Mess. escrita por bangerz


Capítulo 8
Capitulo 8


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora mas com esse problema no nyah atrasei tudo.



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Quando Travis diz que vai pagar a conta eu não me oponho, eu realmente não trouxe dinheiro e eu partilho da filosofia do "Quem convida, paga." é sério, isso é algo que está subjetivamente acertado quando alguém decide te obrigar a sair. Eu levanto da mesa e vou para o estacionamento deixando Travis sozinho no caixa, preciso de ar fresco e qualquer outro motivo que possa existir no mundo pra me manter distante do cara bonito lá dentro. Travis é um perigo pra minha já quase inexistente sanidade, quer dizer, um cara que te faz ter crises de raiva e logo depois te faz querer sorrir é realmente um cara pronto pra acabar com a sua cabeça.

– Ei, você está bem? - Eu pulo assustada quando escuto a voz do Becker vindo de trás de mim, giro nos calcanhares e encaro ele. Merda, fodido movimento errado Melissa, encaro o chão e aceno um sim.

– Preciso ir pra casa, Travis. - Resmungo baixinho e levanto o rosto para olhar pra ele.

– Tudo bem, vamos lá, esfriou do nada. - Ele reclama enquanto aperta a jaqueta ao redor do corpo e anda para o carro. Eu entro assim que ele destrava o alarme e esfrego meus braços para que a pele aqueça um pouco que seja, merda de clima fodido.

Nós não conversamos enquanto ele me leva pra casa, eu prefiro assim de qualquer forma. Travis sendo gentil é só algo realmente difícil de lidar e eu não tenho tempo e muito menos disposição para lidar com toda a merda que o cara trás pra mim. Eu só não quero complicar o que já está complicado na minha cabeça. Estico a mão e ligo o som enquanto ele acelera pela avenida principal e vira a esquerda na minha rua, quando ele estaciona na entrada da garagem eu começo uma oração silenciosa pra que ele não esteja pensando em entrar.

– Eu esqueci meu notebook lá dentro, será que eu posso entrar com você e ter ele de volta e talvez, sei lá, um café? - Ele passa os dedos entre o cabelo bagunçado enquanto fala, nunca olhando diretamente pra mim. Merda, Deus me odeia. Travis está nervoso. Eu nunca realmente tinha visto Travis Becker nervoso, era uma coisa pra se ver pelo menos uma vez na vida.

– Hm, eu acho que talvez seja melhor eu só trazer pra você. É tarde Travis e eu realmente não quero que você fique e eu não sei fazer café de qualquer jeito. - Eu digo enquanto desço do carro e corro pela entrada até a porta, agarro minhas chaves e entro em casa em tempo recorde, quando eu volto para o carro com o notebook dele, Travis está fora da caminhonete e apoiado contra a lateral. Mãos no bolso, cabelo bagunçado, adicione olhos verdes seriamente apertados pelo vento e eu estou realmente fodida de vez.

– Você vai parar de me olhar em algum momento dessa noite ou você prefere que eu faça uma apresentação do produto especialmente pra você? Uma apresentação privada e tudo mais. - Travis diz enquanto se aproxima de mim e para a poucos centímetros longe, a jaqueta aperta está encostando em mim e eu posso dizer que meu coração acelerou um bocado e talvez eu tenha até prendido a respiração e tudo mais. Maldito Becker.

– Eu prefiro furar meus olhos e deixar que ele escorra um rio de sangue por dias a ver você sem roupa. - Eu digo empinando o nariz e tentando parecer arrogante apesar do frio na barriga e dos joelhos fracos. Caramba o que eu fiz de errado pra merecer isso?

– Realmente, Mess? Então porque você está vermelha e tremendo? - Ele solta enquanto abaixa o rosto até que esteja no nível do meu, ele é uns bons 15 centímetros mais alto e isso faz com que eu tenha que olhar pra cima mesmo quando ele está abaixado e sinceramente a vista é realmente boa de onde eu posso olhá-lo.

– Isso se chama frio, você sabe, é aquilo que as pessoas sentem quando a temperatura caí. - Eu resmungo enquanto dou um passo pra trás tentando me livrar da tensão que me prende a ele, Travis é mais rápido e antes que eu consiga uma distancia segura o seu braço está ao redor da minha cintura e eu estou mantida fortemente presa ao seu peito, é a porcaria de uma boa sensação e tudo que eu quero é fechar os olhos e apoiar a cabeça no seu peito enquanto passo meus braços pela sua cintura por baixo da jaqueta. Merda, pensamentos malditos.

– Mess...

– Melissa, é você? - Mãe. Droga, essa é a minha mãe com certeza! Eu empurro Travis pra longe, mas ele me manter presa a ele enquanto minha mãe acende as luzes da varanda e saí para nós encontrar lá fora. É constrangedor e eu quero bater no Becker e enviar o maldito para o hospital com o maxilar quebrado, mas ele só solta uma risada contente e me abraça mais forte, abaixa o rosto e cheira meu cabelo, eu o xingo de maldito perseguidor e arranco outra risada.

– Hey senhora Carter, somos nós. - Ele diz calmamente e eu posso sentir os olhos da minha mãe nas minhas costas, eu posso praticamente ouvir as engrenagens do cérebro dela trabalhando para criar uma história sobre como Travis e eu estamos apaixonados e vamos namorar por uns anos, casar logo em seguida e ter lindos bebês. Estapeio Travis com força e ele me solta rindo enquanto minha mãe se aproxima de nós.

– Foda-se, Becker. - Eu digo em alto e bom som e ganho um soluço assustado da minha mãe que me lança um olhar reprovador.

– Até amanhã, Melissa. - Ele diz e me oferece um sorriso torto que me deixa completamente irritada e ao mesmo tempo sem ar. Que porra de coração, será que esse maldito não pode parar de acelerar? Idiota.

– Espero que você fique doente e falte por uma semana inteirinha. - Eu digo sorrindo de modo quase inocente e ele solta uma gargalhada enquanto se despede da minha mãe com um beijo na bochecha e pula no carro, acelera e vai embora me deixando realmente irritada no processo.

– Vocês estão...

– Não mãe! Nós não estamos e nós não vamos. Travis é um idiota e se ele fosse o ultimo homem na terra eu ainda assim não seria sua namorada e nada parecido com isso, eu prefiro ter uma doença venérea a beijar esse idiota. - Eu digo em um só fôlego e faço meu caminho para casa enquanto escuto minha mãe dar pequenas risadinhas enquanto me segue. - Vai sonhando Elize, de modo algum Becker vai ser o seu genro.

– Você realmente não o quer ou está tentando se convencer? - Minha mãe grita pra mim enquanto eu subo a escada.

– Esquece isso mãe, não vai ser nessa vida que você é Kathe vão ser da mesma família. Quer dizer, a menos que você engravide e ela também e aí então seus bebês serão prometidos um ao outro e vão ser obrigados a se casar. - Eu digo sarcasticamente ela dá uma gargalhada, minha mãe simplesmente enlouqueceu.

– Você está apaixonada por ele, Melissa. Admita e pare de fazer da vida do garoto um inferno. - Ela diz ainda rindo e me deixa parada na escada como se eu fosse uma idiota ou tivesse dificuldade de aprendizado. Não, de jeito nenhum. Quer dizer, eu não posso estar apaixonada pelo Becker. Eu não estou apaixonada pelo Becker. Não, de jeito nenhum.

Subo os degraus restantes pulando de dois em dois e ando apressada pelo corredor até o meu quarto, bato a porta com força quando entro e me jogo no tapete felpudo que cobre todo o chão do meu quarto, agarro a almofada que joguei lá pela manhã e a abraço apertada enquanto encaro o teto do quarto mais uma vez. Merda de dia, merda de cabeça confusa, merda de Becker, merda de noite, merda de perfume que continua em mim e está seriamente me deixando nervosa e inquieta, merda de discurso da mamãe, merda de Melissa. Eu tiro a blusa que eu estava vestida e a pressiono contra o rosto, que fim patético pra uma existência tão digna quanto a minha tinha sido, eu nem consigo acreditar que Melissa Carter está no chão do seu quarto, completamente confusa e pressionando uma blusa contra o rosto só pra tentar obter um pouco mais do perfume de um idiota presunçoso que pensa ter nas mãos o mundo e todos os habitantes existentes nele, como diabos eu fui acabar assim? Droga Melissa, não se apaixone. Por favor, não se apaixone por ele.


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Notas finais do capítulo

Enfim, espero que vocês gostem.



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