P.o.v Lucas

Alguns dias já tinham se passado desde da última vez que conversei com Sebastian sobre empresa, eu ainda estou pensando em como vou realizar o plano, o Sebastian falou aos acionistas e chefes de alguns setores que eu estou em uma viagem muito importante e que só poderei me comunicar pelas redes sociais e webcam. Eu já pensei em várias formas de entrar na empresa e ninguém saber quem sou eu, mas para conhecer as pessoas eu precisava e manter lá, por isso liguei para Sebastian e perguntei se tinha vagas para trabalho em qualquer setor, mais uma vez ele disse que isso era besteira minha e que não tinha necessidade, mas insisti e ele cedeu...

– Zelador? Serviços Gerais? Como assim?!

– Você quis entrar nessa, não posso fazer nada! Agora se apronte porque você vai começar hoje, de preferência agora, porque ninguém gostaria de um zelador faltar no primeiro dia de trabalho não é? – Ele sempre tinha que me sacanear, fazer alguma zoação comigo! Ainda tive que ouvir risadas pelo celular...

– Não costumo deixar de cumprir as coisas que falo, quando mais desafio melhor! Estou indo.

– Não venha com roupas de marca e importada, está bem?

– Aí ta difícil...

– Eu nem sei porque ainda arranjei isso, se sei muito bem que você gosta de esbanjar, só para agradar as mulheres...

– Você pode mandar bem na empresa, mas admita que eu sempre mandei bem quando o assunto é mulher, a aparência de um homem conta muito...

– Não desvie o assunto, chegue logo e trate de vim com a roupa mais simples do mundo está bem?

– Tudo bem, vou ver aqui, thau. –Tive a ideia de usar as roupas do filho da Lucinda, não que não sejam boas, mas comparadas as minhas para esse tipo de trabalho prefiro a dele.

30min. Depois.

A empresa continuava a mesma coisa, ninguém me conhecia então não me tratavam com regalias, depois que falei que seria o novo zelador piorou ainda, me botaram para chegar na empresa pela porta dos fundos, como era meu primeiro dia e eu sabia, eles toleraram o meu pequeno atraso e a minha chegada na porta da frente... Em um mundo cheio de atualidades ainda temos que sofrer preconceito só pela sua posição no trabalho.

– Aqui está seu uniforme – falou uma senhora muito antipática, tão irritante que nem fiz questão de saber o nome dela. O uniforme era feio, marronzado claro, com o nome da empresa escrito. Os uniformes das mulheres eram melhor, uniforme de empregada mesmo, o pior sobrou pra mim, parecia um mendigo.

– Tudo bem, eu vou me trocar... Por onde começo?

– Depois que você pegar todos os materiais necessários você vai para o último andar, lá tem uma zeladora que receberá você para lhe recepcionar se tiver algumas dúvidas, bom trabalho.

– Obrigado senhora.

– Nada. – Me troquei e coloquei a ‘’minha’’ roupa dentro do meu armário que por sinal não era muito grande, peguei o elevador que me levou ao último andar, desejei bom dia às recepcionistas, mas nem me responderam, na verdade nem me notaram direito. Fui aonde era a sala das reuniões, onde em pouco tempo estaria lá resolvendo problemas insuportáveis. Quando fui entrando na sala, me atrapalhei e quase caiu tudo que eu levava, me atrapalhei todo com aquelas peças de limpeza... Nossa! Nem sei como se chama, e o pior é que quase caia tudo, água, balde, detergente...

– Precisa de alguma ajuda? – ouvi uma voz doce e delicada falando atrás de mim, pelo menos uma pessoa educada nesse local.

– Ah, eu só to meio atrapalhado aqui... – falei me virando para ela e sem jeito.

– Não tem problema, eu te ajudo! Eu me chamo Laura e você? – ela começou a arrumar algumas coisas que caiu no chão e fechou a porta.

– Ah, é... Eduardo Lucas, mas pode me chamar só de Lucas. – Ela tinha os olhos lindos, não era azul e nem verde, mas chamava atenção, o rosto delicado, a voz suave, linda, simplesmente linda.

– É o seu primeiro dia? – O rosto dela era tão lindo que só percebi que ela tinha feito uma pergunta minutos depois.

– Ah... É! E você?

– Já trabalho aqui á algum tempo, a Sra. Collins me falou sobre um novo funcionário da limpeza. – Ela começou a limpar a mesa.

– Ah, eu na verdade só quero saber por onde começo.

– Você poderia começar por uma coisa mais simples, você já tem alguma experiência?

– Não, eu sou iniciante... Você poderia me ensinar? – Eu queria pegar aquela mulher, ela se mostrava ser sensual, uma sensualidade natural e ao mesmo tempo uma doçura. Vamos ver se ela cai logo nos meus braços.

– Ah tudo bem, eu vou te ensinar basicamente as coisas, e vou começar pelo que a gente mais usa. Pega a vassoura pano de chão e vai passando, depois de passar ela no balde de água é claro. – Ela foi me repreendendo quando eu ia passar a vassoura. – Bom, acho que você sabe o básico agora...

– É... – Nem terminei de responder, ela tinha pegado o espanador que tinha caído no chão, tinha subido um pouco o vestido... Que belas pernas... Não vai dar certo eu trabalhar com essa garota, não mesmo!