Amor de Pai - RxHr escrita por Verônica Souza


Capítulo 29
Capítulo 29




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Rony saiu do banho e vestiu sua roupa. Olhou pela janela e Hermione e Gina estavam brincando no jardim com as crianças. Apesar de Hermione parecer alegre, Rony via nos olhos dela que estava magoada, e tudo por culpa dele.

– Posso entrar? – Harry apareceu na porta.

– Claro. – Rony se virou para ele e escorou na janela.

– Como estão as coisas?

– Como era de se esperar. Não estamos conversando direito, mas ela me pediu para ficar.

– Era de se esperar que ela pedisse isso. – Harry sorriu. – Mas estou perguntando de você. O que vai fazer sobre isso?

– Eu? Vou fazer o que sempre fiz... Esperar que ela me perdoe, se me perdoar...

– Acho que esse caso é diferente. Você tem que correr atrás do seu perdão.

– Mas como? Ela não se lembra de nada. Seria melhor se lembrasse. Nada do que eu falar vai adiantar.

– E você vai ficar assim, de braços cruzados?

– O que eu posso fazer Harry? Errei, e todos nós sabemos que errei.

– Eu não sei Rony! Arruma um jeito!

– Eu fiquei tanto tempo pensando nisso, que até tive um sonho Harry!

– Que sonho?





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Hermione subiu as escadas e ouviu Harry e Rony conversando. Pensou em descer, mas teve vontade de saber o que estavam conversando. Talvez ouvindo escondido pudesse saber se Rony estava realmente arrependido. Aproximou-se da porta, e ficou escondida ouvindo a conversa.

– Emília me puxou para um canto da minha sala, mas eu não queria parar. Sabe... Eu continuei... Eu pensava em Hermione e tudo mais, mas não queria pensar nela. Era como se ela fizesse parte do meu passado. Então eu e Emília... Nós... Fizemos sabe. Lá mesmo no escritório... Como já fiz com Hermione uma vez.

Hermione abriu a boca perplexa. Não poderia acreditar no que estava ouvindo. “Então quer dizer que ele não está arrependido coisa nenhuma! E ainda fez coisa muito pior com ela, e gostou!”. Hermione pensou em entrar no quarto e xingar Rony de todos os nomes possíveis, mas achou melhor descer. Ela desceu as escadas, ainda com aquilo em sua mente.





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– Foi o pior sonho que tive na minha vida! – Rony disse olhando para Harry. – Não gosto nem de pensar.

– Mas Rony, foi apenas sonho. Você sabe que teve um momento de fraqueza e rolou um beijo, mas acho que algo a mais você não teria coragem.

– Claro que não! Mesmo com o beijo... Eu não quis continuar porque pensei em Hermione. Eu amo ela Harry, amo muito, nenhuma outra mulher me faz sentir o que sinto por ela. Você me entende! Sente o mesmo pela Gina! Nenhuma mulher despertaria algo em mim como Hermione desperta.

– Sim, eu te entendo. – Harry respirou fundo.

– Eu preciso concertar as coisas Harry... Não posso perder Hermione desse jeito.

– Aproveite essa semana de folga. Faça algo especial... Conversem sobre isso.

– É isso que eu vou fazer.





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Hermione chegou ao jardim e Gina logo reparou que ela estava diferente.

– O que foi? – Perguntou preocupada.

– Seu irmão...

Foi apenas o que ela disse. Gina não entendeu, mas sabia que estava vindo briga por aí. Olhou para Tiffy, e ela logo entendeu.

– Crianças Weasley, vamos entrar um pouco e ver televisão. – Ela disse para as crianças. Por sorte eles concordaram e entraram com Tiffy.

–Hermione o que foi dessa vez?

Antes de Hermione responder, Harry e Rony apareceram no jardim.

– ELE! – Ela apontou para Rony. – É A PESSOA MAIS FALSA QUE EU CONHEÇO.

– Eu? Por quê? – Rony perguntou confuso.

– MENTIROSO! TRAIDOR E CARA DE PAU! – Ela gritou furiosa.

– TÁ FALANDO DO QUE? – Ele perguntou indignado.

– VOCÊ É UM GRANDE IDIOTA!

– Hermione o que está acontecendo? – Harry perguntou.

– PERGUNTA PRO SEU AMIGO TRAIDOR! E DEPOIS FAZ UMA CENA INTEIRA NO MINISTÉRIO PORQUE NICHOLAS QUASE ME BEIJOU. ANTES EU TIVESSE DEIXADO ELE ME BEIJAR.

– AH É? BEM QUE VOCÊ QUERIA ISSO NÃO É?

Harry olhou para Gina enquanto os dois gritavam um com o outro. Estava virando a maior bagunça, nenhum dos dois conseguia ouvir, apenas gritavam e reclamavam. Harry estava cansado de ver os amigos brigando tanto, estava perdendo a paciência.

– Chega! Já cansei! – Harry disse em voz alta e pegou sua varinha apontando para eles. Os dois olharam para ele assustados, e logo depois desapareceram.

Gina olhou assustada para Harry, e avançou para cima dele.

– HARRY POTTER O QUE VOCÊ FEZ COM ELES? – Ela perguntou brava.

– Calma Gina! Eu apenas ajudei os dois. Mandei eles para um lugar, e eles não irão sair de lá enquanto não conseguirem se resolver.

– Como assim?

Gina olhou para ele, mas Harry parecia tão calmo, que ela pensou que talvez não fosse uma coisa ruim... Talvez...




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Hermione e Rony olharam para os lados. Estavam em um lugar parecido com a casa de Hagrid, mas sabiam que não era. O lugar tinha apenas uma lareira, um sofá, e uma escada, que provavelmente tinha apenas um quarto no fim dela. A geladeira ao lado parecia mais velha do que a própria casa, e uma pequena porta deduziram que era o banheiro, muito pequeno que não caberia nem uma pessoa direito.

– Que lugar é esse? – Rony perguntou irritado.

– Eu vou matar o Harry! – Hermione disse com raiva.

Rony foi para a porta, mas era óbvio, estava trancada.

– Ótimo! Estamos presos aqui.

– Eu juro que mato o Harry! – Hermione falou. – Onde estamos?

– Não faço ideia! Mas aquele quatro olhos vai ver só comigo quando eu conseguir sair daqui. – Ele colocou as mãos no bolso, mas estavam vazios. – DROGA! Minha varinha ficou na gaveta!

– Você não trouxe sua varinha? – Perguntou com raiva.

– Não! Me empresta a sua!

– Eu... Eu deixei em cima da mesinha.

– Ohhh... “Você não trouxe sua varinha?” – Ele imitou sua voz, pateticamente.

– Vai pro inferno Ronald! – Ela xingou e virou de costas para ele. – Só espero que tenha um jeito de sair daqui.

– Conhecendo Harry com certeza não tem. Aposto que tem algum tipo de feitiço.

– O que é isso? – Hermione olhou para o sofá. Havia um bilhete. Ela pegou e o abriu, ficando vermelha. – HARRY PERDEU O JUÍZO!
– Deixa eu ver. – Rony pegou o bilhete da mão dela:



“Queridos amigos,

Há essa altura devem estar me ameaçando ou coisas do tipo, mas fiz isso para o seu bem. Meu tio nos levou até esse lugar uma vez, e é o lugar mais afastado da civilização que eu já estive. Pensando em vocês, enfeiticei esse lugar para que só consigam sair daí quando se reconciliarem. Sou uma espécie de fada madrinha, mas esse feitiço não acaba à meia noite. (Hermione vai me entender). Deixei essa casa para o caso de vocês precisarem de alguns momentos a sós para se entenderem. Espero nunca ter que usá-lo, agora que vocês estão prestes a casar. Acho que as coisas irão melhorar. Ou piorar. Mas saibam que se eu usei, é porque gosto muito de vocês, e quero que fiquem bem. Seja o que for a briga, tentem se resolver civilizadamente. Não se preocupem, há comida e água. Não irão morrer, ao menos que se matem, que eu espero que não aconteça.

Com carinho, Harry.”



– Filho da...

– Realmente tem comida. – Hermione abriu a geladeira. Estava abarrotada com comida. – Mas que ideia! Harry perdeu o juízo. E as crianças?

– Esse filho da mãe planejou isso mesmo antes de nos casarmos.

– Talvez soubesse que precisaríamos disso algum dia... Afinal conhece o amigo que tem. – Hermione o alfinetou.

– O que quer dizer? – Rony perguntou irritado.

– Você sabe o que eu quero dizer. – Ela cruzou os braços e subiu as escadas.

– Espera aí! – Rony foi atrás dela, batendo os pés. Subiram as escadas e saíram direto em um quarto, onde havia apenas uma cama, e nada de janelas.

– Só tem uma cama... – Hermione disse. – Óbvio. Certo, você pode ficar no sofá.

– Por quê?

– Porque eu não quero dormir com você!

– Eu que não quero dormir com você!

– Ótimo, então durma no sofá!

– Por que você não dorme no sofá?

– Por que eu sou uma dama!

– Ah sim... Uma dama... Que fica se atirando nos braços de outro homem.

– Olha aqui você não tem a mínima condição de ficar falando esse tipo de coisa, ainda mais quando foi VOCÊ que traiu! E vai saber se fez algo a mais...

– Como assim?

– Não vou te explicar!

– Então vai ficar com raiva de mim brigando comigo sem ao menos me falar porque está assim?

– Você sabe porque estou assim!

Rony respirou fundo. Estava cansado de discutir.

– Certo... Vou ficar lá em baixo, bem longe das suas maluquices. – Ele se virou e desceu as escadas.

– ÓTIMO! – Ela gritou. Olhou em volta, apesar do lugar não ter janelas, era muito frio. Ela sentou-se na cama, sem saber o que fazer.





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– Você só pode estar ficando louco! – Gina disse olhando feio para ele. – Traga eles de volta Harry!

– Não Gina. Eles estão bem! Tem tudo lá. Só precisam de um tempo para se resolver.

– E se eles se matarem?

– Gina, eles se amam.

– Bom, eu te amo e quero te matar agora.

– Mas você não vai, justamente porque me ama.

Gina o encarou, com as mãos na cintura.

– Ruivinha, eles estão bem. – Harry a puxou pela cintura. – Vão se resolver logo. Se eles não voltarem até amanhã à noite, eu trago eles de volta está bem?

– Está bem... – Gina respirou fundo. – Talvez seja realmente bom pra eles. Mas as crianças vão sentir falta.

– Vamos entretê-las, talvez nem sintam falta deles. Vamos levar elas lá pra casa.

Gina concordou apesar de achar uma loucura o que Harry fez. Mas ela sabia que ele fez para o bem deles, e talvez desse certo.





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Já tinha anoitecido. Hermione passou o tempo inteiro dentro do quarto, e Rony no sofá. Não tinham nada pra fazer, a não ser pensar. Pensaram muito sobre a vida, e chegaram à conclusão de que não precisavam brigar tanto, apenas conversar e resolver os problemas.

Rony ouviu Hermione descer as escadas, e olhou para ela. Estava deitado no sofá.

– Fiquei com um pouco de fome. – Ela disse. – Está com fome?

Ele balançou a cabeça afirmando. Ela foi até a geladeira, e a abriu, analisando tudo que tinha ali. Havia várias vasilhas com nomes de comidas. Ela pegou a que estava escrito “batatas assadas e pernil.”. Colocou a vasilha sobre a pia, e a abriu. Como se tivesse acabado de sair do forno, dentro da vasilha havia vários pedaços de pernil, e muitas batatas douradas. Parecia até uma comida feita por Molly, o que Hermione não duvidava. Pegou dois pratos que tinham na pia, e colocou um pouco em cada prato. Ela se virou, mostrando os pratos para Rony.

– Harry é um grande filho da mãe. – Rony riu. Hermione sorriu e foi até ele, lhe entregando o prato. – Obrigado.

Ela sentou ao lado dele, e eles comeram em silencio. Estava tudo silencioso. Apenas o barulho do fogo queimando na lareira. E era o único lugar para onde eles olhavam.

– As crianças devem estar sentindo nossa falta... – Hermione quebrou o silencio.

– Gina é boa em entretê-los. Talvez nem notem nossa ausência.

– Estou com saudade deles. – Ela disse rapidamente.

– Isso é bom. – Rony disse. – Pelo menos você tem afeto por alguém da família.

Hermione o olhou. Colocou seu prato na mesa e o encarou.

– Ouvi você falando com Harry no quarto hoje de manhã.

– Ouviu? – Rony também colocou o prato dele na mesa.

– Sim... Olha... Vamos aproveitar que ainda estamos calmos, e seja sincero comigo. Você fez... Algo a mais... Com Emília? – Perguntou com aperto no coração.

Rony demorou um tempo para entender a pergunta, mas quando entendeu, deu um salto.

– Por Mérlin Hermione, claro que não! – Disse perplexo.

– É que ouvi você dizendo... Que fizeram... No escritório...

– Oh meu Deus! – Rony passou as mãos nos cabelos. – Eu estava falando do sonho que eu tive!

– Sonho?

– Claro! Hermione... Acha que...? – Ele olhou para ela. – Meu Deus!

– Ora Rony, queria que eu pensasse o que? Vocês já se beijaram, poderiam muito bem ter feito algo a mais...

– Não, não poderíamos! Cometi um deslize, mas não seria tão grave assim Hermione! Sou idiota, mas nem tanto.

Ela ficou em silencio e abaixou a cabeça.

– Não acredito... Tudo isso por causa de um mal entendido. – Ele disse.

– Não tenho culpa. Não ouvi você dizendo que era um sonho.

– Nem sonho, foi um pesadelo.

– Foi tão ruim assim?



– Hermione, eu fazer sexo com outra mulher a não ser você é claro que é ruim!

– Segundo ela não foi isso que você pensou quando estavam na biblioteca.

– Isso faz muito tempo! Nem eu me lembro mais.

– Meio difícil esquecer eu acho, já que você falava o nome dela várias vezes. Eu não me lembro, mas pode ser que você tenha falado o nome dela enquanto fazíamos.

– Mas que tolice! – Ele se levantou ficando vermelho. – Eu nunca cheguei a esse ponto com você. Acha que só porque beijei ela uma vez já fiz tudo isso?

Ela não respondeu. Rony andava de um lado para o outro.

– Não te culpo... – Ele disse se acalmando. – Quando vi você e o Nicholas no corredor, realmente imaginei que você faria o mesmo que eu. Mas já deveria imaginar que você é melhor do que eu.

– Deveria mesmo. – Ela disse.

– Será que um dia você vai me perdoar? – Ele olhou para ela.

– Eu já perdoei... Mas não sei se consigo confiar em você de novo.

– Entendo...

Os dois ficaram em silencio, apenas observando a lareira.

– Você... Sentiu algo quando beijou ela?

– Não... Não senti.

– Você já deve ter tido outras namoradas antes né...

– Bom, você ficou fora por muito tempo.

– Fora?

Rony olhou para ela. Tinha se esquecido de que ela não se lembrava de nada.

– Bom... Quando éramos adolescentes você ficou grávida da Mia. Resolveu se mudar para a França com seus pais e teve ela lá. Só voltaram quando Mia tinha sete anos.

– Sete anos? Eu fiquei todo esse tempo fora?

– Sim.

– Eu... Sinto muito.

– Tudo bem... Já superamos isso.

– E durante esse tempo você... Teve outras namoradas?

– Foi uma época infeliz da minha vida. Eu era destaque no quadribol, jogava nos Chuddley, comecei a ficar famoso... Tive algumas mulheres, mas nenhuma chegou a completar um mês. Não apresentei nenhuma delas para minha família, porque eu sabia que não ia querer nada sério. Eu ainda tinha esperanças que você voltasse.

– Então eu voltei.

– Voltou. E desde o momento que eu vi que ainda era apaixonado por você, jurei nunca mais me envolver com nenhuma outra mulher.

– Parece que não funcionou muito...

Rony a olhou, magoado.

– Desculpe. – Ela se levantou. – É que não consigo tirar isso da minha cabeça.

– Eu sei... Não vai esquecer tão fácil. Não te culpo.

– Eu queria... Queria poder esquecer essas coisas ruins, e me lembrar das boas. É tão difícil não me lembrar de nada. Saber que as pessoas sabem mais da minha vida do que eu mesma.

– Você vai se lembrar Hermione... Eu sei que vai.

Os dois se olharam nos olhos.

– Me diga Rony... Eu poderia confiar em você novamente?

– Isso depende de você... Acha que eu mereço sua confiança?

– Eu não sei... Sinceramente não sei.

– Sabe... Todos no Ministério dizem que sou o homem mais sortudo do mundo, por ser casado com você. E eu realmente acho que sou. Não sei por que quis se casar comigo... Sempre fui esse cabeça dura.

– É... Sempre mesmo.

– Diziam que se eu não ficasse com você, não conseguiria ficar com mais ninguém.

– É exagero.

– Exagero? Você encanta qualquer um!

– Mas será que consigo encantar quem eu quero? – Ela olhou para ele.

– Hermione, eu sou apaixonado por você. Chega a doer, o quanto eu te amo. – Ele segurou sua cintura. – E apesar de todos esses caras gostarem de você, nunca te amariam mais do que eu te amo.

– Como sei que você está falando a verdade?

– Siga o seu coração...

Hermione olhou para ele. Os olhos vermelhos de tanto segurar as lágrimas se encontraram com os azuis cintilantes dele. Hermione seguiu seu coração, e nos olhos de Rony estava a verdade... Ele realmente a amava, e estava sofrendo tanto quanto ela pelos erros que cometeu.

– Meu coração está magoado demais para isso... – Ela se afastou um pouco. – Acho que ainda não estou preparada para recomeçar.

Rony não respondeu. Não poderia culpá-la.

– Confiança é algo que conquistamos com o tempo... Se me ama de verdade e está realmente arrependido... Quero que prove. – Ela disse se virando e subindo as escadas.

Rony ficou parado olhando para a lareira. Sabendo que ela tinha razão.




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– Harry, já está tarde! Traga eles de volta. – Gina disse.

– Mas Gina...

– Mas nada Harry Potter! Se tiverem resolvido ou não eu quero que você traga eles de volta! As crianças já estão chamando por eles!

– Está bem... – Harry se levantou e foi até a lareira, acenando sua varinha. – Daqui a pouco vão estar aqui.




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– Hermione! – Rony a gritou do andar de baixo. Ela não queria descer. Não queria encarar Rony. Era difícil para ela ser tão fria com ele, mas ela precisava. – Hermione corre aqui!

Ela percebeu que não era atoa que ele estava chamando-a. Levantou-se da cama e desceu as escadas. Rony estava parado em frente a lareira, que estava apagada e brilhando.

– O que foi?

– Acho que é um portal. Podemos ir embora. – Rony disse olhando para ela um pouco decepcionado. – mas... Se quiser ficar um pouco mais... Talvez...

– Não! Estou com saudades das crianças. – Ela disse rapidamente. – Vamos logo.

Rony afirmou com a cabeça, e andou até a lareira, decepcionado. Hermione entrou logo depois, e eles desapareceram.





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Gina esperava ansiosa a chegada dos dois, e estava prestes a dar mais uma bronca em Harry, quando a lareira se acendeu, e dos dois saíram juntos.

– Graças à Merlin! – Gina respirou aliviada. – Pensei que tivessem se matado.

– Não exagera Gina. – Rony disse mal humorado. – E você me paga Harry Potter! – Ele apontou para Harry.

Ele observou os dois. Não pareciam ter voltado. Seu plano não tinha dado certo.

– Er... Desculpem. É que estava cansado de vocês brigarem tanto. – Harry disse.

– Não se preocupe, já briguei com ele. – Gina colocou as mãos na cintura. - Mas então... Vocês...

– As crianças estão lá em cima? – Hermione a cortou.

– Sim... – Gina respondeu um pouco confusa.

– Com licença. – Ela disse subindo as escadas. Gina olhou para Rony esperando uma explicação.

– Não deu muito certo... – Rony disse magoado. – Ela ainda está chateada.

– Claro que está! Você traiu ela. – Gina disse rapidamente. – Essas coisas não se esquecem de um dia para o outro.

– Eu sei que não... Ela disse que tenho que reconquistar a confiança dela...

– Então faça isso!

– Mas como Gina?

– Olha... Nós mulheres gostamos de coisas simples. Tente demonstrar pra ela que você a ama, e que está muito arrependido do que fez.

– E... Vai funcionar?

– Bom... Se ela te ama, vai sim. Mas não adianta achar que vai ser rápido. Você fez a burrada agora aguenta.

Rony olhou para Harry pedindo algum conselho, mas o amigo já tinha feito o possível. Não restava mais nada para ajudar.


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