Call Me With The Past escrita por QueenD, Mary Crovenew


Capítulo 8
Capítulo 7 - Parisiens et leurs hormones incontrôlables.


Notas iniciais do capítulo

Hey! Eu atrasei por motivos de: ensino médio. "Aff essa Mary só fala de prova, deve ficar atoa o dia todo!", pra ser sincera o que aconteceu foi que com as provas eu esqueci do capítulo e quando lembrei (aka Queen me lembrou) já era dia de postar e esses dias foram bem tensos, se você é directioner sabe do que eu to falando, e se não é mas sabe como é ser fã também deve saber. E pra completar meu desempenho no PAS não foi lá essas coisas. E bla bla bla "mas essa menina não cala a boca não?". E é isso! Boa leitura.
ANTES, eu gostaria de dizer que uma certa parte do metrô é baseada em algo que realmente aconteceu comigo.



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Eu estava suada de tanto correr, nunca se sabe quando algum estuprador ou ladrão vai estar te seguindo... Cheguei a estação e, por sorte, não tive que esperar muito pelo metrô. Diferentemente de durante o dia, ele quase vazio.

O irritante som do metrô em movimento embalava minha atenta observação à uma senhora que aparentava dormir no banco em frente ao meu e meus pensamentos sobre o desastre, popularmente conhecido como "encontro com Brandon". Ele realmente achou que me levaria para o quarto e... Bem, seja lá quais forem seus fetiches ou posições preferidas do Kama Sutra, algo mais aconteceria?

Apenas uma palavra parecia ocupar completamente minha mente.

Babaca. Babaca. Babaca.

–Babaca!- murmurei de forma agressiva, recebendo um olhar de desaprovação por parte da senhora, que apesar do estado sonolento, parecia ter boa audição. Dei dei de ombros em um gesto de "desculpe, mas não posso evitar", se ela soubesse de quem se tratava, faríamos um dicionário de ofensas.

Senti o solavanco de quando paramos e a voz feminina anunciou, em francês, em qual estação estávamos. Faltavam quatro. O que é um bom numero já que entre o hotel e a estação de metrô mais próxima daquele maldito restaurante existem dez estações.

Foquei meus olhos na porta por onde entrava uma mulher loira, de saltos e um vestido tão curto que se ela se abaixasse para pegar algo, o ato seria considerado um atentado ao pudor. Ao invés de sentar, a moça apenas escorou-se próxima a entrada em uma posição que parecia ressaltar suas curvas, com uma expressão planejada de desinteresse enquanto mexia nos cabelos e logo o metrô entrou em movimento novamente.

Olhei para os vultos pelas janelas até sentir o veículo parar novamente, a senhora desceu enquanto murmurava algo sobre os hormônios incontroláveis dos jovens ao passar os olhos pela mulher próxima à porta, um jovem e sentou-se ao meu lado, a presença masculina pareceu despertar o interesse da loira que dirigiu-se ao assento mais próximo enquanto olhava-o furtivamente.

Ao sentar-se iniciou uma conversa com perguntas como: "Você mora pela região?", "É estudante? De quê?" e "Qual o seu nome?". Nada além de um diálogo amigável normal, talvez ele a chamasse para sair depois de trocarem os números e conversarem por uma semana. A moça só queria socializar, certo? Errado.

As coisas ficaram estranhas quando a mulher projetou uma de suas mãos para a perna do homem e proferiu as palavras que me fizeram deduzir sua profissão:

– E o que você acha de me fazer uma visitinha? Minhas amigas que moram comigo também gostam de um pouco de diversão. - por mais chocada que eu tenha ficado, o homem apenas deu uma risada discreta.

– Parece interessante.- e no instante seguinte ela já estava no colo do rapaz.

Eu precisava sair daquele lugar, e rápido. Percebo a aproximação da penúltima estação e me preparo para descer, eu não morreria de caminhar apenas um pouco mais para chegar no hotel e se continuasse nesse vagão, talvez eu receberia a minha segunda proposta para fazer sexo em um mesmo dia. Com o solavanco cruzei as portas o mais rápido possível.

Com tanta afobação quase atropelei um homem que aguardava o próximo.

– Pardon. - me desculpei. Nesse momento escutei alguém chamar meu nome.

Rodei meus olhos pelo lugar até encontrar um garoto sentado em uma das cadeiras presas à parede. Alex acenava animadamente como se estivesse vendo um amigo de longa data, o que dava a ele um ar infantil.

– Olá! - esse garoto é realmente muito animado.

– Ah, oi! - tentei soar tão animada quanto ele, não que eu estivesse incomodada em vê-lo, só estava tentando lidar com a cena assustadora que presenciei instantes antes disso.

– Você perece assustadora. - nossa! Muito obrigada!

– O quê? É o meu cabelo? Ele esta bagunçado? - passei a mão pelo cabelo tentando corrigir qualquer imperfeição.

– Assustadora não. A-assustada, eu acho. - disse fazendo uma cara estranha, supostamente de susto.

– Ah sim, são esses modos franceses que andam me assustando.

– Como assim? Eu não... - ele pareceu confuso.

– Oh, nada importante. Eu tô bem. - foi ai que me lembrei do encontro, era minha chance de me aproximar de Joe. - Uhm... Você e seus amigos moram aqui há muito tempo? - é claro que sim, Alex nem sequer conseguia falar inglês direito.

– Eu nasci aqui, Joe e Tony se mudaram há muito tempo.

– É que... - como eu iria dizer aquilo? - Nós, eu e as meninas, não conhecemos a cidade muito bem.

– AH! Querem que os amigos mostrem a cidade!

– Isso. Se não for nenhum incômodo... Nós podemos jantar depois.

– Tem um restaurante muito frio...

– Você quer dizer, tipo legal?

– Isso! Legal, são tão parecidos.

– Então isso é um sim?

– Sim, sim. - Alex era o tipo de pessoa que parece irradiar felicidade.

– Então, você mora por aqui?

– Não, Joe e Tony moram.

– Juntos? - podem me chamar de stalker, mas eu estava curiosa para saber como era a vida do meu amigo de infância.

– É, tipo amigos. - ele deu ênfase na última palavra, como se a minha pergunta fosse ofensiva.

– Claro - talvez Alex fosse homofóbico.

Nossa conversa foi interrompida pelo estrondo do próximo metrô se aproximando.

– Tenho que ir. - então ele me deu um abraço de urso, tentei retribuir da melhor maneira possível.

– Até logo! - lembrei-me de que não havíamos marcado um data.- Que dia podemos sair?

– Quinta é leee... legal! Onde vocês estão ficando?

Após trocarmos informações de maneira apressada e ele cruzou as portas. Me restava agora ir para casa, sem carona, graças ao Brandon e ao casal... Se é que eles poderiam ser classificados dessa forma. Estava começando a estranhar os costumes franceses e desistindo de me afastar de confusões, que pareciam me seguir por toda parte.

Segurei o cardigã com mais força contra o corpo e fui para a noite gelada de Paris. Andando pelas ruas, fiquei me perguntando qual dos prédios seria a casa de Joe e o que ele estaria fazendo naquele momento. Ele ainda desenhava? Ele ainda gostava de bolo de chocolate? Eram tantas perguntas bobas, mas que pareciam extremamente importantes naquele momento, que nem notei quando pingos gelados e frios começaram a cair. Ótimo. Se carma é real, meu "eu do passado" deveria ter sido Hitler.

Maldito Garoto e sua Sherlley.


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Notas finais do capítulo

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PS.: O que vocês acham que vai acontecer nesse encontro?



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