A luz e a escuridão escrita por Novacullen


Capítulo 3
Capítulo- 03


Notas iniciais do capítulo

BOA LEITURA!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/485283/chapter/3

PV EDWARD

Eu estacionei meu carro no estacionamento da única escola de Forks e meus irmãos desceram do carro primeiro.

Quando senti um cheiro de frésia familiar...

— Olhe por onde anda. – advertiu Emmet ao segurar uma garota que tropeçou antes que ela fosse ao chão.

— Acredite eu enxergo bem, mas não tenho culpa de ter nascido com dois pés esquerdos. –  a garota fala brincalhona e Emmet gargalhou.

A voz  dela me é familiar.

— Gostei de você, eu sou Emmet Cullen. - diz Emmet estendendo a mão e me dando uma visão privilegiada da moça em sua mente, pele branca como porcelana, longos cabelos castanhos avermelhados com suaves cachos nas pontas, rosto em formato de coração, boca avermelhada e aqueles inconfundíveis olhos castanhos cor de chocolate.

Não pode ser... O que a garota do Rio de Janeiro veio fazer nessa cidade minúscula que é Forks? Como esse mundo tão grande pode ser tão pequeno?

— Isabella ou apenas Bella. – diz pegando na mão de Emmet e franziu o cenho, certamente notando a frieza da pele dele. Ela encarou Emmet como se o analisasse minuciosamente e a face dela se iluminou, foi como reconhecimento.

Tentei ler a mente dela para saber o que exatamente pensou e nada, de fato eu não consigo ler a mente dela.

E agora? Como eu vou resolver esse problema?

— Nos vemos por aí. 

— Acho que será mais breve do que pensa Emmet. Essa escola é do tamanho de um ovo. - Bella fala olhando para a escola com desgosto.

— Eu me corrijo então, até daqui a pouco. – diz Emmet lhe dando uma piscadinha e volta para onde estávamos.

Bella entrou no colégio e eu saio do carro.

— Que intimidade toda foi aquela Emmet? – diz Rosalie com ciúmes.

— A garota é das minhas.

— Como é? – Rosalie fala furiosa.

— Calma ursinha, eu quis dizer que ela é divertida, sabe que aprecio isso nas pessoas.

— Claro, já que você é uma eterna criança.

— Você mais do que ninguém sabe o quão grande eu sou. – Emmet soa malicioso lhe dando um beijo.

Alice e Jasper rolaram os olhos para o comentário de Emmet e saíram em direção à entrada da escola e eu fui em direção ao meu carro.

— Edward a aula. – Alice fala ao perceber que eu não os acompanhavam.

— Eu vou caçar mais um pouco, estou desabituado a ficar no meio de tantos humanos em ambiente fechado por muito tempo. Acho melhor eu começar a frequentar as aulas só amanhã. Estarei mais preparado. – expliquei, não era uma completa mentira, mas eu sabia que com muito esforço conseguiria se o fizesse agora. Mas eu tinha de pensar no que fazer com relação à Isabella.

— Certo, eu resolvo sua situação na secretaria.

— Obrigado Alice.

Já era tarde da noite quando cheguei da caçada, pois passei a maior parte do tempo pensando no quão azarado eu sou, como essa garota vem parar logo aqui? E me questionando se conto ou não para minha família o que aconteceu no Rio de Janeiro, já que felizmente Alice não viu o que eu fiz lá.

— Edward eu acho que você tem de abrir o jogo. – Jasper  fala assim que pus meus pés na sala, onde toda à família estava reunida me esperando.

— Do que está falando?

— A Isabella nos encarou o tempo todo que nos viu na escola. Ela me deu a impressão de saber sobre a gente. E os olhos dela são iguais ao do seu desenho.

É só me resta abrir o jogo. Então contei a eles que a salvei daquele carro. Mas garanti que ela não sabe que sou um vampiro.

— Você foi irresponsável e ainda esconde uma coisa dessas da gente.

— Rosalie ela estava no Rio de Janeiro, como eu poderia imaginar que nos encontraríamos nessa cidade tão longe de lá? E ela não tem ideia do que somos.

— Ela não sabe ainda, mas pode vir a descobrir. Convivendo conosco na mesma escola já que não podemos nos mudar e deixar a garota que sabe demais para trás, para ela dar com a língua nos dentes.

— Eu já falei que ela não sabe que somos vampiros. Ela não me viu, então se eu sumir de Forks agora com o tempo ela esquece essa cisma de que vocês tem algo a ver comigo.

— Filho você acabou de voltar para nós. – diz Esme aflita.

— E além do mais é melhor que esteja aqui para ler a mente dela e saber o que exatamente ela pensa de nós. E assim encontrarmos uma saída de como lidar com isso.

— Isso será inútil pai.

— Como inútil Edward? podemos nos antecipar á qualquer reação dela se você nos disser o que ela tem em mente.

— Aí é que está pai eu não consigo ler a mente dela.

— Que maravilha! – diz Rosalie irônica- Bela hora para seu dom dar defeito.

— Essa não! A Isabella vai descobrir que somos vampiros. – Alice fala apreensiva tendo uma visão- Daqui a poucos minutos.

— Não pode ser?! – digo incrédulo.

— A garota é esperta! – Emmet fala impressionado com a rapidez com que Isabella desvendou o mistério.

— Temos de fazer algo imediatamente. Antes de sermos expostos por essa humana.

— Deixa comigo Rose, eu que nos expus então eu que tenho de consertar isso.

— Infelizmente só tem um jeito. – Rosalie fala pensando em matá-la, ela não estava sendo insensível com a vida da humana, apenas era o que éramos orientados pelos Volturi a fazer para resolver situações como essa.

— Eu não a salvei, para que eu mesmo a matasse depois.

— A morte é o fim dela de qualquer forma, você só adiou ao salvá-la daquele carro. Mas se quiser eu mesmo cuido disso.

— Eu não acredito que está  dizendo isso, ela tem uma vida inteira pela frente Rosalie. Eu não tirarei isso dela.

— Há outra saída Edward você pode transformá-la. Ela continuaria viva e o segredo a salvo. – sugeriu Jasper.

— Não farei isso também, não é justo com Isabella ser transformada por isso.

— E o que fará? Eu não vejo mais saída. - diz Jasper. 

— Pedirei que guarde segredo. Ela não comentou do dia que a salvei, então acredito que ela possa manter o segredo. Se isso não se espalhar duvido muito que os Volturi descubram que Isabella sabe da existência de vampiros.

— Ah! Claro nosso segredo dependendo de uma promessa de uma humana. Você está  realmente querendo manter segredo? – diz Rosalie irônica.

— Entendo seu medo Rose, mas tenho certeza de que Isabella é capaz de manter segredo.

— Como pode ter certeza? Se ao menos você pudesse ler a mente dela.

— Isso não é relevante.

— Eu posso vigiá-la, ficar atenta a suas decisões, posso prever isso.

— E se ela tiver uma decisão não planejada, você não verá Alice. É melhor cortar o mal pela raiz.

— Eu farei a minha maneira Rosalie.

— O segredo não é apenas seu Edward, eu não concordo que essa seja a maneira sensata de contornar essa situação.

— E mata-la é uma maneira muito sensata de resolver essa situação, não é mesmo Rosalie? – digo irônico.

— Não estou feliz com isso, mas é o que deve ser feito.

— Encoste um dedo nela para você ver. – falo de maneira firme e Rosalie me olhou incrédula.

— Calminha aí Edward. – diz Emmet se pondo entre mim e Rosalie, ele temia um confronto.

— Você escolhe uma humana qualquer ao invés de sua família? -diz Rosalie incrédula.

— Isabella não tem que pagar pelo meu erro.

— Você será o fim dessa família Edward.

— Calma os dois. – pediu Carlisle. - Faça sua tentativa filho, eu confio no seu julgamento com relação a essa moça.

— Obrigada pai. – e saio imediatamente correndo para a casa da Isabella antes que Rosalie pudesse virar esse jogo novamente.

Ao chegar vi que a casa dela era meio isolado, cercada por árvores assim como a minha, a diferença é que ficava próxima da rodovia. Só uma luz do segundo andar da casa estava acesa, não havia mais ninguém além dela na casa. Onde estava a família dessa garota? Já era bem tarde da noite para que ficasse sozinha.

Entrei sorrateiramente pela janela do seu quarto, e lá estava Isabella sentada de costas para mim e de frente ao computador fazendo pesquisas. E tinha alguns livros sobre seres mitológicos sobre a mesa também.

— Eles são vampiros. Assim como aquele cara que me salvou daquele carro no Rio de Janeiro. – ela chega à conclusão certa sobre nós.

— Você acertou em cheio Isabella.

 E ela se levantou rapidamente da cadeira assustada e acabou se desequilibrando, fui até ela rapidamente e segurei sua cintura para mantê-la de pé.

— Você!- diz surpresa a me ver- O que faz aqui? Como entrou aqui? Tenho certeza de que não passou pela porta.

— Eu teria passado pela porta sem que você percebesse, mas de qualquer forma você está certa eu entrei pela janela.

Tiro minhas mãos de sua cintura, quando ela já estava estabilizada novamente, por mais que minhas mãos quisessem sentir mais do calor de sua pele.

Foco Edward. Eu me recrimino mentalmente. Você tem uma missão importante a cumprir aqui.

— Estamos no segundo andar. – fala sem acreditar em mim.

— Mesmo que estivesse no último andar do maior arranha-céu do mundo eu teria conseguido entrar pela janela do mesmo jeito.

— Como é possível?

— Depois de ter me visto tirá-la rapidamente da frente daquele carro, como ainda pode duvidar de que eu possa fazer isso?

— Tem razão, então você confirma que estou certa?

— Você é esperta de mais para cair em qualquer desculpa que eu usasse para fazê-la desacredita-la de que não somos vampiros. E te aconselho a não espalhar essa sua descoberta. Os Volturi podem ficar sabendo e isso seria sua morte na certa. Nem mesmo eu poderia lhe salvar disso.

— Volturi?

— Eles se intitulam a realeza dos vampiros, são nossos líderes, cuidam para que nossa espécie continue no anonimato, humanos não podem saber de nossa existência.

— Não é minha intenção dizer a ninguém, mas de qualquer forma eu sei, então eles vão me ... – fala incapaz de completar a frase.

— Não se preocupe, se você não espalhar, eles nunca saberão que você sabe.

— Seu segredo está a salvo comigo.

— Obrigado por fazer isso.

 Fiquei feliz por ver que está sendo sincera em dizer que guardaria o segredo. Eu havia mesmo feito o julgamento certo com relação a Isabella.

— Não agradeça, é o mínimo que posso fazer, já que se não fosse por você não estaríamos nem tendo essa conversa.

Apenas assenti, olhando para aquele lindo par de olhos cor de chocolate derretido, apesar do problema que trouxe a vida dela e de minha família, eu não me arrependia nem um pingo de tê-la salvo. Só torço para que de fato os Volturi nunca descubra isso, enquanto Isabella viver.  

— Era apenas isso que vim fazer aqui. Tenha uma boa noite Isabella. – e vou em direção a janela encerrando aquela conversa, pois minha missão já estava cumprida.

— Espera!

Me viro para ela e senti uma energia forte me puxando para me aproximar mais dela. Estranho! Nunca senti isso antes.

— Ainda vamos nos ver?

A encarei incrédulo, pois ela acaba de descobrir que sou um vampiro e ainda sim deseja continuar me vendo.

— Amanhã na escola.

Isabella me olhou sem entender.

— Eu também sou um Cullen. - e salto sua janela, mas com uma enorme vontade de ficar lá. Essa garota parece que me puxa para si como um ímã. Mas tenho de quebrar essa atração e manter-me longe, eu não precisava trazer mais problemas para ela.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

ATÉ SÁBADO QUE VEM !



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A luz e a escuridão" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.