[Dramione] - Revelações escrita por Mione Malfoy


Capítulo 5
Após a queda


Notas iniciais do capítulo

Gente, vocês são simplesmente demais. Não sabem o quanto vocês tem me deixado feliz. Hoje novamente #chorei de emoção quando vim olhar e tinha uma linda recomendação da fofa da Nessinha Snape.
Não tenho como agradecer pelos 10 comentários, 21 leitores que acompanham, aos 4 favoritos e as 2 recomendações. Só temos 4 capítulos de fic ainda *-*
Só posso dizer que vou me esforçar sempre pra trazer pra vocês uma história melhor. Obg



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Após a queda

POV HERMIONE GRANGER

Harry e Voldemort estavam cara a cara, haviam alunos, professores e comensais todos em volta haviam parado e apenas observavam a cena que se desenrolava, Harry e Voldemort conversavam enquanto se preparavam para duelar. Harry falava sobre a Varinha das Varinhas, sobre quem seria seu verdadeiro dono, ouvi ele dizer o nome de Draco e instintivamente meus olhos percorreram a multidão procurando os olhos cinzas e o cabelo loiro. O vi em um canto, assustado, Lúcio e Narcisa ao seu lado, o abraçando como se tentassem protege-lo caso Voldemort resolvesse se virar contra ele. Quis correr para perto deles, mas ouvi Harry dizendo que era o legítimo dono da Varinha das Varinhas, que ele havia derrotado Malfoy na mansão e então aconteceu. Harry e Voldemort levantaram suas varinhas ao mesmo tempo, os brilhos verde e vermelho se encontraram e por um momento ficaram se chocando exatamente a meio caminho tanto de Harry quanto de Voldemort. Então o brilho verde da maldição começou a perder a força e o brilho vermelho do feitiço de Harry começou a correr até alcançar a varinha de Voldemort e fazê-la voar de sua mão, ao mesmo tempo o brilho verde ricocheteou e atingiu em cheio aquele que o havia conjurado. Voldemort caiu, morto enquanto vivas e urros explodiam a minha volta. Comensais começaram a fugir e alguns apenas deixaram cair as varinhas se rendendo.

Saí correndo até o lugar onde eu tinha avistado Draco e sua família, mas eles não estavam mais lá. Eles deviam ter fugido não é? Lúcio e Draco eram comensais, Narcisa havia cedido a Mansão Malfoy como base para Comensais da Morte. Se fossem pegos seriam condenados a anos e anos em Azkaban. Caí no chão, não poderia ser assim, não... eu não deixaria que o prendessem. Ele era inocente, Draco era inocente, ele não faria aquilo por vontade própria, eu sabia disso, eu sabia. Sabia que no fundo Draco não era má pessoa, eu o amava. E eu o defenderia, mesmo que ele não me amasse de verdade eu o ajudaria.

Derrotada, me juntei aos outros. Eu não tinha o direito de estragar a felicidade de todos. E afinal eu também deveria estar um pouco feliz, afinal Draco agora não precisava mais fingir ser o que não era, e eu já havia decidido que o ajudaria. Sentei-me ao lado de Rony e esperamos que Harry viesse nos buscar. De alguma forma sabíamos que isso aconteceria.

Não demorou muito até que ele viesse ao nosso encontro e juntos fôssemos até a sala do diretor. Não foi algo combinado, nós apenas saímos andando pelo castelo até parar ali. Subimos e conversamos com o quadro de Dumbledore e então quando saímos, Harry com ambas suas varinhas na mão, nos dirigimos até o túmulo onde jazia o corpo do falecido diretor.

POV DRACO MALFOY

Meus pais me abraçavam enquanto Harry Potter e o Lord se encaravam, varinhas erguidas em punho mas nenhuma magia era desprendida. Eles apenas conversavam, ambos prontos para se defender de qualquer que fosse o ataque. Então Potter começou a falar algo sobre uma tal Varinha das Varinhas dizendo que o Lord jamais teria sua fidelidade pois o mestre da varinha era ele próprio pois havia me derrotado na Mansão Malfoy.

Senti minha mãe me agarrar com mais força e meu pai se colocar um pouco mais a nossa frente, me soltei um pouco para poder ver o que estava acontecendo quando do nada os brilhos vermelho e verde se chocaram. Potter e o Lord duelavam e então o feitiço verde ricocheteou e acertou o peito do homem que o havia lançado. O Lord morrera.

Olhei em volta e vi os comensais fugindo, alguns simplesmente caíram de joelhos se rendendo. Minha mãe parecia pronta a se render quando meu pai a puxou.

– Narcisa, precisamos sair daqui.

– Mas Lúcio, não precisamos mais fugir. O Lord está morto.

– Acha mesmo que porque o Lord está morto nós estamos a salvo?

– É claro que sim, Lúcio tudo o que fizemos foi porque fomos obrigados e chantageados. Nem eu nem você sozinhos tínhamos como resistir as forças dele. E precisávamos defender nosso filho!

– Eles não vão acreditar nisso Cissa. E eu sempre fui fiel ao Lord, não fiz nada que não quisesse fazer.

– Como tem coragem de dizer isso? Você quase morreu por causa de Voldemort. Mais de uma vez!

– Eu fui fraco, mereci ser punido. Cissa...

O som do tapa dado por minha mãe deixou meu pai atordoado.

– Faça o que quiser Lúcio. Nosso casamento acaba aqui. Jamais chegue perto de mim ou do meu filho de novo. Tudo que você trouxe para nossa família foi vergonha. Vá embora, fuja. Mas eu ficarei aqui.

Meu pai fez menção de quem iria devolver o tapa então me meti na frente.

– Não vai encostar um dedo nela. Vá embora se é o que quer. Eu já decidi ficar e se tiver que ser preso eu serei. Não vou fugir pai, não vou ser mais um covarde. Fiz muita coisa errada na vida por sua causa, mas estou disposto a pagar por tudo que fiz. Agora vá embora.

Sem esperar a reação dele apenas puxei minha mãe e me dirigi ao castelo. Madame Pomfrey atendia os feridos e eu ainda não estava cem porcento do ocorrido na Sala Precisa. Meus enjoos iam e voltavam e eu senti novamente a cabeça rodar, assim que a enfermeira me viu correu a me ajudar a deitar em uma maca improvisada. Senti novamente que iria desmaiar, mas dessa vez não me forcei a ficar e apenas escorreguei para o vazio da inconsciência.

***

Acordei algumas horas depois, minha mãe estava sentada próxima a minha maca improvisada com o rosto preocupado. Um homem negro que reconheci como sendo Kingsley Shacklebolt, membro da Ordem da Fênix, estava em pé ao seu lado.

– Olá jovem Malfoy.

– Oi. – tentei levantar mas a tontura se fez novamente presente. – Droga.

– Vá devagar garoto. Você parece que sofreu uma leve intoxicação por inalação de fumaça e parece que já andou se esforçando demais por hoje.

– Sei. Vá direto ao ponto ok? O que é que você quer?

– Nesse momento eu sou o novo Ministro da Magia, e creio que isso em seu braço é uma Marca Negra não?

– Pensei que fossem os aurores quem fizessem as prisões.

– Não perde a ironia não é?

– Draco meu filho, tente se comportar.

– Ouça sua mãe, ela sabe o que diz. – Ele fez uma pausa constrangedora – Bem, como você mesmo disse, são aurores que fazem as prisões, acontece que nosso efetivo maior está em busca dos comensais que fugiram. Eu estava contando a sua mãe que seu pai foi preso ainda em Hogsmead. Aparentemente ele não possuía uma varinha, o que o impediu de fazer uma aparatação. – outra pausa – Como vocês dois não fugiram vão poder esperar o julgamento em prisão domiciliar. Porém, os bens de sua família estão sendo congelados e vocês não poderão mexer no dinheiro nem nas propriedades. A Mansão já foi revistada e liberada para que vocês dois possam voltar. As visitas serão permitidas mas terão que ser informadas e controladas e é claro, limitadas. Creio que ambos estão sem varinhas. – Minha mãe acenou positivamente – Serão providenciadas assim que o Sr. Olivaras estiver em condições, mas só lhe serão entregues após seu julgamento. Sra. Malfoy, você e seu filho serão escoltados até sua casa ainda hoje. Creio que por enquanto é só.

– Obrigada Ministro.

– Não há de quê madame, agora se me permitem, ainda tenho outros assuntos a tratar.

Se retirou e foi em direção de Arthur Weasley, que estava cercado por toda a família chorando a morte de algum dos gêmeos. Potter e Hermione também estavam lá. Tentei me sentar novamente e fui impedido pelas mãos suaves de minha mãe.

– Draco não se esforce demais.

– Há quanto tempo eu estou aqui?

– Você ficou inconsciente e madame Pomfrey começou seus cuidados imediatamente, eu estava preocupada mas ela disse que você ficaria bem. Creio que ela tenha lhe dado alguma poção para dormir, você ficou apagado por quase cinco horas, estamos no meio da tarde.

– Cinco horas? Para mim parece que foi mais uma semana.

– É, a poção tem esses efeitos. Ainda se sente mal? Posso chamar Pomona se você quiser.

– Não mãe. Tudo que eu quero agora é ir para casa.

A enfermeira fez os últimos exames antes de me liberar enquanto minha mãe foi falar com os aurores que nos levariam em aparatação acompanhada para casa. Durante todo esse tempo eu ainda não havia tirado os olhos de Hermione, ela continuava junto dos Weasleys, abraçada com Ronald, lhe consolando. Aquilo me enchia de fúria, eu sabia que não tinha direito nenhum sobre ela, e sabia que ela o amava, mas ainda assim o ciúme me corroía por dentro. Não aguentando mais me torturar dei uma última olhada em Hermione que pareceu notar minha atenção e me encarou de volta. Virei o rosto imediatamente e chamei minha mãe, eu definitivamente precisava ir para casa.

POV HERMIONE GRANGER

Harry deixou que a Varinha das Varinhas repousasse no túmulo de mármore branco junto de seu antigo dono enquanto nos contava de seus planos para limpar a imagem de Severo Snape. Ron e eu obviamente concordamos de imediato em ajudá-lo.

Depois de algumas horas resolvemos voltar para o castelo, a luta podia ter acabado mas era agora que começava a parte mais difícil. Muitos haviam morrido lutando contra Voldemort, por uma paz que até pouco tempo atrás a grande maioria achava impossível. Era a hora de chorar nossos mortos e nos preparar para começar a reconstruir nossas vidas.

Assim que adentramos os escombros onde antigamente o salão principal ficava percebemos o quanto realmente havíamos perdido. Quinze haviam morrido durante a batalha e centenas estavam feridos. Os corpos dos mortos estavam onde antes ficava a mesa dos professores, um local que todos consideraram ser de honra. A toda volta madame Pomfrey e as enfermeiras trazidas do St. Mungus cuidavam dos feridos que estavam espalhados no salão. Desviei o olhar novamente para os mortos, a família Weasley estava em prantos rodeando o corpo de Fred. Percebi, para meu espanto, que Harry e Ron já estavam se dirigindo para lá e me pus a caminho.

Harry abraçava Gina tentando consolá-la enquanto ele mesmo chorava a morte de Lupin e Tonks. Lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto, pensar em todas as vidas perdidas me doía. Fred que nunca mais faria nenhuma travessura, que jamais veria a Gemialidades Weasley virar a maior loja de logros e superar a Zonko’s. Tonks e Lupin que jamais ouviriam as primeiras palavras do pequeno Ted, jamais o veriam dar o primeiro passo, voar na vassoura, jogar quadribol, entrar em Hogwarts. Até Colin Creevey, que não poderia mais ser fotógrafo do Profeta. Tantos sonhos perdidos.

Me aproximei de Ron que chorava copiosamente junto de Percy. Assim que me viu ele pareceu desmoronar, corri a abraçá-lo tentando consolar aquele que era um dos meus melhores amigos. Fiquei muito tempo ali chorando e abraçando Rony até que meus olhos começaram a percorrer as fileiras de macas improvisadas para os feridos. Meus pensamentos começaram a voar para Draco, me perguntando onde ele estaria a essa altura e se estaria bem.

Notei uma espécie de comitiva entrar e ir até onde Minerva estava recebendo cuidados. Kingsley Shacklebolt veio acompanhado de pelo menos seis aurores e olhava em volta enquanto conversava com a diretora, como se procurasse alguém específico. Vi McGonagall apontar um canto do salão destruído e Kingsley se dirigir para lá sozinho. Meu olhar o seguiu até avistar uma mulher com uma vasta cabeleira loiro-prateada sentada à beira de uma maca.

Senti o coração saltar e involuntariamente voltei minha atenção ao ruivo abraçado em mim com medo de que ele tivesse notado minha alteração. Ron não deu nenhum sinal de que percebera algo estranho então voltei meus olhos novamente ao ponto onde Kingsley se encontrava conversando com Draco Malfoy.

Ele parecia abatido, nem ao menos tinha se sentado na maca para conversar com Kin, Narcisa Malfoy a todo momento fazia sinais afirmativos com a cabeça, como que concordando com tudo que era dito. Assim que se afastou Kinsgley veio em nossa direção e foi direto falar com o Sr. Weasley.

– Arthur. – disse abraçando o homem a sua frente. – Sinto muito por sua perda. Me desculpe meu amigo, me sinto pessoalmente culpado por isso, os gêmeos estavam comigo e eu...

– Não foi sua culpa Kingsley - Percy o interrompeu - Pio e um outro comensal qualquer começaram a nos atacar e Fred e eu nos afastamos de vocês. Era minha responsabilidade proteger meu irmão mas eu estava ocupado demais fazendo brincadeiras enquanto duelávamos contra eles. Se eu tivesse levado mais a sério Fred ainda estaria aqui.

– Percy, não diga isso. Seu irmão era maior de idade e todos nós sabíamos dos riscos envolvidos. Foi uma fatalidade, ele não morreu no duelo, e não há nada que você pudesse fazer que tornasse as coisas diferentes. – disse Molly saindo de cima do corpo de Fred e indo abraçar o filho.

– Se existe um culpado esse atende pelo nome de Voldemort, ele é o verdadeiro responsável. Todos nós lutávamos por algo muito maior que nós. Nesse momento tudo que podemos e devemos fazer é apoiar uns aos outros. Nossa família não é a única que está sofrendo.

– Disse bem Arthur. – ele fez uma pausa e prosseguiu – Bem, eu não sei bem que tipo de notícia é essa mas, eu fui nomeado Ministro da Magia. – um burburinho de aprovação foi ouvido e Kingsley continuou – É provisório. Só até tudo se acertar e depois disso é que haverá realmente uma nomeação.

– Não seja bobo Kin. É mais do que óbvio que você vai ser nosso novo Ministro. – disse Harry – Você merece.

– Na verdade acho que é responsabilidade demais. Muita papelada e ter que lidar com o Ministro trouxa. Eu não sei se é isso que quero. Mas vou dar o meu melhor. Se me dão licença preciso voltar ao gabinete para resolver mais algumas coisas.

Disse isso e fez menção de se retirar mas antes que ele o fizesse eu o chamei e disse que precisaria falar com ele depois. Ele concordou e se dirigiu aos aurores que tinham vindo com ele, deu algumas ordens e os aurores seguiram para onde o corpo de Voldemort jazia jogado num canto escuro qualquer. Senti um olhar sobre mim e imediatamente meus olhos correram para o lugar onde Draco estava. Ele desviou o olhar e em seguida levantou-se e seguiu a mãe acompanhado de dois dos aurores que Kingsley havia trazido consigo.

Era bem óbvio que eles seriam presos mas eu esperava de todo o coração que eles não fossem levados para Azkaban. Apesar de os dementadores terem sido banidos, aquele lugar ainda tinha uma aura sombria demais.


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Notas finais do capítulo

É isso meus amores. Capítulo 5, estamos na metade da fic ç.ç
Beijos e até amanhã.



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