PV EDWARD

Eu já estava bem perto da casa de Bella, quando ouvi que ela falava com alguém.

— Sua avó ligou para meu pai ela pediu para nós ficarmos por perto. – diz um rapaz a Bella.

Avó? Bella tem uma avó, ela não disse que tinha mais parentes a mim e quem é esse cara?

— Minha avó foi fácil demais quando falei que ia me mudar para cá e sozinha, eu deveria saber que ela daria um jeito de manter os olhos em mim.

— Ela nos contou que você se envolveu com bebida.

— Eu não sou alcoólatra Jacob, bebia apenas por rebeldia.

— Você foi parar uma clínica.

Mas que história é essa? Porque Bella não me disse nada daquilo?

— Porque... olha eu recebi alta, desde então não bebi mais, jamais voltarei a beber eu fiz essa promessa no túmulo dos meus pais.

— Você pode ter uma recaída.

— Saí da minha casa eu não preciso de babá. – Bella fala muito irritada, mas o rapaz não fez menção alguma de ir embora.

— Ouviu ela saia agora. – digo ao me fazer presente.

— Quem é você? 

— Edward Cullen, namorado de Bella.

E ele ficou me analisando. Quando do nada veio umas lendas na mente dele.

— Fique longe dela. - me ordenou.

Vi na mente dele que acredita nas lendas da sua tribo quileute sobre vampiros, alguns de minha espécie por mais que tente manter segredo acabam se revelando aos humanos uma vez ou outra, por descuido, isso aconteceu em vários lugares daí que surgem às lendas sobre nós, isso deve ter acontecido com a tribo dele, devo alertar minha família sobre isso e teremos de nos mantermos longe desses nativos quileutes também. Ele acredita realmente que sou um vampiro por conta das lendas, bom eu sou, mas ele não precisa ter a certeza disso.

— Não sou eu que está sendo expulso por ela aqui.

— Bella esse cara não é bom para você.

— Você nem o conhece Jacob.

— É sério Bella ele não é bom, acredite em mim.

— Isso sou eu quem decide Jacob. – diz Bella segurando minha mão e me fazendo ficar ao lado dela.

— Você sabe das lendas da minha tribo. Ele é um deles.

— Ah, por favor, né Jacob, você não é mais criança para acreditar nessas coisas. – Bella fingi não saber que as lendas de fato são verdadeiras.

— Bella meu pai e o seu eram amigos, nós também somos amigos de infância nos preocupamos com você. Eu só quero seu bem se afaste dele.

— Não há motivos para eu me afastar de Edward. E da próxima vez que minha avó ligar diga que estou bem e que ela pode dispersar seus serviços. 

— Bella, ela senti sua falta, se preocupa com você, você vem ignorando todas as chamadas dela, ligue para ela nem que seja uma única vez. A senhora Marie me pareceu triste ao telefone eu diria até mesmo depressiva.

— Para ouvir mais uma vez ela dizer que eu matei a única filha dela.

Ouvi aquilo em choque. Como assim a avó dela a culpa pelo acidente?

— Ela se arrependeu do que disse, prova disso é que se preocupa com você.

— Ela tem uma maneira estranha de se preocupar.

— Bella reconsidere.

— Jacob você não sabe da missa a metade então se já me falou tudo o que tinha para dizer, por favor. - Bella indica que ele vá embora.

— Sabe onde moro lá em La Plush se precisar é só ir lá ou me chamar aqui.

Bella apenas assentiu.

— E você realmente devia ficar longe dele. – alertou Jacob antes de ir embora e Bella me olhou de maneira apreensiva, ela sabia que eu ia questionar algumas coisas a ela.

— Devo me preocupar com Jacob com relação ao segredo?- perguntou Bella, mas eu sabia que ela só queria desviar o foco com relação a ela.

— No momento é só uma desconfiança nada com o que se preocupar e agora pode me dizer por que não me falou da sua avó e do seu problema com o álcool? Não acha que eu devia saber? E se eu te levasse a algum barzinho ou boate?

— Eu não falei por que eu não tenho problema algum com álcool.

— Mas você foi parar uma clínica.

— Eu bebia sim por rebeldia, te contei que fui uma adolescente rebelde, mas daí a ser alcoólatra tinha uma longa distância.

— Mas então, porque foi parar na clínica?

— Me internar foi uma forma que minha avó encontrou de me punir pela morte da mamãe.

E mais uma vez eu fiquei chocado. Como a avó dela pode fazer isso com ela? O acidente foi apenas uma fatalidade.

— Não fiquei muito tempo, apenas dois meses, isso por insistência da minha avó, mas a equipe médica acabou-me liberando quando percebeu o exagero de minha avó, pois eu não era alcoólatra, não tinha que estar ali. Só voltei para casa dela por que não tenho mais parentes e com dezessete anos no Brasil eu não poderia morar sozinha, mas todos os dias ela fazia questão de me jogar na cara a culpa da morte de meus pais. Será que ela não viu que meu remorso já era castigo suficiente?- questionou-se- A convivência estava insuportável, como também tenho cidadania americana, recorri à justiça daqui dos Estados Unidos, era mais fácil conseguir ter o direito de mexer na minha herança e me emancipar por aqui do que no Brasil, foram quase quatro meses, mas consegui. E deixei meu inferno pessoal para trás e vi tentar ter uma vida normal aqui.

— Então você acredita que é culpada do acidente por que sua avó disse.

— Eu sou culpada independente do que ela falou.

— Bella vocês sofreram um acidente de carro, não há culpados nesse tipo de situação. Aquilo foi uma fatalidade que poderia ter acontecido em qualquer outro contexto.

Mas Bella apenas me olhou de maneira cética.

— O que posso fazer para que acredite que não tem culpa pelo o que aconteceu a seus pais Bella?

— Nada, você não pode mudar os fatos.

— Oh! Meu amor às coisas não são assim da forma que você vê. – digo a abraçando.

Ela apenas deu um suspiro resignado. Resolvi mudar de assunto, não seria nesse momento que conseguiria fazê-la ver a verdade dos fatos.

— E Jacob, porque não me falou dele?

— Sinceramente eu nem me lembrava dos Black, até Jacob aparecer agora na minha porta.

— Não preciso me preocupar com ele então?

— Ciúmes do Jacob, sério mesmo? – diz Bella rindo de mim.

— Não, apenas cuidando do que é meu.

— Seu é.

— Sim você é todinha minha.

— Assim como você é todinho meu.

— Exatamente. – me sento com ela no sofá e a beijo.

— Mas acho que o Black tem razão.- falo um tempinho depois voltando ao assunto e ela me olhou incrédula- Sua avó errou sim com você, mas é sua única família humana. Devia perdoa-la.

— No momento acho que não consigo.

— Apenas tenha isso em mente e tome seu tempo então.

Bella apenas assentiu.

— Mas porque você não me contou essa parte da história?

— Fiquei com medo que você julgasse de maneira ruim as atitudes que tomei e se afastasse de mim.

— Eu não faria isso.

— Porque não? Seria mais lógico.

— Pelo mesmo motivo que você não se afastou de mim quando descobriu que sou vampiro. Você não me julgou apenas aceitou.

— Então agora que está tudo esclarecido, será que podemos voltar à parte boa? 

— Parte boa?- a questiono sem entendê-la.

— É a parte em que a gente estava se pegando no sofá.

— Você ainda vai ser minha ruína garota. – digo a beijando.