A Filha das Trevas (LIVRO 1 - COMPLETO) escrita por Ally Faro


Capítulo 23
Capítulo Vinte e Três: Bandeira Hasteada.


Notas iniciais do capítulo

Em primeiro lugar quero pedir desculpas pela demora de um novo capítulo.
Em segundo por não revelar tudo o que vocês querem saber, ainda.
E por último, espero que gostem do capítulo.



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Draco sentou na mesa da Sonserina e encarou Belinda, ela ria com os gêmeos, mas seus olhos estavam duros e distantes. Malfoy notou também que sempre que Granger falava com ela, Bell evitava contato visual e a culpa se instalava em seu olhar.
–Draquinho, o que me diz de darmos uma volta depois das aulas? -Pansy chamou e ele ergueu os olhos.
A menina sorria amavelmente em sua direção, ignorando Théo e Blaise, que riam tranquilamente ao lado, de uma piada que Draco imaginou ter perdido.
–Pode ser. -Sorriu ele, imaginando como seria aquele encontro.
–Sério? -A empolgação se mostrou no tom de voz e seus olhos pareceram brilhar. O que fez Draco rir.
–Por que não?
–Faz tempo que não passamos um tempo sozinhos, acho que vai ser bom. -Disse a menina, sonhadora como só os apaixonados seriam.
Malfoy viu Victor Krum sentar ali perto, com mais alguns alunos da Durmestrang, conversando animadamente e incentivando Krum, que dava um sorriso torto convencido.

Lestrange conseguia sentir o clima tenso que se instalara entre o grupo desde que o nome de Harry fora sorteado pelo Cálice de Fogo. Naquela manhã Potter, embora tenha sentado com eles, não dissera mais que duas palavras durante o café e logo se foi, enquanto Rony não havia sentado nem próximo a eles. Todos conseguiam sentir o incômodo e tentavam ao máximo disfarçar.
Dino ria de uma das histórias de Coren e embora Belinda não estivesse dando atenção, sorriu para os amigos, fingindo que estava escutando tudo, logo se colocou de pé preguiçosamente e puxou a mochila para o ombro.
–Você parece que não dormiu nada. -Gina comentou com a menina, enquanto se colocava de pé e o grupo se dispersava para sair do Salão Comunal.
–Dormi até demais. -Mentiu, pois realmente não dormira.
–Você tá muito pálida e parece doente. -O comentário a fez rir.
–A Belinda é pálida. -Marcos disse rindo, enquanto passava o braço pelos ombros da amiga e Gina deu de ombros.
–Tá mais que o normal.
–Qual é Weasley? -Bell sorriu.
–É verdade e tem olheira. -Hermione informou.
–Daqui a pouco elas vão dizer que não to comendo e que preciso ir na Ala Hospitalar.
–Não, isso não. -Bell ouviu a risada de Hermione por entre a fala. -Você tá comendo até demais. Mas não discarto a Ala Hospitalar.
–Calada Granger. -Belinda usou a voz mais divertida que conseguiu, mas sem olhar para a castanha.
–Daqui a pouco você será confundida com um dos fantasmas de Hogwarts. -Murilo zombou e a menina lhe mostrou o dedo médio de forma obscena.
–A merda você e seus comentários, Pucci.
–Harry e Rony ainda não voltaram mesmo, não é? -Disse Marcos, mudando de assunto.
–Você falou como se eles fossem um casal. -Gina disse rindo.
–A relação de melhores amigos é basicamente isso, Weasley. -Belinda comentou e deu de ombros. -Eles brigam, se xingam, se ajudam. -Deu de ombros novamente. -É praticamente um casamento, vê só o Marcos, Murilo, Daniel e Douglas...
–O que tão falando de mim? -Disse o loiro surgindo ao lado.
–Pelas cuecas de Merlin. -Belinda falou, encarando o recém chegado. -Você sempre surge como se alguém tivesse conjurado seu nome. -O menino riu.
–É um talento. Mas diz ai, o que você tava falando de mim?
–Que você e os meninos são casados.
–É por ai, não é amor? -Acariciou de leve o ombro de Marcos, que entrou na brincadeira.
–Claro querido. -O grupo riu.
–Você são duas mulherzinhas. -Bell provocou e levou um beliscão de Coren.
–Quer ver a mulherzinha? -Rebateu e a menina riu, parando em frente a sua sala e se desvencilhando do amigo.
–Bem... -Ela estava quase dentro da sala quando virou com um sorriso brincalhão e olhar divertido. -Vai me provar fazendo minhas unhas?
Hermione, Doug e Gina caíram na gargalhada. Coren a fuzilou.
–Vai tomar no cu, Lestrange. -Mandou.
–No seu querido?
–Você me paga. -Mas até ele mesmo riu.
Hermione entrou na sala rindo e se colocou ao lado da amiga.
–Você é louca.
–Já ouvi coisa pior, Granger. -Disse com um pequeno sorriso. -Eu fico com o Potter, cuida do Weasley.
Harry já estava sentado no lugar de sempre, enquanto Rony estava do outro lado da sala. Hermione respirou fundo.
–Eles tão começando a me irritar. -Comentou.
–Nem me fale, não vejo a hora deles voltarem. -As duas riram e Belinda se sentiu, embora ainda irritada com o que fez, relaxar um pouco. Entretanto ainda não conseguia encarar a castanha.

Draco encarou a bandeirola de calções hasteada no aro central da quadra de Quadribol. Havia um calção que Malfoy percebeu chamar atenção de todos os presentes, era branco com várias pequenas abóboras desenhadas.
Malfoy sabia que quem quer que tivesse feito aquilo, fizera pra atrair atenção, vários grupos já se formavam na quadra para zombar de quem perdera os calções.
–Saiam todos! Saiam! -Draco reconheceu a voz furiosa do zelador, antes mesmo de olhar de onde o sujeito vinha correndo de forma ridícula.
Filch abriu caminho e se aproximou das balizas, como se fosse o suficiente para esconder a bandeirola quinze metros a cima de sua cabeça, que dançava inquietante com o vento.

Belinda estava sentada na biblioteca com Hermione, tentara ignorar ao máximo a menina, porém sabia o quão inteligente a outra era para desconfiar de algo, então Lestrange decidiu se manter perto e tentar compensar Granger do modo que desse. As duas estavam lendo silenciosamente quando Gina chegou correndo e rindo.
–Vocês precisam ver isso. -Comentou entre o riso.
–O que? -Perguntaram em sincronia.
–Não dá pra explicar, vocês tem que ver. Vamos logo.
As três seguiram para a quadra de Quadribol, porém antes mesmo de entrarem, Belinda notou do que a ruiva falava. Assim que entraram na quadra, Lestrange viu a multidão em volta, todos cochichando e rindo, a menina olhou para os aros e viu uma bandeira de cuecas coloridas e ao fundo os berros do zelador, exigindo saber quem fizera aquilo. Filch estava no centro da multidão, ao lado de Dumbledore e Minerva.
–Quem fez isso? -Berrou para os alunos que assistiam em diversão. -Eu quero o culpado, agora! -Berrou em fúria.
Belinda encarou os gêmeos, do outro lado do semicírculo, eles riam divertidos e descaradamente, como a maioria dos presentes.
–Acalme-se senhor Filch, iremos achar quem fez isso. -Disse o diretor com tranquilidade, parecendo intretido com a situação.
–Foram eles, tenho certeza. -Ele apontou para os gêmeos.
–A gente? -Perguntaram em uníssono. -Isso é um absurdo! A gente não fez nada e...
–Acalmem-se. -Mandou o diretor. -Gritar não irá levar a nada.
–Você sabe quem fez isso? -Hermione perguntou baixinho para Belinda.
–Não. -Cochichou de volta, em uma inocência forçada.
–Todos voltem para o castelo imediatamente. -Minerva ordenou e logo os alunos começavam a sair. -Senhoritas Lestrange e Granger, senhor Potter e os senhores e senhorita Wesley, por favor aguardem.
Belinda não notara a presença de Harry até aquele momento, mas se aproximou do amigo e bateu de leve com seu ombro no dele, o que o fez dar um sorrisinho.
Draco viu Belinda parar ao lado de Granger, Potter, a ruiva Weasley e os gêmeos.
–Você acha que a Belinda fez aquilo, cara? -Blaise perguntou enquanto caminhavam para o castelo, ainda rindo de Filch.
–Não sei. -Disse dando de ombros. -Mas é da Belinda que a gente tá falando. -Zabini concordou.

Belinda viu a multidão desaparecer e encarou os gêmeos, que sorriram desafiadoramente para a menina e logo todos encaravam os mais velhos.
–Foram vocês suas pestes! Assumam! -Filch acusou e Belinda ergueu uma sobrancelha.
–Nós o que? -Questionou a menina e Madame Norra chiou pra ela.
–Foi você! -Ele deu um passo para perto dela, que recuou instintivamente.
–Por que eu to sendo acusada e do que? Posso saber? -Exigiu. -Assim pelo menos vou saber do que me defender.
–Acalme-se senhor Filch. -Minerva mandou. -E você senhorita Lestrange, tem alguma coisa com essa... Bandeira de calções?
–Não. -Disse ela fazendo careta, quase indignada, se não fosse pela expressão confusa.
–Tem certeza?
–Seria burrice fazer isso e voltar a cena do crime, não seria? -Arregalou os olhos de forma inocente.
–Não minta, Madame Norra viu você lá. -Filch acusou e a menina deu um risinho.
–Desculpa perguntar, mas o senhor consegue entender o que a gata diz? -A voz de Lestrange continha toda a ironia possível, enquanto encarava o Zelador ouviu Harry tossindo para esconder o riso, fazia tempo que ela não o ouvia rir de verdade.
–Madame Norra é melhor que vocês seus pirralhos. E ela viu você lá sim, ela não gosta de você...
–Essa gata não gosta de ninguém! -Acusou furiosamente. -Se a cada vez que ela encarar alguém e mostrar as garras essa pessoa for acusada de algo, até o Diretor Dumbledore... Com todo respeito senhor. -O diretor abanou a mão, parecendo quase se divertir. -Seria culpado por colocar essas cuecas ai. Afinal, de quem são essas coisas horro... Diferentes? -Se conteve e o grupo tentou ao máximo não gargalhar.
–Acho que o senhor Filch perdeu os calções. -Freddie zombou e a menina fingiu tossir para segurar o riso.
–Então foi você!
–Pela barba de Merlin! -Belinda soltou, atraindo atenção. -O senhor tem que decidir quem é o culpado.
–É, achei que a Madame Norra tivesse visto a Belinda. -Hermione disse em defesa dos amigos.
–Será que foi uma das estátuas que viu você e falou pra ele, Freddie? -George implicou e Belinda fingiu uma crise de tosse para disfarçar o riso.
–Não sei, George. -O ruivo sorriu. -Mas é melhor tomar cuidado, elas tão ficando muito fofoqueiras.
–Chega, todos vocês. -McGonagall mandou e todos calaram, mas não conseguiam esconder os sorrisos. -O senhor viu ou tem provas que algum desses jovens esteve em seu gabinete? -Filch abriu a boca. -Viu ou tem provas, senhor Filch?
–Não, mas...
–Então não tem como acusa-los. -Dumbledore decidiu. -Caso o senhor tenha alguma prova, nos avise e tomaremos providências, entretanto enquanto isso, não podemos fazer nada.
–Vocês me pagam, seus moleques metidos a espertinhos... -Filch foi embora xingando, acompanhado de Madame Norra.
–Vocês tem algo a nos dizer? -Minerva perguntou e todos balançaram as cabeças em negativa. -Então voltem para seus afazeres.
–Sim senhora. -Gina, que não se pronunciara até aquele instante, disse.
O grupo se afastou silenciosamente, até que não estavam mais sob a visão dos mais velhos, então caíram na gargalhada.
–Vocês viram a cara dele? -George riu.
–Madame Norra viu. -Freddie imitou o tom do homem e todos riram.
–Aquela Gata Maldita fala desde quando? -Belinda quis saber. -Porra, ela odeia todo mundo. -Ela ria. -Mas a parte das estátuas foi perfeita.
O grupo voltou entre gargalhadas para o castelo, onde os outros alunos estavam e ainda comentavam sobre os calções de Filch.
–Quando forem conversar, tomem cuidado com as paredes. -Freddie provocou quando passou ao lado do Zelador, que pareceu que voaria no pescoço do ruivo, mas Belinda agarrou seu braço e o puxou pra longe.
–Calado idiota. -Ela riu.
O grupo se dispersou em dois trios, Gina, Harry e Hermione foram para a biblioteca e Belinda e os gêmeos para o Salão Comunal da Grifinória, que estava quase vazio.
–E então, o que é aquele projeto que vocês estão escondendo? -Perguntou ela, enquanto se jogava no sofá.
–Você verá junto com os outros. -Freddie informou.
–Qual é? Só uma pista.
–Nem meia. -George sorriu. -Mas agora vamos ao que interessa.
–Droga. -Disse ela rindo. -Mas vocês ficaram meio pálidos quando ele acusou, por que?
–Porque o Freddie tava com uma camisa dele na mochila. -George assumiu. -Se ele convencesse Dumbledore ou McGonagall, a gente já era.
–Há. -Belinda riu. -Freddie é o primeiro a pagar, só por isso. -Provocou.
–Cala a boca. -Disse ele rindo. -Vou dar essa camisa pro Pirraça, ele vai saber aproveitar. -O grupo riu.
–Tenho medo de como ele vai usar. -Belinda admitiu.
–Chega de enrolação Lestrange. -Freddie a encarou. -Quem foi que ganhou a aposta?


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Notas finais do capítulo

E ai amores, o que acharam?
Espero que tenham gostado e até o próximo capítulo.
Beijooooos



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