Amor de Pai - RxHr escrita por Verônica Souza


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo, gostaria de agradecer MUITO aos comentários. De verdade, é muito bom e eu fico lisonjeada com os elogios. A cada comentário eu me sinto mais animada ainda para continuar a fic. Obrigada mesmo, de coração. Irei fazer o possível para agradá-los com a fic ! *-* Beijinhos!



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– O que aconteceu filha? – Rony correu até a cama e a abraçou, ela parecia muito assustada.

– Rony, o que é isso na mão dela? – Hermione perguntou se aproximando. Rony abriu a mãozinha dela e tirou uma pequena pedra. Rony mostrou para Hermione, mas ela também não sabia explicar o que era.

– Conte pra mim, o que aconteceu? – Rony perguntou para ela, mas ela parecia não querer responder.

– Ron... Eu... Eu acho que sei o que é isso. – Rony poderia ter ficado animado por Hermione ter uma resposta, mas o seu rosto não demonstrava nenhum tipo de animação.






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Harry já estava dormindo. Gina lia sua matéria no profeta diário, mas não prestava atenção em nenhuma palavra. Depois que chegaram do jogo, Harry e ela não tiveram tempo de conversar, e Gina já estava ficando aflita. Ela resolveu contar logo, e o que tivesse que acontecer, ia acontecer.

– Harry... – Ela balançou seu ombro e ele acordou. Ela abriu a boca para dizer, e então ouviram batidas em sua porta. Harry olhou para o relógio ao lado da cama, que marcava duas da manhã.

Os dois se levantaram e foram até a porta, Gina ficou atrás de Harry. Ele abriu a porta, e Rony e Hermione estavam visivelmente nervosos, com Mia chorando nos braços de Rony.






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– Tudo bem... Podem contar o que aconteceu. – Harry respirou fundo e se sentou no sofá. Gina lhes trouxe chá, e Mia estava entretida com os livros de Gina, um pouco mais afastada deles. Hermione olhou para Rony, e ele passou a mão nos cabelos, o que ele fazia sempre que estava nervoso e confuso.

– Ouvimos uns gritos da Mia vindos do quarto, e quando chegamos ela estava chorando apavorada. – Rony disse.

– Sim... E então? – Harry perguntou.

– E então que ela estava segurando isso. – Rony apontou para a mão de Hermione, e ela abriu, mostrando a pequena pedra. Gina não entendeu, mas Harry arregalou os olhos perplexo.

– Onde ela encontrou isso? – Ele perguntou.

– Não sabemos... Ela não fala nada. – Hermione disse com a voz tremula. – Por favor, Harry, diga que minhas suspeitas não são verdadeiras.

Harry olhou para cada um de seus amigos. Queria que realmente as suspeitas dela não estivessem certas.

– Sim... É pedra da ressurreição.





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– Não pode ser Harry. Você mesmo disse que ela já deveria ter sumido há tempos... Que você a deixou cair na floresta. – Hermione dizia incrédula.

– Sim, eu também pensava que ela teria sumido. Quando eu a deixei cair não tinha ninguém próximo a mim que poderia ter visto e a pegado. Eu não sei como Mia achou essa pedra. Só saberemos quando ela disser.

Os quatro olharam para a pequena, entretida em um livro, ou fingindo estar entretida.

– Mia. – Rony a chamou, e ela olhou. – Você sabe que tem que nos contar não é?

Ela balançou a cabeça afirmando.

– Que tal se fosse agora?

Ela respirou fundo, e Rony se lembrou de Hermione quando ela sabia alguma coisa muito grave mas não queria contar. E isso não o agradou muito.

– Agora. – Rony realçou, e ela se levantou, indo até eles. Hermione a sentou em seu colo.

– Pode contar Mia... – Harry sorriu para ela. – Seja o que for nós vamos te ajudar.

Ela olhou para Rony, e ele piscou para ela. Ela respirou fundo mais uma vez.

– Quando eu estava na casa da tia Berta, eu estava brincando na rua em frente a casa dela, como eu fazia todas as tardes. Tia Berta sempre ficava comigo, mas nesse dia ela foi atender ao telefone. Um homem loiro e magro passou por mim, e perguntou meu nome.

– E como você é uma boa garota, fez o que eu sempre te ensinei e não conversou com estranhos não é? – Hermione perguntou.

– Sim... Mas aí quando eu ia entrar, ele disse que tinha um presente pra mim, que eu ia gostar muito. E então ele me deu isso. – Ela apontou para a pedra na mão de Hermione.

– E você sabe o que é isso? – Gina perguntou.

– No inicio eu não sabia. Aí ele disse que isso ia me ajudar a encontrar o meu pai, e então foi embora. Eu sempre quis encontrar o meu pai, então eu fiquei curiosa. Quando tia Berta me colocou para dormir eu fui ler alguns livros que a mamãe tinha levado, e lembrei de um que ela leu para mim.

– O conto dos três irmãos. – Hermione falou e Mia balançou a cabeça afirmando.

– Eu li a parte da pedra da ressurreição, e pensei que talvez pudesse dar certo. Eu pensei em meu pai quando eu a girei três vezes, mas então apareceu outro homem.

– E como ele era? – Harry perguntou.

– Ele tinha barba, os cabelos um pouco longos. Ele era muito gentil. Eu fiquei com um pouco de medo, e ele disse que eu não precisava ter medo, que ele era meu amigo. Eu perguntei quem era ele, mas ele apenas disse que era meu amigo. Ele começou a me contar histórias sobre o meu pai, e todas as noites ele contava histórias para mim. Ele disse que era perigoso eu ficar mexendo com aquilo, que coisas horríveis já tinham acontecido, mas eu não achava que algo ruim ia acontecer.

“Então com o tempo, ele disse que me achava uma boa menina, e como eu falava do meu pai toda a noite, ele disse que me ajudaria a encontrá-lo, mas que eu não poderia falar sobre isso com ninguém. Ele me disse onde encontrar o meu pai, e foi assim que eu cheguei até ele.”

“Depois disso eu continuei conversando com ele a noite, e ele me disse que uma coisa extraordinária ia acontecer, e que nunca tinha acontecido. Mas ele disse que precisava da ajuda do meu pai e da minha mãe. Mas ele disse que apenas na hora certa poderia acontecer isso. E ele falou muito de você tio Harry.”

Harry olhou para Gina, tentando entender.

– Disse que vocês ajudariam ele, e que ele poderia ajudar vocês também. Eu nunca entendi isso e no dia que ele ia me explicar, aconteceu...

– O que aconteceu? – Hermione perguntou.

– Eu girei a pedra e não apareceu ele... Apareceu uma mulher. Ela era muito feia, e me assustava. Ela disse que tudo voltaria como era antes, e disse que eu nunca mais ia ver vocês. – Ela começou a chorar. Hermione a abraçou, e os quatro se olharam tentando entender tudo o que ela tinha falado.

– Mia, vamos lá pra cima... Você deve estar cansada. – Gina se levantou e segurou a mão dela. Hermione beijou o rosto da filha, e a soltou, deixando ela ir com Gina. As duas subiram para o segundo andar, indo direto para o quarto dos dois.

– Como ele sabia quem eu era e onde eu morava? – Rony perguntou.

– Não da pra reconhecer quem é quem. – Hermione disse nervosa. – Mas se bem me lembro, a pedra da ressurreição só mostra quem queremos ver.

– Mas Mia pensou no Rony, e como Rony não está morto, ele não ia aparecer.

– Mesmo assim, não deveria aparecer ninguém. A pedra pode ter sido alterada.

– Não tem como alterar a pedra da ressurreição... Ou tem?

– Acho que quem entregou a pedra para ela, queria que ela encontrasse Rony, e queria que essa pessoa aparecesse.

– Não tem como mudar a pessoa. Se Mia estava conversando com um homem, não poderia simplesmente aparecer uma mulher. – Rony falou.

– Está tudo muito confuso. Mia teria que explicar melhor.

– Ou poderíamos usar a penseira... – Hermione falou e Rony olhou para Harry. – Você disse que ainda a guarda no porão desde quando Minerva lhe deu.

– Boa idéia, mas como vamos pegar as lembranças dela?

– Mia é inteligente... Vai nos ajudar. – Hermione sorriu.

– Ela não está conseguindo dormir. – Gina desceu as escadas. Quando chegou ao ultimo degrau, ela se escorou no corrimão, e fechou os olhos.

– Gina? – Rony se levantou, e Harry a olhou. Ele correu até ela, segurando sua mão.

– Amor, o que aconteceu?

– Nada... Foi só um mal estar. – Ela sorriu.

– Gina! – Hermione chamou sua atenção.

– Não se preocupe Hermione... Foi apenas um mal estar. – Ela olhou para Hermione, como se pedisse para não dizer nada. Hermione não poderia esconder aquilo por mais tempo. Não era justo com Harry.

– Não foi apenas um mal estar Harry. Gina, se você não contar eu conto. – Ela olhou para amiga, e ela não disse nada. Rony e Harry olhavam curiosos para Hermione. – Ela está grávida.

– O que? – Harry e Rony perguntaram juntos.

– Há quanto tempo você sabe disso Ginevra? – Harry perguntou. Hermione olhou para Rony. Quando Harry a chamava de Ginevra, sabia que a discussão seria longa.

– Vamos lá pra cima... Conversar com Mia. – Rony olhou para Hermione, e os dois subiram as escadas.

– Gina, quando pretendia me contar? – Harry disse com raiva.

– Eu... Eu não sei.

– Você achou que poderia esconder isso de mim?

– Você está sempre ocupado Harry! – Ela aumentou o tom de voz. – Sempre chega cansado do Ministério e não conversa comigo eu nem sei há quantos dias. Você está sempre nervoso, não tem paciência de conversar. E eu nem sei se você gosta da idéia... De termos um filho.

– O que? Acha que eu não quero um filho?

– Acho sim. Você nunca tocou no assunto...

– Gina... – Harry passou a mão no rosto e riu nervoso. – É claro que quero ter um filho com você. – Ele a segurou pela cintura. – É o que eu mais quero. Eu sei que estou sendo um idiota durante esses dias, mas é porque sendo chefe dos aurores eu tenho muito trabalho estressante. E sei que isso não é desculpa, porque eu não deveria descontar em você. Me desculpe, me desculpe mesmo... –Ele beijou a mão dela. – Eu estou tão feliz Gina. – Os olhos dele encherem de lágrimas e os dois começaram a rir. Ele colocou a mão em sua barriga e sorriu emocionado. – Um filho...





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– Oi princesa... Podemos conversar? – Rony se aproximou e sentou ao lado de Mia. Hermione ficou parada na porta. – Nós queríamos te pedir um grande favor...

– Qual papai?

– Nós sabemos que você não vai conseguir explicar muito bem tudo o que precisamos saber... E então sua mãe deu uma idéia grandiosa para nós. Queríamos colocar suas lembranças na penseira...

– Isso dói papai?

– Não filha, não dói nem um pouquinho. Sua mãe vai te ajudar. – Ele sorriu e Hermione se aproximou.

– Agora você tem que concentrar em tudo o que você contou pra gente está bem? – Hermione disse pegando sua varinha. Mia segurou a mão de Rony e a apertou. Hermione apontou sua varinha para Mia, e ela fechou os olhos forte. Um fio de luz saiu de Mia para a ponta da varinha de Hermione, e imediatamente ela pegou um frasco em seu bolso e colocou o fio de luz dentro.

– Pronto. – Rony sorriu.

– Já?

– Sim. – Hermione riu. – Seu pai disse que não doía.

– Não sabia que era tão rápido.

– Então, agora o papai vai lá em baixo com o tio Harry, e você moçinha... Vai dormir. Eu vou ficar aqui com você. – Hermione sorriu e deitou na cama com ela, aninhando-a em seus braços.

– Boa noite papai. – Mia esticou os braços para Rony a abraçar, e foi o que ele fez.

– Boa noite princesa. – Ele beijou a testa dela.

– Eu te amo papai.

– Eu também te amo... – Rony sorriu e Hermione sorriu para ele.

– Eu já desço. – Ela disse para ele, antes que ele saísse do quarto.

– Que história quer que eu conte? – Hermione perguntou.

– Quero que conte como você e o papai se conheceram. – Ela sorriu.






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– Tudo bem... Aqui está. – Rony pegou o vidrinho e entregou a Harry.

– Acho melhor você fazer isso. – Harry olhou para ele. – É sua filha...

– Bem... Ok então. – Rony olhou para a penseira, e virou o vidro nela. Uma luz saiu de dentro dele, caindo na penseira. Rony debruçou sobre ela, e mergulhou o seu rosto.






***

Mia estava sentada na calçada, brincando de amarelinha, uma brincadeira trouxa que sua mãe tinha lhe ensinado. Sua tia Berta estava sentada em sua frente, lendo um livro. Pelo visto era um hábito que todas da família tinham herdado. O telefone tocou. Berta levantou e se aproximou de Mia.

– Querida, vou atender ao telefone. Eu já volto. Por favor, não saia daqui.

– Sim Tia Berta.

Berta entrou apressada em casa, e Mia continuou brincando tranquilamente. Enquanto ela pulava olhando para o chão, ela trombou em um homem alto e magro.

– Me desculpe... – Ela disse arredando para trás.

– Não tem problema. – Ele disse gentil. – Qual é o seu nome?

Ela não respondeu. Apenas olhou para o portão, esperando que sua tia aparecesse a qualquer momento.

– Boa menina. Não se deve conversar com estranhos. Continue assim. Por isso tenho um presente para você. – Ele colocou a mão no bolso e tirou uma pequena bolsinha, entregando-a para Mia. – Você se parece muito com seu pai, sabia?

– O senhor conhece meu pai?

– Oh sim... Conheço muito bem. – Ele sorriu. – Digamos que isso irá te ajudar a encontrá-lo.

– Sério?

– Sério. – Ele olhou para o portão, e percebeu que alguém estava vindo. – Use bem... Irá te ajudar com o seu pai. Boa sorte pequena Weasley. – Ele se virou e saiu andando, desaparecendo mais a frente.

Mia continuou olhando para o lugar onde o estranho homem desaparecera.

– Se comportou bem? – Berta apareceu no portão e Mia se virou rapidamente, escondendo a pequena bolsinha atrás de seu corpo. – Aconteceu alguma coisa?

– Não tia Berta. – Ela mentiu com um sorriso.

– Certo... Vamos entrar. Vou preparar um leite para você.

***

Mia fechou a porta do quarto, e correu para sua cama. Ela pegou a pequena bolsinha escondida em sua gaveta, e a colocou em cima da cama. Cuidadosamente ela a abriu, e a virou em cima da cama. Uma pequena pedra caiu de dentro dela.

– Hum... O que é isso? – Ela pegou a pedra e a examinou. Não sabia para que servia aquilo. – Como isso vai me ajudar a encontrar meu pai?

Ela ficou pensando por alguns segundos, e então teve uma brilhante idéia. Ela foi até o armário, e pegou um livro de sua mãe. Ela voltou para a cama, e começou a folhear o livro. O título era grande e chamativo: O conto dos três irmãos. Ela abriu na página que estava procurando.

– A pedra da ressurreição. – Ela leu. Pegou a pedra que estava em sua cama, e a segurou. – Hm, não custa nada tentar. – Ela fechou os olhos imaginando seu pai, e a virou três vezes em sua mão. Devagar, ela abriu os olhos, e olhou em sua frente. Nada. – Isso não funciona! – Ela jogou a pedra em cima da cama, e virou para o lado, dando de cara com um homem.

Ela se assustou, e correu para o outro lado do quarto. O homem riu, parecendo achar graça de seu susto.

– Quem é você? – Ela perguntou nervosa.

– Fique calma pequena... Eu sou seu amigo. Não vou te machucar. E nem poderia. – Ele riu de si mesmo.

– Quem-é-você? – Ela perguntou pausadamente.

– Você saberá o meu nome na hora certa pequena Mia.

– Como sabe meu nome?

– Sei muito mais de você do que imagina.

– Como? Eu não te conheço.

– Nem poderia... Eu morri um pouco antes de você nascer.

– Mo... Morreu? – Ela se aproximou um pouco mais, com cautela. – Então essa é realmente a pedra da ressurreição?

– Você se parece tanto com a sua mãe... Tão inteligente. – Ele sorriu.

– Conhece minha mãe também?

– Conheço. E seu pai. E seu tio Harry. Sinto falta de todos eles. Mas não é a hora certa de falar ainda... Sou seu amigo Amélia, estou aqui para te ajudar.

***

Mia largou sua mochila no chão e correu para dentro do quarto, fechando a porta. Aproveitou que sua tia estava preparando o almoço, e abriu sua gaveta, pegando a pedra de dentro dela. Ela virou em sua mão três vezes, e olhou divertida para a imagem que apareceu ao seu lado.

– Parece feliz hoje. – Ele disse para ela.

– Estou, muito! Minha mãe volta amanhã de viagem. – Ela disse animada.

– Isso é ótimo! Então... Acho que já está pronta para saber.

– Saber o que?

– Onde seu pai está. Você não queria encontrá-lo?

***

– Será que é aqui? – Mia estava com sua mochila nas costas. Ela respirava ofegante porque correu alguns quarteirões. – Bom, esse foi o endereço que ele me passou. Tem que ser aqui. Olha só, se você estiver brincando comigo, eu vou ficar muito brava com você. – Ela disse olhando para o céu, como se falasse com algum anjo. Ela encarou a portaria do prédio por alguns instantes, e se preparou para tocar o interfone, quando a portaria foi aberta.

Um homem saiu de dentro, e ela aproveitou para entrar correndo. Assim que ela olhou pelo corredor do prédio, ela correu para dentro do elevador. Apertou o botão cinco, e esperou aflita até que o elevador parasse no quinto andar. Assim que as portas se abriram, ela saiu, indo direto para o apartamento numero 502. Ela olhou por alguns instantes o apartamento, e então bateu a campainha.

Depois de alguns segundos, um homem alto e ruivo abriu a porta. O coração de Mia disparou. Era ele. Era seu pai.

– Posso ajudar? – Ele perguntou olhando para ela.

***

– Desculpe demorar tanto... É que fui aos treinos com meu pai. – Ela disse animada para o homem em sua frente.

– Que bom que está se divertindo. Está gostando do seu pai?

– Muito! Só não sei se ele está gostando de mim...

– Claro que está! Ele só esta meio confuso... Ele não esperava ter uma filha. Mas ele gosta sim de você, isso eu garanto. – Ele sorriu para Mia, e ela sorriu de volta.

***

Mia estava na sala, em pé virada para o sofá. O homem estava sentado, rindo do que ela falava.

– E então nós nos divertimos muito! Eu vou ser uma jogadora como a tia Ginny.

– Tenho certeza que sim. – Ele sorriu.

Filha! – Mia virou-se rapidamente, se assustando. – O que está fazendo acordada há essa hora? E com quem estava conversando? – Hermione olhou ao redor.

– Sozinha mamãe. – Ela disse com a voz fraca.

– Você vai colocar sua mãe louca Mia. – Ele disse e Mia riu.

– Do que está rindo? – Hermione perguntou curiosa.

– Nada. – Ela o olhou, ainda rindo.

– Vem, vamos dormir. Está tarde.

Mia foi até sua mãe, mas antes de ir para o quarto, sem Hermione ver, ela acenou para ele, que acenou de volta para ela.

***

– Quando vou poder fazer isso? - Ela conversava em pé, de frente pra cama.

– Logo Mia, não seja precipitada. Tudo ao seu tempo. – Ele disse para ela.

– Mas ainda está muito longe... Você prometeu quando eu encontrasse meu pai, que ele poderia ajudar você. E agora eu já encontrei.

– Sim, mas isso requer um pouco mais de tempo. Você irá assustar seus pais se contar toda a verdade agora. Por isso deve continuar mantendo segredo sobre isso.

– Oi princesa. – Rony entrou no quarto e se aproximou, sentando na cama, próximo ao homem que estava lá.

– Não senta aí pai! – Ela o puxou pela mão, e Rony se levantou sem entender.



– Por quê?



– Por que não. – Ela parecia nervosa. – Desculpe. – O homem riu, e então desapareceu.

– Desculpe pelo que?



– Não foi com você pai.



– Foi com quem então?



– Deixa pra lá.

***

– Sabia que meus pais estão namorando agora? – Mia disse animada.

– É mesmo? Que ótimo! – Ele disse sorrindo. – Sempre soube que eles não conseguem viver sem o outro.

– Concordo. Eles vão se casar logo, logo.

– Assim espero. – Ele disse sorrindo.

***

Mia se levantou rapidamente da cama. Deu uma checada pela porta, e percebeu que seus pais estavam conversando. Ela correu em sua gaveta e pegou a pedra, girando-a três vezes. Mas dessa vez, não foi o mesmo homem que apareceu, em seu lugar, uma mulher mal encarada, e com feições fortes apareceu. Mia se assustou, e deu alguns passos para trás.

– Tão inocente... – A mulher falou. – Logo você não verá seus pais mais... E todos que você ama não estarão ao seu lado. Sabe por quê? Por que eu estou voltando. Eu estou voltando e tudo voltará a ser como antes. – Ela riu histericamente, e Mia se assustou.

– AHHHH ! PAPAAAAI!

***









Rony se levantou rapidamente, respirando ofegante. Harry o segurou pelos ombros, esperando que ele fosse cair a qualquer momento. Rony se escorou na penseira, tentando colocar tudo em ordem na sua cabeça. Era muita coisa acontecendo. E se já era difícil para ele ver aquilo, imagina pra uma garotinha de sete anos?



– E então? – Hermione que agora estava no porão, com Gina, perguntou aflita.



– Você conseguiu ver quem era? – Gina perguntou, e ele balançou a cabeça afirmando.



– Então diga logo! – Hermione disse nervosa.



– Não é nada bom... Nada bom mesmo... – Ele falou ainda respirando ofegante.



– Quem era o homem que deu a pedra para Mia? – Harry perguntou, tentando ir aos poucos. Rony olhou para o rosto de cada um, e então o flashback veio em sua cabeça.



– Draco Malfoy. – Hermione colocou as mãos na boca, e Gina apertou o braço de Harry.



– Quem era o homem que Mia estava conversando? – Harry continuou, não esperava que tivesse mais surpresas.



– Sírius... – Rony mal acreditava em suas próprias palavras. Harry ergueu as sobrancelhas, e Hermione e Gina não conseguiam acreditar.



– Rony... Quem era a mulher que apareceu para Mia hoje? – Harry perguntou pausadamente. Talvez todos já imaginassem o pior àquela altura. Rony não queria dizer. Não queria acreditar no que viu e ouviu. Não queria deixar Hermione pior do que ela já estava, pálida e sem reação. Não queria pensar no fato de sua filha correr perigo. Não mesmo. Ele ficou sete anos sem conhecê-la, e mesmo nesse pouco tempo, ele já amava ela mais que sua própria vida. Não poderia imaginar algo de ruim acontecendo com ela. Mas Rony tinha que contar. Precisava da ajuda deles para entender por que estava acontecendo tudo aquilo.



– Diz Rony! Diz logo! – Hermione implorou. Rony olhou para ela, lamentando o que iria dizer a seguir.



– Bellatrix Lestrange.


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