Amor de Pai - RxHr escrita por Verônica Souza


Capítulo 19
Capítulo 19




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/483838/chapter/19

Hermione acordou com o som das gargalhadas de Mia. Ela olhou para o outro lado da cama, e Rony não estava lá. Calçou suas pantufas e andou pelo corredor, querendo saber os motivos da risada. Ela parou na porta do quarto da pequena, e percebeu que eles tinham mudado toda a decoração.

O quarto estava com a parte de cima pintada de branco, parecendo nuvens, e a parte de baixo um azul mais claro. Nas paredes, vários cavalos alados voando. Hermione sorriu e ficou parada olhando a diversão deles.

– Olha mãe! – Mia disse admirada. – O papai fez pra mim!

– Ficou lindo. – Hermione disse animada. – Do jeito que você sempre quis!

– Siiiim! – Ela andou ao redor do quarto olhando todos os detalhes.

– Ela me disse que nunca teve um quarto só dela... Então escolheu essa decoração. Acho que ficou bom. – Rony disse sorrindo.

– Ficou maravilhoso. – Hermione sorriu de volta.

– Mãe, o papai tava falando que vai nos levar para Hogsmeade hoje!

– Hum acho uma ótima idéia. – Hermione falou. – Mas primeiro você precisa tomar um banho não é?

– Ah mãe... – Ela disse desapontada.

– O que é isso? Seu pai está te ensinando essas coisas? – Hermione riu. – Quanto mais rápido você tomar seu banho, mais rápido nós vamos.

Mia pegou rapidamente sua toalha e correu para o banheiro. Hermione e Rony riram. A cada dia que passava ela ficava mais parecida com o pai.

– E que tal você ir tomar um banho também? – Hermione sorriu pra ele.

– Só se você for comigo... – Ele se aproximou malicioso.

– Hum... Tentador. – Ela sorriu e entrelaçou seus braços no pescoço dele. – Vou ganhar uma massagem?

– Quantas você quiser.

Ele beijou o pescoço dela e apertou sua cintura. Mesmo com uma barriga de oito meses, Hermione ainda conseguia ser bastante sensual. Assim que ela engravidou, as esperanças de Rony em ter a vida sexual ativa foram por água abaixo, mas foi totalmente diferente. Ficou ainda mais ativa do que antes.

– O que foi isso? – Ele perguntou assustado.

– O bebê chutou Ron! – Ela sorriu. – Olha. – Ela pegou as mãos dele e colocou nos cantos de sua barriga. Sentiu uma pontada dos dois lados.

– Uau! – Rony olhou impressionado. – Esse vai ser um grande goleiro hein.

– Estranho... – Hermione falou admirada. – Parece que chutou dos dois lados...

– Isso é normal?

– Não sei... Acho que sim... Mia não chutava tanto assim.

– Então deve ser um menino. – Ele sorriu.

– Quem sabe... – Hermione sorriu de volta. – O banho ainda está de pé?

– Mas é claro! – Rony a pegou no colo, fazendo com que ela desse um gritinho e foram em direção ao banheiro.






**********


Chegaram a Hogsmeade e Mia ficou deslumbrada. Soltou a mão de Rony e correu na frente deles, olhando tudo em sua volta. Hermione e Rony andavam de mãos dadas logo atrás, sempre atentos à ela.

– Pai! Uma loja de bichos! Posso entrar? – Ela perguntou.

– Pode! Mas fique por perto. - Mia correu para dentro da loja.

Assim que abriu a porta, trombou com uma moça alta.

– Oh... Desculpe. – Ela disse assustada.

– Tudo bem pequenina. – A mulher sorriu. – Está sozinha?

– Não... Meus pais estão ali fora.

– Ah... Tome cuidado... Ainda existem pessoas perigosas por aí. – Ela passou a mão na cabeça de Mia.

– Está bem... Obrigada. – Mia se afastou rapidamente.

Hermione e Rony entraram na loja e Hermione percebeu que a mulher que saía olhava estranhamente para ela. Pensou que talvez fossem coisas da sua cabeça, e deixou pra lá.

– Por que não vai ficar com Mia? Eu vou dar uma olhada em algumas coisas... – Rony falou beijando o rosto de Hermione e se afastando.

Hermione foi atrás da filha, que olhava animada para todos os bichos que tinham lá. Notou que um homem as observava de longe, algumas vezes tentando disfarçar. Hermione ficou preocupada. Primeiro a mulher, depois o homem.

– Filha, vamos esperar seu pai lá fora?

– Ah mãe... Mas quero ver os bichinhos...

– A gente volta depois... Vamos à Dedos de Mel.

– Obaa!

Hermione respirou aliviada por Mia ter concordado, e saíram da loja. As duas ficaram paradas do lado de fora, esperando Rony, e Hermione desejou que ele não demorasse. Por sorte, ele saiu da loja, com algo em suas mãos. Hermione arregalou os olhos, e Mia o olhava com os olhos brilhando.

– Aqui... Um presente pra você. – Rony entregou o pequeno bicho peludo para Mia, que parecia não acreditar.

– Está falando sério papai? – Ela olhou para o gatinho em suas mãos.

– Sim... Sei que pediu um cachorro, mas acho gato melhor... – Ele sorriu e olhou para Hermione.

– Uau! É o máximo! Obrigada! Como ele vai se chamar?

– Que tal se sua mãe escolhesse o nome dele? – Rony sorriu. Os dois olharam para Hermione, apesar de Rony já saber a resposta.

– Que tal... Bichento? – Ela sorriu.

– Adorei! – Mia disse animada. – Bichento! Bem vindo à família!

Rony estava entretido demais com a animação de sua filha, quando um homem passou ao lado encarando Hermione estranhamente. Ela se sentiu desconfortável, e não estava gostando nada daquilo.

– Rony... Eu... Eu quero ir embora. – Hermione disse.

– O que? Por quê?

– Não estou muito disposta...

– Está se sentindo mal? Quer ir ao médico?

– Não... Por que não continuam o passeio? Eu vou para a casa de Gina...

– Não Hermione, nós vamos embora com você.

– Não Rony... É só cansaço... Acho que não estou acostumada a ficar tanto tempo em pé. Eu vou ficar bem, Gina vai ficar comigo.

– Tem certeza?

– Tenho. – Ela sorriu tranqüilizando-o e lhe deu um beijo. – Divirtam-se.

Rony olhou desconfiado para ela, mas aceitou. Observou Hermione se afastar um pouco até desaparecer.

– E então... Vamos comprar alguns doces? – Ele sorriu para a Mia, desviando do assunto.





**************


Hermione aparatou em sua sala. Sentou-se pesadamente no sofá, tentando esquecer o que tinha acontecido. Com certeza deveria ser coisa da sua cabeça... Mas pensar em tudo aquilo a deixou cansada e indisposta. Não foi pra casa da Gina, preferia ficar sozinha e descansar. Decidiu tirar um cochilo no sofá, assim quando eles chegassem ela iria acordar.




************



– Então é ela? – O homem perguntou para a mulher.

– Sim. Não viu como ela ficou preocupada? Com certeza é ela.

– Mas não me parece que o bebê vai nascer agora.

– Mas é claro que vai seu idiota. É uma profecia... Profecias não falham.

– Então nós esperamos?

– Sim... Esperamos... Não vai ser fácil tirar sangue do bebê. Vamos ter que pensar em algo... Viu só como o Weasley ficava com ela? É daquele tipo super protetor... O maior saco! Temos que pensar em algo que dê certo...






**********



– E aí, gostou do passeio? – Rony perguntou para Mia.

– Sim papai, muito. Mamãe vai adorar os doces que compramos para ela! – Ela disse beijando o gato em suas mãos.

– Então acho que já podemos ir embora... Ela ainda deve estar na casa da sua tia... Vamos para lá?

– Vamos sim papai!

Os dois foram para a lareira da loja, e desapareceram.









Hermione acordou assustada. Tinha tido um pesadelo. Não se lembrava muito bem como era, só sabia que era horrível. Ela se sentou ofegante no sofá, olhando para os lados. A casa estava quieta. Sentiu-se arrependida por não ter concordado em Rony contratar um elfo para ajudá-la em casa. Às vezes sentia falta de alguém na casa, como naquele momento. Sentiu-se arrependida também de não ter ido para a casa de Gina.

Ela foi até a cozinha para beber um copo de água. Inevitavelmente ela lembrou-se do homem e da mulher que encontrou. Não se lembrava do rosto deles, mas sabia que eles eram realmente muito estranhos, e olhavam estranhamente para eles. Ela bebeu um gole de água e respirou fundo, tentando afastar aqueles pensamentos de sua cabeça.

Preparava-se para voltar para a sala, quando sentiu uma forte dor na barriga. Ela parou e colocou as duas mãos sobre ela. Sentia pontadas e chutes.

– Não... Agora não... Por favor...










Rony e Mia saíram da lareira direto na sala de Harry. Gina estava no sofá fazendo sapatinhos para bebês.

– Olá. – Rony foi até a irmã e beijou sua testa.

– Oi! – Ela disse animada recebendo um abraço de Mia. – Que surpresa!

– Surpresa? – Rony olhou para ela. – Onde está Hermione?

– Eu ia te perguntar o mesmo.

– Ela não veio pra cá?

– Não... – Gina olhou desconfiada. – Não sabe onde ela está?

– Estávamos em Hogsmeade e ela disse que ia vim pra cá porque estava sentindo-se indisposta.

– Posso afirmar com certeza que ela não veio pra cá. Estou aqui na sala desde a hora do almoço... E Harry está no ministério.

– Droga! – Ele disse alto. – Hermione sempre faz isso! Ela vai me enlouquecer Gina!
– Calma Rony... Porque não tenta procurar ela em sua casa? Já que estava indisposta deve ter ido para lá.

– Justamente onde ela não devia ter ido! – Ele passou a mão nos cabelos. – Pode ficar com Mia por uns instantes? Eu volto para buscá-la.

– Claro.

Rony beijou a testa da filha e correu para a lareira.

– A mamãe está bem não é tia Gina?

– Sim meu amor... Ela está... – Gina sorriu. Pelo menos esperava que estivesse.








Hermione estava deitada em sua cama, tentando se concentrar o bastante. As dores só pioravam a cada segundo, ela não sabia mais o que fazer. Não tinha mais forças para ir para a casa de alguém, e não tinha como avisar Rony. Sentiu-se uma estúpida em ter mentido para ele. Não poderia fazer isso com seu bebê. Implorou para que Rony soubesse que ela estava em casa. Foi aí que ouviu a voz dele vinda do andar de baixo:

– Hermione? Hermione está aqui?

Ela respirou aliviada.

– Rony! – Gritou chorosa. – Estou aqui no quarto. – Ela fez um esforço para conseguir se levantar. Estava tão frágil que mal conseguiu gritar, e desejou que Rony tivesse ouvido. Mas fez-se silencio. Devia ter ido embora.

Com muito custo ela conseguiu se levantar da cama. De vagar ela foi até a porta. As dores pioraram, e ela parou encostando-se ao portal. Suas forças estavam indo embora. Ela percebeu que estava caindo, quando sentiu alguém segurá-la. Os mesmos braços que a ampararam tantas vezes. Seu protetor. Rony a segurou e a olhou assustado. Ela tentou dizer algo, mas não conseguiu. E nem precisava. Imediatamente Rony a pegou no colo e a levou para a cama.

– Fica calma meu amor... – Ele disse tenso.

– Dói muito Ron...

– Calma... Eu vou conseguir ajuda. Espere só um momento.

Ele correu para o primeiro andar, pegando o telefone, um dos objetos trouxas que ele tinha mais pavor.








Harry chegou em casa e tudo estava silencioso.

– Estou em casa! – Ele disse.

– Estamos na cozinha amor!

Ele seguiu a voz de Gina, e foi até a cozinha. Ficou surpreso em ver sua sobrinha sentada na cadeira com um gato na mão.

– Uau, que surpresa é essa? Resolveu vir visitar seu tio mais legal? – Harry riu e beijou a testa da sobrinha.

– Oi tio Harry! Esse é o bichento. Meu pai me deu!

– Bichento? Seu pai te deu? Taí uma frase que eu achei que nunca ia ouvir. – Harry riu e beijou a esposa. – Onde estão seus pais?

– Rony foi buscar Hermione... Parece que aquela teimosa se sentiu indisposta e disse que ia vim pra cá, mas não veio.

– Será que está tudo bem?

– Acho que sim. Sabe como Hermione é. – Gina sorriu.

– Então que tal aproveitarmos que a pequena Mia está aqui e terminarmos de montar o quarto do bebê? O que acha Mia?

– Eu adorei tio Harry! – Ela disse animada.






O quarto do bebê já estava quase pronto. Mia colava alguns adesivos na parede, enquanto Bichento insistia em ficar ao redor das pernas da garota. Harry e Gina terminavam de montar os móveis, já que Harry não quis usar nenhum tipo de magia. Queria tudo feito à moda trouxa.

O telefone tocou e Gina o pegou em cima da mesinha.

– Alô?

Gina!

– Rony? O que foi? – Gina estranhou seu irmão estar usando um objeto que ele tanto odiava.

Hermione... Ela não está bem... Eu não sei o que fazer Gina!

– Calma Rony! O que ela está sentindo?

Eu não sei... Está fraca e com dores! Eu... Eu acho que o bebê vai nascer.

– Mas já?

É Gina! Já! – Ele disse nervoso. – Meu Deus... O que eu faço?

– Olha, fica calmo... Harry vai até o St Mungus chamar alguém, e eu vou até aí pra ajudar ok?

Tá bom...

Gina desligou o telefone pálida.

– Gina, o que foi? – Harry perguntou.

– Er... Mia... O que acha de ficar um pouco com sua avó? – Ela sorriu para a sobrinha.










Rony voltou correndo para o quarto. Hermione parecia pior. Ele foi até ela, passando a mão nos seus cabelos, sem saber o que fazer.

– Eu liguei para Gina... Harry vai chamar alguém... – Ele disse tenso.

– Ron... Eu... Eu não quero que nada aconteça... Eu estou com medo.

– Fica alma... Nada vai acontecer. Meu Deus onde a Gina está?

– RONY? – Gina gritou do primeiro andar.

– Estamos aqui Gina! – Rony gritou de volta. Em poucos minutos Gina estava no quarto.

– Hermione! – Ela correu até a amiga.

– Gina... Dói muito!

– Rony! Ela está em trabalho de parto!

– O que? – Eles perguntaram juntos.

– Você não teve isso da ultima vez não Hermione?

– Não... Foi... Cesariana.

– Cesar o que?

– Cesariana... É um procedimento trouxa... Eu não tive contrações. Ai! – Ela gritou colocando a mão na barriga.

Gina ficou na frente de Hermione. Levantou devagar o vestido dela e olhou tensa para Rony.

– Ron! Não temos muito tempo! O bebê ta nascendo!

– Como assim? O que... O que vamos fazer?

– Eu não posso fazer isso... – Gina se levantou. – Eu... Eu nunca reagi bem a isso... – Ela colocou a mão na boca. – Preciso ir ao banheiro. – Ela saiu correndo do quarto.

– GINA! – Rony gritou. – Mérlin... – Ele olhou para Hermione.

– Rony... Você precisa fazer isso... – Hermione falava ofegante.

– Eu não posso Hermione... Eu... Não consigo!

– Rony! É o seu filho! – Ela gritou nervosa. – AIIII!

Rony olhou aflito para ela. Só restava fazer aquilo. Ele se ajoelhou na frente de Hermione, e ela se posicionou. Rony arregalou os olhos. Sentia que ia desmaiar a qualquer momento. Hermione se agarrou aos lençóis e usou toda a força que tinha..

– Hermione! Você está conseguindo! – Ele disse animado. – Só mais um pouco!

Hermione mais uma vez usou toda a força que tinha. Rony sorriu orgulhoso.

– Está quase meu amor... Está quase. Continue... Você está indo bem.

Pela última vez, Hermione fez força. Caiu cansada na cama, quando ouviu um choro. Ergueu-se um pouco para olhar, e Rony segurava o seu bebê, com os olhos cheios de lágrimas.

– Conseguimos Hermione! – Ele sorria. – Nós conseguimos! É uma menina!

– Rony! – Gina entrou correndo no quarto. – Vocês... Vocês conseguiram! – Ela sorriu emocionada.

Hermione sorriu para Rony e ele sorriu de volta. Estavam aliviados.

– Gente, eu fui o mais rápido que pude! – Harry entrou ofegante no quarto com uma medibruxa ao lado. – Vocês... Vocês...

– Nós conseguimos Harry! – Rony disse abobado.

A medibruxa entrou no quarto e colocou sua mala em cima da cama. Pegou sua varinha e cortou o cordão umbilical. Gina correu até o quarto do bebê e pegou uma manta. Entregou a manta para Rony, e ele enrolou sua filha.

– Bom... Parece que estão todos bem. – A medibruxa sorriu satisfeita.

– Ron... – Hermione ficou pálida.

– O que foi? – Ele se aproximou dela preocupado. – Hermione o que foi?

– Está doendo... De novo... – Ela colocou a mão na barriga. – Aii.

– Pelas barbas de Mérlin! Temos outro bebê vindo! – A medibruxa disse animada.

– O que? – Os quatro perguntaram assustados.

– Sim... Temos outro bebê! Vamos lá querida... Continue...

Rony entregou a bebê para Gina.

– Leve ela para o quarto... Eu vou ficar aqui com Hermione. – Ele disse para ela. Gina concordou e ela e Harry foram para o quarto com o bebê. - Vamos lá meu amor... Eu estou aqui com você. Olha só que presente nós ganhamos... Dois filhos... Você consegue. – Rony segurou sua mão sorrindo.

Hermione olhou para ele, e respirou fundo. Mesmo que estivesse cansada, ela empurrou com todas as forças. Sentia que ia desmaiar a qualquer momento, mas não desistiu em nenhum momento.

– Isso! Está indo muito bem! Só mais uma querida...

Ela não agüentava mais. Não sabia se ia conseguir. Usou a força que ainda lhe restava, até não agüentar mais e cair cansada na cama. Sentiu que estava ficando fraca, e que não tinha conseguido. Até ouvir outro choro.

– É um menino! - A última coisa que ela ouviu antes de tudo ficar escuro.









Ela abriu os olhos com um pouco de dificuldade. Olhou em volta. Tudo estava limpo. Se ela não tivesse se sentido mais leve, diria que tudo foi um sonho. Levantou o lençol e viu que tinha trocado de roupa. Passou a mão em sua barriga, como fez há algumas horas atrás... Estava menor.

– Bom dia dorminhoca! – Gina sorriu para ela. – Trouxe o seu café. – Ela colocou a bandeja ao seu lado.

– Bom dia... – Hermione disse sorrindo. –Os bebês... Estão bem?

– Estão ótimos! Rony e Mia estão paparicando os dois.

– Então... Não houve nada de errado?

– Nadinha. Madame Alberta te examinou e examinou os bebes. Disse que estão todos saudáveis. Mas ela te deu uma poção do sono... Você precisava descansar.

– E dormi por quanto tempo?

– Já é de manhã... – Gina sorriu. – Mas Rony me deu ordens. Disse que só trará os bebês para você quando você tomar o seu café.

– Bom... Se ele deu ordens, então vamos obedecer. – Ela riu e tomou um copo de suco. – E você, como está se sentindo?

– Eu estou muito bem, me senti péssima por não ter consigo ajudar. Mas é que nunca reagi bem a esse tipo de coisa. Harry disse que não sabe como eu vou ter o bebê. – Ela sorriu.

– Você vai conseguir. – Hermione sorriu. - É uma sorte os bebês estarem bem... Nasceram antes do previsto.

– Madame Alberta disse que isso é normal quando se trata de gêmeos. Raramente eles nascem no tempo previsto.

– Não sei como não percebemos que eram gêmeos... Fiz tantos exames...

– Ela disse que normalmente em exames trouxas ocorrem erros... Como ocorreram nos seus. Um erro muito grave, mas que infelizmente acontece.

– O importante é que eles estão bem. – Ela comeu um pedaço de torrada.

– Estão muito bem... Vocês precisam escolher um nome!

Rony apareceu na porta, segurando os dois bebês. Um com uma manta azul, e o outro com a manta rosa. Ele sorriu para Hermione e se aproximou dela.

– Bom dia! – Ele sorriu e a beijou.

– Ótimo dia! – Ela sorriu.

– Esse daqui não parou de atormentar a irmã a noite inteira. – Rony riu entregando o bebê para Hermione. – Parece que ele é um pouco inquieto.

– Puxou alguém. – Hermione riu.

– E essa bonequinha aqui não chorou uma vez. Está sempre quietinha. – Ele olhou para a pequena em seus braços.

– Eles são a sua cara Rony! – Hermione sorriu olhando para o bebê em seu colo.

– Uma pena... – Gina brincou e os três riram.

– Bom dia mamãe! – Mia entrou correndo no quarto.

– Bom dia meu amor.

Mia sentou ao lado de Hermione na cama e beijou seu rosto.

– Já conheceu seus irmãozinhos?

– Sim... Eu e o papai arrumamos o quarto deles.

– Tive que usar magia... – Rony disse. – Aumentei o berço para colocar os dois nele.

– Ótima idéia. – Hermione sorriu.

– Qual nome vamos colocar? – Rony perguntou sentando-se ao lado dela.

– Hum... Eu gosto de... Anita. – Hermione sorriu olhando para a filha que estava quieta em seu colo.

– Anny! – Mia sorriu.

– Isso mesmo! Anny! – Hermione sorriu.

– Eu gostei! – Gina disse.

– Eu também! – Rony sorriu.

– Escolhe um nome para ele Ron...

Rony olhou para o filho por alguns instantes...

– Hum... Acho que ele combina com... Allan.

– Allan? O nome de todos os seus filhos vão começar com A? – Gina perguntou.

– Por que não? – Hermione sorriu. – Gostei de Allan.

– Então... Bem vindos à família... Allan e Anny. – Rony sorriu alegre e beijou Hermione.









UMA SEMANA DEPOIS...




– Anda Hermione! Estamos atrasados! – Rony olhava impaciente para o relógio, com o filho no outro braço, que não parava de se mexer. – Filho, por favor... Fica quietinho só por alguns segundos! – Ele balançou o braço tentando niná-lo.

– Rony, ele não vai dormir agora! Acabou de acordar! – Hermione apareceu na sala com Anny toda arrumadinha e Mia com um vestido florido e arco rosa.

– Pra que tudo isso?

– Oras... As damas dessa família andam sempre bem apresentadas.

– É apenas um aniversário Hermione... E infantil ainda por cima.

– Eu to bonita papai? – Mia perguntou girando.

– Está sim princesa, está linda. – Ele sorriu.

– Então vamos seu reclamão. – Os três saíram de casa indo para o carro. Não iriam usar a lareira enquanto os bebes ainda estivessem recém nascidos.

Durante o caminho, Hermione reparava que Allan estava sempre inquieto. Não chorava, mas se mexia o tempo inteiro. Enquanto Anny estava sempre quietinha.

– Allan vai dar trabalho. – Rony falou enquanto dirigia. – Ele não para um minuto!

– Aposto que ele não vai ser muito diferente de você. – Hermione riu.

– Olha mãe! Anny está segurando o meu dedo. – Mia disse animada.

Hermione sorriu para elas.

– Eu volto para o Ministério amanhã... Kingsley me deu apenas uma semana de folga. – Rony disse.

– E eu continuarei em casa. – Hermione respirou fundo.

– Cuidando das minhas princesas e do meu garotão. – Rony brincou com ela. – Qual é Hermione, não precisamos que você trabalhe também.

– Eu sei Ron, mas queria fazer pelo menos alguma coisa...

– Você está fazendo! Não gosta de ficar com nossos filhos?

– Claro que gosto Rony! Quis dizer que pelo menos trabalhar em casa eu queria...

– Não precisamos disso. Consigo sustentar vocês. E falando nisso, ainda temos que conversar sobre contratarmos um elfo.

– Rony! Eu já disse que não precisa!
– Hermione, eu já disse que vou pagá-lo, e ainda vou dar os finais de semana de folga. Não tem nenhum problema com isso. E não quero deixar vocês desprotegidas em casa.

– Não estamos desprotegidas, a casa está cheia de feitiços.

– Mesmo assim, não me sinto seguro.

– Está bem Rony...

Hermione encerrou o assunto. Sempre que os dois falavam nisso gerava uma enorme discussão, e ela não queria isso naquele momento. Seu humor estava ótimo, principalmente porque adorava ficar na companhia dos Weasley.






*********


– Ele nasceu! O bebê nasceu! – A mulher entrou eufórica na sala de estar, onde seu marido estava sentado.

– Mas já?

– Sim!

– Ela... Ela te disse isso?

– Claro seu idiota! – Ela colocou a mão no medalhão em seu pescoço.

– E agora? O que fazemos?

– Vamos nos infiltrar. – Ela sorriu.





************


Depois da festa de Victória, Rony e Hermione chegaram exaustos em casa. Por sorte os gêmeos tinham dormido, e eles os colocaram no berço, agora cada um tinha o seu. Mia também estava cansada, e Hermione logo a colocou para dormir, mesmo que ainda fosse cinco horas da tarde.

Ela e Rony sentaram cansados no sofá. Como todas as outras festas na Toca, essa tinha sido bastante animada, e isso quer dizer pais cansados de correr atrás dos filhos a tarde inteira.

– Que tal um vinho? – Rony olhou para Hermione malicioso.

– Se vier com uma massagem, eu aceito. – Ela riu.

– Feito. – Ele se levantou e pegou a garrafa de vinho no balcão. Encheu duas taças e entregou uma para Hermione, sentando-se ao lado dela. – Aos filhos maravilhosos que a mulher mais linda do mundo me deu. – Ele sorriu.

– E ao homem mais perfeito de todos que me deu a chance de ser tão feliz. – Os dois brindaram e beberam um gole do vinho, colocando as taças em cima da mesinha, e se agarrando logo depois. Desde o nascimento dos gêmeos eles não faziam nada. Queriam matar a saudade do calor dos corpos unidos. Eles se beijavam com tanta ganância que Hermione se viu sem sua blusa. Rony sorriu malicioso para ela.

– Ron... Eu ainda não posso fazer nada. – Ela sorriu. – Tenho que esperar pelo menos quarenta dias.

Rony deitou no sofá decepcionado. Hermione sorriu para ele.

– Mas isso não quer dizer que você não pode fazer nada. – Ela disse. Rony a olhou maliciosamente, observando ela abrir o seu zíper de vagar, antes da campainha tocar.

– Não é possível! – Rony disse bravo. – Quem será? – Ele fechou seu zíper e passou a mão em seu rosto. Precisava pensar em outras coisas, não poderia receber visitas “naquele” estado.

Hermione se levantou vestindo sua blusa, e arrumou o seu cabelo. Abriu a porta e viu um casal que pareciam ser medibruxos.

– Boa tarde Senhora. – A moça sorriu educadamente.

– Boa tarde... – Hermione sorriu envergonhada.

– Nós trabalhamos no St Mungus e estamos registrando as crianças que nasceram durante a semana.

– Mesmo? Eu... Não sabia disso. Pensei que tínhamos que registrar no Ministério.

– Sim, mas é que precisamos ter controle de todas as crianças, caso algo aconteça com elas. Precisamos apenas tirar uma amostra de sangue e fazer algumas perguntas.

– Amostras de sangue?

– Sim... Para autenticação.

– Hum... Sei. Bom... Podem entrar. – Hermione abriu a porta e os dois entraram. Ela observou a mulher de cabelos negros e curtos, com um olhar autoritário, não se parecia nada com uma medibruxa. O homem alto e magro parecia muito menos.

– Rony... Esses são... – Hermione olhou para eles.

– Madame Cléo e esse é meu assistente Doutor Alfredo. – Ela sorriu. – Estamos fazendo registros de crianças que nasceram durante a semana.

– Pensei que fazíamos isso no ministério. – Rony falou interrogativo.

– É... Mas os procedimentos mudaram. – A mulher disse um pouco impaciente. – Então, onde está o bebê?

– São dois. – Hermione sorriu. – Gêmeos.

– GÊMEOS? – A mulher praticamente gritou. Rony e Hermione se olharam. – Er... Que não constava isso na anotação que recebemos. – Ela sorriu sem graça. – Que seja então... Podemos subir?

– Por que você não faz as perguntas para o meu marido, e eu subo para tirar o sangue? Acho que se eu tirasse o sangue eles iriam reagir melhor... Por que ainda são novinhos... – Hermione sorriu.

– Não sei se podemos fazer isso. – A mulher disse tensa. – Só um profissional pode fazer isso.

– Eu fiz curso de Medibruxa na França. Só não segui carreira. – Hermione sorriu. – Eu já volto. Fique a vontade.

Ela se virou e subiu as escadas. A mulher e o homem se olharam, e então se sentaram.

– Então, o que precisam saber? – Rony perguntou curioso.

– Er... Vejamos. – O homem se manifestou pela primeira vez. – A família inteira é sangue puro?

Rony olhou com desgosto para o homem.

– Não... Sou sangue puro, minha esposa é nascida trouxa.

– Então os filhos de vocês são...

– Mestiços. – Ele disse com certo orgulho.

– Sim. – Ele anotou em um papel. – Tem apenas dois filhos?

– Não... Temos mais uma.

– Idade, por favor?

– Oito anos.

– Tem algum animago na família?

– Não que eu saiba.

– Para confirmar... Os recém nascidos nasceram em qual data?

– 31 de Abril.

– Certo... É só isso.

– Acabou?

– Sim.

Hermione desceu as escadas com dois frasquinhos na mão.

– Aqui está. – Ela entregou para a mulher.

– Mas já? Nem ouvimos choro. – A mulher ergueu as sobrancelhas.

– Coisa de mãe... – Hermione sorriu. – Então... Terminaram?

– Sim. Muito obrigada Senhora...

– Weasley. – Hermione sorriu.

– Isso. Obrigada Senhor Weasley. Até logo!

Hermione abriu a porta para eles, e os dois saíram. Ela fechou a porta e olhou para Rony.

– Isso foi estranho... Nem nosso nome eles perguntaram. – Ele disse.

– É... Talvez o Ministério quisesse mudar algumas coisas. Não ligue pra isso. – Ela sorriu e se aproximou dele. – Onde estávamos?

– Hum... Não se lembra? – Ele colocou as mãos por dentro de sua blusa.

– Ah... Lembro sim. – Ela sorriu. Rony passou a mão pelas costas dela, e depois alisou seu braço.

– O que é isso? – Ele olhou para os braços de Hermione. Cada um com um curativo.

– Me machuquei no berço das crianças... Não foi nada. – Ela disse descendo as mangas de sua blusa. – Vamos continuar? – Ela sorriu maliciosa.

– Como quiser. – Ele sorriu de volta, matando a saudade das carícias de sua esposa.







Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente, passei o tempo muito rápido nesses ultimos capítulos, mas é porque eu precisava chegar logo nessa parte! Mas agora a fic vai se estabilizar, não se preocupem.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amor de Pai - RxHr" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.