero que seja a irmã Isabella...

Dessa vez quem ficou engasgado fui eu...


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Notas finais do capítulo

Mereço comentários?
Alguém tem ideias sobre o que pode vir nos próximos capítulos?
Beijos e até breve amores...