P. V. O Hermione

Jason e Rony estavam andando em minha direção, droga por que eles nunca me deixam em paz?

Rony tinham um sorriso presunçoso nos lábios e Jason uma expressão raivosa, segui seu olhar e notei que ele olhava para Draco e eles dois trocavam olhares com extremo ódio.

Draco aumentou seu aperto em minha cintura de forma protetora. Em pouco tempo os dois grifinórios chegaram mais perto e Rony começou com seu discurso idiota:

–Mione, nós precisamos conversar...

–Eu não tenho nada pra conversar com vocês e pra você é Hermione.

Minha voz estava rude, mas não me importei por já não sentir mais o mínimo afeto pelos dois prostrados a minha frente. Rony pareceu chateado ou ofendido com minhas palavras, mas continuou:

–Por favor, Hermione me escuta.

–Calado Weasley, deixa a Hermione em paz e vai embora- falou Draco.

Coloquei minha cabeça no peito de Draco escondendo meu rosto e ele abracou-me de forma carinhosa e protetora o que aparentemente irritou os grifos.

–Se eu me lembro bem, você a chamava de Sangue-ruim, Malfoy não tem direito de se intrometer- falou Rony.

Bum, ele tocou no ponto fraco. Muito obrigada Weasley. Draco tremeu como se estivesse profundamente irritado com o insulto do Weasley a sua frente.

–Calado Weasley. Quem é que está com a Hermione, em quem que ela confia. Tenho certeza que não é em você- falou Draco- e admito, eu a chamava dessa maneira, mas como deu pra ver eu não me importo com isso.

Jason, Rony e Draco se ofendiam de diversas maneiras e as vezes os grifinórios apelavam para mim, mas eu defendia o meu sonserino a todo custo.

Prevendo o fim daquela discussão, peguei o braço de Draco e comecei a conduzi-lo para fora do salão deixando dois rapazes para trás nos encarando com cara de idiotas.

No corredor Draco perguntava para onde íamos, mas nem mesmo eu sabia onde iríamos, só estava andando para longe do salão principal.

Continuei a caminhar com Draco sendo arrastado por mim até que paramos nos jardins.

A noite estava linda, a lua brilhava de forma encantadora e soprava uma deliciosa brisa com um cheiro agradável. Draco me puxou para debaixo de uma árvore e ali sentamos confortavelmente.

Perdi a contagem de quanto tempo fiquei olhando o luar e sentindo Draco acariciar meus cabelos de forma relaxante. Não lembro qual a última vez que fiquei sozinha com Draco desse jeito.

–Mi, eu... Er... Você quer passar o natal na minha casa?

–Mas e os seus pais? Eu sei que já estão todos sabendo que eu não sou uma Sangue-ruim e tal, mas será que seus pais iriam me aceitar?- perguntei.

–Minha mãe só quer me ver feliz e meu pai vai ter que aceitar, porque é de você que eu gosto, eu enfrento Merlin e o mundo pra ficar ao teu lado Hermione.

–Mas e se tudo der errado?

–Se for pra tudo dar errado quero que seja com você.

Depois dessa declaração ele selou nossos lábios, ele pediu passagem com a língua e eu cedi. Minhas mãos subiram para seus cabelos e eu o puxei para mais perto de mim, as mãos dele foram para minha cintura e a acariciaram de maneira carinhosa.

Quando o ar nos faltou nos separamos lentamente. Um sorriso brotou em meus lábios e eu fiquei ali observando a imensidão cinza a minha frente que eram os olhos de Draco Malfoy.

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Acordei cedo, hoje eu iria para a mansão Malfoy e estava muito nervosa em conhecer formalmente Lúcio e Narcisa Malfoy. Meio que amedrontada, mas meio que feliz. Fora que graças a Merlim Blás e Pans também vão estar lá...

–Miiiii, se apressa antes que o Dra tenha um ataque cardíaco- gritava Pans no andar debaixo.

Peguei minhas coisas e desci, lá encontrei Pansy gritando com Draco para que ele se acalma-se, mas acho que é ela que tem que se acalmar. Blás estava sentado numa cadeira com cara de tédio.

Quando me viram eles pararam de gritar e começaram a se apressar para irmos para o trem e partir logo ao nosso destino final.

Na plataforma...

A viajem tinha sido cansativa e estávamos descendo do trem, Draco me ajudava com minhas malas. Assim que descemos do trem vi o casal Malfoy nos olhando da plataforma. Lúcio me olhava com um olhar de decepção e raiva, já Narcisa com um olhar curioso e um pouco orgulhoso.

Andamos até onde estavam os dois, sempre segurando a mão de Draco, e ao nos aproximar tentei sorrir de maneira que não mostrasse o quanto eu estava nervosa.

–Mãe, pai está é minha namorada Hermione Wild- falou Draco.

–Oi, como vai querida? Eu sou Narcisa- perguntou a Sra. Malfoy me dando um abraço.

Abracei Narcisa e depois voltei a me aconchegar nos braços de Draco, o que fez Narcisa sorrir e Lúcio bufar com raiva.

–O que significa isso Draco?- perguntou Lúcio num tom raivoso.

No momento em que ele falou eu encolhi nos braços de Draco, amedrontada pelo tom que ele usou para falar com o filho.

–Significa que Hermione vai passar o natal conosco, mamãe não tinha te avisado?

Draco estava com seu sorriso cínico e fazia cara de inocente como se estivesse tirando vantagem de seu pai ou rindo internamente da cara do pai.

Narcisa explicou que Draco tinha enviado uma coruja avisando que levaria a namorada, então depois de um tempo aparatamos para a mansão Malfoy.

Aquele lugar não me trazia boas lembranças, afinal eu fui torturada por Belatriz Lestrange nesse mesmo lugar e até hoje tenho escrito em meu braço Sangue-ruim.

Lá dentro, Narcisa mandou que fossemos descansar e que na hora de comer ela mandaria um elfo nos chamar. Subi com Draco e ele me levou ao seu quarto, onde íamos ficar, o quarto estava todo decorado com as cores da sonserina e tinha vassouras e posters de jogadores de Quadribol famosos.

–O que achou?

–É um lindo quarto e você tinha razão sobre sua mãe, ela não fez nada.

–Minha mãe é maravilhosa, só lamento ela ter casado com um cara como meu pai- admitiu- mas que tal, nós irmos tomar um banho de piscina?

–Eu apoio.

Rimos e eu fui me trocar. Coloquei um biquíni preto e fui para a piscina. Draco estava deitado numa cadeira de praia, estava com uma bermuda verde e de óculos de sol, quando me viu deu um sorriso e veio caminhando ao meu encontro.

Draco me abraçou e deu um beijo em meu pescoço, me tirou do chão então percebi o que ele iria fazer. Em poucos segundos, minhas suspeitas se confirmaram e ele pulou na piscina comigo nos braços.

–Seu idiota- falei rindo.

–Não esqueça que você ama esse idiota.

Rimos e ele me deu um beijo apaixonado...

–Ei pombinhos- era Blás.

Blás pulou na piscina e nos molhou mais ainda. Começamos a brincar de jogar água uns nos outros durante um tempo e Pansy acabou se juntando também.

Depois eles ficaram explicando que tinham chegado mais cedo para ficar curtindo conosco e logo voltamos a conversar animadamente até Narcisa nos chamar para comer.

O dia foi realmente divertido e cansativo, graças a Merlim Lúcio não veio me atormentar...