Enemies escrita por MMenezes


Capítulo 2
Hogwarts, querida Hogwarts.


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos! Capítulo "novinho" para vocês!
Agradeço aos que comentaram, foram poucas reviews mais sei que foram sinceras.
Nos vemos nas notas finais!

Boa leitura!



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Já era noite quando Mary Marine decidiu arrumar suas coisas para o primeiro ano em Hogwarts. O verão parecia ter passado rápido demais e agora com as aulas tão próximas a garota começava a desejar que as férias se prolongassem por mais alguns dias.

Suas últimas semanas se resumiram em vasculhar a casa de seus avós em busca de coisas interessantes, sua irmã Julie era particularmente boa nisso, e ajudar sua avó a cuidar dos jardins e da pequena estufa que ela cultivava. Aos fins de semana Mary e Julie davam a desculpa de que queriam visitar os Weasleys e fugiam para o Largo Grimmauld onde passavam a tarde junto a Harry e Sirius jogando xadrez bruxo ou conversando sobre a volta as aulas. Sirius se surpreendia sempre que o assunto era a vida da garota em Beauxbatons, se por um lado Mary herdou o gênio e a personalidade dos Black, por outro herdara a inteligência e sagacidade dos Vance.

– Quero me tornar uma Healer. – Ela confessou a Sirius em uma noite de sábado. – Minhas notas em poções e herbologia sempre foram as mais altas da turma, não acho que terei problemas com isso em Hogwarts.

Isso deixara Sirius realmente orgulhoso e o mesmo já se permitia sonhar com o dia em que sua filha se tornaria a maior e mais respeitada Healer da Grã-Bretanha.

O dia parecia ter amanhecido mais cedo naquele primeiro de Setembro, às sete da manhã Mary acordou para tomar o café da manhã enquanto sua avó Dora lhe ditava uma lista de coisas que ela não deveria esquecer de por na mala. Dora era uma senhora baixinha de cabelos muito grisalhos e bem penteados que emanavam um delicioso cheiro de flores, sempre com vestes floridas e belos xales feitos à mão, era o tipo de avó carinhosa e confidente na qual Mary confiava cegamente. Já seu avô, também conhecido como Phillep ou Sr. Vance, era um Auror aposentado ainda muito respeitado pelos membros do Ministério da Magia, e que no momento tentava, sem muito sucesso, convencer Julie a comer todo o café da manhã.

Quando tudo estava pronto os quatro seguiram para a estação King's Cross onde Harry, Hermione e os Weasleys os esperavam.

– Tudo bem Mary, você não vai se machucar. – Phillep falou tentando encorajar a neta a correr em direção a coluna entre as plataformas 9 e 10.

– Droga, porque as coisas não podem ser mais fáceis como em Beauxbatons? – Reclamou a garota ainda encarando a parede que não parecia nem um pouco convidativa. – O que acontece se eu acertar exatamente o 1/4?

– Nada demais, você só vai bater a cabeça contra o poste e pagar o maior mico. – Provocou Julie rindo.

– Julie, não deixe sua irmã mais apreensiva do que já está! – Dora repreendeu firmemente. - Vamos querida, assim você vai se atrasar.

Mary Marine finalmente tomou coragem, prendeu a respiração e então correu em direção à parede, soltando um gritinho a espera do impacto, mas este não veio e logo Mary estava na tão famosa plataforma 9 3/4.

– Uau. – Foi tudo o que conseguiu dizer. Encarou novamente a parede em suas costas para então admirar o esplendor da plataforma. Sem palavras, a garota encarava a tudo com encanto, a fumaça, as vozes e gritos de felicidade, as pessoas, era tudo tão mágico.

– Mary, olha que legal. – Julie falou rindo no colo de seu avô. - Quando eu vou poder ir também?

– Só quando você completar 11 anos. – Mary respondeu encarrando a irmã.

– 11 ANOS? – Gritou a pequena indignada.

– Sim, Julie. – Respondeu Dora calmamente, sem importar-se com o escândalo da menina.

– Mais vai demorar muito vovó.

– Infelizmente você vai ter que esperar. – Phillep completou, mas isso não convenceu a garotinha que fazia beicinho enquanto resmungava.

Não foi difícil encontrar os Weasleys, o grupo de cabelos ruivos sempre se destacava na multidão. Harry e Hermione também estavam com eles, como Mary imaginara. Porém algo a surpreendeu, um grande cachorro preto também os acompanhava.

– Sirius. – Sussurrou a garota, agachando-se para acariciar as orelhas do cachorro que parecia bem satisfeito em vê-la. – Você não deveria estar aqui, é muito arriscado.

Sirius latiu em resposta e correu em volta da garota, fazendo-a rir. Depois de cumprimentar a todos Mary apresentou seus avós aos Weasleys, Harry, Hermione e manteve seu avô longe do grande cachorro preto que ameaçava fazer xixi nas pernas dele.

– Crianças, hora de embarcar! – Falou a Sra. Weasley, quando o primeiro apito soou.

Mary se despedindo dos avós com beijos rápidos e abraços apertados.

– Vocês podem me escrever sempre que quiserem. – Ela falou encarando-os enquanto abraçava Julie.

– Vou sentir sua falta. – A garotinha choramingou.

– Também vou sentir sua falta. – Respondeu apertando a irmã em seu colo.

– Mary a gente tem que ir. – Harry chamou, interrompendo-as.

– Ok. – Concordou dando um último beijo em Julie e entregando-a aos avós.

Antes de embarcar se agachou novamente acariciando atrás das orelhas do cachorro preto e recebendo uma lambida na bochecha como resposta.

– Se comporte. – Ela falou encarando Sirius. - E não seja tão rabugento, prometo que logo, logo você vai estar livre pra fazer o que quiser.

O segundo apito soou e Mary correu para o trem acenando para os avós e Julie. O expresso se pôs em movimento e o grande cachorro preto se pôs a correr seguindo o trem pela plataforma, latindo e pulando, arrancando sorrisos de todos dentro e fora do trem, mas logo se tornou só mais uma silhueta e desapareceu junto com todos na estação.

Mary foi em busca de seus amigos, procurando-os de cabine em cabine e apesar da confusão de pessoas pelos corredores, não demorou muito para encontrar Harry e Gina em uma cabine que dividiam com mais dois estudantes.

– Pensei que você tinha ficado na plataforma. – Harry brincou ao ver a garota entrando na cabine.

– Você não vai se livrar de mim tão facilmente. – Falou rindo enquanto se sentava ao lado dele. – Onde estão a Hermione e o Rony?

– Por ai. – Harry respondeu pouco à vontade. – Eles são monitores, raramente aparecerão por aqui.

– Ah.

– Estes são Neville Longbottom e Luna Lovegood. – Harry apresentou, mudando de assunto.

– Muito prazer, sou Mary Marine.

Neville cumprimentou a garota timidamente, enquanto Luna apenas ergueu os olhos da revista que lia de ponta cabeça para encará-la e então sorrir minimamente.

– Isso é uma Mimbulus Mimbletonia? – Mary perguntou reparando pela primeira vez na planta que Neville carregava cuidadosamente em seu colo.

– É sim. – Ele respondeu em um misto de surpresa e orgulho.

– São bem raras. – Falou avaliando a planta que mais parecia um cacto acinzentado. – Não me lembro de ver uma dessas desde o terceiro ano em Beauxbatons.

– Você já foi a Beauxbatons? - Neville perguntou surpreso.

– Sim. Estudei lá, mas pedi transferência para Hogwarts. – Respondeu tentando não entrar em detalhes.

– Uau! Eu nem sabia que isso era possível. – Ele falou fascinado.

O resto da viagem passou tranquilamente. Mary e Neville começaram uma longa conversa sobre plantas medicinais, pouco depois Rony e Hermione apareceram ficando alguns minutos antes de sair para mais uma ronda, Fred e Jorge também se juntaram ao grupo tentando convencer Neville a experimentar o kit Mata Aulas dos Irmãos Weasley, mas fora expulsos da cabine por Gina.

Começava a anoitecer, os terrenos por onde passavam já não tinham mais gado ou casas, era apenas um borrão escuro e mais nada.

– Estamos chegamos. – Harry falou apontando para fora.

Mary se esticou para ver pela janela e não conseguiu disfarçar sua surpresa. Mesmo morando na França, Mary crescera ouvindo as historias de sua mãe sobre Hogwarts, e mesmo depois de ser chamada para Beauxbatons sua vontade de conhecer a escola onde sua mãe, seu pai e seus avos estudaram não diminuiu. Obviamente Hogwarts não tinha o glamour dos castelos franceses, mas mesmo assim exalava beleza, classicismo e sobre tudo magia.

O trem diminuiu a velocidade e parou, logo os corredores estavam cheios de alunos que travavam uma guerra para sair do trem. O aglomerado de pessoas dificultava o desembarque e a euforia dos estudantes primeiranistas também não era de grande ajuda.

– E agora, pra onde eu devo ir? – Mary perguntou olhando perdidamente para a multidão que se espalhava pela pequena plataforma de Hogsmeade.

– Vem, comigo. – Harry chamou, agarrando-a pela mão. - Quero que conheça uma pessoa.

– Boa noite, Sr. Potter. – Uma senhora rechonchuda cumprimentou.

– Boa noite, Professora. – Harry falou confuso. – Onde está o Hagrid... digo Professor Hagrid?

– Está de licença, acredito que só voltará no próximo mês. – Respondeu a contra gosto para então mudar de assunto. - Creio que esta jovem seja a Srta. Black, estou certa?

– Sim.

– Seja bem vinda a Hogwarts. – Ela falou com um sorriso simpático. - Sou a Professora Grubbly-Plank. Vamos, você vai entrar no castelo com os primeiranistas e participar da seleção.

– Te vejo na mesa da Grifinória? – Harry perguntou antes de se afastar da garota.

– Esse é o plano. – Mary respondeu sorrindo antes de virar-se e seguir a Professora Grubbly-Plank em direção aos barcos.

"Hey Merlin, que tal agilizar um lugarzinho pra mim na Grifinoria, ein?” – Mary pensou em um pedido silencioso. O que fazer quando 90% dos seus antepassados foram sonserinos?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado queridos! Próximo capítulo, a Seleção das Casas muahaha!
Espero pela opinião de vocês!

Beijos da titia



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