T.N.T escrita por May


Capítulo 22
Survival of the Fittest


Notas iniciais do capítulo

Hello Boys and girls
Demorei para postar porque, tenho que admitir, tive serios problemas para escrever este ultimo capitulo. Primeiro porque eu realmente não queria terminá-la. Finais são simplesmente tristes.
Segundo porque meu final de semana foi totalmente exaustivo, mas por fim aqui está o capitulo final. Espero que gostem!



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Kevin estava apavorado. Perdera-se no tempo que passou desde que entrou ali. Precisava escapar, logo. O que lhe acalmava era saber que sua mãe estava bem, e isso era a única boa notícia. Entretanto Roman ainda o mantinha ali. Talvez se encontrasse uma maneira de entrar em contato com Ashley ela o ajudasse a se libertar. Outro problema era que não sabia onde “ali” era.

O profeta encarava a porta à procura de uma solução quando essa foi aberta e uma garota loira entrou. Ela não parecia muito consciente do que acontecia à sua volta e não parava de comer de forma que Kevin chegou à conclusão que os leviatãs enfiaram algo ali.

***

Dean e Sam entraram na casa, seguidos por Mia, prontos para acertar qualquer potencial inimigo. Grande foi a surpresa dos três com o que encontraram na cozinha.

– O que é isso? – perguntou a loira tomando a frente. Aproximou-se da mesa lentamente e em momento algum soltou o facão. Os irmãos também se aproximaram para confirmar o que viam.

A mansão estava em total silêncio e os corpos dos vampiros estirados em uma mesa davam um ar sombrio ao local. Os caçadores se entreolharam sem saber o que aquilo significava. Dean aproximou-se da garota atento a qualquer movimento.

– Desde quando há outro modo de matar vampiros? - o Winchester mais velho se perguntou.

– Acho que desde agora. – Sam respondeu e então algo na parede chamou sua atenção. O casal observou o rapaz ir até a parede e não demorou a entender o que ele procurava.

Mia ainda sentia-se estranha quanto aquilo, havia algo errado ali e não eram os vampiros estirados com as bocas inexplicavelmente queimadas. Pode-se chamar de sexto sentido, porém tinha certeza de que algo naquela casa não se encaixava.

O Winchester parou sua procura ao ver a hesitação da garota.

– O que houve Mia?

– Nada. – respondeu ela balançando os cachos dourados para dispersar aqueles pensamentos.

– Achei. – sussurrou Sam mostrando a peça falsa que escondia um botão. Se fitaram apreensivos por alguns instantes e em seguida abriram a porta.

O cômodo escondido era um quarto amplo e rosa, uma grande cama de casal se estendia ao centro e na parede a frente se encontrava uma lareira aonde uma pequena figura se encontrava encolhida. Assim que escutou o barulho a garota levantou-se assustada abraçada a seu ursinho. Dean segurou a faca fortemente e se posicionou a frente da loira que revirou os olhos.

A garota devia ter seus dezessete anos, os cabelos eram castanhos escuros e vestia uma roupa infantil demais para sua idade. Ela parecia amedrontada e encaravam os irmãos atentamente. Mia não demorou a entender o que acontecia ali e abaixou a arma.

– Garotos, as armas. – explicou em um sussurro.

Os irmãos abaixaram as facas imediatamente e a loira tomou a frente de forma cautelosa, aprendera com a irmã que com pessoas assustadas o melhor era a afabilidade.

– Não vamos te machucar. – sussurrou e, como prova do que dizia, a mulher colocou a faca no chão. – Viu? Somos amigos!

Dean e Sam dividiam a atenção entre a atitude da caçadora e a reação da garota que pareceu consideravelmente mais calma.

– Só queremos conversar! –explicou Sam.

***

A noite passava lentamente e, sem notícias do que ocorria na busca pelo alfa, Katherine foi dormir.Ashley continuava deitada no sofá da sala assistindo The Vampires Diares, Castiel a observava confuso.

– Porque você assiste isso? Vampiros não são assim! – reclamou ele.

A ruiva o encarou por alguns instantes e voltou sua atenção de volta a Tv.

– Eu gosto do Damon! – confessou ela e o anjo fez um ruído indecifrável. Os dois permaneceram em silêncio por algum tempo depois da resposta. A garota assistia atentamente e Castiel tentava entender porque se irritara ao ouví-la.

– Ele me lembra a você. –sussurrou e o anjo a encarou confuso. Castiel observou a TV por alguns instantes, antes dela explicar. – Não aparentemente, mas vocês dois não deixam-se mostrar seu verdadeiro eu por medo do que as pessoas vão esperar e por medo delas se decepcionarem, sempre se escondendo por trás de algo.

– Eu não estou...

– Não? Por que tem um monte de leviatãs lá fora e você não está os combatendo? Por que não sai agora e arruma a bagunça que fez? – perguntou ela. –Eu sei que não devo culpá-lo, mas o fato é que eles estão livres e que alguém os soltou. Cas, você não pode fugir para sempre, eu já cansei de falar isso para você, mas vou falar novamente: Eles precisam de você, o mundo precisa. Eu preciso! Pare de fugir.

Castiel desviou os olhos, no fundo entendia o fato que precisava arrumar o que tinha feito. Não queria ter que admitir, mas sabia que ela estava certa.

– Castiel, eu sinto o que você sente, eu sei o que se passa ai. –sussurrou ela colocando a mão onde batia o coração do anjo. – Sei que está com medo, está arrependido, envergonhado, mais que tudo, você está fugindo de si mesmo e isso é impossível.

Os dois ficaram quietos, a garota ainda tinha mão no peito do anjo e este a olhava com carinho e pesar.

– Eu errei muito com eles. – disse Castiel arrependido.

– Tentando acertar. Isso muda um pouco as coisas, certo?

– Não, não muda. O que eu fiz... O modo com agi... Foi monstruoso, inadmissível, não entendo como ainda estou vivo ou porque eles ainda tentam me ajudar...

A garota sentiu os sentimentos do anjo fluírem livremente. Pela primeira vez ele não estava guardando tudo para si mesmo, estava deixando simplesmente que seus sentimentos se mostrassem e, embora fosse o que ela quisesse, não era o que ela esperava não conseguia suportar. Ashley soltou um pequeno muxoxo e afastou-se um pouco.

– Me desculpe, não queria te machucar. Como você está? – o anjo preocupou-se dando um passo em direção a ela.

A garota sentiu a auto aversão que o anjo sentia, a preocupação, o medo. Ela se odiou por se a responsável por parte destes sentimentos. Quis ter sido mais forte.

– Tudo bem Cas, fico feliz que finalmente me deixou entender... – disse num sussurro.

– Eu te machuquei! Eu sempre faço isso com quem se aproxima, devo ir...

– Não! – interrompeu com um grito. – Não vá! Quero te ajudar, só não estava preparada, mas agora estou bem... Deixe-me te ajudar. – pediu se aproximando.

Castiel hesitou, estava confuso, não queria ter machucado a ruiva, tinha medo de repetir a ação.

– Você não vai me machucar Cas. – sussurrou ela e focou em suas próprias emoções, passou parte de todo o carinho que sentia por ele.

– Como tem tanta certeza?

– Eu confio em você. – respondeu e acabou com a distância entre eles. – A pergunta é: você confia em mim?

***

A garota tomava chá timidamente, ela havia contado sua história e apesar de Mia sentir certa dó, algo ali não se encaixava, não estava certo... Algo como um apito de alerta soou em sua cabeça, mas ao olhar os dois caçadores eles pareciam confiar completamente na historia da desconhecida, pensou que talvez fosse algo da sua cabeça. Estava ficando paranoica.

– Você sabe onde conseguimos encontrar o Alfa?

– Ele tem um lugar... Para onde vai quando algo dá errado... – disse a garota parecendo incerta.

– Vai nos ajudar a encontrar o lugar. Só precisamos do endereço. – Dean ordenou.

– Eu não sei, porém sei de coisas que talvez ajudem... – propôs.

A loira a olhou desconfiada. Tinha certeza de que não era coisa da sua cabeça aquela pestinha estava escondendo algo. Algo importante.

– Tem certeza de que você não se lembra? Por que não temos tempo para brincar de esconde- esconde e isso é muito importante! – a loira tomou a palavra.

– Mia, vai com calma ela está presa há anos! –Sam repreendeu. – Apenas faça o melhor que puder.

Mia estava sentada atrás com a garota. Dean percebia que tinha algo errado com a loira, mas iria perguntar quando estivessem sozinhos.

No fim eles acabaram se hospedando em um motel à beira de estrada. Sam foi buscar algo sem xarope de milho enquanto a garota dormir tranquilamente. Mia por sua vez mexia no cabelo compulsivamente, era uma mania que tinha. Dean segurou sua mão suavemente.

– Vai me contar o que está te incomodando?

A loira suspirou encarando as órbes verdes do caçador. Não queria preocupá-lo, entretanto queria dividir o que sentia.

– Pode ser coisa da minha cabeça, mas acho que ela não está contando tudo que sabe. – sussurrou se aproximando do Winchester que a abraçou.

– Ela só está com medo. – Dean acalmou-a.

Mia o abraçou inspirou o perfume do rapaz. A acalmava tê-lo perto de si. Finalmente tinha encontrado alguém.

– Eu te amo. – sussurrou ela, não sabia o porquê, mas precisava dizer o que sentia. Era como se um nós estivesse em sua garganta, como se alguma coisa horrível fosse acontecer, odiava sentir-se assim.

– O que está acontecendo com você? – Dean perguntou preocupado quando sentiu as lagrimas da garota contra seu pescoço.

– Tenho medo de te perder. – sussurrou ela.

– Isso não vai acontecer. Nunca. – garantiu, alisando os cabelos da garota. – Por que você está assim? Nós vamos atrás do alfa, conseguimos o sangue, matamos Dick e tudo fica bem.

Mia fungou e secou as lágrimas, um pouco envergonhada. Não entendia o motivo por estar tão abalada emocionalmente, como Dean tinha falado era apenas mais uma caça.

– Desculpe.

O Winchester a abraçou novamente e então a afastou e encarou.

– Eu te amo, Mia. Você não vai me perder e eu não vou te perder. É só mais uma caçada e nós sabemos como se caça! – disse ele firme.

MISSOULA-MONTANA

Por fim os três seguiram até a casa onde o alfa se escondia. Dean insistira para que a loira ficasse junto à garota, mas esta foi irredutível.

Dentro do Impala Dean estava preocupado com Mia mesmo esta parecendo totalmente recuperada do episódio anterior. Sam tinha se encarregado de conseguir sangue de homem morto. A loira por sinal encontrava-se preocupada com o que aconteceria lá dentro, sempre soube o porquê não tinha escolhido ninguém para ser um casal. Agora ela começava a se questionar se ficar com Dean tinha sido uma boa ideia.

– Vai ficar tudo bem... – garantiu Dean para ela, como se adivinhasse sua preocupação. No fundo ele estava falando para si mesmo. Começava a se arrepender por ter deixado Mia ir junto.

– Sim, tudo vai ficar bem. – a loira concordou a loira quando estavam fora do carro. – Mas se qualquer coisa der errado quero que saiba que eu te amo.

– Também te amo. – disse Dean.

Sam revirou os olhos, definitivamente aquele não parecia com o seu irmão de algumas semanas atrás. Parecia tão difícil encontrar alguém para colocá-los nos trilhos e no fim só precisou de uma loira com duas irmãs. O Winchester mais novo sorriu para si mesmo e começou a andar em direção à casa.

Para a surpresa dos três a porta estava aberta, se entreolharam desconfiados, mas não tiveram tempo para nada, pois no minuto seguinte Sam era puxado para dentro da casa.

– SAMMY! – gritou Dean em desespero.

***

Na casa de Bobby

Katherine acordou assustada após um pesadelo. Ashley e Castiel estavam na beira da cama os olhando apreensivos.

– Está tudo bem. – sussurrou a ruiva. – Me diga com o que você sonhou.

– Sam! Ele, Dean e Mia foram pegos e estavam na casa do... Alfa. – sussurrou ela esfregando os olhos.

– Foram pegos? Isso quer dizer...

– Eu não sei ao certo, só sei que foram pegos.

Ashley pensou por algum tempo antes de se levantar.

– Isso muda um pouco as coisas, estamos saindo em dez minutos. – anunciou.

– O quê? Isso é loucura. Vocês não podem sair assim. – interveio o anjo.

Os três se encararam por um tempo, Ashley ia protestar quando Castiel adiantou-se.

– Se Katherine ver outra coisa, qualquer coisa que indique que o alfa vai machucá-los eu mesmo vou até lá. Vocês ficam aqui. Seguras.

– Prometa! – exigiu a ruiva, ela não era a mais animada em sair da casa com a ideia de um monte de demônios esperando por ela e sua irmã, entretanto também não podia deixar Mia e seus amigos desamparados. – Qualquer coisa, no mesmo instante.

– No mesmo segundo. – prometeu Castiel.

***

SUCROCORP

Kevin terminava de mandar uma mensagem para o celular da ruiva após usar um computador escondido. Se não conseguisse sair dali, pelo menos sabia que podia contar com ajuda.

O profeta olhou em volta desconfiado e continuou andando silenciosamente pelos corredores vazios da empresa, quando foi surpreendido por mais um de seus carcereiros.

***

CASA DE BOBBY

Katherine estava em seu quarto tentando ver qualquer coisa que indicasse o que estava acontecendo com Sam, mas nada lhe vinha.

No andar inferior, Ashley começava a trabalhar nos sentimentos do anjo.

– Deixe fluir Cas. Deixe-me ajudar... – sussurrava ela e assim ele fez. Sentimento por sentimento a ruiva foi trabalhando de forma que no fim Castiel não se sentisse tão mal quanto antes.

Fizeram uma pausa quando o uso do dom da garota exigiu descanso. Ela estava jogada no sofá com os cabelos espalhados pelo colo do anjo.

– Porque se importa comigo? Porque está me ajudando? - perguntou ele por fim.

–Não sei. – respondeu ela sinceramente. – Antes eu pensava que todos os anjos me odiavam e, sinceramente, eu teria matado cada um só para me proteger… e então você apareceu e me fez ver que as coisas eram diferentes. Você mostrou que os anjos eram diferentes do que eu imaginava. Primeiro trocou de lugar com Sam sem hesitar e se arrependeu por te tentado me matar... E de qualquer forma eu sei como você se sente, sei que se arrependeu pelo que fez. Se alguém merece ser salvo é você Cas, você merece estar vivo, merece que os Winchesters lutem por você.

– Você sabe que o que estamos fazendo é errado certo? – perguntou o anjo hesitante.

A ruiva se sentou assustada com a pergunta de Castiel.

– Não estamos fazendo nada. Estamos?

– A forma como eu me sinto em relação a você e como você se sente em relação a mim... Isso é errado. – explicou o anjo.

–Eu sei... –sussurrou ela desviando o olhar.

– Mas de certa forma é bom. - disse ele para a surpresa de Ashley.

– Sim é bom. – concordou. – Não deveríamos estar discutindo isso...

O celular da garota vibrou interrompendo a conversa.

“ Ashley é o Kevin, preciso de ajuda. Fui pego pelos leviatãs, não sei onde estou, mas sei que é uma empresa.”

– Não! – gritou Ashley. – Não! Não! Não!

Castiel entrou na frente da garota a fazendo parar de andar.

– O que houve?

– Kevin! Eu sabia que era uma péssima ideia! O que foi que eu fiz? - ela se perguntava desesperada algumas lágrimas escaparam por seus olhos, assustando o anjo.

– Ashley o que aconteceu? O que tem o Kevin?

– Eu o convenci a ir, fiz ele querer ir. E o mandei direto para uma armadilha. Eu sou um monstro, deveria morrer. Talvez seu eu chamasse Inias... – a garota se culpava sem se importar com o que o anjo havia perguntado.

Katherine desceu as escadas assustadas com os gritos.

– O que está acontecendo aqui?

– Aparentemente algo com o Kevin. – respondeu o anjo, ao lado da garota. A preocupação dela para com profeta voltava a acender aquele sentimento dentro dele, que se surpreendeu ao notar que aquilo era o que chamavam de ciúmes.

A morena segui até a irmã e tirou o aparelho da mão dela.

– O Kevin foi pego. –anunciou ela para o anjo.

– Está tudo bem Ashley, vamos descobri onde ele está...- Kath tentou acalmá-la.

– Não, não está nada bem! Eu o mandei para lá, eu o fiz ir para lá, o induzi a sentir que tinha feito a melhor escolha e agora ele está nas mãos de um monstro! - ela gritou e escondeu seu rosto entre as mãos, o corpo diminuto dela balançava com a intensidade de seus soluços.

Castiel apesar de estar com ciúmes, sofreu ao vê-la daquela forma. Katherine não sabia o que fazer, queria se aproximar e abraçá-la, mas sabia que no estado que irmã estava ia acabar passando seus sentimos e assim não conseguiria ajudá-la, mas vê-la sofrendo daquela forma, era como um soco na sua cara, como um dia ela pôde imaginar que a irmã a trairia? Ashley era a mais sensível das três, talvez por causa do seu dom ou por sua própria natureza, se ligava rapidamente e intensamente pelas pessoas e na maioria das vezes acabava sofrendo por causa disto. A vida de caçadora custava muito para ela. Katherine não sabia se um dia se perdoaria por ter duvidado da ruiva.

O anjo percebeu a tristeza no rosto da morena também, imaginou que a ruiva a estava afetando. Sabia que provavelmente era o único a se aproximar de Ashley sem sofrer efeito do dom dela, podia permitir isso, sentir o que ela queria que ele sentisse ou ignorar, era ele quem decidia.

– Vá rastrear a chamada. Eu cuido dela.

A morena assentiu e correu para a cozinha com o aparelho em mãos.

***

MISSOULA-MONTANA

– Os Winchesters... Mais uma vez. E quem é a adorável moça? –perguntou o alfa sentado tranquilamente á cabeceira da mesa.

– Eu sou Mia. –disse a loira por trás dos ombros de Dean que tentava bloquear a figura da amada.

– Ninguém te avisou que se juntar aos Winchesters é um perigo, criança?

Mia rolou os olhos entediada com as preliminares queria ir direto ao assunto, mas no instante, com todas as armas nas mãos dos vampiros, não estava em posição de ditar as ordens.

– Sou crescida, posso decidir com quem quero ou não me juntar. – respondeu ela.

O homem a olhou indiferente quanto Emilly entrou no lugar.

–Você? – Sam perguntou estupefato.

– Hey Sam! – respondeu ela com um sorriso.

– Eu sabia! Você daria uma ótima atriz. – a loira murmurou.

– Vocês queriam machucar o meu pai. – defendeu-se.

– Eis aí um belo caso da Síndrome de Estocolmo. – murmurou Dean. Alguns vampiros rosnaram para ele, mas foram completamente ignorados pelo caçador que continuou: - Lamento informar, mas nós não íamos. Sam têm outros planos.

– Estamos aqui para conversar... Só isso. – disse o Winchester mais novo conseguindo em troca uma risada irônica do homem.

– Agora que suas armas não estão com vocês!- acusou.

– Pensamos que você poderia guardar algum resentimento... – sugeriu Dean.

– Porque eu teria? Por terem me capturado, me torturado e me vendido ao rei do inferno? – perguntou o alfa ironicamente.

–Esse foi mais o nosso avô. – respondeu o mais velho e um dos vampiros o acertou fazendo o caçador cair contra a mesa.

– Dean! – gritou a loira dando um passo em direção ao caçador, mas foi impedida por um vampiro. – Dean!

– Eu estou bem. – garantiu o caçador se levantando, a boca do rapaz sangrava e a loira perdeu o semblante calmo.

– Eu vou matá-los... – começou a refletir o alfa.

– Escute está bem? Sabemos quem está matando suas crianças! – interrompeu a loira captando a atenção do alfa.

– Estou escutando querida.

Dean e Sam estavam tensos, as coisas estavam saindo do controle. O mais velho não gostava do fato da sua garota estar negociando com um alfa.

– O que você sabe sobre leviatãs? - perguntou ela parando de se debater contra o aperto do vampiro.

– Um pouco. Eu e Roman estamos em ótimos termos...

– Sem dúvida estão. Mas até agora o senhor não parou para pensar? –Mia jogou a deixa no ar, pensou que mostrar um pouco de respeito ajudaria.

O alfa encarou-a em busca de uma resposta, e a loira aproveitou do seu interesse.

– Que tal mandar seu amigo aqui me soltar e assim termos uma conversa civilizada...

– Gregori. – o alfa fez sinal com a mão e a garota suspirou.

– Tem um pesticida na fórmula do xarope de milho, sem efeitos colaterais para leviatãs, mortal para os vampiros. Ou você pensou que ele ia dividir a refeição? – perguntou a loira um tanto debochada.

– É conveniente para vocês pensarem assim, querida, a vida de vocês dependem de eu acreditar ou não nisto. – o alfa respondeu inabalado.

– Talvez, mas pense: Até quando vai conseguir sobreviver a isso? Pode tapar os olhos e fingir que não vê, mas uma hora terá que se alimentar, por enquanto tem a nós três, mas não somos eternos! Nós temos a solução para o seu problema, mas precisamos de uma colaboração sua.

–E agora vocês preocupam-se com a extinção dos vampiros?

– Não, mas é melhor do que ser exterminado junto com você. – interveio Dean. O cômodo ficou em silêncio quando um garotinho com seus oito anos entrou o recinto.

–Allan... –chamou o alfa.

– Edgar chegou. – avisou o menino.

O homem assentiu e ele saiu da sala. Mia olhava aquilo horrorizada, eram apenas crianças!

– Ótimo, precisamos de qualquer coisa que contenha bórax… - começou Dean.

– Levem- nos. –ordenou o homem.

– O quê? Não! –protestou a loira.

– Um conselho, querida: Não se vive séculos tirando conclusões precipitadas.

***

CASA DE BOBBY

Ashley estava abraçada a Castiel enquanto chorava copiosamente, já se passara quinze minutos desde que vira a mensagem. O anjo se lembrou da mãe da garota, via agora a semelhança entre as duas, mas apesar de entender que era da natureza da garota, não podia impedir-se de se sentir enciumado.

Katherine apareceu novamente na sala preocupada.

–A faça parar, por favor. –a morena pediu. O anjo entendeu o que ela quis dizer o no minuto seguinte a ruiva dormia tranquilamente.

O anjo a carregou para o andar superior e a deitou. Katherine observava enquanto o anjo a cobria e secava as lágrimas do rosto da irmã. Sem dúvida um belo casal.

– Já imagino o que aconteceu, não precisa explicar. – disse Katherine. – É o melhor para ela. Quando acordar vai se sentir melhor, vai agir racionalmente.

O anjo concordou com a cabeça olhando a ruiva com carinho, até momentos antes ela o estava ajudando bravamente e no segundo seguinte estava desabando, como era possível que existissem dois traços tão fortes em uma mesma pessoa? Castiel não sabia, mas a amava mesmo assim.

– Consegui estou procurando a fonte de onde Kevin mandou a mensagem, é de algum computador, dentro de algumas horas vou saber de onde, só preciso que mantenha Ashley dormindo até lá. – pediu a morena.

***

MISSOULA-MONTANA

Os três foram jogados em um cômodo amplo que se parecia a uma sala de estudos, não fosse por algumas bolsas de sangue penduradas. Dean e Sam observaram o local, apreensivos e um tanto assustados; Mia sentou-se em um canto e fechou os olhos.

– Você está bem? – perguntou Dean indo até o lado da garota.

– Vamos morrer porque o alfa é um completo imbecil idiota e aquela mini naja, aprendiz de bruxa, vadia...

Dean sorriu para a loira e a abraçou.

– Não vamos morrer. – garantiu o Winchester a fazendo levantar. – Porque será que nos prenderam aqui?

– Dean, nós somos os inimigos dele, já eles são como primos-monstros ou algo assim. A quem você daria o beneficio da duvida? – Sam explicou.

O Winchester mais velho, mais uma vez se arrependeu por ter levado Mia junto consigo. Ela estava em perigo por sua culpa, será que todas as pessoas que se aproximavam dele tinham que morrer?

– Vamos ficar bem. Não vamos morrer lembra. – Mia lhe disse imaginando o que se passava na cabeça do caçador. Em seguida algo nas poltronas chamou a atenção da garota que se afastou.

Pegou algo ali e seguiu para porta, instantes depois, essa se abriu sem barulho.

– Prontinho. Livres finalmente! –murmurou ela sorrindo.

Os três correram pela escadaria até que encontraram Edgar prestes a acabar como alfa. Em um segundo Dean e Sam estavam em ação.

O Winchester mais velho seguiu até o leviatã pelas costas, mas não conseguir surpreendê-lo. Edgar o empurrou prestes a atacar quando Sam cortou a cabeça.

Mia seguiu até o alfa caído em um canto da sala.

– Sinto muito senhor alfa. –disse ela debochada.

– Não! –gritou Emily.

– Fica longe, projeto de naja! – a loira bloqueou o caminho até o alfa, enquanto preparava para sangrá-lo.

Sem que visse o alfa já estava em pé e a empurrou contra parede, fazendo com que a loira caísse e batesse a cabeça.

– Mia! – chamou Dean indo até a garota.

– Deixem Emily em paz, ela já passou por muita coisa. – ordenou o homem.

– Que gentil, vindo do homem que a tirou da própria mãe. – debochou o Winchester mais velho ajudando a loira a se levantar.

– Vocês querem mais uma briga ou o meu sangue? - intimou.

A loira se apoiou em Dean e percebeu que sua testa sangrava, cuidaria disso mais tarde. Os três assistiram quando o alfa sentou-se e sangrou em uma taça. Mia achou aquilo mórbido, mas se calou.

– Por terem cuidado de Edgar. Agora vão!- ordenou ele estendendo a taça para a loira.

– E o garoto... Allan?

– Vocês estão brincando! –protestou.

– Não! Já fizemos o suficiente hoje, te salvamos de Edgar, vamos te deixar vivo e você até ficou com a projeto Hollywood, mas não vamos permitir que continue com isso.

O silêncio se instalou por um tempo, até que o alfa ordenou a Emily que fosse fazer as malas do garoto.

– Agora pegue. – intimou.

Mia olhou os Winchesters hesitante, o alfa estava os ignorando deliberadamente. Se aproximou com cuidado e pegou a taça.

O garoto entrou o recinto e a loira fez sinal para que ele se aproximasse.

– Vem Allan, está com saudades da sua mãe? –perguntou ela e o menino se atirou contra ela que entregou a taça a Dean e pegou o garoto no colo.

– Sem nenhum “muito obrigado”? – o alfa perguntou irônico.

– Pode nos agradecer a hora que quiser por termos salvo você. – respondeu a loira no mesmo tom.

Os três saíram apresados até o Impala onde Mia ajeitou o menino no banco traseiro ao seu lado.

– Vocês vão me levar de volta para a mamãe? –perguntou inocente.

– Sim, vamos te levar para a mamãe. – respondeu a loira comm carinho.

Dean olhou uma vez mais pelo retrovisor e viu a garota cuidando do menino.

****

CASA DE BOBBY

Castiel observou quando a garota começar a despertar. O lado de fora indicava que era noite novamente. Na verdade madrugada. Ela tinha dormido o dia todo e agora Katherine já sabia onde o profeta estava, tinha que esperar agora o retorno dos demais e isso preocupava o anjo.

A ruiva abriu os olhos preguiçosamente, sentia seus olhos arderem, viu que estava na sua cama, mas não se lembrava de ter ido dormir, então uma figura captou sua atenção. Castiel sentado na beira da sua cama. Começou a se lembra do ocorrido.

– Kevin... –sussurrou ela.

– Já sabemos onde ele está, vamos ir resgatá-lo, não se preocupe. – o anjo apressou-se em dizer.

A garota assentiu em silêncio e voltou a se deitar. Será que nunca conseguiria proteger quem ela amava? Primeiro seus pais adotivos, depois Katherine, agora Kevin, quem seria o próximo? Sentia-se totalmente culpada pelo que estava acontecendo, talvez morrer fosse melhor, fechar os olhos para todo o sofrimento, para a dor.

– Não foi sua culpa, Ashley. Ele teria tomado a mesma decisão, mesmo se você não tivesse feito nada. Você só quis ajudar... – Castiel tentou argumentar.

– De boas intenções o inferno está cheio, pergunte à Crowley. – murmurou.

– E você vai desistir, assim? Há um dia você estava falando que eu tinha que reagir, lutar e então quando é a sua vez de fazer a mesma coisa você desiste? Ashley, há um mundo lá fora e ele precisa de você. – o anjo tentou convencê-la.

– O mundo não precisa de mim, ele esteve o tempo todo tentando de alguma forma me expulsar dele, acabar minha existência...

– Não diga isto. Eu preciso de você! –interrompeu o anjo. – Preciso do seu sorriso, das palavras que apenas você sabe como usar, da sua forma de ver o mundo, da sua bondade... De tudo. Eu preciso de você, Ashley!

A ruiva o encarou atônita, lembrou-se que na madrugada anterior ele falara que aquilo era errado, contudo ali estava ele, dizendo que precisava dela, assim como ela precisava dele.

– Precisa?Por quê?

– Sim, preciso de você Ashley, por que você viu o que ninguém tinha visto antes, porque você traz luz quando tudo está escuro, porque sempre sabe o que dizer ou fazer. Eu nunca me sentia assim antes, não sei mais viver sem o seu sorriso, seu seus olhos...

Os olhos fixos, os dois se encararam, como se pudessem dizer tudo que precisavam assim, a culpa esquecida. Azul no azul, era assim que devia ser. Castiel acabou com a distância entre eles e selou seus lábios. Em um gesto automático a garota entrelaçou aos mãos atrás do pescoço do anjo.

– Lute. –pediu ele com um sussurro.

– Você vai? – perguntou ela com os olhos fechados. Há algum tempo atrás se alguém dissesse que ela se apaixonaria por um anjo, ela provavelmente tentaria exorcizar, agora, tudo que ela queria era estar junta com o anjo, o seu anjo.

***

Mia comia uma maça desoladamente e com sofreguidão.

– Porque não podemos comer torta mesmo?

O Winchester mais novo revirou os olhos, Dean e Mia já tinha repetido a pergunta pelo menos sete vezes desde que deixaram o garoto no posto policial.

– A menos que queira viraram lanche de leviatã é melhor aguentar uma maça. –respondeu.A loira suspirou e Dean sorriu.

Algum tempo depois os três estacionaram na frente da casa de Bobby.

– Hey! Ruiva, Katherine! – chamou Dean ao entrar o local.

– Ashley, Kath, chegamos! – Mia as chamou.

Katherine foi a primeira a aparecer, tinha uma mochila nas costas, desceu as escadas de dois em dois degraus.

– Vocês estão realmente bem? Conseguiram o osso? –perguntou.

– Tudo pronto, só precisamos do Crowley agora. – respondeu Sam e a garoto assentiu menos empolgada de envolver o demônio novamente.

– Está tudo sobre controle ele não vai machucar você. – prometeu o mais novo. Katherine sorriu fracamente em resposta e sentou-se ao lado dele.

– Onde está Ashley? –perguntou Mia jogando a bolsa que carregava em um canto.

– Estou aqui! – a ruiva chamou na escada, o anjo a seguia de mãos dadas.

Dean e Sam se entreolharam surpresos. Mia e Katherine sorriram cúmplices.

– Kevin foi pego! – anunciou a ruiva. – Precisamos chamar a filho da puta do Crowley logo.

– Pensei que os anjos podiam cuidar dele. – resmungou Dean.

Os caçadores ficaram em silêncio, a ideia que outro poderia se machucar os incomodava e mudava as perspectivas. O Winchester mais velho se levantou com um suspiro e começolu a arrumar o que precisariam.

– Bom, vamos chamar o filho da puta. Ninguém aqui vai se esconder, vamos ficar todos juntos, ok?

Dean jogou o fósforo e a chama se acendeu por meros segundos antes de voltar a se apagar. Os caçadores olharam a cena, estupefatos.

– O que está acontecendo? – Mia sussurrou para o rapaz.

– Lição número um: O Crowley vai te ferrar sempre que puder te ferrar. Lição número dois: confie no que uma sensitiva diz, sempre. – debochou a ruiva antes de jogar os cabelos para trás.

– Acho que ele está tramando algo, talvez seja melhor ir embora ele ainda...

– Pode aparecer, garota inteligente! – o demônio terminou a frase. – Hello boys. Eu não deixaria te vir. Meg mandou lembranças

Ashley trincou os dentes com a provocação de Crowley, ela não era a maior defensora de demônios, mas havia feito uma promessa e não conseguira cumprir com ela, isso a irritava.

– Não se perturbe querida Ashley, em breve você poderá fazer uma visita para ela.

Castiel se pôs na frente da garota protetoramente.

– Deixe-a em paz!

– Que bonitinho. Pena que você não é o suficiente para me deter, ainda me deve por ter me escravizado na ultima vez que nos vimos. – lembrou o demônio. – Entretanto por agora, Ashley e Katherine podem ficar. Vamos aos negócios, meu sangue.

O demônio tirou um pequeno frasco de dentro do palito.

– Sério? Embrulhado para presente e pronto para usar? Você quer que eu acredite realmente que esse sangue é seu? – Mia irritou-se.

– Eu sou um modelo de eficiência, criança, entretanto não deve confiar em mim aliás, nunca confie em ninguém. – ensinou Crowley.

Ashley revirou os olhos, cansada dos joguinhos do demônio. Katherine tentava passar a mais despercebida o possível.

– Katherine eu vou pegá-la e levá-la para casa, mas por enquanto pode ficar. Vocês precisam encontrar Dick e Castiel precisa ajudá-los. Não precisa?

– Eu não luto mais... – o anjo começou.

– Vamos lá, dadas às particularidades você deveria considerar... Afinal você é vital! – falou Crowley e jogou o frasco para Sam e desapareceu em seguida.

– O que ele quis dizer com isso? –perguntou a ruiva preocupada.

– Nada. Não se preocupe. - Castiel respondeu sem a olhar.

– Mas você está preocupado. – afirmou ela e o anjo se arrependeu por deixar seus sentimentos tão claros com a garota ao seu lado.

Os quatro caçadores observavam o casal que se encaravam. Por fim, Ashley deu um suspiro e caminhou até a porta.

– Não vai conseguir esconder para sempre. Vamos nos preocupar com Dick.

***

OS caçadores dividiram-se, Mia, Katherine, Sam e Dean no Impala, e no Chevy, Ashley e Castiel.

– Cas porque Crowley tinha tanta certeza que você deveria nos ajudar?

– Darei cobertura para vocês e vou ajudar se alguém se machucar, mas não vou lutar. Crowley estava enganado. – afirmou o anjo.

– Você disse que ia nos ajudar Cas. Você disse para eu lutar lembra? O que está acontecendo, você sabe de algo e não quer nos contar! Não é justo! – acusou.

Castiel não respondeu por que era exatamente o que ele estava fazendo, e sabia que era realmente injusto.

***

Era noite quando pararam na frente da SucroCorp. Claro, Dick já imaginavam quem estavam a caminho.

– Droga! –resmungou Dean olhando para a imagem das câmeras de segurança.

– Temos que pensar o que fazer primeiro. – As disse o obvio.

Os três carros seguiram para o motel mais próximo.

– O que aconteceu? –perguntou Ashley assim que entraram no quarto.

– O Dick fez outros Dick’s. – explicou Sam.

– Ele deve ter guardado parte da peça original. – supôs Mia.

Os cinco se juntaram em busca de uma solução. Castiel ficou afastado olhando a noite além da janela.

– Hey, avoado qual o problema? –perguntou Dean percebendo que o anjo estava distante.

– Já pensaram em ter um gato? Precisamos de mais uma espécie aqui. – explicou o anjo. A ruiva o encarou com os olhos arregalados, sentiu-se decepcionada. Tinha consciência de que não seria fácil trazer de volta o antigo Cas, mas pensou que ele pelo menos lutaria um pouco.

– Você tem algo a dizer no assunto Dicks? – o Winchester ignorou o primeiro comentário do anjo. – Crowley parecia convicto de que você poderia ajudar...

– Eu não posso ajudar. – interrompeu o anjo, para a surpresa geral. – Vocês não entendem? Eu não posso. Eu destruí... Tudo. E vou destruir tudo de novo.

A ruiva sentiu-se mal pelo anjo, sabia como ele se sentia, mas vê-lo sofrendo mesmo quando ela tentava ajudar a fazia sofrer também. Estava pronta para ir até ele quando o anjo propôs:

– Vamos apenas deixar isso assim, por favor?

– Não, não podemos!

– Dean... – a loira o repreendeu sem sucesso.

– Você deixou essas coisas entrarem, então basta apenas ficar por perto, e não queremos o maldito gato. Ninguém se importa se você está quebrado, Cas. Limpe a sua bagunça! – gritou o Winchester.

– Já deu! – Ashley interrompeu ficando entre os dois. – Chega!

O anjo já não estava mais ali.

– Ótimo Dean, você acabou de espantar nossa única esperança e de magoá-lo mais do que já estava. Espero que esteja feliz! – acusou a ruiva.

– O que quer dizer com única esperança? – perguntou Winchester mais novo.

– Eu passei algum tempo com o anjo, o suficiente para conhecê-lo –aparentemente, mais que vocês. Já pararam para pensar que estas coisas estavam dentro dele? Cas, pode ver além dos corpos, porque conhece cada um deles. – explicou.

– Isso significa que ele sabe quem é o verdadeiro Dick Roman falso. - concluiu Katherine.

– Exatamente, mas você o espantou, por que não se importa com nada mais do que salvar a sua pele, não é Dean?

– Chega, não podemos nos virar uns contra os outros agora. – interrompeu Mia. – Não vamos chegar a lugar algum assim e o nosso verdadeiro alvo ainda está à solta.

O silêncio foi o que ouviram por alguns instantes, antes que um farfalhar de asas denunciasse a chegada de alguém.

– Dean, podemos conversar?

– Cas, você não precisa... – a ruiva se adiantou.

– Tudo bem. – o anjo garantiu.

Os caçadores saíram do quarto por alguns instantes e por fim tinham um plano.

– Cuidem bem do meu bebê. – ordenou o Winchester.

***

O som de AC/DC balançava o carro que entrava o pátio da empresa em alta velocidade. Ashley viu um enorme vidro com o slogan.

– Preparem-se! – avisou antes de partir de encontro à ela, em seguida as irmãs saiam do entrando em ação.

Dean, Cas e Sam aproveitaram a distração que as garotas eram para invadir o local sem serem percebidos. Lá dentro o anjo o e o Winchester mais velho foram em busca do Roman e Sm foi à procura de Kevin.

Sam não demorou a encontrar o profeta, ele estava amarrado a uma cadeira com a boca tampada, aparentemente a hospitalidade havia acabado.

***

Os caçadores chegaram a tempo de ver Dean acertar o leviatã, de vê-lo agonizar e então explodir. Tentaram se proteger e então, Dean e Castiel não estavam mais li.

***

– O que? Onde estão? – Mia parecia desesperada. Sam procurava como se o irmão pudesse aparecer assim como desaparecera.

Ashley de alguma forma entendia aquilo, tinha sentido que o anjo não falava tudo o que sabia no final ela preferia ter o deixado ir quando pôde.

Katherine se aproximou de Sam solidariamente, ainda estava assustada com a forma com que tinha acabado. O Winchester a abraçou desolado.

Crowley apareceu neste instante.

– Hello crianças. – sorriu ele e no instante seguinte Katherine fora separada de Sam e segurada por dois demônios assim como Kevin. Outros demônios avançavam em direção a Ashley.

– Nem pense nisto, não estou tendo um bom dia. – resmungou ela e para a surpresa de todos os demônios caíram ao seu lado se contorcendo de dor. – Solte Katherine e Kevin, agora!

– Ora, ora, minha pequena está ficando inteligente, mas precisa mais do que isso para me deter. – disse ele sorrindo. – Estão preocupados com o que aconteceu com seus amigos?

– O que você fez? – Mia acusou.

– Eu nada! Mas armas de Deus geralmente tem efeitos colaterais, deveriam colocar isso na caixa. – debochou.

– Onde eles estão? - Sam insistiu, sem desviar os olhos da morena que parecia apavorada.

– Não posso ajudar vocês...

Ashley deu um passo em direção à irmã, mas Crowley atirou-a na posição oposta, fazendo com que esta batesse em uma parede e caísse em inconsciente. No instante seguinte Crowley sumiu junto com o profeta e a morena.


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Notas finais do capítulo

Então meus amigos lindo e vitaminados, é isso.
Até o fim de semana eu posto o epílogo.
Odeio despedidas e por isso não vou fazê-las até postar o ultimo ponto aqui nesta fic. O que significa que só vou abrir my heart no epilogo, até lá quero agradecer a todos que acompanharam a fic favoritam e comentaram, vocês são os melhores!
Kisses and Goodbye!!!



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