O herdeiro de Hera escrita por Len Baran, Lah S Conde, Juliana Moreira


Capítulo 19
A adaga que pode matar qualquer coisa.


Notas iniciais do capítulo

Helloooooo Pipooou :3

Lukas aqui u-u Estou postando esse capítulo antes do dia marcado (quinta-feira), pois eu não aguentava de ansiedade e-e Pois bem... nos vemos nas notas finais o/



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MANDY

Ouvimos um som forte, agudo e quase que ensurdecedor. Minha primeira reação foi tapar meus ouvidos, então um calafrio passou por todo o meu corpo no momento em que uma gigantesca águia colidiu contra o chão com um impacto tão forte que fez o chão aos meus pés tremer. A águia agora tapava o caminho para o portão que separava o acampamento do mundo mortal e algo nela não me era estranho, mas isso não importa. O que precisávamos fazer agora é passar por ela e entrar no acampamento.

– Ótimo, mais uma distração de Zeus?! Esse cara não quer salvar a mulher dele, não? – Gritei tentando soar mais alto que o grito da ave.

– Não importa, só precisamos mandar ela para o Tártaro! – David disse e então sacou seu arco e Sophia a sua adaga. – Uma flechada certeira em seu olho deve resolver.

David atirou a flecha na direção do rosto da águia e com um movimento de sua asa fez com que a flecha ricocheteasse como se suas penas fossem feitas de aço. Foi então que me lembrei de uma história contada por Quíron em uma noite de fogueira logo quando cheguei ao Acampamento. Uma águia mandada por Zeus para punir o filho do titã Japeto, Prometeu, que roubara seu fogo e teria dado aos plebeus. Às vezes eu acho que os deuses são uns tremendos filhos da... Esquece.

– É Ethon, a águia que punia Prometeu nos tempos antigos! – A ave levantou voo e o vento que saiu de suas asas nos jogou para trás nos fazendo colidir contra uma árvore.

– Não me diga que essa coisa vai comer nossos fígados... – Disse Sophia meio tonta devido ao impacto contra o pinheiro que protegia o acampamento.

– Acredito que não. Não fizemos nada de errado que afete Zeus. – Respondi.

– Mas não fizemos nada de errado mesmo, nadinha, nenhuma coisinha mínima que seja.

– Me pergunto por que Zeus estaria querendo nos atrasar... – Murmurei. – A menos que não seja ele.

– O que... O que quer dizer...? – David me perguntou acordando de um breve desmaio.

– Nada... Só estou pensando alto. Mas não temos tempo para isso... Corram! – Ethon veio a toda velocidade em nossa direção, se não tivéssemos desviado, pelo menos um de nós teria sido perfurado pelo bico da ave. – Vocês dois, corram para o acampamento, eu vou distrai-lo!

– Nem ferrando que vamos deixar você sozinha lutando contra AQUILO! – Sophia apontou desesperadamente, me virei a tempo de conseguir desviar de mais um ataque frontal de Ethon.

– Passem pela barreira... AGORA! – Falei com uma autoridade na voz que até eu mesma me senti tentada a correr para a barreira, mas eu não poderia correr o risco de quando voltarmos, Ethon ainda estar nos esperando.

Sophia e David foram caminhando de costas para a barreira bem devagar, tirei a caixa de sapatos que Hermes me deu da mochila e calcei-os rapidamente, vi os olhos de Ethon virarem em direção a eles e então ele deu um terceiro bote.

Maia! – Gritei. Então as asas do sapato começaram a se mover e eu comecei a flutuar, peguei minha marreta flamejante no cinto de ferramentas e acertei com toda a minha força a cabeça de Ethon.

– Touchdown! – Gritou David. Sorri pra eles e os vi adentrando pela barreira mística.

Uma flecha brilhando passou zunindo em meu ouvido acertando em cheio o olho de Ethon que pareceu ficar tonto. Acertei a marreta na parte debaixo de sua cabeça e a águia foi jogada para trás colidindo com a barreira que protege o acampamento e se desfez em areia dourada. Desci ao chão um pouco desequilibrada nos tênis, mas consegui não me machucar.

Maia. – Repeti, as asas se fecharam, admirei os tênis e resolvi continuar com eles, guardei na caixa o meu par que eu usei antes da pequena interrupção e caminhei em direção ao portão do acampamento.

POV – Autor

O trio se dirigiu a ala de chalés e alguns semideuses vieram em direção a eles fazendo milhares de perguntas.

– Vocês já terminaram?

– É verdade que Zeus criou um monstro que pode se transformar em qualquer coisa?

– Hades deve estar furioso, não é mesmo?

Depois de uma série de perguntas sem respostas, os três garotos foram para a Casa Grande em busca de uma conversa com Quíron.

– David! Sophia! Amanda! – Gritou Edson saindo pelas portas da Casa Grande.

Os três correram em direção ao velho amigo e ele já não usava mais muletas ou calças.

– Um sátiro? – Perguntou David. Com tudo que tinha passado... Aquilo nem o incomodava. – Isso explica muita coisa...

– Desculpa não ter falado antes, meu amigo, vocês saíram tão depressa, nem tive tempo de me explicar. – Falou Edson sorrindo. – Mas vejo que estão todos bem! Conseguiram concluir sua missão?

– Não, ainda não. – Respondeu Sophia. – Encontramos com Hermes durante a missão, ele tinha informações sobre minha mãe, mas por algum motivo ele nos teleportou para Nova Iorque. Precisamos chegar a Seattle. Segundo George e Martha, foi lá que minha mãe foi vista pela última vez...

– George e Martha? Quem?

– São as cobras presas ao caduceu de Hermes. – Respondeu Mandy impaciente.

– Ata... Então, Quíron está no lago, tem ido lá todos os dias acompanhar o treinamento de Amber.

– Amber ainda está treinando com o Oráculo? – Perguntou David.

– Sim... Ultimamente ela tem feito um grande progresso, tem tido visões sem desmaiar depois. Nos contou varias coisas sobre a missão de vocês.

– Preciso ir vê-la. – Disse David e então correu em direção ao lago.

– Vou conversar com Leo. – Disse Mandy voltando aos chalés.

– Bom, eu... Acho que vou com David. – Disse Sophia seguindo o filho de Apolo.

Edson farejou o ar. Queijo-quente. Pensou ele e então voltou para a Casa Grande.

******

Amber virou o rosto em direção a areia e viu seu irmão ao lado de Sophia e Quíron observando ela e Rachel durante o treinamento. Abriu um sorriso largo.

– Está tudo bem com ela, Quíron? – David perguntou.

– Sim, Amber está se dando bem com Rachel. Não tem tido mais desmaios ou dores de cabeça.

– Edson nos contou... – Disse Sophia.

A pequena canoa veio em direção a areia e Amber correu para abraçar seu irmão. David beijou a testa da irmã e a menina sorriu, em seguida abraçou Sophia.

– Eu estava com saudade de vocês. – Ela fez biquinho. – Eu conseguia ver imagens desfocadas da sua missão, seja lá o que vocês vieram fazer aqui, precisam se apressar. Por mais que eu queira que fiquem por muito tempo. – Amber fez uma cara tão triste que David se sentiu culpado por ter de “abandonar” sua irmãzinha outra vez.

– Sua irmã teve uma visão de Hades declarando guerra a Zeus. – Disse Quíron olhando para David.

– Você também? Eu tive um sonho assim durante nossa viagem até Washington.

– Eu sei que teve, maninho. – Disse Amber sorrindo. – Rachel também.

– Por alguma razão, muitos que tem alguma ligação com Apolo tiveram o mesmo sonho enquanto dormiam. – Disse Quíron apreensivo.

– Que seja. – Disse David, iria falar alguma coisa, mas Mandy o interrompeu.

– Gente, gente, gente! – Amanda vinha correndo em direção a eles. – Conversei com meu irmão Leo e segundo ele, existe uma maneira de derrotar Klonos!

Quíron observou Mandy cautelosamente.

– Você não quer dizer...

– Sim, é isso que eu quero dizer... – Respondeu Mandy para Quíron. – Se juntarmos 4 magos, ou seja, filhos de Hécate, podemos fazer um ritual para que uma arma consiga derrotar qualquer coisa!

– Amanda... – Quíron disse nervoso. – Isso é perigoso.

– Eu sei disso Quíron, mas Klonos pode ser a chave para concluirmos essa missão com sucesso, ele pode estar prendendo Hera em algum lugar, você tem que nos deixar fazer isso.

– Por favor, Quíron. – Disse Sophia. – É nossa única chance de evitar uma guerra entre os deuses e ainda vingar a morte de Nico.

– Pois bem, só me prometam que tomarão cuidado com a arma que será usada no ritual. – Pediu Quíron. – Pelo que sei essa arma só poderá ser usada uma única vez, em seguida ela se desfará em areia dourada como os monstros.

– Prometemos! – Disseram as duas em uníssono.

As duas meninas correram em direção aos chalés em busca dos filhos de Hécate enquanto David continuava a observar o treinamento de Amber.

*****

À noite, após convencer os quatro filhos de Hécate – Meg, Jamie, Sam e Arya – a se juntarem ao ritual, Mandy e Sophia observaram um símbolo ser desenhado no chão do campo de treinamento.

Depois que o símbolo foi pintado no chão, os quatro magos se posicionaram, um em cada ponta do X.

– A arma, por favor. – Disse Arya com uma expressão séria em seu rosto.

Sophia decidiu usar sua adaga, se iriam derrotar o monstro que possivelmente capturou sua mãe, teria de ser com a arma criada para ela. A filha de Hera entregou a adaga nas mãos de Arya e a arma foi puxada para o centro redondo do símbolo.

Os quatro magos começaram a cantar em uma língua que não era grego, nem latim, mas sim Egípcio Antigo.

– Esse é um ritual mais antigo que os deuses gregos, – Disse Quíron chegando por trás de Mandy e Sophia, acompanho por David, Amber e Rachel. – foi proibido por vários séculos, mas sempre que é de extrema importância, o feitiço que o proíbe se rompe.

– E como sabemos se isso é de extrema importancia? – Perguntou Sophia.

– Se o feitiço não tivesse se rompido, os quatro filhos de Hécate estariam mortos agora.

– E você permitiu mesmo sabendo disso?! – Perguntou Mandy.

– Amanda, eles sabiam do risco, se eles aceitaram, eu não poderia intervir.

Uma luz branca tomou conta do símbolo do ritual e então se dissipou rapidamente. A adaga de Sophia absorvera todo o brilho e soltava fumaça como se houvesse sido posta nas fornalhas do chalé de Hefesto.

– Está concluído. – Disseram os quatro magos ao mesmo tempo.

– Lembrem-se. – Disse Meg. – Apenas o dono da arma pode manusea-la e ela poderá apenas ser usada uma única vez, se outra pessoa tocar a adaga ou for usada antes da hora, ela se desfazerá em areia.

Sophia caminhou até o símbolo e tocou o cabo da adaga, estava quente, mas não o suficiente para queimar sua mão. Guardou-a e caminhou até seus amigos, ao olhar para trás o símbolo começara a sumir no chão.

– Assim como a adaga só pode ser usada uma vez. – Disse Arya. – Esse ritual só pode ser feito uma vez a cada século.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram? e-e Inicialmente a ideia da adaga me veio com a "cura" de The Vampire Diaries, mas... (SPOILER SPOILER SPOILER SPOILER), descobri que em Supernatural também tem esse lance de "arma que mata qualquer coisa", então só fortaleceu mais ainda minha vontade de fazer :3 (o símbolo do ritual eu inventei desenhando na mesa da sala de aula e.e)

Espero que tenham gostado... See you later o/



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