Mess. escrita por bangerz


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

HEY GENTE! Meninas um super obrigada por não me abandonarem, aquele obrigada todo especial pra Jennifer que fez a segunda recomendação de MESS vcs podem ouvir meus gritos de felicidade??????? Sério, obrigada mesmo, isso é tipo... não sei nem o que dizer!



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Onde diabos eu tinha colocado a porcaria dos meus cigarros? Eu revirei minha bolsa e joguei todo o conteúdo em cima da cama, não é bem como se eu fosse uma viciada eu só quero um pouco da calmaria. Se eu fosse um maço de cigarros onde eu estaria? Claro, porque cigarros sairiam por aí por conta própria. Resmungo um pouco e volto a me concentrar na busca, me ajoelho e procuro embaixo da cama, tinha que estar em algum lugar. Quando eu estou prestes a desistir o maço está curiosamente descansando em cima da cama, talvez se eu não estivesse tão louca da vida eu o tivesse visto antes, acendo um e vou para a varanda, eu sei o quanto mamãe odeia que alguém fume dentro da sua preciosa casa.

Me apoio contra a sacada e tento botar em ordem cada um dos pensamentos idiotas que dançam pela minha cabeça. Sério Melissa, beijar Zacky? Onde diabos você estava com a cabeça? Estapeio minha testa e tento me focar no problema maior, eu vou ter tempo para explicar tudo a Zacky depois. Travis é o problema agora. Dou uma tragada longa e prendo a fumaça nos pulmões antes de soltar pelo nariz, me deixa instantaneamente mais calma e pronta para ver Travis em três horas. Me chame de louca mas em algum momento da noite anterior depois que acordamos e eu tive esse pequeno surto por ele estar sem camisa dormindo comigo na minha cama, Travis me convenceu a sair com ele em uma merda de encontro e eu estava tão louca com aquele corpo bonito na minha frente que o sim saiu de alguma forma. Agora eu estou aqui vestida na porra de um vestido, usando minhas melhores botas e com essa jaqueta que eu comprei para a ocasião e eu pareço uma adolescente idiota e apaixonada, tudo bem eu sei que a parte da adolescente é verdade mas eu me recuso a ser uma idiota apaixonada até porque eu não amo Travis. Não tem como. Eu não posso. Não ele.

– Melissa, Travis está aqui! - Minha mãe grita e eu sinto meu corpo se agitando, minhas mãos estão suadas e meus joelhos estão fracos, eu quero correr e descer as escadas o mais rápido que eu puder só pra ver como ele está mas eu me controlo.

– Estou descendo. - Agarro meu celular, as chaves de casa e enfio algum dinheiro no bolso da jaqueta, sem a menor chance de que eu vá usar uma maldita bolsa. Desço as escadas e dou de cara com as costas dele. Merda, porque eu tenho que querer tocar nele?

– Você vai abrir um buraco nas minhas costas se continuar olhando desse jeito. - Travis vira e me encara, os cabelos ruivos estão bagunçados e ele parece recém saído da cama, os olhos apertados e o sorriso de canto me dando de presente uma visão maravilhosa da covinha esquerda. Porra, isso vai ser ruim.

– Eu não estava olhando, não seja um convencido Becker. - Eu digo e o dou um empurrão fraco, eu não quero realmente que ele se afaste.

– Está usando um vestido... Melissa Carter está usando um vestido! Eu devo ver isso como um convite ou algo assim? - Eu estou tentando achar uma boa resposta quando os braços dele rodeiam minha cintura e eu sou puxada pra ele.

– Você vai ter alguns hematomas amanhã se tentar algo esta noite. - Boa resposta Mel, isso aí.

– Eu com certeza vou ter um par deles, algo me diz que eu vou adorar ganhar cada um deles. - Travis sussurra no meu ouvido e a próxima coisa que eu sei é que estou tentando respirar normalmente mas não tem ar o suficiente e ele está rindo como se eu fosse a melhor das piadas. Acerto um chute na sua perna porque não quero ficar por baixo.

– Vamos acabar logo com isso. - Eu resmungo e ele sorri outra vez enquanto agarra minha mão na sua e me puxa pra fora e pelo caminho até seu carro.

– O primeiro de muitos. - Travis está afivelando o meu cinto de segurança como se eu fosse uma criança, eu estou prestes a reclamar quando ele se inclina e apoia o braço no encosto do meu banco, nós estamos tão próximos que eu estou surtando, abro a boca para tentar algo mas tudo que eu faço é abri-la e fechá-la como um maldito peixe, Travis sorri outra vez e me rouba um selinho rápido. É só um encostar de lábios mas me deixa nervosa.

Nós ficamos na estrada por longos vinte minutos, quando ele puxa no estacionamento do La Masion eu começo a ter problemas com a minha auto estima, é a porra de um lugar caro e de gente metida, tento manter a boca fechada e deixar que ele me leve a onde tem que levar pra que essa noite acabe logo e eu saia inteira como entrei, ou tão inteira como alguém como eu pode ser. Nós circulamos o caminho e vamos para a parte de trás do restaurante até a outra rua, a mão do Becker segura a minha apertada, sua mão é maior que a minha e seus dedos prendem os meus com facilidade, respiro aliviada quando vejo uma lanchonete antiga bem na nossa frente, é uma coisa boa que ele não tenha tentado me comprar com um maldito jantar caro e cheio de frescura.

– Eu... Eu não sabia o que você ia querer fazer então resolvi te trazer aqui, parece ruim mas aqui tem o melhor hambúrguer que você vai comer na vida, eu posso garantir pra você. - Ele está nervoso. Eu posso dizer pelo modo como a mão que está livre se enrosca na nuca e ele está olhando para todos os lados menos para mim enquanto aguarda a minha opinião e deus me ajude, a sensação de ter Travis Becker nervoso por minha causa é malditamente boa e quase me faz querer tripudiar dele mas algo me contem.

– Aqui está bom, se você tivesse tentando me levar ao la masion eu provavelmente teria atirado um daqueles pratos chiques bem na sua cabeça. - Dou de ombros e aperto sua mão, dois segundos depois o meu sorriso preferido está de volta e as covinhas estão me deixando boba e nervosa.

– É bom que você não é como aquelas garotas das saladas, eu não suportaria trazer você ao antro da perdição carnívora e observar você mastigando pequenos pedaços de mato. Inclusive tenho um desafio pra você, se conseguir comer um dos triplos com todas as opções você pode escolher algo que queira de mim. - Travis está vindo pra mim de novo e cada passo que ele dá na minha direção são dois passos que eu dou para trás.

– Hm, posso pedir qualquer coisa?

– O que você quiser, Mess. - Estou entre ele e a porra da parede, Travis afasta meu cabelo dos meus olhos e eu tento não me perder nos olhos dele. Qual é Deus, eu preciso de um pouco de ajuda aqui. - Você sabe que pode ter o que quiser de mim Melissa, só peça do jeito certo.

– E qual seria? - Minha voz sai arrastada e eu estou tentando de todos os modos não beijar aquela boca bonita.

– Me dê um daqueles sorriso que você dá para Lizze e eu vou te dar a porcaria que você quiser no mundo, eu nunca tive o seu sorriso endereçado pra mim e eu quero isso de todas as formas. - Nossos lábios estão praticamente colados e eu estou engolindo cada uma das palavras dele, então eu não penso em nada, eu não quero pensar, tudo que eu posso fazer é envolver meus braços no seu pescoço e beijá-lo como se eu estivesse louca. E é bem possível que eu esteja mesmo, mas quem se importa?

– Hm, é isso foi realmente bom. - Travis diz enquanto apoia a testa na minha e tenta se recompor, eu nem ao menos tento, eu sei que pareço uma bagunça e eu não dou a mínima.

– Eu acho que foi, anda, eu estou com fome. - Empurro ele pra longe de mim e dou a ele um sorriso. Travis está me encarando como se eu fosse o maldito presente de natal que sua mãe deixou que ele abrisse antes da horas, ele abre um sorriso pra mim e então nós dois estamos como idiotas sorrindo um para o outro na frente de uma lanchonete caindo aos pedaços e parece bom. Realmente parece bom.

O Becker agarra minha mão na sua e pela primeira vez em anos eu estou bem com outra pessoa invadindo totalmente meu espaço e é assustador que a outra pessoa seja o Becker, mas parece certo e eu não quero pensar em nada nessa noite. É como se eu tivesse a oportunidade de ser eu mesma sem tentar bancar a durona filha da puta pra cima dele ou de qualquer um dos seus amigos ou das outra pessoas no colégio. Éramos Travis e eu, como antes, como quando éramos pequenos porém com a adição de uma atração louca e uma possível paixão. Parecia bom pra mim. Complicado como o inferno, fodido pra caramba, errado em várias formas, confuso em seu todo mas bom. Bom como tomar banho de chuva nas tardes de verão, bom como achar aquele pote de sorvete na geladeira ou aquele pedaço de torta de madrugada, bom como o céu, bom como o inferno. Bom. Parecia o sorriso dele nas manhãs de sexta ou quando nós vencíamos um jogo importante e eu amava aquilo. Deus me ajude, eu estou apaixonada por Travis Becker. Merda.


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