[Dramione] - Revelações escrita por Mione Malfoy


Capítulo 2
Confusão de sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo não foi betado ainda. Mas juro que tentei corrigir o máximo possível qualquer erro. Se deixei passar algo por favor avisem.
Espero que gostem. Enjoy!



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Confusão de sentimentos

Hermione presta atenção porque eu só vou dizer uma vez e provavelmente vou me arrepender disso depois então... – uma pausa – Eu... Bem, eu não sei como dizer isso. Olha a última coisa que quero é que você se machuque, eu não me perdoaria se algo lhe acontecesse essa noite. Eu preciso que você esteja segura. Volte pra sua comunal e leve aquele Weasley com você se isso te fizer feliz, mas se proteja. Por favor.

Aquilo martelava e martelava em minha cabeça. Harry realmente tinha razão, Draco Malfoy havia se tornado um Comensal da Morte. Não restavam dúvidas depois das coisas que ele havia me dito. Mas era essa última parte que não saía da minha cabeça. Ele se importava comigo? Porque? Ele que sempre me ofendia quando tinha oportunidade, que sempre me humilhava e fazia de tudo pra me fazer chorar, ele que sempre humilhou meus amigos.

Assim que ele me disse essas palavras simplesmente desapareceu atrás de uma parede e eu fui incapaz de segui-lo, apenas fiquei ali, parada com o peso daquela que pareceu ser uma confissão. Aquilo me deixaria muito menos perturbada se meus sentimentos com relação a ele fossem realmente de ódio. Afinal que pessoa em sã consciência se apaixona por alguém que só lhe machuca?

Eu sempre achei que havia algo de bom nele, eu via a maneira que ele agia e sabia que ele não era daquele jeito, ele fazia o que os outros achavam que ele devia fazer. E então ao longo desse ano eu o vi, abatido, sofrendo, cada vez mais pálido e parecendo doente. Eu o via entrando no banheiro do terceiro andar, ou do sexto, ou qualquer outro e só sair de lá horas depois com os olhos vermelhos pelo choro. Então comecei a me preocupar com ele e fiquei terrivelmente confusa com tudo que eu andava sentindo. Eu me importava com ele de uma forma que eu jamais havia sentido. Mas não podia ser nada não é? Afinal eu era apaixonada pelo Ronald, e sofri muito e chorei pelo fato de ele ter começado a sair com Lilá Brown.

Mas fui percebendo que ao mesmo tempo em que eu chorava meus sentimentos por Ron mudavam, até perceber que não sentia mais nada por ele. E perceber ainda mais que toda a angústia que eu sentia não era pelo que eu achava sentir pelo meu amigo e sim por não poder ficar perto do garoto que, ironicamente, sempre me tratou mal. Eu queria saber o que acontecia com ele, porque ele parecia tão abatido, o que estava deixando ele daquele jeito e eu queria poder estar do seu lado, ajudar e poder tirar todo aquele peso que ele parecia carregar de cima de seus ombros.

Sem perceber eu realmente havia me apaixonado por Draco Malfoy. Mas o que meus amigos diriam não é? Sofri por ele em silêncio e a cada vez em que Harry me pegava chorando pelos cantos eu fingia ser por culpa do Ron. Quando Ron me pegava triste eu apenas disfarçava ou então inventava alguma coisa com relação à caçada de Harry. E Harry cada dia ficava mais e mais obcecado com o que Draco andava fazendo e eu tentava de todas as formas fazer com que ele simplesmente esquecesse e o deixasse em paz. E me sentia culpada por tentar proteger alguém que nem ao menos sentia o mesmo que eu ao invés de ajudar meu melhor amigo, mas eu simplesmente não tinha o controle. Eu só sabia que não deixaria ninguém fazer mal a ele, nem mesmo Harry.

No dia em que Harry e Draco duelaram no banheiro eu entrei em pânico, chorei por horas sem que ninguém me visse e só parei porque precisava saber como ele estava. Tentei parecer o mais natural possível perto de Rony e Harry e secretamente visitava Draco na enfermaria durante a madrugada, tomando cuidado pra que madame Pomfrey não me pegasse, até ele estar bem pra sair de lá. Levei muito tempo pra me recuperar do susto de quase perdê-lo, e intimamente odiei Harry por um tempo. Demorou pra que as coisas realmente voltassem ao normal, mas eu nunca deixei que os outros percebessem tudo isso.

Então quando Harry disse que sairia do castelo com Dumbledore e que deveríamos ficar de olho em Malfoy e Snape eu prontamente quis ficar com o mapa e seguir o garoto de olhos cinzas, quis mantê-lo seguro de Harry que tanto implicava com ele o acusando de ter virado um Comensal, eu queria provar que eles estavam errados, mas Ron simplesmente me proibiu. Ele tomou o mapa e me pediu que convocasse os antigos membros da AD. Eu quis ficar na Sala Precisa esperando que ele saísse e fui novamente barrada, Ron me queria em segurança e me mandou vigiar o escritório do Snape enquanto os outros esperavam que Malfoy saísse da Sala com sabe-se lá quem ou que mais.

E então ele havia aparecido ali e dito aquelas coisas, meu coração havia saltado no peito, quase querendo sair pela boca enquanto eu ouvia as palavras, tive vontade de chorar, tive vontade de bater nele. Afinal como era possível que ele tivesse descoberto o que eu sentia? E agora ele vinha zombar de mim pelos meus sentimentos brincando comigo daquele jeito? Eu não podia deixar, mas ele chorava enquanto dizia as palavras. Era possível que fosse mesmo verdade? Ele realmente sentia algo por mim? Senti ele beijar minha testa e desaparecer e então aqui estava eu, pensando e repensando em tudo de novo e de novo tentando ver sentido ao que acabara de acontecer.

Draco, você não pode morrer, você não vai morrer enquanto não esclarecer tudo isso. Eu amo você, por favor não me deixe.

Fui despertada de meus devaneios quando um afobado Flitwick passou por mim sem me notar e entrou correndo no escritório do Prof. Snape deixando a porta entreaberta me permitindo ouvir a conversa.

– Severo pelo amor de Merlin, precisamos de sua ajuda!

– Calma Fílio, o que houve?

– Comensais, Comensais da Morte... no castelo... eles... eles estão lá em cima, na torre... Astronomia. Severo você precisa ajudar.

Ouvi um barulho surdo e então um baque, ia tentar espiar pela abertura da porta quando Snape saiu de lá correndo e percebeu minha presença.

– O que faz aqui Granger?

– Eu... professor... eles...

– Precisam de ajuda, eu já sei. Fílio desmaiou em meu escritório, acho que deve ter sido a agitação, aproveite que está aqui e faça algo útil Granger. Cuide do professor Flitwick até que ele acorde.

Então ele simplesmente virou-se e correu pelo corredor com sua capa preta esvoaçando às suas costas. Entrei no escritório e vi o Prof. Flitwick deitado no chão com uma almofada apoiando sua cabeça. Não era a primeira vez que eu entrava ali, mas era a primeira vez que eu tinha permissão. Dei-me ao luxo de me sentar em uma cadeira próxima e fiquei a espera de que o professor acordasse. Não esperava companhia tão cedo quando ouvi alguém correndo pelo corredor, abri a porta e quase esbarrei com Luna.

– Hermione, por deus, o que aconteceu?

– O Prof. Flitwick desmaiou e Snape me deixou aqui cuidando dele enquanto subiu pra ir ajudar o restante da Ordem.

– Não, não. Não isso. Rony disse ter visto Malfoy aparecer no mapa exatamente do seu lado. Como se ele tivesse entrado na sala e ela o tivesse transportado pra cá.

– Ele apareceu aqui. Também não entendi como ele fez isso. Pensei que ele estivesse na Sala Precisa, ele sumiu do mapa não foi? Rony e eu tínhamos certeza de que ele havia entrado na Sala. Chamamos vocês por causa das instruções do Harry, ele pediu que ficássemos de olho nele e no Snape, por isso eu desci. Quando vi o Draco aqui fiquei sem entender nada, e então ele desapareceu.

– Ele não disse nada pra você? Rony ficou preocupado quando viu o nome dele aparecer do nada exatamente do seu lado e me mandou correr pra cá. Nós estávamos tão longe... Nunca devíamos ter deixado você descer sozinha, eu devia ter vindo ficar com você.

– Oh Luna. Não se preocupe comigo, eu estou bem. Vê? – dei uma volta pra que ela visse que eu estava bem – Já o Flitwick é que não está nada bem. Viu o Snape subindo?

– Devo ter passado por ele sem perceber. Eu usei algumas das passagens pra ver se conseguia descer mais rápido.

– Anda, vamos cuidar do professor.

Entrei com Luna no escritório e a deixei de olho em Flitwick. Sem querer voltei a pensar em tudo que havia acontecido. Definitivamente eu merecia uma explicação. Como ele ousava me dizer aquelas coisas, daquele jeito e simplesmente desaparecer. E muito provavelmente agora ele devia estar no meio da batalha na torre lutando ao lado de seus amigos Comensais e tudo isso pra que? O que ele ganharia deixando Comensais entrarem em Hogwarts? Será que eles pensavam que seria fácil tomar a escola com Dumbledore fora? E porque Draco estava fazendo tudo aquilo?

Então veio a compreensão. Ele não tinha escolha. Ele não havia escolhido fazer aquilo, ele não queria, por isso sofria tanto. Ele devia estar sendo obrigado ou ameaçado ou os dois. O pai dele havia estado preso, mas provavelmente usaram a mãe dele pra obrigá-lo a fazer o que queriam. E eles provavelmente o estavam obrigando a fazer algo mais, afinal o colar devia estar destinado a outra pessoa, talvez ele estivesse tentando matar Slughorn pra que Harry não conseguisse a memória. Voldemort deveria ter visto as intenções de Dumbledore através de Harry e por isso mandado Draco tirar o professor do caminho.

Eu não sabia por que pensava em tudo aquilo, só sabia que devia encontrar algo que mostrasse que ele era inocente, que ele havia sido obrigado. Eu sabia que havia algo bom em Draco e eu sabia que o protegeria custasse o que custasse.

Quando Flitwick acordou todos subimos pra ver o que havia acontecido, e encontramos Gui e Neville feridos sendo amparados pelos outros, Minerva mandou que todos fôssemos a ala hospitalar e Gina só perguntava onde estava o Harry. Vi ela descer pra procurá-lo enquanto eu ajudava os outros e Flitwick e saía pra ir ver os alunos de sua casa levando Luna consigo.

E mesmo com toda a bagunça a minha volta eu não conseguia não pensar em Draco. O que tinha acontecido a ele? Será que estava bem? Estaria vivo? Ele tinha realmente fugido com os Comensais? Então Harry chegou acompanhado de Gina dizendo que Dumbledore havia morrido e que Snape o matara. Começamos a lhe contar o que havia acontecido. Percebi que Ron pulara a parte de Draco ter aparecido perto de mim nas masmorras e fiquei atenta a cada vez que o nome dele era citado. Então contei minha parte chorando, era minha culpa Dumbledore ter morrido, eu havia deixado Snape subir. E eu chorava pela culpa e chorava de preocupação com o bem estar do garoto que eu amava. Lupin tentava me acalmar, dizendo que não era minha culpa, mas ainda assim eu chorava. Harry saiu acompanhado de McGonagall e Tonks e Lupin saíram discretamente provavelmente acertarem as coisas entre si.

Então eu também saí e segui pro dormitório feminino. Eu precisava descansar e precisava me acalmar, mas acima de tudo eu precisava dormir. Minha mente era um turbilhão de pensamentos e emoções que se chocavam e se contradiziam.

Nas semanas seguintes eu havia decidido me concentrar apenas nos funerais de Dumbledore e foi o que fiz, evitei ao máximo pensar em Draco e fui tocando minha vida. Conversava com Harry, Ron e Gina e assim ocupava minha mente. Após os funerais Harry nos contara de sua decisão sobre ir à caça das Horcruxes e prontamente Rony e eu juramos que o acompanharíamos aonde quer que ele fosse.

Era a única coisa que eu podia fazer tanto fosse pra ajudar Harry, como pra ajudar Draco. Se Voldemort morresse, Draco seria livre e então nós teríamos uma conversa séria sobre as coisas que ele havia me dito. A única outra coisa que eu podia fazer era rezar, rezar pra que Draco sobrevivesse e que nós conseguíssemos matar Voldemort. Jurei a mim mesma que me concentraria completamente em ajudar Harry nessa busca e era exatamente o que eu iria fazer.


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Notas finais do capítulo

Comentem pessoas por favor.
Eu sei que ficar mendigando reviews não é legal. Mas poxa... Eu já vi 10 pessoas acompanhando a fic e só uma deixou comentário.
Sejam mais participativos, afinal a gente escreve as fics pra vocês que são os leitores. Nem que seja aquele comentário do tipo "amei" pra mim já significa muito.



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