Capsule escrita por Emily Ingred


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Bem, o que posso dizer? Obrigada por estar lendo e sinta-se a vontade para dar sua opinião? Bem não sou nova aqui no Nyah, mas é a primeira vez que posto algo que realmente tem um valor para mim. Não garanto postar mais de um capítulo por mês, por que não tá fácil seguir a história, mas é algo muito importante para mim então CUIDEM DE MIM!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/481582/chapter/1

Como você imagina o mundo daqui a 100 anos? Como você acha que seriam as pessoas, a tecnologia e o sistema solar? Mas e se tudo fosse diferente do que você imagina?

Um mundo devastado pela 4ª guerra mundial e reconstruído para os pouco sobreviventes, mas nada é como era antes, como esperado a camada de oxônio foi sucumbida a nada e o sol nunca parecera tão forte, expectativa de vida extremamente curta, doenças incuráveis e mortais causadas pela radiação das bombas e terras inúteis para agricultura. O que poderia restar de um mundo que foi destruído pelos próprios habitantes? Esperança. É como diz o ditado, “Só damos valor ao que perdemos”.

Grandes cientistas se juntaram e criaram uma forma de viver, um novo projeto capaz de salvar a vida dos que tinham vontade de viver. Pouco a pouco, a cada gota de suor, a cada dia cansativo, um possível futuro normal poderia ser possível e assim eles chegaram ao resultado que chamaram de Capsule, cidades cobertas por uma espécie de capsula transparente, como uma bolha.

Capsule diminuía drasticamente a intensidade dos raios solares tornando “normal” a vida dos habitantes, ao menos um pouco normal, pois há anos a terra não sabia o que era noite. Capsule era apenas o nome dado ao conjunto de capsulas, chamadas de cidades, espalhadas pelo mundo, divididas por concentrações, chamadas de países. As capsulas eram conectadas umas as outras por túneis possibilitando a ligação por todo o mundo.

Capsule continha um centro chamado Goung localizado onde antes era a China, era a maior cidade, contendo o maior número de habitantes e é nessa imensa capsula que vivia Anna.

_ Anna Colsburg, 17anos, órfã, nasceu em Monk, formada em várias áreas da ciência exata e humana, desde pequena se destacou por sua inteligência inumana e por odiar viver em Capsule. Bem interessante não? - Ele a analisava como um objeto enquanto tomava o conteúdo borbulhante de uma xícara branca.

_ Sim, ela se parece com todos os outros por fora, mas ela consegue pensar além dessas bolhas.

_ Você diz como se fosse algo bom. - Deu um gole e fez uma expressão estranha quando o conteúdo quente tocou sua língua. - Ela pode destruir nossa maior criação e libertar esses ratos que vivem dentro.

_ Garota ingrata, nem agradece por termos salvado sua vida.

_ Mas não se preocupe Dr. Coiln logo será Lua cheia e vamos conseguir nosso império novamente. - Eles continuaram ali calados olhando a foto da garota que podia ir além das bolhas.

Capítulo 1

Primeiras Palavras

Ventanias incessantes e árvores dançando com a melodia dos ventos. Casas de madeira com um cenário de campo. Uma macieira bela e grande e uma pequena criança lendo um livro à sombra desta. Então quando abre os olhos está de volta a Capsule.

Anna se levantou e foi em direção à saída logo sendo interrompida por Chloe, a garota que não conhecia o suficiente para dizer algo, mas que dormia no quarto ao lado.

_ Onde você está indo de novo Anna?

_ Pra qualquer lugar longe daqui.

_ Quando você vai parar de fugir do Instituto? Eles salvaram sua vida, você devia no mínimo agradecer.

_ Não se mete Chloe, você ainda vai me agradecer por fazer isso.

Decidiu sair pelo caminho de sempre pensando irritada em como todas as pessoas podiam acreditar em tudo aquilo, mas para azar encontrou um dos supervisores no caminho, “talvez não seja meu dia”, pensou.

_ Onde você pensa que está indo Anna?

_ Não enche, vamos.

_ Onde está seu respeito garota. - Segurando fortemente seu pulso ele balançava como se aquilo fosse mudar algo, nos seus olhos podia-se ver luxúria e orgulho, algo normal para todos em Capsule.

_ Nós salvamos sua vida. - Então novamente foi dita.

Anna soltou-se e disse que iria voltar ao dormitório, mas foi em direção à outra saída, nunca suportou aquele lugar.

Indo para seu “refúgio” encontrou algo que não via há muito tempo, um dente-de-leão, parecia tão nostálgico.

_ Me lembro da primeira vez que colhi um, minha mãe me disse que eu deveria assoprar e fazer um pedido.

_ Está falando sozinha agora, cuidado para não ficar louca com tanta inteligência. - Era Roy, ele não morava no Instituto Capsule e nem tratava Anna de maneira diferente por morar lá.

_ Oh, Roy, olha o que encontrei, pensei que nunca mais veria um desses.

_ Que sorte, faça um pedido.

A garota que acreditava em poucas coisas olhou para o pequeno dente-de-leão e pensou o que deveria pedir.

_ Paz? - Olhou para Roy.

_ Não, isso você tem que conseguir com suas próprias mãos.

_ Dinheiro? Não.

Então veio como um estalo. Assoprou.

_ Então, que pediu?

_ Não conto. - “Riria de mim”.

Caminharam até uma pequena casa abandonada na parte rural da cidade, não muito longe do instituto, lá eles podiam ficar em paz. Conversaram sobre coisas inúteis até ficarem com sono como se nada mais existisse apenas aquele pedaço do mundo.

_ Hey Anna.

_ O que foi Roy? Eu quero dormir. - Disse Anna em um resmungo.

_ Que você pediu quando assoprou o dente-de-leão?

_ Por que você quer saber? - Não houve resposta. - Mesmo se te contasse, é impossível acontecer mesmo.

_ Pode não ser o dente-de-leão que vai realizar seu desejo, mas sim a sua vontade de que ele se realize.

_ Não é isso, não desacredito no dente-de-leão, mas sim no meu desejo. - Silêncio. - Roy, está acordado? - Novamente silêncio.

_ Sabe Roy, eu desejei amor, mas é realmente impossível não?

Anna não ouviu resposta, de certa forma ficou satisfeita por ele estar dormindo, mas também desapontada, não com Roy, mas com si mesma. Mas havia algo que ela não sabia, ele estava acordado, incrédulo, pensando no que Anna passou para ter se tornado assim.

v

Naquele mundo, naquela época, as pessoas se sentiam seguras, agradecidas, mas a não mais tão pequena Anna sofria a cada dia dentro daquele inferno.

Quando Anna acordou não viu Roy, então voltou ao instituto sem ser notada, passou o dia pensando naquele pedido “inútil” que tinha feito e quanto mais pensava, mais tinha certeza que aquilo era impossível.

_ Ei Anna, tem um cara te procurando!

Anna levantou o rosto o suficiente para ver quem estava atrás de Chloe e para sua surpresa era Roy.

Roy, o garoto que nunca havia perguntado sobre sua vida, que apenas dividia coisas idiotas e inúteis para poderem se desligar de seus mundos. O garoto que tirava Anna de todas as suas preocupações e apenas pedia de volta um sorriso. O garoto que apenas sabia seu nome e onde morava. Agora ele estava lá, à procura dela, não se sabe pra que, mas pela primeira vez alguém visitou Anna.

_ Eh? Roy? - Na afobação em se levantar da cama Anna enrolou os pés nos lençóis e caiu no chão, Roy espantado logo foi ajuda-la, estendeu a mão para que ela se apoiasse. Se levantando Anna evitou olhar nos olhos do garoto na tentativa frustrada de esconder o forte rubor em seu rosto, mas até suas orelhas se mostravam vermelhas naquele momento.

_ Machucou? - Tentando ignorar o rubor de Anna e fingindo não ter um leve vermelho em seu rosto pálido ele perguntou preocupado.

_ Estou bem. - Anna olhou para Roy e viu que ele estava preocupado com ela, não só agora, mas a um bom tempo ele carregava esse olhar. Ela desviou os olhos olhando para porta e vendo que Chloe assistia a tudo com um sorriso um tanto quanto intrigante.

_ Bem, vamos sair daqui, vamos dar uma volta não? - Anna arrastou Roy para fora sem nem ouvir a resposta. Chegando do lado de fora do instituto se censurou por ter sido tão óbvia.

_ Anna.

Anna olhou para Roy que a cada dia parecia mudar um pouco, desde que se conheceram ele amadureceu, cresceu, mas sempre foi o Roy que estava lá. Seus olhos verdes contrastavam com seu cabelo preto. Era noite, ou que deveria ser noite, o céu em sua máxima escuridão esbanjava um laranja encantadoramente belo. Com aquele olhar sobre aquele cenário parecia uma pintura, um retrato, mas era apenas o Roy.

_ Eu tenho evitado isso há um tempo, mas tem algo me incomodando, eu nunca soube o porquê da sua tristeza, mas entendia sua dor, eu a aceitava calado e assim você também o fazia com a minha, mas...

_ Mas? - Anna sabia o que Roy iria dizer, ele realmente parecia evitar olhar nos olhos dela ultimamente, mas ela não queria conta-lo, ela não queria que ele tivesse pena dela, ela só queria que ele estivesse lá como sempre foi.

_ Mas eu não suporto vê-la assim. Poxa olha onde você mora, no instituto que qualquer um daria tudo para morar, eles te dão tudo o que você quer não é? Esse é o bairro mais rico da cidade e olhe para você, é tão linda, que poderia haver de errado? - Anna olhou-o incrédula nas palavras que acabara de ouvir, “Como ele pode achar que é tudo tão, tão perfeito? Isso é um inferno!”.

_ É disso que eu tenho medo. - Anna o encarou novamente, agora não era capaz de entender. - Como uma garota com tudo que quer, um gênio de sei lá oque, que vai ser idolatrada no futuro pode carregar uma tristeza tão grande? É disse que eu tenho medo, dos seus medos.

Anna não sabia o que dizer, tentou começar frases, mas nada apresentava nexo, então desistiu. Na vã tentativa de ignorar tudo eles foram para o esconderijo e repartiram sua dor com o silêncio.

v

Um silêncio profundo ecoava por entre os dois, um evitando o olhar do outro. Anna se contorcia tentando ficar confortável no balanço do lado de fora do refúgio, Roy escorando na parede evitava o olhar da garota olhando para o céu. Ela se preparava para contar um pouco sobre si e ele se julgava por ter feito o que fez.

_ Sabe Roy, eu não me lembro bem. - Meio surpreso por ter sido ela a começar a falar a olhou e viu que fazia um grande esforço para poucas palavras então aguardou pacientemente. - Mas eu sei que eles eram ótimos e me amavam, eles não deviam... - Ela agarrava fortemente seu vestido mostrando que doía tocar naquele assunto.

_ Anna... - Ela o interrompeu bruscamente com um olhar desesperado pedindo para ele não acabar com o pouco que ela conseguia, então ele apenas abaixou a cabeça e ouviu.

_ Eles os mataram Roy, mataram meus pais e me pegaram, é tudo que lembro! Eles me tratam como uma rainha, mas... - Roy não conseguia ligar umas palavras às outras, ele só conseguia ver o rosto contorcido e choroso de Anna. Ele deu um passo a frente, mas ela se encolheu segurando ao máximo o choro.

Depois disso Roy a abraçou, ela então soltou todo o choro que guardou em anos.

v

Naquele momento eles fizeram do silêncio seu maior aliado. Roy não sabia o que dizer e desesperadamente procurava alguma maneira de ajudar. Anna se roía pouco a pouco, cada vez entrando mais em um caminho sem saída. Eles não se olhavam e não falavam, mas apenas a presença do outro ali já era suficiente.

_ Anna, eu não sei como ajudar, agora as coisas fazem sentido, mas eu me sinto tão... - Ele parou de falar e olhou Anna, ela estava de cabeça baixa e seus ombros encolhidos pareciam menores e mais fracos. - Tão inútil. Sinto como se você estivesse em minhas mãos prestes a se quebrar a qualquer momento e eu não pudesse fazer nada além de assistir.

_ Eu não peço que faça nada Roy.

_ Não é questão de pedir Anna. - Irritado ele levantou o tom de voz, logo respirando e voltando ao normal. - Eu, eu quero ajudar.

Naquele momento o silêncio pareceu fazer barulho, não um barulho incômodo, seria mais como um som entristecedor. Como em um bosque, o som do vento gritando entre as árvores, mas esses gritos vinham de uma garota que em silêncio pedia socorro.

v

Roy não disse mais nada, apenas se aproximou dela, deu-lhe um beijo na testa e foi embora e Anna preferiu novamente o silêncio.

Anna voltou ao instituto, algumas pessoas tentaram falar com ela, mas ela não se importou, foi para seu quarto se trancou lá e nada disse a ninguém.

_ Roy o que você fez? - Foi a única coisa que repetiu pra si mesma por muito tempo.

Ela ainda estava em choque, um tempo após a morte de seus pais ela prometeu a si mesma não pensar mais naquilo, e foi o que fez. Anna enterrou no mais fundo buraco de seu coração e desenterra-lo naquele momento parecia insano.

No dia seguinte Anna comeu a primeira coisa que viu pela frente, não sentiu gosto e não se importava com isso. Logo depois foi para seu refúgio e passou horas, minutos, segundos pensando.

_ O que faz aqui? Pensei que depois de ontem não iria mais falar comigo. - Roy sentou ao lado da cama improvisada.

_ Não vim falar com você, vim porque gosto de estar aqui.

_ Entendo. Anna queria te pedir uma coisa.

Anna nada disse.

_ Não é nada de mais pode ser até um pouco idiota. - Ele sorriu sem jeito e Anna conhecia aquele sorriso, sabia que ele mentia. - Eu quero que conheça uma pessoa, não precisa dizer nada, mas...

_ Tudo bem, eu vou.

_ Sério? Nossa, nem sei como agradecer, vou arrumar o dia mais próximo, eu te aviso. - Ele demonstrava alegria e logo foi embora.

v

_ Anna, estão te chamando no laboratório cinco, acho que é sobre seu projeto. - Era uma garota bonita que chamava à porta. Anna não a conhecia, mas todos no instituto sabiam quem era Anna.

_ Quem me chamou?

_ Creio que seja o Doutor Coiln. - Disse ela meio sem jeito.

_ Aquele maldito. - Anna disse baixo, mas a garota percebeu que ela havia falado algo. - Obrigada por avisar. - Anna sorriu.

Anna foi sem pressa para o laboratório, sabia que boa coisa não vinha de lá. Seu último projeto era um segredo para todos do instituto, mas ela considerava apenas mais um “brinquedinho de capsule”.

_ Olá Anna, eu avaliei seu projeto, mas ele já está pronto?

_ Não, não está. Sabe, é difícil pegar algumas ideias idiotas escritas em um papel e transformar em armas. - Disse ela analisando o papel em suas mãos.

_ Não sei o que você está dizendo garota. - Ela o olhou de baixo se perguntando o que tinha feito para ter que aguentar tanta hipocrisia. - Ande logo e termine isso, não estamos mais com paciência para seus joguinhos, você não é mais uma criança para se trancar em um quarto e fingir que não tem obrigações.

_ E você não é uma criança para brincar de matar pessoas não? Eu nunca disse que faria nada por esse inferno, eu faço por mim mesma, quero me livrar de vocês logo.

_ Então vamos ao trabalho criança e termine isso antes da Lua Cheia.

Assim que Coil saiu da sala Anna arremessou algo na porta onde ele tinha acabado de passar, o barulho de vidro se estilhaçando se espalhou pelo ambiente.

v

Uma semana após o pedido estranho de Roy ele reaparece, ele leva a garota com olhos azuis quase brancos para o centro da cidade e caminham bastante até chegarem à porta de um hospital. Ele demonstra grande felicidade e ela se esforça para ficar feliz por ele sabe-se lá por que.

_ É aqui. - Diz ele apontando para a entrada. O hospital parecia ser de luxo, gigantesco. Crianças corriam ao redor e pessoas sorriam sem motivo algum mesmo estando em um lugar como aquele. Depois que as doenças causadas pela radiação surgiram os hospitais foram super reforçados para atender a demanda, apesar da maioria dos casos serem incuráveis eles abrigavam todos, dando ao menos a chance de morrer dignamente ou pelo menos era isso que eles pensavam.

_ Um hospital, quem você quer que eu conheça em um hospital? Não é um psicólogo é?

_ Não Anna, vamos entrar se não, não poderemos ficar por muito tempo.

Anna seguiu Roy que parecia ir lá com frequência, pois para não se perder naquele labirinto de corredores deveria se conhecer muito bem o caminho.

Chegando em frente a uma porta Roy fez sinal para que Anna fizesse silêncio, ela olhou o nome que estava escrito na porta. “Luke Steiner”

Roy se aproximou da cama fazendo sinal para que Anna também o fizesse. Quando ela chegou perto o suficiente viu que a pessoa deitada ali parecia muito com Roy, ela o olhou e ele sorriu.

_ Não faça barulhos altos, seus ouvidos ficaram sensíveis. - ele disse em tom baixo enquanto olhava e acarinhava a cabeça de Luke. - Ele é meu irmão mais novo, ele desenvolveu essa doença muito rapidamente sem chance de qualquer tratamento. - Roy levantou a manta que cobria o garoto mostrando as veias negras que sobressaltavam em suas pernas.

_Não sei o que é ou como acontece, mas começou quando ele tinha apenas três anos, os médicos disseram que normalmente não acontecia nessa idade e que não devia ir tão rápido, mas aconteceu. Meus pais só se preocupam com ele, por isso tive dificuldade de arrumar um dia que nenhuma dos dois esteja aqui, eu não os culpo, nem o Luke. Às vezes até me odeio por pensar que ele ganha mais atenção. Minha mãe começou a desenvolver também a pouco menos de dois meses e então os médicos descobriram que é genético e as chances de um filho nunca ter essa doença é em menos de dois por cento.

_ Roy? - O garoto teve dificuldade em abrir os olhos e a boca.

_ Ei, Luke, trouxe uma pessoa pra te conhecer.

_ Quem é? - Ele olhava atentamente para Anna, que se sentiu intimidada.

_ O nome dela é Anna, ela mora no instituto Capsule.

_ Sério? - Uma aura brilhante surgiu em volta do garoto. - Você é um dos gênios de Capsule? Eles prometeram achar a cura, agora que mamãe está doente eu peço todo dia que eles consigam.

Anna ficou espantada, apesar do estado em que Luke se encontrava ele se preocupava com sua mãe. Anna se aproximou e pegou a mão do garoto.

_ Sim, eles vão encontrar a cura e eu vou ajudar e então todos ficarão bem né? - O pequeno Luke deu um sorriso desajeitado e Roy parecia estar à beira de lágrimas.

_ Sim. Roy, gostei muito dela depois a traga aqui de novo.

_ Sim é claro que eu trago, e me diz ela não é linda? - Anna ficou envergonhada com a pergunta, normalmente as pessoas só falavam do seu intelectual, nunca da sua aparência ou personalidade.

_ Sim, eu amei os olhos dela, parece com o céu. - Roy apenas sorriu. - Roy, ela é sua namorada?

_ Eh? - Imediatamente ele olhou para Anna que mostrava incredibilidade. - Não, não Luke, ela é minha amiga.

_ Ah ela é aquela amiga que você sempre me conta histórias? - Anna encarou Roy se perguntando o que ele havia falado para o garoto. - Mas já que não é sua namorada, Anna quer namorar comigo?

_ Nossa, que surpresa agradável, seria um prazer, mas você não um pouquinho novo para mim não? - Anna bagunçava o cabelo de Luke que se mostrava com um forte rubor em seu rosto.

_ Idade não importa.

_ Mas vamos esperar mais um pouco, então trate de crescer para se tornar meu namorado ok?

Anna, Roy e Luke riram, brincaram e esqueceram do mundo lá fora, pelo menos por alguns instantes.

_ Eu não sabia que você tinha irmão. - Eles voltavam no caminho do instituto, já era tarde e o céu mostrava um tom laranja.

_ Anna, você não sabia nada sobre mim. -Disse rindo.

_ Verdade. - Ela também sorriu.

Agora estavam quites, um sabia um pouco mais do outro e se sentiam melhores, eles se esforçaram, mas conseguiram como as primeiras palavras.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Capsule" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.