Little Hell escrita por Diana


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Olá, seus lindos(as)!

Mais um capítulo de Little Hell fresquinho pra vocês! Espero que gostem!
Ah, e mais uma coisa, recentemente, postei, junto com a diva da With, uma one Piper e Reyna. Se chama Toscana. Quem quiser conferir, é só passar no link:

https://fanfiction.com.br/historia/693251/Toscana/

Beijão da tia Diana e boa leitura! ;)



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Capítulo 20

REYNA

Assim que Reyna chegou em casa, seu telefone tocou. Rachel. A morena segurou um palavrão. Com toda a confusão e correria durante a parte da manhã, ela havia se esquecido do encontro com a estudante de artes. Reyna respirou fundo, torceu para não ter estragado tudo daquela vez, e atendeu.

— Como está minha estudante de antiguidade favorita? – A voz a alegre e leve de Rachel trouxe alívio a outra.

— Rachel! Olha, eu... – A morena já ia começar a pedir desculpas, pois, mesmo que Rachel não parecesse brava, Reyna sabia que havia um pouco de desapontamento por trás daquela ligação. Contudo, sua tentativa de desculpas foi cortada por vários “nãos” vindos do outro lado da linha.

— Reyna, está tudo bem. – A voz de Rachel estava cansada, como se a situação fosse costumeira. – Eu só queria saber por que você não tinha me respondido até agora. Achei que tivesse acontecido algo.

— Você me mandou alguma mensagem? – A morena foi pega de surpresa. Certamente, uma mensagem de Rachel não passaria despercebida por ela. Não depois de alguns desentendimentos que elas tiveram recentemente.

— Sim. Bem de manhã. Queria confirmar nosso encontro hoje.

— Claro! – Reyna controlou seu tom de voz. – No Avery’s?

— Avery’s. – Rachel repetiu .

— Tudo bem, então. – Reyna ouviu o riso abafado de Rachel do outro lado da linha e se permitiu sorrir também.

— Ah,e, Reyna.... – A ruiva disse antes de encerrar a ligação. – Acho bom você me recompensar essa noite.

— Sim, senhora! – A morena brincou.

Ao desligar o telefone, Reyna mal percebeu suas mãos suando. A estudante ainda se surpreendia quando se dava conta do quão nervosa ela ficava naquelas situações. Ela tentava se controlar, mas a alegria que sentia naquele instante drenava toda sua concentração! Rachel tinha lhe procurado após a última discussão, Rachel estava de bom humor e Rachel estava confirmando o encontro. Ela não poderia se sentir melhor!

Contudo, algo não estava deixando-a sentir toda a euforia daquela vitória sentimental, daquela barganha. De relance, a imagem de Piper lhe veio e a morena sentiu culpa. O que diabos estava acontecendo ali? Quer dizer, não havia sequer dúvida, havia? Rachel aparecera em seu cotidiano logo depois do baile na escola de Piper, quando a adolescente sumira por mais de uma semana, quando a adolescente não atendera suas ligações ou a procurara para aulas, sem nenhuma explicação aparente para tal comportamento. E, quando Reyna se pegou nutrindo algo inapropriado por sua aluna, Rachel aparecera. E fora como um mar de tranqüilidade.

Rachel era de seu ambiente acadêmico, estava terminando a graduação em artes, tinha quase a mesma idade que ela. Em resumo, era o que Reyna procurava. Era praticamente um presente caído dos céus depois de tantos casos frustrados. Quando elas se desentenderam, duas noites antes de Piper reaparecer, a morena achou que tudo iria pelos ares, mas, agora, a pintora voltara atrás. E ela não se via disposta a deixar tal chance escapar. Mesmo que a situação com Piper continuasse uma bagunça e Reyna não tivesse ideia de como as coisas ficariam a partir de agora. 

PIPER

— Uma garota ruiva! Pelamor! — Piper estava histérica. Sentada na cantina da escola, ela alternava seu olhar de Leo para Nico. – Qual é a desse fetiche por ruivas? São as sardas?

— Não olhe para mim. Eu nem gosto de garotas. – Nico resmungou friamente antes de voltar sua atenção para o sanduíche gigante que comia.

— Eu gosto de garotas, obrigado. – Leo brincou e Piper deu de ombros e concentrou seu olhar furioso nele. O garoto engoliu seco, mas, um instante depois, recuperou sua compostura e encarou a amiga com um olhar esperto. Foi a vez da cherokee se encolher. – Mas, falando sério, Piper, por que você se importa tanto com quem essa garota sai?

— O quê? – Piper se levantou, indignada, e olhou o amigo. – Eu não me importo! Quer saber? Eu nem sei por quê estou perdendo meu tempo discutindo isso com vocês.

— Porque se você discutisse isso com Annabeth, chegaria à mesma conclusão que nós. – Nico a alfinetou e Piper retomou seu lugar à mesa.

— Que seria? – Piper o desafiou com o olhar e o garoto de cabelos negros a respondeu com um sorriso malicioso.

— Você está apaixonada pela sua professora.

— Que absurdo! – A garota se exasperou e sentiu seu rosto ruborizar. – Piper McLean não se apaixona. E mais: Piper McLean não se apaixona por professoras.

Nico deu de ombros, como quem diz “tanto faz”, e Piper se irritou ainda mais com os garotos.

— Eu não estou apaixonada por ela! – Ela gritou e recebeu de volta o olhar frio do garoto.

— Deveria gritar isso para ela, não para nós.

— Piper. – Leo a chamou, finalmente entrando na conversa. O garoto mal escondia um sorriso debochado. – Gritar não ajuda sua causa. Pelo contrário.

ANNABETH

Annabeth estava assustada consigo mesma, com a tranqüilidade ou o nível de distração que ela vinha apresentando. A semana de provas tinha começado, sua mãe estava na cola para ela tirar boas notas (não que ela precisasse, mas), sua melhor amiga estava praticamente surtando, fora os milhões de dever de casa, relatórios, e outras obrigações. Contudo, nada disso ocupava seus pensamentos por mais de cinco minutos. A única coisa que parecia se fixar na cabeça de Annabeth Chase naqueles dias era Clarisse La Rue.

Era como se ela estivesse dizendo “foda-se” para qualquer coisa que não tivesse relação com a wrestler. E foi praticamente isso que ela fizera aquela tarde ao finalmente aceitar o convite da morena para irem assistir a um filme. Annabeth sabia que seu lado lógico não estava no comando quando Clarisse entrava no jogo. E aquilo a preocupava. E a instigava também. E, mesmo sabendo que era uma forma de burrice, ela ignorou o olhar questionador da mãe e os livros, e foi se arrumar.

A única coisa que importava-lhe aquele dia era chegar na hora para pegarem a sessão no cinema. Clarisse até tinha se oferecido para buscá-la em casa, entretanto a loira achou melhor não. Ela conhecia sua mãe. A mulher não ficara nem um pouco feliz ao ver a filha na garupa de uma moto da última vez. Repetir a cena não era a opção mais indicada. Elas se encontrariam no cinema.

A loira chegou mais cedo do que esperava. E Clarisse também, Annabeth notou. A morena estava de costas para ela, na fila para conseguir os ingressos. Annabeth congelou. Ela não sabia como agir. Sua mente brigava com ela, dizendo que tal atitude era ridícula, mas, ver Clarisse alta e séria e focada em qualquer outra coisa que não fosse as lutas, mexia com Annabeth a tal ponto que era insuportável. A loira respirou fundo e deu um passo a frente.

Logo, ela estava cutucando a outra, chamando sua atenção. E quando Clarisse se virou para encará-la, com seus olhos castanhos enfurecidos, e quando Clarisse sorriu ao reconhecê-la e correu os mesmos olhos em seu corpo, Annabeth sentiu um frio incômodo na barriga. Um frio que, apesar de incômodo, a loira sabia que era mais do que bem vindo.

— Annie! – A morena pareceu se lembrar o que fazia ali. – Estava comprando os ingressos. Última chance de mudar a escolha do filme.

— Não quero mudar o filme. – Annabeth disse, mal percebendo que seus olhos estavam fixos na boca de Clarisse.

— Certeza? É terror...

— Está com medo, Clarisse La Rue? – Annabeth a provocou e a wrestler se fingiu de ofendida.

— Nem um pouco, sabidinha. De fato, acho até que a escolha me favorece.

— Como? – A morena sorriu e Annabeth soube que não iria gostar da resposta quando sentiu as mãos de Clarisse envolverem sua cintura e os lábios da wrestler em seu ouvido.

— Porque aí tenho mais um motivo para te abraçar. – Annabeth sentiu o sorriso de Clarisse se irradiar por sua orelha e cabelos e ruborizou.


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Notas finais do capítulo

Aguardo vocês nos comentários!
Beijão!